No fim de semana passada estive, novamente, em Lagoa do Ouro, a ocasião foi o aniversário da sobrinha de Claudineia, Nick. Não desgosto de festa, mas em geral chega um momento no qual eu preciso da uma pausa, fugir e respirar. Minha pausa, foi nos fundos da casa de Diane, a mãe de Nick, e naquela altura do Planalto da Borborema, sentada no batente quase rente ao chão, contemplando o horizonte no fim do dia, me ocorreu pela milésima vez: o entardecer é um momento muito sereno.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
"Bestiário" de Julio Cortázar
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
Cidade de Bonito - Pernambuco
Não sei se foi uma decisão prudente, mas bem me vi com as três doses no braço e já fui topando viajar nas férias escolares. O destino foi a cidade de Bonito localizada nas Superfícies Retrabalhadas que compõem o mar de morros que antecede o Planalto da Borborema ou simplesmente no interior do Estado de Pernambuco entre a Zona da Mata Sul e o Agreste. Como o nome já anuncia, é uma cidade cheia de belezas naturais, boa para fazer trilhas, boa para quem gosta de banho de cachoeira e prefere destinos menos urbanos.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Enquanto Recife foi se tornando um lugar de passagem...
terça-feira, 26 de outubro de 2021
O Velho e o Mar de Ernest Hemingway
quinta-feira, 7 de outubro de 2021
Aluguei Uma Casa, Saí Da Casa Dos Meus Pais
Aluguei uma casa, finalmente. Na verdade, não foi uma casa e sim um apartamento, mas acho que a palavra casa sintetiza melhor a ideia por trás das minhas pretensões com esse ato, a saber: a construção de um espaço de liberdade e proteção no qual eu possa viver plenamente a experiência de ser uma pessoa adulta.
sábado, 4 de setembro de 2021
Livros Recebidos [Setembro de 2021]
Por esses dias aconteceu de minha humilde pessoa receber um pacotão de livros e não, não foram comprados. Aceitei fazer parceria com a Mylena do blog "Gata Leitora" e através dela, que faz um trabalho ótimo no instagram falando de livros e afins, recebi esse pacotão lindo recheado de livros da Penguin Companhia das Letras e Companhia das Letras .
terça-feira, 24 de agosto de 2021
A Enxada e a Lança: a África antes dos portugueses de Alberto da Costa e Silva [40 Livros Antes dos 40/3]
terça-feira, 10 de agosto de 2021
Caminhando por Igarassu
Igarassu foi, como já comentei aqui, um dos primeiros lugares a ser alvo do processo colonizador do Império Português no Brasil, mas ao longo dos séculos não alçou grande importância dentro do Brasil. Atualmente fica no limite da Região Metropolitana do Recife a dois passo da Zona da Mata Norte. Minha família mora bem no finzinho da cidade em um bairro no qual não passa ônibus ou qualquer forma de transporte publico, o Serviço de Correios e Telégrafos não faz entrega e a rua de nossa casa ainda não foi asfaltada ainda.
sábado, 7 de agosto de 2021
A Origem do Mundo: uma história cultural da vagina ou da vulva vs. o patriarcado de Liv Strömquist [40 Livros Antes dos 40/2]
quarta-feira, 4 de agosto de 2021
As vezes o mundo é imenso, as vezes é só meu gato e eu
Lion chegou a minha vida no Natal de 2014. Júnior, meu irmão consanguíneo, pegou ele da última ninhada de Renato, meu irmão do coração. A ideia de Júnior era que Lion fosse o gato dele, mas, depois de termos passado o Natal juntos, o gato cismou com minha cara, se tornou a sombra d4a minha sombra e desde então somos parceiros nessa vida.
domingo, 1 de agosto de 2021
Enrolados, Rapunzel e Eu
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Capela de São Sebastião, em Igarassu
terça-feira, 27 de julho de 2021
Debaixo Do Vulcão de Malcolm Lowry
"Quauhnahuac era como o tempo sob esse aspecto, para onde quer que alguém se voltasse o abismo estava à espera logo depois da esquina."
quinta-feira, 22 de julho de 2021
A Igreja Matriz de Santo Antônio, no Recife
O centro do Recife guarda algumas igrejas barrocas, nobres sobreviventes dos projetos modernizadores do inicio do Século XX responsáveis por destruir o patrimônio histórico para construir avenidas que partem de "Lugar Nenhum e vão para "Nenhum Lugar". Antes do Covid 19 eu gostava muito de vagar pelo Centro do Recife visitando essas Igrejas, as vezes saia de casa só para isso. As Igrejas Barrocas são obras de arte de paredes largas e portas abertas nos transportam do presente para o passado, de um mundo mais material para um mundo de fé e esperança de perdão e passe livre para o Paraiso depois das dores dessa existência.
domingo, 4 de julho de 2021
Jogos de Amor de Helena Vieira
domingo, 13 de junho de 2021
"O Pássaro Secreto" de Marilia Arnaud
sábado, 5 de junho de 2021
Agora sei como o Dragão se sente em relação a seu Tesouro...
segunda-feira, 24 de maio de 2021
Volta Ao Mundo Em 52 Histórias de Neil Philip e Nilesh Mistry
Comecei maio com a intenção de ler livros russos. Fui na estante vê quais tinha, fiz uma bela pilha na minha mesa de estudo, tirei uma bela foto, publiquei nas redes sociais minha expectativa e simplesmente não fluiu de jeito algum. Na primeira página de "A morte de Ivan Ilitch" senti um peso danado, larguei tudo lá no canto e me agarrei com essa edição linda de "Volta ao Mundo em 52 Histórias" narradas por Neil Philip e lindamente ilustrada por Nilesh Mistry.
quinta-feira, 22 de abril de 2021
"Talvez Esther" de Katja Petrowskaja
"Eu acho que ela se chamava Esther, disse meu pai. Sim, talvez Esther. Eu tinha duas avós, e uma delas se chamava Esther, isso mesmo.Como assim, 'talvez'?, perguntei indignada. Você não sabe o nome da tua avó?Nunca a chamava pelo nome, ele me respondeu. Eu a chamava de 'babucha', e meus pais de 'mãe'." (pag. 172/173)
Eis um livro difícil de definir: "Talvez Esther" da Katja Petrowskaja. Nele se encontram tanto tipos diferentes de narrativas literária quanto diferentes sentimentos e emoções em relação a família, história e identidade étnica. Nele Katja tenta sistematizar em forma de escrita a história de sua família formada por judeus que ao longo do século XX, por escolha ou medo, abriram mão ou perderam sua identidade cultural e étnica como judeus ao migrar, por escolha ou falta de opção, para a União Soviética, atual Rússia.
segunda-feira, 29 de março de 2021
POPS: A vida de Louis Armstrong de Terry Teachout
domingo, 21 de março de 2021
Só penso em café
Alguma coisa tomou conta da minha família toda. Não afirmo categoricamente: "Foi Covid." pois o resultado do teste ainda não saiu. Todos nós ficamos bem ruins e meu pai ficou pior. Meu irmão está aparentemente recuperado enquanto eu, Mainha e Painho ainda lutamos com náuseas, fraquezas e, no meu caso especifico, ausência total de paladar e olfato.
Na total falta dos odores e sabores só penso em café. Meu dia pode ser resumido a catalogação de todos os cafés da minha vida.
segunda-feira, 1 de março de 2021
A satisfação de transferir livros da pilha dos não lidos para as dos lidos
Passei um tempo entre 2014 e 2018 me sentindo muito vazia. Lidei com esse sentimento comprando e lendo livros. A velocidade com a qual comprei superou e muito a velocidade com a qual li, consequentemente faz parte da minha vida atual pilhas e pilhas de livro não lidos, centenas de livros não lidos. Tenho tentado lidar com essa pilha da única forma possível: lendo um livro por vez. Ainda falta muito para diminuir essa pilha, mas fevereiro chegou ao fim e nesse primeiro dia de março olho para minha mesa, vejo espaço vazio e constato que estou lendo os livros comprados, emprestados, presenteados durante esse longo tempo de vazio.
Me sinto tão SATISFEITA! Passei de pessoa tão ansiosa por preencher espaços vazios com letras e histórias, ferrenha construtora de barricadas de tijolos feitos de papel pintados com tinta, a alguém satisfeita com a visão do espaço vazio na mesa. É muito satisfatório transferir livros da pilha dos não lidos para a pilha do lidos, conferir as lobadas, relembrar as histórias, conferir as prateleiras da parte interna do coração e sentir nela novos moradores.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
Responda em cinco linhas: "O que a pandemia transformou em minha vida pessoal?"
"Para fugir de aglomerações urbanas, mudei meu endereço residencial junto com meus pais. Como nunca tinha mudado de endereço na vida essa mudança acarretou para mim um profundo sentimento de desagregação afetiva e social. No meu antigo endereço conhecia todo mundo, tinha vários vínculos de solidariedade, afetividade e irmandade, já aqui nem a vizinha do lado conheço."
Quando a redatora do jornal me pediu para reescrever, ela perguntou: "Qual o sentimento e significado dessa mudança, em fica isolada?". Seguindo essa a questão norteei minha segunda resposta.
domingo, 14 de fevereiro de 2021
Tentei financiar um imóvel, não deu certo.
Tentei financiar um imóvel. Era um daqueles apartamentos parecidos com uma caixa de fosforo com nomes de plantas, mas sem nenhuma árvore dando sinal de vida, aliás, desconfio que muitas árvores foram cortadas para construir aquele condomínio em Jaboatão Centro.
Fiz tudo de forma bem temerária. Fucei no site da construtora, tentando entender as condições de financiamento do lugar, deixei meu telefone em uma das caixas de não sei o que do site e passei a receber ligações dos corretores espaçadamente até o dia no qual meu pai teve um daqueles momentos explosivos tão corriqueiros e cai lindamente na conversa da corretora.
Achei sinceramente que cabia no meu orçamento. Acreditei que estaria indo em busca da qualidade de vida mental faltante em minha vida domestica e profissional. Não é um exercício fácil morar há várias cidades de distancia do trabalho, muito menos viver em uma casa na qual a vida oscila de acordo com os humores de alguém que altera legal. E quando eu digo legal é legal mesmo! Coisas difíceis e fáceis de confessar, depende de a quem se confessa... De alguma forma vida doméstica acidentada é situação corriqueira.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Um ano conversando com a Lua
Tem uma de Lua no céu do entardecer. A medida que a luz do Sol fenece ela ganha mais e mais brilho, da mesma forma, quando o inverso ocorrer e o Sol voltar a brilhar ela se tornará opaca.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Das flores do quintal
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
Presentes Quase Displicentes
A época das mangas já passou, mas tem uma mangueira no quintal onde meu irmão trabalha. E, com seus 31 anos, meu irmão ainda não esqueceu como se faz para subir em um pé de manga e colher os frutos pendurados nos lugares mais difíceis.
Como ele consegue se recordar das artes de moleque, há manga rosa na mesa da cozinha. O perfume dessas frutas não tem palavras que descreva e a cor não tem câmera que guarde. São lindas e cheirosas. Um presente oferecido desse jeito quase displicente que meu irmão tem de presentear.
Recife, 27 de março de 2020.
_____________
As mangas estavam no escorredor de macarrão idoso da minha mãe, postas em cima da mesa da cozinha. A mesa na qual escrevi a mão me primeiro trabalho acadêmica de "Introdução aos Estudos Históricos" e também minha dissertação de mestrado inteira. A mesa das muitas refeições. Rafaela, minha irmã mais nova, ficou morando com o companheiro dela na casa de Nova Descoberta. Recentemente ela jogou o escorredor fora, a mesa permanece sendo palco das refeições de uma nova família de dois. Finalmente comprei uma mesa especifica para escrever meus trabalhos, ela vive em uma eterna bagunça de livros, cadernos, canetas e Lion.
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Longuíssimo Balanço Emocional
As vezes me sinto tão velha. Todas as pessoas nadando no mar da sua trigésima década de vida, com ou sem pandemia, se sentem assim? As vezes toda essa sensação de velhice e experiência de vida parecem meras ilusões de ótica, prepotência sobrevivente da adolescência que não nos abandona nos vinte anos e parece voltar a vida nos trinta. As vezes toda essa sensação de velhice e experiência de vida parecem direitos naturais das sobreviventes de suas próprias loucuras dos vinte anos.
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
Joana D'arc: Médium de Leon Denis [40 Livros Antes dos 40/1]
domingo, 3 de janeiro de 2021
40 LIVROS ANTES DOS 40 ANOS
01. O grande massacre dos gatos: e outros episódios da história cultural francesa - Robert Darnton.
02. A Enxada e a Lança: a África antes dos portugueses - Alberto da Costa e Silva.
03. Villete - Charlotte Bronte.
E, no entanto...
Para quem, como eu, saiu da vida de estudante para a vida de professora, passar um ano sem as quatro unidades, cadernetas empilhadas, avaliações por todos os lados, cansaço incrível, Pascoa, São João é uma coisa tão despropositada.
Eu acreditaria mais facilmente no fim do mundo causado pelo impacto do um cometa errado do que numa vida sem o cotidiano escolar e, no entanto, desde março não piso numa sala de aula concreta. Minha vida pelo avesso, a falência momentânea do eixo no qual minha vida se organiza. Não sei nem como sobrevivi a esses meses.
sábado, 6 de junho de 2020
Barricadas...
terça-feira, 26 de maio de 2020
Cheguei aqui em uma noite de fim de verão
Cheguei aqui em uma noite de fim de verão, ainda estava quente, o céu estava estrelado, não havia Lua. Nunca vi um céu tão estrelado, não sabia que existia céu estrelado em noites permeadas por tanto medo e incerteza.
Diante da imensidão me sinto reconfortada, livre como alguém que pode se mover sem ser percebida e assim pode ir para onde desejar.
O pequeno me intimida mais: bebês de colo, a pequena infância, crianças, pré-adolescentes, animais de outra especie, objetos pequenos, anéis, livros. Se deixar caí quebra. Se derrubar pode morrer na queda. Com facilidade se fere. Basta uma palavra mal colocada para decepcionar. Podem chorar até passar mal.
O imenso impõe admiração. O pequeno exige atenção, dedicação, tempo, espaço, prudência.
Nossa! O que estou falando? É um tempo no qual o invisível se misturou ao visível, matou milhares em questão de meses e sitiou o mundo inteiro. Nós, talvez, sejamos uma geração compreensiva em relação a como coisas pequenas são opressivas e exigentes e perigosas.
O céu estava estrelado, me senti minúscula tive a sensação de poder ficar uma vida inteira ali, diante do céu imenso, o chão frio nas minhas costas, a noite quente me cobrindo, ouvindo o som baixíssimo de uma voz suave cantando em um idioma quase extraterrestre... Foi apenas um momento, um momento infinito.
domingo, 17 de maio de 2020
Estação Atocha, Super Junior e o Triunfo do Irreal.
"Esforcei-me para pensar nos meus poemas, ou em qualquer poema, como maquinas de fazer eventos acontecerem, de mudar os governos, a economia, ou apenas a sua linguagem, e o conjunto das suas funções sensoriais, mas não consegui imaginar isso nem me imaginar imaginando todas essas outras coisas sobre a poesia, quando imaginava - pressentimento terrível - um mundo privado até mesmo dos pretextos mais idiotas para escrever poemas que permanecessem fiéis às possibilidades virtuais do meio, privado dos rituais absurdos como aquele do eu tinha participado naquela noite, então eu intuía uma perde inestimável, uma perda não de obras de arte, mas da própria arte, e portanto infinita, o triunfo total do real, e me dei conta de que em um mundo assim eu engoliria uma cartela inteira de comprimidos brancos." (Ben Lerner, Estação Atocha, pg. 55).
terça-feira, 12 de maio de 2020
Medo
domingo, 5 de janeiro de 2020
Registros de Ausência
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
Um rosto de sol
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
Sereias Existem!
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
"A Mão Esquerda da Escuridão" de Ursula K. Le Guin
"A mão esquerda da escuridão não deveria está tão lá em baixo, só dizendo..."
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
Houve um tempo...
domingo, 18 de novembro de 2018
Adão, Eva e Sete...
Me perguntei se enquanto Sete crescia em algum momento, em alguma festa de colheita ou depois da chuva ou na Primavera, essa família não chegou a dançar celebrando unicamente o agora, a sobrevivência, a vida resistindo as priores tragédias domésticas.
Ao me aproximar descobri o nome da tela,"Fauno e Bacante", o fluxo do sonho se rompeu, o devaneio se foi. Entendi o quanto minha interpretação diferia radicalmente da intencionalidade do autor da obra. Ainda assim, para mim, Léon Pallière pintou: "Adão, Eva e Sete em algum lugar festejando a vida que continua mesmo depois das mais dolorosas tragédias domésticas" e eu até me vejo lá, dançando com eles.
sexta-feira, 13 de julho de 2018
"Caro Michele" de Natalia Ginzburg
"Desejo-lhe todo o bem possível e espero que você seja feliz, admitindo que a felicidade exista. Eu não acredito que exista, mas os outros acreditam, e ninguém disse que os outros não têm razão." (O Pelicano In: "Caro Michele" de Natalia Ginzburg, pág. 114).Em "Caro Michele" encontramos um romance quase epistolar, ele começa com a mulher chamada Adriana escrevendo uma longuíssima carta para seu filho Michele. O rapaz acabou de sair meio fugido da Itália deixando para trás sua mãe, seu pai moribundo, seu melhor amigo (Osvaldo), duas irmãs (Angelica, Viola e "As Gêmeas"), enquanto ele foge essas pessoas escrevem cartas e é essa correspondência o somada a breves descrições do que acontece antes ou depois das pessoas escreve-las que se faz o livro. Todas as cartas são de uma sinceramente tocante, de uma lucidez incrível, um exercício de expor feridas sem procurar achar culpados ou acusar inocentes, todos parecem fazer terapia através da escrita, especialmente Adriana.