tag:blogger.com,1999:blog-31824822713045023242024-03-19T05:48:12.276-03:00Uma Pandora e sua Caixa...Diário Intimo, Livros, Leituras, Ensino de História, Memórias, Questões existenciais, Família disfuncional. KPOP, Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.comBlogger866125tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-75627813853365814662024-02-10T21:57:00.000-03:002024-02-10T21:57:13.768-03:00"Laços de Família" de Clarice Lispector<p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgylhvFInHDJ_Zz2qoVu7tlM49Tf7fhrTGxhbPGQom_GeAqoCXZ7Z5jSkCECc0Wh3aZfd_hQ12xhTuqhfXfN3-pgaz-0OfU4RT3TEuvbDZCghffI5gxCiD2fbVvW75-N7mp4QsNT6Dm2RpN_zmO1UtKgCzCNF4ROqJiR_NhQ7wI0RFikoqW8swEzN3f/s4128/20240210_122042.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgylhvFInHDJ_Zz2qoVu7tlM49Tf7fhrTGxhbPGQom_GeAqoCXZ7Z5jSkCECc0Wh3aZfd_hQ12xhTuqhfXfN3-pgaz-0OfU4RT3TEuvbDZCghffI5gxCiD2fbVvW75-N7mp4QsNT6Dm2RpN_zmO1UtKgCzCNF4ROqJiR_NhQ7wI0RFikoqW8swEzN3f/w640-h480/20240210_122042.jpg" width="640" /></a></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Janeiro foi um mês muito longo mesmo. Senti como se tivesse vivido um ano dentro de um mês, muita coisa aconteceu e tenho vontade de escrever sobre elas. Algumas escrevi a mão em meus cadernos e cabe transcrever, outras ficaram no mundo das ideias. Quero escrever aqui, mas não dou certeza. Certo mesmo é que quando o feriado de Carnaval aflorou no horizonte larguei minhas coisas em casa e vim para a casa dos meus pais com um livro de Clarice Lispector na bolsa e a escolha não foi aleatória, pensei mesmo no fato de um livro intitulado "Laços de Família" combinar muito bem com a decisão de passar esses dias com os meus e as minhas.<span><a name='more'></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Apesar de meu primeiro contato com a escrita da Clarice ter acontecido há 23 anos atrás, <b>"Perto do Coração Selvagem"</b> era um título de livro absolutamente irresistível a curiosidade de uma menina de 15 anos, só me tornei verdadeiramente uma leitora dessa autora tão incrível após os 30. Não existe tempo errado para ler uma autora da grandeza de Clarice Lispector, no entanto, nada como a maturidade para ajudar no aprofundamento da compreensão da narrativa clariciana. Tem sido sensacional adentrar no mundo doméstico, sensível, humorado, luminoso, fugaz e sincero dessa autora.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em "Laços de Família", nós adentramos no mundo familiar de algumas mulheres, homens e adolescentes da classe média do Rio de Janeiro. Somos convidadas a viver com essas pessoas momentos absolutamente corriqueiros que tranquilamente, quase imperceptivelmente vão avançando até chegar uma virada na qual ocorre o tudo e nada da epifania capaz de mudar tudo na forma como a pessoas existe e percebe a realidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O livro é uma coletânea de contos e em cada conto uma epifania grande ou pequena acontece transtornando os personagens e talvez quem ler também. A maior parte dos protagonistas são mulheres, porém também temos uma galinha como protagonista no divertido conto <b>"Uma Galinha"</b>, em <b>"Começos de uma fortuna"</b> um rapazinho às voltas com seu primeiro encontro com uma namoradinho e <b>"O crime do professor"</b> tem um homem lidando com a culpa por uma decisão infeliz em relação ao cachorro da família.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não se pode elencar nem mesmo um conto mais frágil nessa coletânea. TODOS são absurdamente IMPECÁVEIS! Esse livro é um presente para alma leitora, de ponta a ponta serve excelência, por derradeiro é um clássico da Literatura Brasileira por direito. Todavia os meus contos favoritos foram <b>"Amor"</b> no qual conhecemos Ana, uma dona de casa meticulosa na manutenção da ordem de seu lar que de repente é surpreendida pela grandeza da vida enquanto no bonde, ao voltar das compras, com os ovos quebrando dentro de uma bolsa de tricô. O tempo todo eu olhava a Ana e pensava: <b><i>"Ana, vai viver Ana! Ana o mundo é maior que nossa casa Ana! A vida passa mais rápido que o bonde!"</i></b>. Quando a vida explodiu diante de Ana eu só queria estar ao lado dela e dizer: <b>"VAI VIVER!"</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>"Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto - ela o abafava com mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera e escolhera." ("Amor", pag. 19)</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O conto que mais me despertou ternura foi <b>"A imitação da rosa"</b>. Se pudesse entrar dentro de uma história e abraçar uma personagem, nesse momento, abraçaria Laura com ternura e afeto pois são absurdamente frágeis as estruturas capazes de sustentar a nossa conexão com a realidade e as suas demandas. Laura sentada em sua sala de estar, olhando o vaso de flores, ponderando sua vida. Laura tem todo meu amor e ternura.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b></b></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>"As rosas faziam-lhe falta. Haviam deixado um lugar claro dentro dela. Tira-se de uma mesa limpa um objeto e pela marca mais limpa que ficou então se vê que ao redor havia poeira. As rosas haviam deixado um lugar sem poeira e sem sono dentro dela. No seu coração, aquela rosa, que ao menos poderia ter tirado para si sem prejudicar ninguém no mundo, faltava. Como uma falta maior. (A imitação da rosa, pág. 47)</b></div></blockquote><p style="text-align: justify;">O conto <b>"Preciosidade"</b> é uma história de suspense muito bem escrita. Nesse conto, uma menina de 15 anos sai sozinha, ainda de madrugada, rumo à escola. Ela estuda longe, é preciso fazer uma pequena caminhada, pegar ônibus, pegar bonde. É absolutamente aflitivo estar com ela nesse caminho e, para nós mulheres, as explicações chegam a ser até desnecessárias. A vida de uma adolescente pode ser muito assustadora dentro de uma cidade. Mesmo hoje, quando nós mulheres já nos empoderamos tanto e de tantas formas, ser e estar no mundo não é fácil, imagine entre as décadas de 1940 e 1960?</p><p style="text-align: justify;">Comentar um livro impecável como esse é um desafio, minha vontade é escrever um pouquinho sobre cada conto, sobre como ele coloca em alto relevos os sentimentos que preenchiam os silêncios das mulheres do século XX, sobre como mostram a vastidão do universo feminino, sobre como podem nos ajudar a perceber a capacidade do machismo de produzir homens medíocres, tacanhas, covardes, aproveitadores dos privilégios que as estruturas sociais os brindam para terem uma boa vida.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não posso dizer que em <b>"Laços de Família" </b>Clarice emerge como uma feminista lutando pelos direitos femininos, mas eu certamente sou uma mulher feminista e me dói está diante de histórias escritas no século XX e perceber o quanto a ordem social das coisas sufocou aspirações, desejos e sonhos de mulheres com potencial incrível enquanto permitiu a homens brancos o privilégio de serem pessoas absolutamente medíocres e ainda assim bem sucedidas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Os contos de Clarice Lispector são uma leitura capaz de nos apresentar o século XX, o tempo de nossas avós e avós, de uma forma muito sensível, honesta, aberta e lúdica. Ler essa autora magistral tem sido uma experiência maravilhosa, encantadora. A cada leitura me sinto cercada pelo sentimento de descoberta do mundo, não são poucos os momentos de epifanias e alumbramentos.</div><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-20864221110435650462024-01-23T13:14:00.000-03:002024-01-23T13:14:52.233-03:00Então me tornei o Frevo Nº 3<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SANSlB4l5E9vFRVwqhJ5fvVu-i52kMUkUSgFUbmzYFJoKK3dcl5oLJMtVVz0Ea5HoUqV0JFPooDsxu3GU_BpxrneJt7koCgMX1LrHUyGgS9pWK3SaMCkslcbIhNG56EvZ1MRUtfi-NeyTQydx2Flytag3kZVmeYQE1uOq41RWl6UnwpuA5bxnXMr/s4128/20240112_170319.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SANSlB4l5E9vFRVwqhJ5fvVu-i52kMUkUSgFUbmzYFJoKK3dcl5oLJMtVVz0Ea5HoUqV0JFPooDsxu3GU_BpxrneJt7koCgMX1LrHUyGgS9pWK3SaMCkslcbIhNG56EvZ1MRUtfi-NeyTQydx2Flytag3kZVmeYQE1uOq41RWl6UnwpuA5bxnXMr/w640-h480/20240112_170319.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">Na segunda semana de Janeiro Dandara, minha amiga, veio de Minas Gerais passar uns dias comigo. Foi uma visita muitíssimo agradável que encheu minha casa e meus dias de riso e companheirismo. Para celebrar uma visita tão especial nós fomos passear por todos os lugares bonitos possíveis em Recife e Região Metropolitana, nessas andanças, com alegria e pena, percebi que me tornei o Frevo Nº 3 de Antônio Maria.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote><p style="text-align: justify;"><b>"Sou do Recife/ Com orgulho e com saudade/ Sou do Recife/ Com vontade de chorar/ E o rio passa/ Levando barcaça/ Pro alto do mar/ E em mim não passa/ Essa vontade de voltar.</b><span style="text-align: left;"> </span></p></blockquote><blockquote><p style="text-align: justify;"><b>Recife mandou me chamar/ Capiba e Zumba/ Esta hora onde é que estão?/ Inês e Rosa/ Em que reinado reinarão?/ Ascenso me mande um cartão.</b></p><p style="text-align: justify;"><b>Rua Antiga da Harmonia/ Da Amizade, da Saudade e da União/ São lembranças noite e dia/ Nelson Ferreira toque aquela introdução."</b></p><p style="text-align: justify;"></p></blockquote><p style="text-align: justify;">Recife é uma cidade bonita e todas as vezes que digo isso lembro de Mainha respondendo: "Recife é bonita, mas fede.". Ainda assim, as vezes fedorenta, tão desigual, tão fálica com aquele "Farol Avançado para o Atlântico" no marco zero que o humor acido dos recifenses chamam de "Pica do Brennand" quando piso nessa cidade sinto fortemente a sensação de "sou do Recife com orgulho e com saudades, sou do Recife com vontade de chorar" e então me torno o Frevo Nº 3.</p><p style="text-align: justify;">Hoje moro em Vitória de Santo Antão, cidade localizada na Região da Mata Sul do estado de Pernambuco, mas quando alguém vem a minha casa a primeira coisa que faço e vê como vou levar a pessoa para Recife. Essa cidade onde o litoral é povoado literalmente por tubarões e as paredes dos muros tem pôsteres lambe-lambe dizendo <b>"coragem, coração" </b>aos quais respondo <b>"estou tentando"</b>.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBR1Rl3cr0mlT5R76GtDakgwHEpjBfrOwP3Yr4-yxz_2TseFi169I1wtzfjXA6mmEaaGWUh9u2yGZEzeAITodBe4VEs_46fD5VIWbC21GsCfrcVPXL1itI33Nt3Zs577d63guXIQW4XoFFsGM1m5bzVNLYYO7fJ6nbQzB0EuUFrJK2fo1twIUeP-Rm/s4128/20240112_165931.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBR1Rl3cr0mlT5R76GtDakgwHEpjBfrOwP3Yr4-yxz_2TseFi169I1wtzfjXA6mmEaaGWUh9u2yGZEzeAITodBe4VEs_46fD5VIWbC21GsCfrcVPXL1itI33Nt3Zs577d63guXIQW4XoFFsGM1m5bzVNLYYO7fJ6nbQzB0EuUFrJK2fo1twIUeP-Rm/w480-h640/20240112_165931.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">É uma cidade onde nas esquinas se espalham as estatuas dos poetas. Na foto abaixo eu seguro a mão do Ascenso Ferreira enquanto observo o entardecer banhando o Capibaribe e a Ponte Mauricio de Nassau, dessa posição tirei a primeira foto desse post.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9uHrdCkfjiw-3Ap1X9AasfJTJau4kfLe034pc2yqOwmdO9J0UmPa5R8dmhP_GqnUIXgNk16xGP4F7jDuOKAJAu0abbM82_wA1L-eo1O2z9LY5myNkqQRlotvQVwAeZQpaSKRtGUaEBMk4Ejrp_1YTBTQk4nPnpXuAt3_0vfWfASuwEJEVIqRUe-qg/s4128/20240112_170721.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9uHrdCkfjiw-3Ap1X9AasfJTJau4kfLe034pc2yqOwmdO9J0UmPa5R8dmhP_GqnUIXgNk16xGP4F7jDuOKAJAu0abbM82_wA1L-eo1O2z9LY5myNkqQRlotvQVwAeZQpaSKRtGUaEBMk4Ejrp_1YTBTQk4nPnpXuAt3_0vfWfASuwEJEVIqRUe-qg/w480-h640/20240112_170721.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">A Torre Malakoff hoje é um observatório das estrelas meio capenga, abriga exposições de diversos artistas. Foi a Torre Malakoff a responsável por abrigar a <a href="https://multiploleminski.com.br/" target="_blank"><b>Exposição Múltiplo Leminski</b></a> quando ela esteve em Recife e eu fui e guardo até hoje o catálogo com muito carinho e amor. É um daqueles lugares nos quais fui feliz e sabia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlVOARXlzqjEmbH3uBtiLZMD_ybkNnTJiuUReysonXEv8W0XalkdXv1KrJtzUYjQvXuzw7rtZTDuMu3XqOIcQwydQhaR24gvlOjESlYEButIqz_PSI-pFJtakJYtjCWTIUJMF8yHCmyJ-laHFT_re4wevdohx9TOKXDE4KkXVQw5hFigoaWV6pnUo/s4128/20240112_160326.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjlVOARXlzqjEmbH3uBtiLZMD_ybkNnTJiuUReysonXEv8W0XalkdXv1KrJtzUYjQvXuzw7rtZTDuMu3XqOIcQwydQhaR24gvlOjESlYEButIqz_PSI-pFJtakJYtjCWTIUJMF8yHCmyJ-laHFT_re4wevdohx9TOKXDE4KkXVQw5hFigoaWV6pnUo/w640-h480/20240112_160326.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Na Igreja da Madre de Deus a gente encontra a Santa Maria Egipciaca, Santa Maria do Egito, tão languida e entediada, se eu fosse católica ela teria minha devoção. Gosto muito de visitar igrejas católicas centenárias e até hoje só encontrei uma imagem dessa mulher santa na Madre de Deus de Recife, isso se deve ao fato da igreja ser vizinha de um dos maiores e mais luxuosos prostíbulos da cidade o Chanteclair. Conta-se que quando a igreja sofreu um incêndio durante a celebração de um casamento foram as mulheres do Chanteclair as responsáveis por salvar as pessoas e as imagens sagradas do tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfVhARw4Oxd1pGr8mcbX0Hmy0FtWWVy4sE-uQxXocrd1i69Lt5wMcUMK9uI5MAL46Q480HjEx3JNxI-aAQ6Y3hNv6yiOewuN1YTgRQl8b8cqyZCyWCkDH2Xmakv8r98o32Z_KLi_R6oqM9WZIs4CAMDoEm2qa5leTeOHXXjiArdkG9dT7IoPYn3Z1N/s4128/20240112_132629.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfVhARw4Oxd1pGr8mcbX0Hmy0FtWWVy4sE-uQxXocrd1i69Lt5wMcUMK9uI5MAL46Q480HjEx3JNxI-aAQ6Y3hNv6yiOewuN1YTgRQl8b8cqyZCyWCkDH2Xmakv8r98o32Z_KLi_R6oqM9WZIs4CAMDoEm2qa5leTeOHXXjiArdkG9dT7IoPYn3Z1N/w640-h480/20240112_132629.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares no teto se expõe uma pinacoteca com Maria, mãe de Jesus enfrentando o Diabo em suas diversas formas dragônicas sob o olhar de Deus, as vezes até com o Menino Jesus nos braços a lua aos seus pés. A moldura de todos esses quadros desenhados no teto são um luxo barroco litorâneo com conchas e mais conchas, anjos e querubins pincelados de ouro e um pouco de absurdo. </div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLVriDCHOSe_wrzN5xmM9bKweobIigtYahsaqYwryWh-OODUtwr6TQDgUz3E2YX00CtQdIud9d3YVNDIf0oL0jQOUwovC7RtSoaEi6BPFcVcHZ4si0nd2VfcTsdKiPEvEAfnH0yVWusVE3TubnZ27J9_23uL6mUY1ztkZn6Yea5MncbiSqYpeFN6d1/s4128/20240111_152709.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLVriDCHOSe_wrzN5xmM9bKweobIigtYahsaqYwryWh-OODUtwr6TQDgUz3E2YX00CtQdIud9d3YVNDIf0oL0jQOUwovC7RtSoaEi6BPFcVcHZ4si0nd2VfcTsdKiPEvEAfnH0yVWusVE3TubnZ27J9_23uL6mUY1ztkZn6Yea5MncbiSqYpeFN6d1/w640-h480/20240111_152709.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">A gente entra em rua estreitas, vai cruzando os becos apinhados de comerciantes e de repente se vê na frente de uma igreja centenária que nunca tinha visto antes... Não fazia parte dos meus planos, mas cheguei sem querer ao Pátio do Terço enquanto estava a caminha ao Pátio de São Pedro, não resistir a uma foto em frente a grande porta de entrada da Igreja de Nossa Senhora do Terço, qualquer dia desses passo por ai para vê a missa e saber como essa igreja é por dentro.</div></div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilBhz_re8b6sVkB8-Kfs6gGQK4eL3xBMG-RnDTywjRothd2ho6nyQRbevEwSihqmnKFge1TeupbyFkwcr11LZ01UKxLIISGHKuPkREtYVHpE_PlRc0BuNklAEeUZRjFvqfkcxIY25909brJvVCsFJsYcno4nmvLGCIqpiH5K2IoAgc-ob42lvs1v8x/s4128/20240111_124322.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilBhz_re8b6sVkB8-Kfs6gGQK4eL3xBMG-RnDTywjRothd2ho6nyQRbevEwSihqmnKFge1TeupbyFkwcr11LZ01UKxLIISGHKuPkREtYVHpE_PlRc0BuNklAEeUZRjFvqfkcxIY25909brJvVCsFJsYcno4nmvLGCIqpiH5K2IoAgc-ob42lvs1v8x/w480-h640/20240111_124322.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de todas as minhas criticas a família Brennand, ir a Recife e não passar no Castelo Brennand é meio que inaceitável. Os Brennand são aquelas pessoas brancas que chegaram aqui com as caravelas, participaram do processo colonizador, lucraram horrores com isso e durante o século XX na pessoa do Ricardo Brennand resolveram tornar pública sua coleção de obras de arte e derivativos. O Castelo Brennand é um dos maiores museus da América Latina, tão cheio de obras de arte entulhadas que as vezes parece uma imensa bagunça mais ou menos organizada.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sempre que vou no Castelo Brennand me pego observando a estatua que representa Zeus transformado em cisne para ter uma relação sexual com Leda. Quando li essa história pela primeira vez na adolescência me perguntei como podia um cisne ter relações sexuais com uma mulher, acho que só quando vi essa imagem no Jardim do Castelo Brennand cheguei a uma compreensão sobre o tema. Os gregos podem ser muito assustadores quando o assunto é zoofilia.</div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLtDTGeSKKiAhJdJcz7EopPsHKpn5dfKofz-h5mQ2RPFgZhbPLoMqgeJJLyl0J-_DgiDLDW4vUFES-fDvhY1JxX_s7GabVEIAyX3HzI8aV4e-Nw5V27M_q97QYaRaVoTJg7itp99KGy7ziDFD7vQAe8ynBnXi4JUORLywAakGw6k1ELZioQkEOLsO6/s4128/20240109_142832.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLtDTGeSKKiAhJdJcz7EopPsHKpn5dfKofz-h5mQ2RPFgZhbPLoMqgeJJLyl0J-_DgiDLDW4vUFES-fDvhY1JxX_s7GabVEIAyX3HzI8aV4e-Nw5V27M_q97QYaRaVoTJg7itp99KGy7ziDFD7vQAe8ynBnXi4JUORLywAakGw6k1ELZioQkEOLsO6/w640-h480/20240109_142832.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">A presença da Dandara aqui na minha casa nos levou a uma jornada marcadas por longos cafés da manhã ao raiar do dia e tarde de muitos passeios. Visitamos as Igrejas Antigas do Recife, o Cais do Sertão, o Pátio de São Pedro, Marco Zero, Paço do Frevo, Casa da Cultura enquanto caçava-mos carimbos. Foram dias de muitas andanças, muitas risadas. Dandara não da muita risadas nas fotos, mas eu não me faço de rogada não, fui muito feliz nesses dias, espero que ela também tenha sido. Foi ótimo rever minha cidade, descobri como uma recifense pode virar um frevo na deliciosa experiência de andar com uma amiga carinhosa e paciente cheia de humor e beleza.</div></div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTvYbpsqoJNeI7T9Qh141oeMOafR2Qbc4fh0WCxQevVAA4n1ohoZn6UzM_028OPoc77LOJ5vA8ILj0gzoyOCN0eZEraG6zSD9mTN0Gc8shYORwl43aRZUexUIKCYVH5M-obRWtUcjqH9qUhc2dNIdom4tC3wlJoztGIe54tbAGAguouSZNIs-chx0d/s2576/20240107_163152.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2576" data-original-width="1932" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTvYbpsqoJNeI7T9Qh141oeMOafR2Qbc4fh0WCxQevVAA4n1ohoZn6UzM_028OPoc77LOJ5vA8ILj0gzoyOCN0eZEraG6zSD9mTN0Gc8shYORwl43aRZUexUIKCYVH5M-obRWtUcjqH9qUhc2dNIdom4tC3wlJoztGIe54tbAGAguouSZNIs-chx0d/w480-h640/20240107_163152.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Não tenho como expressar minha gratidão a Dandara por pisar comigo no chão da minha cidade natal e se prestar a ouvir nossas histórias.</div></div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8cdCgtjQggizQl4R-EL8dha5mgBZJD2m9lXTHX1S4sfkzWkepGbPlIX1uyFYIjuvzON8PhVBKx0lna-d5LJodg6cqKLqwpMFsbA3NDpwoCSgbwQWR6YAhde43Did5iBJaBfjBYBiGvK1kT5wHNZbRPpctrBZnxyXdwugztI0R6F1fHSKRcoY2NOeo/s4128/20240107_163038.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8cdCgtjQggizQl4R-EL8dha5mgBZJD2m9lXTHX1S4sfkzWkepGbPlIX1uyFYIjuvzON8PhVBKx0lna-d5LJodg6cqKLqwpMFsbA3NDpwoCSgbwQWR6YAhde43Did5iBJaBfjBYBiGvK1kT5wHNZbRPpctrBZnxyXdwugztI0R6F1fHSKRcoY2NOeo/w480-h640/20240107_163038.jpg" width="480" /></a></div><p></p></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-79565611654598068812024-01-04T14:32:00.005-03:002024-01-04T14:35:07.059-03:00"O Minotauro" de Monteiro Lobato<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt4febe9V2-uVhBJBy5CkYUzFmD1Uqidjlw_fMPh5Le8YSE7P2sCv7jtdyGByjI-0vA7PBvFrzTSMvK0AWVuBCkQ6OGi-LfYO_SUN0W9knuTXikDx8z3q6nni7_gQVySZAa3-mSe4yJaNixUrHgs7gSb8a7xqOk6MhfgG0yu6xQ60EACTvhOGKiigD/s4128/20240103_145220.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt4febe9V2-uVhBJBy5CkYUzFmD1Uqidjlw_fMPh5Le8YSE7P2sCv7jtdyGByjI-0vA7PBvFrzTSMvK0AWVuBCkQ6OGi-LfYO_SUN0W9knuTXikDx8z3q6nni7_gQVySZAa3-mSe4yJaNixUrHgs7gSb8a7xqOk6MhfgG0yu6xQ60EACTvhOGKiigD/w640-h480/20240103_145220.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Comecei a ler Monteiro Lobato com nove anos, quando minha vizinha ganhou edições de <b>"Caçadas de Pedrinho" </b>e<b> "O Saci" </b>do patrão dela e me emprestou. Naquela época achei uma leitura muito divertida, gostei muito de acompanhar as aventuras de Pedrinho mata adentro, quis ser Pedrinho, procurava um Saci dentro de todos os pequenos redemoinhos formados por folhas de árvores da vida. Quando encontrei na 5ª Série, atual 6º Ano, um vol. de <b>"Os 12 Trabalhos de Hércules"</b> na biblioteca da escola e fui lá ler novamente.<span><a name='more'></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5yRix7Jp-lisW57pSHK0yb-gwOiLXCjFW0gnTezcwEUnZhGroEpxOCd8fIuR9lJzRYrJc498IWmd7V6mSFbQwAPInyFGBMoO7_7hIUZiUEDinrFZJwxb64YI8CbGnO1oUW7p-nKe0VfaH1bt_7jQHZBa5QJuBaj4tUXhqjf8HUUcLMxvCkCDYJL0V/s1022/br-11134207-7qukw-liu1mlr11s4w6d.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="764" data-original-width="1022" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5yRix7Jp-lisW57pSHK0yb-gwOiLXCjFW0gnTezcwEUnZhGroEpxOCd8fIuR9lJzRYrJc498IWmd7V6mSFbQwAPInyFGBMoO7_7hIUZiUEDinrFZJwxb64YI8CbGnO1oUW7p-nKe0VfaH1bt_7jQHZBa5QJuBaj4tUXhqjf8HUUcLMxvCkCDYJL0V/w640-h478/br-11134207-7qukw-liu1mlr11s4w6d.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Descobri ao longo da leitura de <b>"Os 12 Trabalhos de Hércules"</b> que o livro era a continuação de <b>"O Minotauro"</b>, apesar de meu incômodo com Monteiro Lobato ter começado exatamente nessa leitura, fiquei com vontade de ler o volume anterior, mas eu tinha 12 anos, o tempo da escola parecia tão infinito os livros da biblioteca escolar... e então o tempo foi passando, agora tenho trinta e sete anos... e fui ler <b>"O Minotauro"</b> em uma edição lindamente ilustrada por Odilon Moraes com a qual minha amiga Claudinéia me presenteou.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A Editora Globinho trabalhou essa edição com ilustrações, espaçamento, tamanho das letras, apresentação do João Anzanello Carrascoza e posfácio contanto um pouco da história do Monteiro Lobato. É um livro todo vestido para crianças leitoras e honestamente acho isso muito ruim. Monteiro Lobato, mesmo em sua obra infantil, hoje é um autor totalmente inadequado à infância. Ele é um autor que precisa ser lido? Com certeza! Porém não por crianças em fim de infância ou adolescentes de 12 anos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Trata-se de um autor com uma visão de mundo extremamente racista, machista e eurocêntrica com uma escrita sedutora e muito lúdica. Quais as defesas que as crianças brancas, negras, indígenas, pardas podem ter contra esse tipo de ataque? As brancas vão se sentir muito donas do mundo, as indígenas vão apagadas da história e inferiorizadas tratadas como <i><b>"só bugres"</b></i> (pg. 18), as negras vão sofrer o impacto das falas de Emília sobre <b><i>"a pobre Tia Nastácia"</i></b> (pág. 19) e as pardas nem existem na narrativa lobatiana.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjED3TREluB60AG16gfMwLQowZ8CpK06Vp-e1tYeJ0CmOLKgwITa4Q2CgLo1TdZul-KemSkfhwjXB7b_XW92phnPM2iU9QBzEIzdE0hF80yKeiJeCsBYS-5zE_zy2Hvmf_-RxnKxqTZRL7Pkx6dT9kdCK5ZGetkhnogwNQRyd0n5V2fv4FXuQmv6_jB/s4128/20240103_144958.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjED3TREluB60AG16gfMwLQowZ8CpK06Vp-e1tYeJ0CmOLKgwITa4Q2CgLo1TdZul-KemSkfhwjXB7b_XW92phnPM2iU9QBzEIzdE0hF80yKeiJeCsBYS-5zE_zy2Hvmf_-RxnKxqTZRL7Pkx6dT9kdCK5ZGetkhnogwNQRyd0n5V2fv4FXuQmv6_jB/w640-h480/20240103_144958.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Dito isso, para quem já tem um conhecimento básico de mundo e da História do Brasil, já tem certa blindagem contra narrativas violentas, os livros infantis do Lobato fornecem uma experiência de leitura muito instrutiva. Eles são um documento muito interessante para conhecer o projeto de Brasil que andava pela cabeça das elites brancas do Brasil no início do século XX, a estrutura da sociedade brasileira no pós-abolição, a condição da mulher negra, os papéis de gênero atribuídos a homens e mulheres desde a infância, como as nossas heranças históricas indígenas e africanas foram propositalmente apagadas em detrimento da tentativa de construir vínculos históricos do Brasil com a Cultura Europeia, especificamente Grécia Antiga.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em <b>"Os 12 Trabalhos de Hércules"</b>, lembro bem, a gente viaja por uma Grécia Mitológica, conhecemos os deuses e deusas, heróis, feiticeiras e monstros. A aventura acontece por Pedrinho ser apaixonado pelo Hércules e quem viaja com ele é Emília e o Visconde, Narizinho fica no Sítio. Olhe, que esse ficar de Narizinho no Sítio até hoje não me desce. Em <b>"O Minotauro"</b> a viagem começa depois do sequestro de Tia Nastácia que ocorre quando monstros gregos invadem o casamento da Branca de Neve com o Príncipe Codadade narrado no livro <b>"O Picapau Amarelo"</b>. Para resgatá-la, as crianças e Dona Benta pegam o navio "Beija-flor das Ondas", antigo Navio Pirata do Capitão Gancho, rumam para Atenas e no caminho tomam um banho de cultura grega.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Monteiro Lobato coloca na voz da Dona Benta suas opiniões sobre a cultura brasileira e do mundo para ele:</div><blockquote><div style="text-align: justify;">"<b>a maior parte de nossas ideias vêm dos gregos. Quem estuda os filósofos gregos encontra-se com todas as ideias modernas, ainda as que parecem mais adiantadas." (pág. 20).</b></div></blockquote><p></p><blockquote style="text-align: justify;"><b>"A Grécia está no nosso idioma, no nosso pensamento, na nossa arte, na nossa alma; somos muito mais filhos da Grécia do que de qualquer outro país. Até Quindim é bastante grego, apesar de ter nascido na África, já que é paquiderme e rinoceronte. Paquiderme é uma palavra que vem do grego: </b><i>pachy</i><b>, grosso, e </b><i>derm</i><b>, pelo ou couro. [...] E rinoceronte é a palavra que vem do grego </b><i>rhinoceros</i><b>: </b><i>rhino</i><b>, nariz, e </b><i>ceros </i><b>pele ou couro." (pág 21)</b></blockquote><p></p><div style="text-align: justify;">É claro que não passa pela cabeça de Dona Benta explicar às crianças o Neocolonialismo, a exploração europeia imposta a África pelos europeus ao longo do fim do século XIX e início do século XX, a forma como as culturas africanas foram violentadas de várias formas até mesmo na forma como em vez de tentar entender a forma como as pessoas africanas nomeavam os animais de sua fauna e flora os europeus preferiam renomear, tomar posse e dividir entre si o continente inteiro. Não passa pela cabeça do Lobato ou da Dona Benta, pois para eles o que nós já entendemos que foi violência era apenas o homem branco levando progresso aos bárbaros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhesrp4u3NVN68svBo-2oo3PFDlPKOoKNcMQNQ-rSVhUjsVIe3os9GllJL6rPb1vG7-3NtFdFs50drfOcOB6_zrcmaTZwiJf50f4z6OADdbYFNMliUQPmBhTagUih0SQu5nbwyHXGWRzwEfG_O2ucqXmen2IFSf_83Sj52fT_1TrDIICNiDEI1jh5r3/s600/conferencia-de-berlim-og.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="600" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhesrp4u3NVN68svBo-2oo3PFDlPKOoKNcMQNQ-rSVhUjsVIe3os9GllJL6rPb1vG7-3NtFdFs50drfOcOB6_zrcmaTZwiJf50f4z6OADdbYFNMliUQPmBhTagUih0SQu5nbwyHXGWRzwEfG_O2ucqXmen2IFSf_83Sj52fT_1TrDIICNiDEI1jh5r3/w640-h336/conferencia-de-berlim-og.webp" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><div>E voltando a Cultura Brasileira, não precisa ir muito longe em termos de exercício de observação para perceber o quanto a cultura brasileira é muito mais afro-indígena que grega. Quem estuda História sabe o quanto, apesar dos esforços das elites brasileiras para apagar nossa herança cultural africana e indígena, a resistência de nossos ancestrais foi firme o suficiente para sobreviver ao tempo, a dor, ao silenciamento e a tentativa de apagamento do qual a obra de Monteiro Lobato faz parte. A Grécia está em nós não por ser sublime ou melhor que tudo no mundo, mas por um processo de muita violência contra outras formas de ver, ser e estar no mundo.</div><div><br /></div><div>A Cultura Grega não é a maior cultura do mundo e, no entanto, isso não a torna desinteressante. Eu amo estudar a Antiguidade Grega e não deixei, por incrível que pareça, de aproveitar o mergulho dos personagens do Sítio do Picapau Amarelo na Atenas de Péricles, político grego de enorme renome, responsável por financiar os artistas que construíram o Partenon, famoso templo dedicado a Palas Atenas.</div><div><br /></div><div>São muitos diálogos nos quais somos apresentados à Arte Clássica, aos detalhes do surgimento da Grécia e seus povos, ao Teatro Grego, aos grandes escultores, aos grandes dramaturgos gregos. É uma narrativa muito eurocêntrica e carregada de preconceito em relação às culturas do Oriente Médio, do sul da África e do Oriente Médio, nem o Império Bizantino, pedaço sobrevivente do Império Romano escapou, coitado foi caracterizado como bárbaro (pág. 46). Mas, apesar das ressalvas, a leitura não deixa de ser uma experiência muito informativa e traz vários dados históricos que mesmo eu, Professora e Estudante conscienciosa de História , desconhecia ou não tinha tão organizadamente esquematizado em minha cabeça.</div><div> </div></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga52qGOdfPQnzm83Zot_CKEWx4YszjxEDTzE4PMKe4qrYGa6W6L3_6XRLV4k9HxIE0xg1x9CHaNiNRpl6iyr3kmtGS1dmxbvTruGQ7yPl4QJKlPIg0OSpsRQG_cdraUYM-NZOCPxzsjr8WDql1GCtdB6zsEMmKVkpiT3yqEjCzyc5OzkzUQoMRLqj9/s4128/20240103_145016.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga52qGOdfPQnzm83Zot_CKEWx4YszjxEDTzE4PMKe4qrYGa6W6L3_6XRLV4k9HxIE0xg1x9CHaNiNRpl6iyr3kmtGS1dmxbvTruGQ7yPl4QJKlPIg0OSpsRQG_cdraUYM-NZOCPxzsjr8WDql1GCtdB6zsEMmKVkpiT3yqEjCzyc5OzkzUQoMRLqj9/w640-h480/20240103_145016.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A propósito, quando começamos a estudar <b>História </b>uma das primeiras coisas que aprendemos é o quanto<b> a Escrita da História é resultado de um constante diálogo entre o presente e o passado e muitas vezes reflete bem mais as características do tempo no qual foi escrita do que as características do passado em si</b> e isso a gente vê muito em "O Minotauro". Tem uma passagem ótima quando Dona Benta conversa com os gregos sobre arte exaltando o humanismo grego em detrimento da arte moderna que mostra não como os gregos interpretariam a Arte Moderna caso estivessem diante dela, mas sim como o Lobato interpretava essa arte.</div><div style="text-align: justify;"></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>"... o futuro será motejado, e esta beleza será substituída por outra, isto é, pelo horrendo grotesco que para os meus modernos constituirá a última palavra da beleza. Com prova do que estou dizendo vou mostrar um papel que por acaso tenho aqui na bolsa - e Dona Benta, tirou da bolsa uma página de "arte moderna", onde havia a reprodução dumas esculturas e pinturas cubistas e futuristas.</b><span style="text-align: left;"> </span></div></blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>Péricles olhou para aquilo com espanto e mostrou-o a Fídias.</b><span style="text-align: left;"> </span></div></blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>- Mas é simplesmente grotesco, minha senhora! - disse depois. - Estas esculturam lembram-me obras rudimentares dos bárbaros da Ásia e das regiões núbias abaixo do Egito..."</b><span style="text-align: left;"> <b>(pág. 59)</b></span></div></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe024Uy5A5YHBkyRzCKgkEB6GJK8M6gwhoyX2FYNb4nwAp62epV9sFcV7pN4zji2S-YsJeV1yxeyjcTifEk6rz_DvM2wTzLYbVWrl9mnwxXJh3l0_22g_GfzwK6Od8qcr9zOZ8to4kuMq0megnGOr0qJ_mB7sGR78d8QKjWhSscBjUhB8sn-idu41A/s4128/20240103_145047.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe024Uy5A5YHBkyRzCKgkEB6GJK8M6gwhoyX2FYNb4nwAp62epV9sFcV7pN4zji2S-YsJeV1yxeyjcTifEk6rz_DvM2wTzLYbVWrl9mnwxXJh3l0_22g_GfzwK6Od8qcr9zOZ8to4kuMq0megnGOr0qJ_mB7sGR78d8QKjWhSscBjUhB8sn-idu41A/w640-h480/20240103_145047.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Enquanto Dona Benta debate História, Arte e Política na Atenas de Péricles, Pedrinho, Emília e o Visconde vão atrás de Tia Nastácia foi sequestrada e continua perdida. Narizinho não vai a lugar nenhum, ela fica com a Avó. Quando as crianças acalmam um pouco seu encantamento por estarem em um ambiente novo e voltam-se para o objetivo primordial de sua busca é também quando a gente se depara com falas absolutamente pesadas sobre Tia Nastácia que me deixam completamente absurdada com a insensibilidade de quem ainda defende Monteiro Lobato como um autor para crianças.</div></div><div style="text-align: justify;"><b></b></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>"- De que jeito tem essa criatura? - perguntou o pastor.</b><span style="text-align: left;"> </span></div></blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>- Uma beiçuda - respondeu Emília - com reumatismo na perna esquerda, nó na tripa, analfabeta, mil receitas de doces na cabeça, pé chato, gengiva cor de tomate, assassina de frangos, patos e perus, boleira aqui da pontinha, pipoqueira, cocadeira...</b></div><div style="text-align: justify;"><b>[...]</b><span style="text-align: left;"> </span></div></blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>- Uma negra pitadeira de um pito muito preto e fedorento... Não viu uma velha cor de carvão, de lenço vermelho de ramagens na cabeça e um par de beiços desde tamanho na boca? Se viu é ela." (pág. 107)</b></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><b></b></div><div style="text-align: justify;">Aliás, ao longo de todo o livro é muito frisado o quanto o afeto a Nastácia se deve e muito ao seu trabalho como cozinheira. As crianças sentem falta dela não como indivíduo, mas sim como trabalhadora. Eu fico pasma como normalizam uma mulher idosa de 70 anos trabalhando intensamente como Tia Nastácia trabalha e de forma não remunerada, pois já em "Reinações de Narizinho" Monteiro Lobato informa que ela é <b>"uma negra de estimação"</b>. Todo e qualquer livro do Sítio do Picapau Amarelo devia vir com um alerta de gatilho sobre RACISMO uma nota introdutória alertando as pessoas leitoras, notas de rodapé explicativas. A edição da Editora Globinho não tem nada disso.</div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgyON7NszZW6A6IZg5fKHlSBPdM7D4CFjaO71ykx8VSdUp5dBCEjKC3nN-PO6cYzoLi1WohZwG_9QIbhikXlWkpL0IZ-0HbR2H8v7uNRLNajV1Zo3NXehyphenhyphenDt4oQq7LThFzP_Zw9MGLzVnBHigmvIQDYFmpQ2coi7-NguQOoqkM6eVlZ5UQRqmvxwzU/s4128/20240103_145201.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgyON7NszZW6A6IZg5fKHlSBPdM7D4CFjaO71ykx8VSdUp5dBCEjKC3nN-PO6cYzoLi1WohZwG_9QIbhikXlWkpL0IZ-0HbR2H8v7uNRLNajV1Zo3NXehyphenhyphenDt4oQq7LThFzP_Zw9MGLzVnBHigmvIQDYFmpQ2coi7-NguQOoqkM6eVlZ5UQRqmvxwzU/w640-h480/20240103_145201.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">E seguindo para a conclusão desse texto, enquanto as crianças viviam suas aventuras, a Tia Nastácia estava presa no Labirinto do Minotauro, que pouco ou nada aparece na história, fazendo bolinhos para ele. Quando as crianças a encontram ela tem uma fala que é um verdadeiro monólogo dos mais comoventes que li sobre como as mulheres pobres negras e pardas se envolvem com as crianças as quais passam a vida cuidando das cozinhas de sinhá da vida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b></b></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>"Tive a ideia de fazer uns bolinhos, só para matar as saudades. Me lembrei de todos lá do sítio e disse comigo: 'vou fazer pela última vez o que eles gostavam tanto' [...] Fiz os bolinhos só por fazer, só pra me lembrar da minha gente lá do sítio... [...] eu ia frigindo os bolinhos e botando numa peneira. E dizia: 'Este é pra Narizinho, este pra Emília, este é pra Pedrinho, este pro Visconde, este é pro Quindim, este é pro Conselheiro...'. (pág. 238-239)</b></div></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">É muita solidão! Uma mulher idosa sem família consanguínea nenhuma, chamando de sua gente pessoas para as quais ela trabalha sem perspectiva de descanso. Quando ela diz:<b> "- Pois é, foi o bolinho que me salvou. Nunca pensei..."</b>, pois o monstro passou a se alimentar dos bolinhos dela, Emília responde prontamente:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b></b></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>"Sim, você está salva, Tia Nastácia, e vai voltar para o Picapau, e vai continuar por toda a vida a fazer bolinhos para nós. Vê como é bom saber fazer uma coisa bem-feita?" (pág. 239).</b></div></blockquote><p style="text-align: justify;">Inclusive o livro termina com Nastácia cozinhando para todos os gregos famosos do mundo da escultura, do teatro e da política na casa de Péricles onde Dona Benta se hospedou enquanto estava em Atenas. A pessoa é sequestrada, passa dias cozinhando para um monstro dentro de um labirinto e ao ser libertada o povo já joga ela de novo na cozinha. Aliás, a últimas das prioridades de todos os personagens ao longo de todo o livro foi buscar a boa idosa.</p><p style="text-align: justify;">Por fim, se na infância eu não gostava de Emília, hoje em dia detesto. É a personagem que fala as piores atrocidades, me identifiquei muito com Narizinho quando ela teve vontade de jogar a boneca aos tubarões (pág. 23).</p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-79448267797398857462023-12-24T11:59:00.001-03:002023-12-24T12:01:21.480-03:00Exposição "Comigo Ninguém Pode: a pintura de Jeff Alan"<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtPassQJmgr4QbwGT2p1Ju_iTOlqN31Ogh89AXpZv9NEfsHn7zcEB-ZDwkPJKXPYJ4bwz29eZi_hvd6UjHOO4nXfUHQQHx2s6uH1-PnhQxUyiRdofR2Q1Gm_G7crpdHi6Um-COo0kyOCCTTqwGn69DUdxpgf_Lp1vKcUc1IMzHx_6nzwvjCXDJIVLR/s4128/20231224_100424.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtPassQJmgr4QbwGT2p1Ju_iTOlqN31Ogh89AXpZv9NEfsHn7zcEB-ZDwkPJKXPYJ4bwz29eZi_hvd6UjHOO4nXfUHQQHx2s6uH1-PnhQxUyiRdofR2Q1Gm_G7crpdHi6Um-COo0kyOCCTTqwGn69DUdxpgf_Lp1vKcUc1IMzHx_6nzwvjCXDJIVLR/w640-h480/20231224_100424.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O Ano Letivo 2023 acabou sexta-feira em Jaboatão dos Guararapes, agora só falta o Conselho de Classe do 4º Bimestre e a Confraternização dos funcionários da escola a ser realizada no dia 29/12, e, para concluir meus registros desse ano gostaria de registrar que levamos 45 estudantes dos 8º Anos e 45 dos 6º Anos para vivenciarem a experiência de ir em uma exposição de arte no Espaço Caixa Cultural no Marco Zero do Recife.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Nem só de fracassos pedagógicos se vive, vez ou outra nós temos um momento ou outro de sucesso e achei que essa experiência foi bem exitosa. Foi maravilhoso ver meus e minhas estudantes que são majoritariamente negros e negras desfrutando da experiência de se verem protagonistas de algo que não seja cenas de violência de todo tipo.<span><a name='more'></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq_iLUcqe43jAVFDZ9cXZyu-H4LQ7kfZW9wAl6mkxo45PEHqMI_3vzhDW1fEgIy6yCUyWnTNv7CRUMk3aFBVfuDevR8bzYNMaoVvNnwgGzM8ffAYgf61mZQdO7mFh4Wf5HHNA0V39jSapTEKCcW9EHDIgs7bKD8TatflqMZI2qBqvrNJO7mE1KeYbf/s1160/IMG-20231213-WA0033.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="868" data-original-width="1160" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq_iLUcqe43jAVFDZ9cXZyu-H4LQ7kfZW9wAl6mkxo45PEHqMI_3vzhDW1fEgIy6yCUyWnTNv7CRUMk3aFBVfuDevR8bzYNMaoVvNnwgGzM8ffAYgf61mZQdO7mFh4Wf5HHNA0V39jSapTEKCcW9EHDIgs7bKD8TatflqMZI2qBqvrNJO7mE1KeYbf/w640-h478/IMG-20231213-WA0033.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O Jeff Alan é um artista negro, recifense, periférico e de renome internacional. Nessa exposição ele retrata pessoas de seu cotidiano, a si mesmo, estudantes no caminho da escola, homens e mulheres entendendo que somos pessoas com muitos sonhos e que carecemos de muita coragem para realizar nossos sonhos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1GtHtxTU38dalXVpwmT7oYIL-UiY6AYh8NhIkL8bdJjKZOzepw24lqb8YA5UPq4SAJCceoSee1kYkiwtQ0ePRqq4ZAzNMr6rIo97JfRy7viqsuZh8_7Bj4SEuqqCdH9TPtHSuMV8by8FrcckBZaLTmhpZdibCFyHwpSVzhQthS6FWabh8zrPSWK4I/s4128/20231212_144539.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1GtHtxTU38dalXVpwmT7oYIL-UiY6AYh8NhIkL8bdJjKZOzepw24lqb8YA5UPq4SAJCceoSee1kYkiwtQ0ePRqq4ZAzNMr6rIo97JfRy7viqsuZh8_7Bj4SEuqqCdH9TPtHSuMV8by8FrcckBZaLTmhpZdibCFyHwpSVzhQthS6FWabh8zrPSWK4I/w480-h640/20231212_144539.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Amei cada quadro e amei muito mais ter a possibilidade de desfrutar de um espaço que amo junto com meus estudantes. Isso é a realização de um sonho, do meu sonho de professora, o sonho de desfrutar da vida, da arte, dos lugares bonitos da cidade junto com meus estudantes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-hcnlXo7kQF5ZCICh1RyVVvXHeS2zjWd6v0OaDM2wh9xxtbNCm2S9DE_yCTxG7EV7evo6LdjzsX-Zr1v6gyQco37fcDC1_5kWyATz6A7fFBe4nJUdlmd9ycDgUBCrQSEP7p7X3s9kHWomK0o3o1H64kAxkSU3ShhGDTpG3B6waG6xjeINqpPjraza/s4128/20231213_101818.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-hcnlXo7kQF5ZCICh1RyVVvXHeS2zjWd6v0OaDM2wh9xxtbNCm2S9DE_yCTxG7EV7evo6LdjzsX-Zr1v6gyQco37fcDC1_5kWyATz6A7fFBe4nJUdlmd9ycDgUBCrQSEP7p7X3s9kHWomK0o3o1H64kAxkSU3ShhGDTpG3B6waG6xjeINqpPjraza/w640-h480/20231213_101818.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDQcBehIf4IY99f1j2CELH9KfmX4dl3LkWwcswhWMQRkpS1m6lIDxlZqwdTbbEB4VMNeN-TpkENJs_3kQSKk1jlc89AfZSZrczlxZH2xhza1DumZFLm_miy42kHxFPBViPqgEsfKcHj2oSloLJQA9WQtUFjgRqk07uWuChzRsxjKOPIuPdGZ-_cZgp/s4128/20231213_105012.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDQcBehIf4IY99f1j2CELH9KfmX4dl3LkWwcswhWMQRkpS1m6lIDxlZqwdTbbEB4VMNeN-TpkENJs_3kQSKk1jlc89AfZSZrczlxZH2xhza1DumZFLm_miy42kHxFPBViPqgEsfKcHj2oSloLJQA9WQtUFjgRqk07uWuChzRsxjKOPIuPdGZ-_cZgp/w640-h480/20231213_105012.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRc83PbiH1VTHugIK-X793_1Q8Kvj6nMqnGDsTmE_yfh3-7Ae6KnPaQWxVPbz3YvQnowFqx-Z20hfphdJKoggjXPNeCpX7-j1b6GKpe-y1CSsVWl9gzyhBmpvZYFULa9Zs4dPe__2eCQinf_O8BGcd9UsNiQcdMPP9AUn9wUuE_bNakyuDOfWlXL64/s1600/IMG-20231213-WA0027.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRc83PbiH1VTHugIK-X793_1Q8Kvj6nMqnGDsTmE_yfh3-7Ae6KnPaQWxVPbz3YvQnowFqx-Z20hfphdJKoggjXPNeCpX7-j1b6GKpe-y1CSsVWl9gzyhBmpvZYFULa9Zs4dPe__2eCQinf_O8BGcd9UsNiQcdMPP9AUn9wUuE_bNakyuDOfWlXL64/w640-h478/IMG-20231213-WA0027.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcy_LBsoCgDgN_sO9nX03bUO_1NGmk6bt7T0LeAZxAODw2W6xZGBjv_EK8IJq-zj33O03u-Skb7u2vgrkIWO3lXzQG823UZ6pJhe_QCvk4k_9UARH7xSU_VCJXiMVEbr_tqj5Rc-Ub7H0KG8JxotopaosS6gAhElxlbKwlHoLBhXT3ejKOVXXvovo7/s1160/IMG-20231213-WA0033.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="868" data-original-width="1160" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcy_LBsoCgDgN_sO9nX03bUO_1NGmk6bt7T0LeAZxAODw2W6xZGBjv_EK8IJq-zj33O03u-Skb7u2vgrkIWO3lXzQG823UZ6pJhe_QCvk4k_9UARH7xSU_VCJXiMVEbr_tqj5Rc-Ub7H0KG8JxotopaosS6gAhElxlbKwlHoLBhXT3ejKOVXXvovo7/w640-h478/IMG-20231213-WA0033.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Aproveitamos para desfrutar do ambiente externo a Caixa Cultural, fomos ao Marco Zero em si tirar foto no nome RECIFE, os 8º anos ainda foram visitar o Museu Paço do Frevo, os 6º não foram ao Paço por serem menos e mais agitados e a gente precisar ter um cuidado maior com o horário de traze-los de volta para casa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyk8HMFOlUJI6Y0zVKAV_xN0a_FR8gKdXRSciL1e26r4MToTCHVkHnW8v9pKn1Ixdx9_RHfUl7YdScjSSCDkyiJDw9W30gKkhL8KwB1LJiYk2A4FY7C7jiytzHcebJyph_9CpK9rqJu9easDeNdJd_V-puYNZasxQD3IlRDY6xoBMvpgbTvmyrWdO3/s1600/IMG-20231213-WA0025.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyk8HMFOlUJI6Y0zVKAV_xN0a_FR8gKdXRSciL1e26r4MToTCHVkHnW8v9pKn1Ixdx9_RHfUl7YdScjSSCDkyiJDw9W30gKkhL8KwB1LJiYk2A4FY7C7jiytzHcebJyph_9CpK9rqJu9easDeNdJd_V-puYNZasxQD3IlRDY6xoBMvpgbTvmyrWdO3/w640-h478/IMG-20231213-WA0025.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Adorei essa imagem na qual vou caminha em direção aos estudantes... tem qualquer coisa do esforço da minha vida que consistem em ir de encontro a essas crianças e fazer alguma diferença positiva na trajetória deles e delas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizQ32DcEmLF55f6AzRg2VYYjxwttHRd7ICJ83ceMo7mEULKfLr2tEMXOcivK_A4asD5QNLXcOCOmgMU2thEkrvOk3Ztdk8cJvlNmWRErvgK5TfMvrFTGwR12T5hjnicsS7NQOdfWMd7GUX66X9aUNkDKnsi-D9r6UaM-sJEkr0E3ACaVxJvbGO2pXA/s1600/IMG-20231213-WA0057.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizQ32DcEmLF55f6AzRg2VYYjxwttHRd7ICJ83ceMo7mEULKfLr2tEMXOcivK_A4asD5QNLXcOCOmgMU2thEkrvOk3Ztdk8cJvlNmWRErvgK5TfMvrFTGwR12T5hjnicsS7NQOdfWMd7GUX66X9aUNkDKnsi-D9r6UaM-sJEkr0E3ACaVxJvbGO2pXA/w640-h478/IMG-20231213-WA0057.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4wpbLyarzrFJHy1yYby0w2QlSJGzT_vedBk96dJUYgIrLxMvE6sovPeQt37BahU8-YlvoOsdH-nYGn_oa8wT4c28UdbODB01eh9LIjwpJbZjk2yhzd63K8FO_znLihgilWafopPrMSP2qRmddM1Zfd0AdyKt_Zfjxt1thpXzq1YNSz7w3ZpjLTtAC/s4128/20231212_152436.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4wpbLyarzrFJHy1yYby0w2QlSJGzT_vedBk96dJUYgIrLxMvE6sovPeQt37BahU8-YlvoOsdH-nYGn_oa8wT4c28UdbODB01eh9LIjwpJbZjk2yhzd63K8FO_znLihgilWafopPrMSP2qRmddM1Zfd0AdyKt_Zfjxt1thpXzq1YNSz7w3ZpjLTtAC/w640-h480/20231212_152436.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">A sim, esses momentos de aprendizagem fora dos muros da escola só foram possíveis graças a Ana Paula, profª de Educação Física, Darlan, profº de Geografia, Lourdes, profº de apoio, Marili e Ana, nossas Supervisoras Educacionais e Mauricio, Profº de Artes. Foi maravilhoso!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><b><blockquote>Por fim, gostaria de deseja Feliz Natal a todos e todas e todes que passam por aqui! Obrigada por todos os comentários carinhosos! Desejo que coisas boas nos aconteçam que nessa noite mágica Jesus nos visite e realize os desejos do nosso coração. Que dias melhores aconteçam, boas parcerias floresçam, nossas crianças possam crescer com alegria e ternura realizando seus sonhos.</blockquote></b></div></div><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-84115924488211087302023-12-21T13:21:00.001-03:002023-12-21T13:25:58.218-03:00Diário de Novembro de 2023: Pombos, Bonito, Moreno, Caruaru & Recife.<p style="text-align: justify;">Abri o blogger alguns dias atrás com a intenção de dar uma olhadinha nas coisas sobre as quais as pessoas amigas estão falando, entrei no blog da Débora <a href="https://conthistd.blogspot.com/" target="_blank"><b>"Contadora de História"</b></a> e encontrei uma sequência de post formando um <a href="https://conthistd.blogspot.com/search/label/Por%20a%C3%AD" target="_blank"><b>"Diário de Viagem"</b></a> muito gostoso de ler. Baseada nessa vibração comecei a montar um post com pequenos registros de coisas que fiz em novembro para não deixar as lembranças se perderem.</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin5eXqZiPhq4iy5rWJjbfj4ISO4AmsNwZRNXtN43mmOz5i_3OnarqYLCZUS9eFfnABJ1zXKDmwzxDFyoh18WlSaOIFGnyJm4vmklzzVVJJpoEAeAxnxiZvCYCOCoAIPLZOE_PXrEKMV08P-fNJ46a8OGnrlr9d68thKcgdljUV76tgzFd6PBBQ1lBk/s4128/20231220_093714.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin5eXqZiPhq4iy5rWJjbfj4ISO4AmsNwZRNXtN43mmOz5i_3OnarqYLCZUS9eFfnABJ1zXKDmwzxDFyoh18WlSaOIFGnyJm4vmklzzVVJJpoEAeAxnxiZvCYCOCoAIPLZOE_PXrEKMV08P-fNJ46a8OGnrlr9d68thKcgdljUV76tgzFd6PBBQ1lBk/w640-h480/20231220_093714.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Como é comum na vida das professoras, esses meses finais do ano costumam ser muito intensos, sugam nossa alma, espírito e corpo, por isso o post demorou a ser concluído. Só estou concluindo ele agora por já ter terminado a atualização das cadernetas on-line, minha única pendência são as recuperações finais de duas dúzias de estudantes. A imagem de capa desse post é Lion, por motivos dele ser a coisinha mais linda do meu multiverso, comentei em meu último post que ele estava adoentado e folgo em dizer: ele melhorou, Graças a Deus!</div><span><a name='more'></a></span><p></p><p style="text-align: justify;">Silas, meu ex-aluno e filho de minha amiga Rosimere, precisava fazer uma prova de concurso na cidade de <b>Pombos</b>, como a cidade fica próxima a Vitória de Santo Antão, acabei indo junto para dar aquela força e aproveitar para conhecer mais uma cidade vizinha.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjroj3PsZWCz0GOWlqX-Gyv0ND1WbA8IRn-G9e5vJUX9IYZ6gi-urUxj9ez7qq3q2SF91ZVtTnM2X2dq4Q4gI7sH3fKQqlHSG7aJShp0SIKNHFifuamzNoh8r-CoPp5M3RUPD66m8mWJ8VptEXltPuab9CTDtt-NYvXW2i88hp3mM6mrFjTBa7oOGTP/s1280/maxresdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjroj3PsZWCz0GOWlqX-Gyv0ND1WbA8IRn-G9e5vJUX9IYZ6gi-urUxj9ez7qq3q2SF91ZVtTnM2X2dq4Q4gI7sH3fKQqlHSG7aJShp0SIKNHFifuamzNoh8r-CoPp5M3RUPD66m8mWJ8VptEXltPuab9CTDtt-NYvXW2i88hp3mM6mrFjTBa7oOGTP/w640-h360/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Pombos é aquela cidade pequena, já foi inclusive distrito de Vitória. É fácil de chegar pois é cortada pela BR-232, sendo assim os ônibus com destino a Caruaru, Bonito, Garanhuns etc. passam por ela indo e voltando. Ah, propósito, também é possível ir de uber, mas não é possível sair de uber, a única forma de sair é lotação ou esperar os ônibus intermunicipais.</p><div style="text-align: justify;">Pombos não tem muito a oferecer em termos de turismo, mas eu e Rosi, ainda assim acabamos aproveitando o cenário da <b>"Paróquia Nossa Senhora dos Impossíveis e São João Batista"</b> para tirar umas fotos. Mesmo tendo cancelado minha conta no instagram, entendo o valor de produzir e guardar imagens de si para acompanhar as mudanças no corpo, na postura, na vida. Entendo bem o valor do registro, o que atualmente me falta é entender o valor da publicação massiva desses registros nas redes sociais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ELql_BERnyxI0UgzXowHQnlc6K5M6hA_AunmeEWhycE6K1LD5S_GtDxgqgMpan3XQswfOMYR2AESKPwkljbb5ALKtR_hFg42KN15Td62rJcXldLDBT-Nz0e8f6lCtVDQiNS0oDBi3M2g36_r5-lLyRBxRQsAhH9R81rN-MAiOLN5hVoLKJNvaefe/s1280/IMG-20231119-WA0025.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="963" data-original-width="1280" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ELql_BERnyxI0UgzXowHQnlc6K5M6hA_AunmeEWhycE6K1LD5S_GtDxgqgMpan3XQswfOMYR2AESKPwkljbb5ALKtR_hFg42KN15Td62rJcXldLDBT-Nz0e8f6lCtVDQiNS0oDBi3M2g36_r5-lLyRBxRQsAhH9R81rN-MAiOLN5hVoLKJNvaefe/w640-h482/IMG-20231119-WA0025.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div>Voltando ao tema de nosso passeio a Pombos, Silas estava bem nervoso antes da prova e foi um dos últimos a sair do prédio, parecia um zumbi no final, mas achou a experiência tranquila. Estamos aguardando o resultado, porém sem muita pressão, foi só o primeiro concurso dele, ele é bem jovem, acabou de terminar o Ensino Médio, ainda tem muita coisa para viver.</div><div><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD5VAxDt3lmzROC-dKgSghc4RIFU2rQxcEb9Y99psHGEx6PBp3E4lUuyXXjWxv1k_mR2TiXKbb-bSURX2rZR6OQs-rtY2stbbH69aCERJTK2_j9o8ZWwaw_PfLgMQtgsUl8BBmjSkCe2NaNTRmxc2_DaCUIETdgZgdR4pYVw-SZnLwd32IKkfkfPrx/s1599/IMG-20231119-WA0023.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD5VAxDt3lmzROC-dKgSghc4RIFU2rQxcEb9Y99psHGEx6PBp3E4lUuyXXjWxv1k_mR2TiXKbb-bSURX2rZR6OQs-rtY2stbbH69aCERJTK2_j9o8ZWwaw_PfLgMQtgsUl8BBmjSkCe2NaNTRmxc2_DaCUIETdgZgdR4pYVw-SZnLwd32IKkfkfPrx/w480-h640/IMG-20231119-WA0023.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Enquanto ele fazia a prova, para matar o tempo e contornar o nervosismo da mãe dele também, fomos andar pela cidade. Conhecemos a praça central e fizemos um lanche enquanto falávamos sobre a vida, os amores, desamores, o crescimento das crianças, os planos para o futuro, os desafios para a concretização desses planos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLVMAiphmPdMzJaPwG7N45ZY07ur1gQfJ_zVWmHH7tcHQNdUNCwvgJTCYKvL-OzJtzJd4FMRVNk05skM0-N8YqIeqm8UJsGx2v2cCXNA_B0_Lapl5qs0cNJQYAsfiijjW-TwHHa4w_zduIcv3H_BDgSdrXCRTxUvmcOxB8aie_o9v6yhLW2m-pj7C4/s1600/IMG-20231119-WA0022.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLVMAiphmPdMzJaPwG7N45ZY07ur1gQfJ_zVWmHH7tcHQNdUNCwvgJTCYKvL-OzJtzJd4FMRVNk05skM0-N8YqIeqm8UJsGx2v2cCXNA_B0_Lapl5qs0cNJQYAsfiijjW-TwHHa4w_zduIcv3H_BDgSdrXCRTxUvmcOxB8aie_o9v6yhLW2m-pj7C4/w482-h640/IMG-20231119-WA0022.jpg" width="482" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">No conjunto vivemos uma tarde de domingo muito agradável e leve.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYw3g2OhGjMSXV-KbLiQjvMk_Agr__hyz4qPGXFjloFsskuTPudgRpdb8NrJ-Q_fm2RJPsdaH8eqS-GMFGV2UMdDzLLN-XQuCqcSfagPgJ6HKiIVgk9_KvnqOMTGhWhCqqBo91Hkd-rXDk6KxVkPyrFlR8O9MVSEz-KX_8Jb91hzk9ATMNQMX_YD79/s1152/IMG-20231119-WA0030.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="864" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYw3g2OhGjMSXV-KbLiQjvMk_Agr__hyz4qPGXFjloFsskuTPudgRpdb8NrJ-Q_fm2RJPsdaH8eqS-GMFGV2UMdDzLLN-XQuCqcSfagPgJ6HKiIVgk9_KvnqOMTGhWhCqqBo91Hkd-rXDk6KxVkPyrFlR8O9MVSEz-KX_8Jb91hzk9ATMNQMX_YD79/w480-h640/IMG-20231119-WA0030.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2giVVqWrMGi0qOshqtgG9s-OHOO0QzAV0TeBHCC2ulknYAoONQCFrZMnVipwzwWVsblpXIGNaDgijWMTLUpVXo-N1nid9rlLY_JzLMmJGuMVo3Ug0vUxdQd6QQR7PX6lOUjsqGKFYB1DZpmQ5p-LoRMRez1NNjZNviEk9lhPuwQ_zIYtUjpDiSx7w/s1599/IMG-20231119-WA0021.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2giVVqWrMGi0qOshqtgG9s-OHOO0QzAV0TeBHCC2ulknYAoONQCFrZMnVipwzwWVsblpXIGNaDgijWMTLUpVXo-N1nid9rlLY_JzLMmJGuMVo3Ug0vUxdQd6QQR7PX6lOUjsqGKFYB1DZpmQ5p-LoRMRez1NNjZNviEk9lhPuwQ_zIYtUjpDiSx7w/w480-h640/IMG-20231119-WA0021.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Outro momento de novembro foi um "bate & volta" em Bonito para passar o dia em um hotel com piscinas, laguinho e coisas do gênero.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNHNHn-wf4PIgRxd2WVGuBQEWhY8S2RJp8Rs_Wtl_1pGHmLXoi8Q1iWvrfDZICWSE9FTu73Gsk4jXmOLeU9xJfO7J9pWa5piY7qAb_4LRpkU4zF_dR47HTlg8YVRhvcNqp6EoSJ_aQXlssiho-7amRu44PvJ7yG6qMTyKgh82BfDxiTAcYZQ-j0PMy/s4128/20231115_121549.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNHNHn-wf4PIgRxd2WVGuBQEWhY8S2RJp8Rs_Wtl_1pGHmLXoi8Q1iWvrfDZICWSE9FTu73Gsk4jXmOLeU9xJfO7J9pWa5piY7qAb_4LRpkU4zF_dR47HTlg8YVRhvcNqp6EoSJ_aQXlssiho-7amRu44PvJ7yG6qMTyKgh82BfDxiTAcYZQ-j0PMy/w640-h480/20231115_121549.jpg" width="640" /></a></div><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Confesso que estava bastante enfadada nesse dia, não consegui aproveitar tanto quanto gostaria, mas me rendeu fotos que amei profundamente e gostaria de colar nas páginas de algum lugar e esse lugar vai ser aqui mesmo.</div></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTcy7_g4mGL2UZuekmW1LwtqKGORNf4KOTKT5oH_o6v9FtB8F-bVTR7vuXgJyVnsiJcvlCwPNd-1mooz5SSlNhpN4dItu3EBER96h1AlsnhF0X7mnhQegt2IvL5N9i2RxJkko2j13YRQGvtrC0WodBeWGgsRVct6AgDlOSV29CGOsYEtTSfnWB2dT5/s4128/20231115_101932.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTcy7_g4mGL2UZuekmW1LwtqKGORNf4KOTKT5oH_o6v9FtB8F-bVTR7vuXgJyVnsiJcvlCwPNd-1mooz5SSlNhpN4dItu3EBER96h1AlsnhF0X7mnhQegt2IvL5N9i2RxJkko2j13YRQGvtrC0WodBeWGgsRVct6AgDlOSV29CGOsYEtTSfnWB2dT5/w480-h640/20231115_101932.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZUXcxm3ev_iaiue2hgQgeW9y0W8N76GCKCxiSuiw4bXXutpLrSTvaDGjNfydf_5iz9NaBUFmRQkFBDxF7jt6__XrY1zAHA0P7LBJ3fXiABWvEMUE4QXyew5JzRrhN4QNYysGlCoiDsppdYsUpsyjYvckruAU6TsX3K3zIi-SohkCTWxGSRF_fni_L/s4128/20231115_101921.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZUXcxm3ev_iaiue2hgQgeW9y0W8N76GCKCxiSuiw4bXXutpLrSTvaDGjNfydf_5iz9NaBUFmRQkFBDxF7jt6__XrY1zAHA0P7LBJ3fXiABWvEMUE4QXyew5JzRrhN4QNYysGlCoiDsppdYsUpsyjYvckruAU6TsX3K3zIi-SohkCTWxGSRF_fni_L/w480-h640/20231115_101921.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Outro evento marcante foi o aniversário de Silas. Ele mora em Moreno, outra cidade vizinha de Vitória, porém bem mais acessível que Pombos, pois integra a Região Metropolitana do Recife (quase saindo dela, é verdade, mas integra). Teve festa para 5 pessoas, muita conversa, bolo, salgadinhos, doces e mais uma voltinha na praça. Uma das coisas que mais gosto em viver minha vida em cidades fora, ou quase fora, da Região Metropolitana do Recife é a existência das praças como locais de vivência comunitária. Ir na praça tomar um sorvete, comer um pastel, tirar uma foto na fonte de água para mim é o auge.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho0Kv2msO0oBK8bu5VRne4IVtSf6k3Iou8-sU3dh4foaKuHsAiI2n1nFFCkBbEeQMwyamtzTHdDnI6zht9MQmdwBQR0_ebjQvLt9ss6e9_yE9KDh2XsgeYJPBeNlw4sRtMWXB7OrSt64abG_XVBukzUd1AobL199OKOYLSUfG99cDn5phpneyIT3BC/s1579/IMG-20231125-WA0072.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1579" data-original-width="1052" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho0Kv2msO0oBK8bu5VRne4IVtSf6k3Iou8-sU3dh4foaKuHsAiI2n1nFFCkBbEeQMwyamtzTHdDnI6zht9MQmdwBQR0_ebjQvLt9ss6e9_yE9KDh2XsgeYJPBeNlw4sRtMWXB7OrSt64abG_XVBukzUd1AobL199OKOYLSUfG99cDn5phpneyIT3BC/w426-h640/IMG-20231125-WA0072.jpg" width="426" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwF_SOm_2-_QRG_1U2ZESwoplsXIEebZC_sON9gvoxhGWcVM6BGCUvUgwA4DUbL81NJe7uEO807dm_C8Qt8VAh4x4c0AmGAVieE5NZZFL_-JOnVCXROurUYCyl7uXvPK6tVLXvdHKL8p9VvmFlh1hcPUnSu6VrOypi1P2GTSwrXCy49a7ko3tVdoDb/s1599/IMG-20231125-WA0097.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwF_SOm_2-_QRG_1U2ZESwoplsXIEebZC_sON9gvoxhGWcVM6BGCUvUgwA4DUbL81NJe7uEO807dm_C8Qt8VAh4x4c0AmGAVieE5NZZFL_-JOnVCXROurUYCyl7uXvPK6tVLXvdHKL8p9VvmFlh1hcPUnSu6VrOypi1P2GTSwrXCy49a7ko3tVdoDb/w480-h640/IMG-20231125-WA0097.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhICSJwKSiaj2Idht-GnCokNYHMbRNNJGfOVZZaCDg0ygpQ-dIQc9mmGB-QJIlGChM4Cgsjd88nbQcY-2d39BtoFpRggSHdHrbkJAfEAOhyphenhyphenZhhJSF4MqtZfQyS8ihAJmjPbpaOhuCNTDu8ZtuLiMII_xilouWzxeoTZJfR5pBlTV5tHKNFphCsSfZJb/s1600/IMG-20231125-WA0093.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhICSJwKSiaj2Idht-GnCokNYHMbRNNJGfOVZZaCDg0ygpQ-dIQc9mmGB-QJIlGChM4Cgsjd88nbQcY-2d39BtoFpRggSHdHrbkJAfEAOhyphenhyphenZhhJSF4MqtZfQyS8ihAJmjPbpaOhuCNTDu8ZtuLiMII_xilouWzxeoTZJfR5pBlTV5tHKNFphCsSfZJb/w482-h640/IMG-20231125-WA0093.jpg" width="482" /></a></div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Outra aventura de Novembro foi ir a Caruaru comprar roupas para viver o ano de 2024. Caruaru de dia é quenteeeee, como se espera de uma cidade localizada no Agreste de Pernambuco. Ao longo da tarde o calor vai cedendo e a noite vai se tornando bem fria. O que me causa o maior estranhamento da vida é o fato de tanto o frio quanto o calor em Caruaru ser seco, por ter vivido toda minha vida em regiões próximas ao litoral estou acostumada a certa umidade no ar e ausência dela me deixou levemente aflita.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghYWvPk-kDd0SgPcjgQ3oKKuxzNgAFAtvkLAnVpAb18Ehfc-Ei7fFs5DFdfOUzv6fSQVwa5_h3tY67l4JfgOFhUwOD7DwMSPDCVNYPCa80yf9l7nTBIJT1urC3lWNEknmnXBJ_dkkYegd2Qk7XtV8wR-uSE_7piTt9tfDV78zRWihFq-WO07W18Bbl/s1280/IMG-20231130-WA0074.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="963" data-original-width="1280" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghYWvPk-kDd0SgPcjgQ3oKKuxzNgAFAtvkLAnVpAb18Ehfc-Ei7fFs5DFdfOUzv6fSQVwa5_h3tY67l4JfgOFhUwOD7DwMSPDCVNYPCa80yf9l7nTBIJT1urC3lWNEknmnXBJ_dkkYegd2Qk7XtV8wR-uSE_7piTt9tfDV78zRWihFq-WO07W18Bbl/w640-h482/IMG-20231130-WA0074.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em Caruaru, aproveitamos para encontrar Goreti, amiga de longa data de Rosi, a qual acabei pegando afeto também. Ela tem um ótimo papo, é totalmente sem frescura, nos recebe quando vamos a Caruaru e torna nossas passadas por lá muito melhores do que poderiam ser sem ela.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A foto abaixo poderia ter aquelas legendas: <b>"Deixe elas, elas são professoras, elas estão gastaram o adiantamento do décimo em roupa, elas são o cão!"</b></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTA7RWChQ5HDRTMgLoknl0x_hbim192yCv0xaaFxgr2ZDIcK2m7kuIoP9gn7YgmHJ-dbe42B6dD60B3RPvUzAMEwfrw_nm8S0oAG65DEJB4Uepindkk7tLC3Orc8MV0f4nXJD16-55TYuXeyOuhb_2efrfRTpTvxutBG5CS0ddWVJ1H9X3Kt0LMdcI/s1280/IMG-20231130-WA0073.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="963" data-original-width="1280" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTA7RWChQ5HDRTMgLoknl0x_hbim192yCv0xaaFxgr2ZDIcK2m7kuIoP9gn7YgmHJ-dbe42B6dD60B3RPvUzAMEwfrw_nm8S0oAG65DEJB4Uepindkk7tLC3Orc8MV0f4nXJD16-55TYuXeyOuhb_2efrfRTpTvxutBG5CS0ddWVJ1H9X3Kt0LMdcI/w640-h482/IMG-20231130-WA0073.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Pernambuco é um estado horizontalmente grande dividido em Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão. Vivi os primeiros trinta anos da minha vida no Litoral, atualmente resido no centro da Zona da Mata Sul onde se localiza Vitória e Pombos, Moreno teoricamente faz parte da Região Metropolitana do Recife, mas a cultura social da cidade dialoga muito mais com a Zona da Mata Sul. Caruaru é considerada a capital do Agreste, trata-se de uma cidade com ar de centro comercial, o que de fato é, um polo revendedor a grosso e a varejo de roupas e tudo o mais que se possa imaginar. Caruaru ainda tem em si a força do São João, em junho cerca de quatro milhões de pessoas se dirigem a ela para viver essa festa popular importantíssima para nós nordestinos.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Parece mentira, mas ainda deu tempo de dá um pulo em Recife com o intuito de vê a <b>"Exposição Armorial 50 Anos"</b> em cartaz no <b>Museu do Estado de Pernambuco</b> na companhia de Gisele. Essa exposição por si só merecia um post inteiro para ela, inclusive tirei fotos para tornar esse post possível, todavia, só Deus sabe se terei forças para fazer tal coisa. Fica aqui o registro simples de outra tarde de domingo agradável cheia de arte e cultura pernambucana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheJWVlAaQBgGzQS9Cya2DmUcwB_cCXL-5otUY88ulgsaPwFHAjc-p4oCuJQHKztD4gj4CgZoQ5hOfQhU3y2OGEpGN0vlUOvlBRDR0WEwcFknGOnTY14waaJV_LugEy1799_BeP-CKrCykI4viiLg84mvBG5tGIQ2p8hN4JRKAnmyFD9cTuq2caP5-o/s1599/IMG-20231126-WA0016.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheJWVlAaQBgGzQS9Cya2DmUcwB_cCXL-5otUY88ulgsaPwFHAjc-p4oCuJQHKztD4gj4CgZoQ5hOfQhU3y2OGEpGN0vlUOvlBRDR0WEwcFknGOnTY14waaJV_LugEy1799_BeP-CKrCykI4viiLg84mvBG5tGIQ2p8hN4JRKAnmyFD9cTuq2caP5-o/w480-h640/IMG-20231126-WA0016.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8mbJlH9GNktgUXs_3NzD8ByP-wFcMTfZLsCBfue8uu7PIe0saIgdNaDwqNSH0unB26YKBqg9iZz-bH3Dzovl4vTInBMw9RjP2Xq9_3NYpphSypee76QJP5m4fr6vkRnVrt1ApBmtcV65fpCSiJUROfSXwdKv2Do_7LwRWuNGw7aC45HJseEpTHZXz/s4128/20231126_150226.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8mbJlH9GNktgUXs_3NzD8ByP-wFcMTfZLsCBfue8uu7PIe0saIgdNaDwqNSH0unB26YKBqg9iZz-bH3Dzovl4vTInBMw9RjP2Xq9_3NYpphSypee76QJP5m4fr6vkRnVrt1ApBmtcV65fpCSiJUROfSXwdKv2Do_7LwRWuNGw7aC45HJseEpTHZXz/w640-h480/20231126_150226.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihoTIn7bJzRqIowppSUQjpiChhqvep8lFzXy1D3qJ0P1dIt5NcMxUtn5s-Zb0gSl3z-rWtDBWldLojGDD56zM6yNReVZ9JdgWOwUfBko-xEZsRpBymbP_AsB5JawPJV13WBz2AYvKFuPT-wDNlW2wHKa0AcqX8mGQ6IZdkLZl3IjAcAXnzmtkeuD3w/s4128/20231126_150631.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihoTIn7bJzRqIowppSUQjpiChhqvep8lFzXy1D3qJ0P1dIt5NcMxUtn5s-Zb0gSl3z-rWtDBWldLojGDD56zM6yNReVZ9JdgWOwUfBko-xEZsRpBymbP_AsB5JawPJV13WBz2AYvKFuPT-wDNlW2wHKa0AcqX8mGQ6IZdkLZl3IjAcAXnzmtkeuD3w/w640-h480/20231126_150631.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">É isso, esse foi meu pequeno Diário de Novembro de 2023. O lado mais lúdico para equilibrar com o lado mais pesado e cansado.</div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-46360602739908585242023-11-04T15:29:00.004-03:002023-11-04T15:30:34.568-03:00Ministrando aulas de História, fazendo aulas de dança, limpando a estante... fragilizada e tentando não quebrar de vez...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji7PVDu9f7xUMD0Zb8xWYrLpJV_Lua6lC4QQpOThdkORIBm88y8irO_0pGnV2W0d7MW6yBM-0eFEp3tOcg9xaTJ6Un_nUIvLp7NDdE-6C_5CDmu0Sux19SWhPJJwiKbNQi31nYyWR34kf3_MWNH51ad7wSzPwTcuFpcL2oYwqt3FDPRcGO3HUnMWMm/s4096/cuidado-fragil.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2073" data-original-width="4096" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji7PVDu9f7xUMD0Zb8xWYrLpJV_Lua6lC4QQpOThdkORIBm88y8irO_0pGnV2W0d7MW6yBM-0eFEp3tOcg9xaTJ6Un_nUIvLp7NDdE-6C_5CDmu0Sux19SWhPJJwiKbNQi31nYyWR34kf3_MWNH51ad7wSzPwTcuFpcL2oYwqt3FDPRcGO3HUnMWMm/w640-h324/cuidado-fragil.png" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Esse arco final do ano está sendo dramático... Nunca me percebi com uma pessoa frágil, muito pelo contrário, tantas vezes me movi no mundo como quem arrasta uma espada, pronta para batalhar por uma vaga na universidade pública, um espaço no ônibus lotado as 6 da manhã, o salário para complementar a renda familiar e prover minha família, o direito ao acesso a Educação Infantil Pública, Gratuita, de Qualidade e Afetuosa para os bebês de uma creche na Zona Norte do Recife... Mestrado, vaga de professora publica concursa, ensino de História na Escola Pública, Gratuita, de Qualidade e Afetuosa... Política Antirracista, Piso do Magistério, Luta contra o Machismo, #EleNão, antifascismo, manutenção da qualidade de vida de meus pais, meus irmãos, meu país...</p><p style="text-align: justify;">Não só vivo no mundo como enfrento aquilo que não concordo no mundo. Apesar não me considerar uma pessoa forte, sempre que alguém diz: <i><b>"Você é mulher forte!"</b></i>, penso: <b>"Eu não sei nem o que é força!" </b>e, no entanto nunca me sentir frágil até aqui... É horrível! Não recomendo! Pequena, fraca, derrotada tudo bem... Isso eu entendo... MAS FRÁFIL É DEMAIS PARA MIM. Até admitir isso é um esforço e todavia é verdade, estou fragilizada.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="text-align: justify;">Confiro as partes do corpo, pés, mãos, pulmão, rins, coração, fígado, pele e vejo as rachaduras, os inchaços, feridas mal curadas ou não curadas, inflamações, assaduras e queimaduras de incêndios que nem mesmo lembro de ter enfrentado. Alguma coisa interdita o plexo solar e a força da vida parece ter dificuldade de fluir pelas veias e artérias. Estou absurdada encarando minha fragilidade emocional... estou a beira de quebrar. Aaah meu Deus! Como isso foi acontecer a mim que aprendi desde cedo que pequenos e fracos também lutam e que sofrer derrotas nas batalhas não significa o fim da guerra? A mim que apesar do romantismo aprendi o pragmatismo? A mim que fui morar longe dos meus pais numa cidade que só conhecia de vista?</p><p style="text-align: justify;">Ministro minhas aulas, estou fazendo aulas de dança, as vezes tiro uma foto ou outra em um ponto especialmente iluminado da minha casa por motivos de registro, compro livros, leio livros, tento escrever no meu blog uma vez por mês ao menos, me alegro lendo os blogs das pessoas amigas... limpo minha estante... e estou fragilizada sentindo que qualquer batida pode me quebrar em pedacinhos. Qual batida será a derradeira batida?</p><p style="text-align: justify;">Eu abri esse post para falar de outras coisas... queria escrever sobre uma sequencia de romances especialmente ruins que andei lendo, mas os dedos me levaram por outro destino. Não sei como comecei a explorar esse tema e não sei como para, não sei qual destino da a esse texto, como finalizar a narrativa de minha fragilidade emocional diante da minha vida.</p><p style="text-align: justify;">Recentemente houve a Feira de Conhecimentos na escola onde trabalho. Fiz parte da equipe de professores que coordenou as apresentações do 6º Ano E do 9º Ano B. O tema da rede de Jaboatão dos Guararapes esse ano foi: “Arte e Cultura em Jaboatão: fortalecendo tradições!” e as turmas abordaram respectivamente a história da "Igreja Matriz de Santo Amaro" em Jaboatão Centro e o poeta marginal "Miró da Muribeca". Os trabalhos ficaram lindos, dentro do contexto no qual trabalho, considerei uma baita vitória.</p><p style="text-align: justify;">Em um clássico da cultura escolar brasileira, construímos um mural na sala para expor as produções dos estudantes. O 6º ano E foi a turma que mais deu trabalho, mas na tradição escolar as turmas com as letras D & E não são conhecidas por serem as fáceis. Entre pesquisas, produção de cartazes e visitação a quadricentenária Matriz de Santo Amaro eles mostraram que não há arrependimentos quando se trata em investir esforços nos processos pedagógicos dos estudantes.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQOdJqkv32xeL_lpOOhqkPZSr7Na25IP1i72A3jBZhJH7EAVmAd3n6BCAu2O58oZyHCPTuNpRyv7dTastwnJLcbKG_pKszBKeb0sFFzcN2pCd3smMT6IP6AcTaRO_aMaMh9oELsrlSnUqxnXwc7QxWc2ffTsqrQ0askc9Ox4KdYkwOLyhmGMdyxeAf/s1080/IMG_20231003_094632_244.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="810" data-original-width="1080" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQOdJqkv32xeL_lpOOhqkPZSr7Na25IP1i72A3jBZhJH7EAVmAd3n6BCAu2O58oZyHCPTuNpRyv7dTastwnJLcbKG_pKszBKeb0sFFzcN2pCd3smMT6IP6AcTaRO_aMaMh9oELsrlSnUqxnXwc7QxWc2ffTsqrQ0askc9Ox4KdYkwOLyhmGMdyxeAf/w640-h480/IMG_20231003_094632_244.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Foi muito legal conhecer a história dos milagres de Santo Amaro, sua vida, carisma e devoção. Ele homenageia ruas e mais ruas, bairros e mais bairros no Brasil e foi só com o 6º ano que aprendi sobre um rapaz filho de um senador romano que entrou em um lago sem saber nadar para salvar um amigo e acabou andando sobre as águas. Também foi IMENSAMENTE gratificante levar as crianças para conhecer o prédio histórico que é a Matriz de Santo Amaro, ela fica em um lugar muito central na cidade e é o epicentro de uma festa capaz de atrair milhares de pessoas a Jaboatão Centro em Janeiro.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx46PK9kd6UWgz3LtXhJ6VKNU5Ko3l5o7WJoq_f99zFNW-w48OrBmNPwamlUfWK5L0H2FvKBxL31cL7k115sj1ByJRPMv8Ge71drOAk8N7rZnNyDmVVx80JvWdl_3c4eWIqB8vFmo4tZBKFaz_wsFjLm1lWMUeBNRgtkmTJIbOwFKo-xkWD1t0LH-j/s4128/20230928_093131.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx46PK9kd6UWgz3LtXhJ6VKNU5Ko3l5o7WJoq_f99zFNW-w48OrBmNPwamlUfWK5L0H2FvKBxL31cL7k115sj1ByJRPMv8Ge71drOAk8N7rZnNyDmVVx80JvWdl_3c4eWIqB8vFmo4tZBKFaz_wsFjLm1lWMUeBNRgtkmTJIbOwFKo-xkWD1t0LH-j/w640-h480/20230928_093131.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLHu5Hwbkp5oP511fq5W1Y825EEUVpeoLC5W2FWvLBFf4jyiDxN0swFZGQ4nXsh3fiOwQmTTaPW4bgYCirlBthxvckL0c8j_9SyJF5pt4CR8P-MxzayelJB05xzP62nrO0kcN2p6vcjToJWrA91IRUO9_hs-h8ODsmu2Ty-X3EDWqBrtu58O-v8Qm-/s4128/20230928_090435.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLHu5Hwbkp5oP511fq5W1Y825EEUVpeoLC5W2FWvLBFf4jyiDxN0swFZGQ4nXsh3fiOwQmTTaPW4bgYCirlBthxvckL0c8j_9SyJF5pt4CR8P-MxzayelJB05xzP62nrO0kcN2p6vcjToJWrA91IRUO9_hs-h8ODsmu2Ty-X3EDWqBrtu58O-v8Qm-/w640-h480/20230928_090435.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O 9º Ano E trabalhou a figura do Miró da Muribeca, como são estudantes maiores, eles precisaram de menos esforço de minha parte para entregar o trabalho final. Como de costume, alguns estudantes apresentaram trabalhos fantásticos outros fizeram um arrumadinho meio mais ou menos só para se safar de zerar uma nota e "nada de novo sob o sol". De toda forma concluí a feitura e apresentação dos trabalhos da "Feira de Conhecimento" é como conclui a parte mais pesada do ano letivo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOMM0X3xYX4190WNvPX-nLKYDAAzuKCkGaqEeS5hK0sv1u0LPft_UtyAWAvWWNtITzcxvqVaS3nm0MAG5abU7srhvZJnDzUXaLBQlL_mdxIdWePWccgnJWWrDaef6fOzBtl2FDrOly0GrLmeabJXbIHVhLEHwFOExnERFkYQ2SgKzlwnxj6QZ8jwxn/s1280/IMG-20231002-WA0186.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOMM0X3xYX4190WNvPX-nLKYDAAzuKCkGaqEeS5hK0sv1u0LPft_UtyAWAvWWNtITzcxvqVaS3nm0MAG5abU7srhvZJnDzUXaLBQlL_mdxIdWePWccgnJWWrDaef6fOzBtl2FDrOly0GrLmeabJXbIHVhLEHwFOExnERFkYQ2SgKzlwnxj6QZ8jwxn/w480-h640/IMG-20231002-WA0186.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctRu9ERj927Hv8u8a2_U-jyNaF4NwFrM4GzIn4rYjNCbOoc4OmRk4lvsIqCsCKna1asW0a3T0ShlNnhPH7-j8KmZv7sjAmCjCCLxm4OfbKSpyXR2XWzivrZ2bu2uYeYfHwiawIXEDVI59lpgnkXwOkISDEtivUfwzVPSY1E8NwKljKoPpDIvqdVJT/s1080/IMG_20231003_094751_464.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="810" data-original-width="1080" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctRu9ERj927Hv8u8a2_U-jyNaF4NwFrM4GzIn4rYjNCbOoc4OmRk4lvsIqCsCKna1asW0a3T0ShlNnhPH7-j8KmZv7sjAmCjCCLxm4OfbKSpyXR2XWzivrZ2bu2uYeYfHwiawIXEDVI59lpgnkXwOkISDEtivUfwzVPSY1E8NwKljKoPpDIvqdVJT/w640-h480/IMG_20231003_094751_464.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxzRwSDYDSVD6TW5FmiyOWb4SGiv0BnN83Dokn8nx4RVtpoSeo5bZyBQlcwn8FcmAeLTCrynUFX_rW0pWlm2KpHOxOzD3n08AJ38Yw-tR3g_N-w2g4E2-TO2exMx3UfOyuq-fsOJwX3h3FIi3AiUerzu3yPmTKeaTt871sQnYTzN3CZT9E2Eo8Tsaz/s3096/IMG_20231005_164206_696.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxzRwSDYDSVD6TW5FmiyOWb4SGiv0BnN83Dokn8nx4RVtpoSeo5bZyBQlcwn8FcmAeLTCrynUFX_rW0pWlm2KpHOxOzD3n08AJ38Yw-tR3g_N-w2g4E2-TO2exMx3UfOyuq-fsOJwX3h3FIi3AiUerzu3yPmTKeaTt871sQnYTzN3CZT9E2Eo8Tsaz/w640-h640/IMG_20231005_164206_696.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde 2019 vivo a saga de está sempre buscando uma atividade física para fazer. O preço do sedentarismo é muito alto de forma que o exercício físico da vez é a aula de dança. Em julho abriu um Studio de dança do outro lado da minha rua e, por incentivo da minha vizinha, acabei me matriculando. Tem sido uma experiência bem divertida, bem fora da minha zona de conforto. Mesmo sendo uma das dançarinas mais duras da aula, todas as meninas dizem que estou mais reboladinha em relação a seis meses atrás. Recentemente participamos de um festival de dança, foi divertido, apesar da vergonha.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbervDZlDyd4p5ZQ6NTvKAoeda0YrV6M-SnM73hyd6iBg2onLN3Wy-YVhdHgQH8JnRo7WlywnJLVcG3pMzO70HasNm8dP_9LDlyJ671FbvCSHPTdQF9a3lDrVJA-8bJ65chv5FKxYfBLfjiHQmKs9jNPKXS8kJw_Ilxyj69_0PaleIp-0lNtYgmkIS/s1600/IMG-20230928-WA0077.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbervDZlDyd4p5ZQ6NTvKAoeda0YrV6M-SnM73hyd6iBg2onLN3Wy-YVhdHgQH8JnRo7WlywnJLVcG3pMzO70HasNm8dP_9LDlyJ671FbvCSHPTdQF9a3lDrVJA-8bJ65chv5FKxYfBLfjiHQmKs9jNPKXS8kJw_Ilxyj69_0PaleIp-0lNtYgmkIS/w640-h480/IMG-20230928-WA0077.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Um produto interessante dessas aulas de dança é que na ultima confraternização da escola me vi dançando com uma amiga, Aninha. Foi um momento muito terno, deixou todas as pessoas com as quais trabalho admiradas, uma delas aproveitou e registrou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY7I64T9yRJb6KpzIosw7VzFX2Om9hMSULsqGMIqC45uVbcEIFPZEYogFXsEbG-MfBNOPyCjPc2NAPI_65UOewPziGEr8ONuRdLIlRJEmApAhPZOXGJh5CLGkSfHuWiBppcAd68F7dg6W-LPdpz7IrbHZWy2yD4mohvhObswLI9kibC9q8vkhv2wGP/s1600/IMG-20231023-WA0065.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1197" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY7I64T9yRJb6KpzIosw7VzFX2Om9hMSULsqGMIqC45uVbcEIFPZEYogFXsEbG-MfBNOPyCjPc2NAPI_65UOewPziGEr8ONuRdLIlRJEmApAhPZOXGJh5CLGkSfHuWiBppcAd68F7dg6W-LPdpz7IrbHZWy2yD4mohvhObswLI9kibC9q8vkhv2wGP/w478-h640/IMG-20231023-WA0065.jpg" width="478" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Toda pessoa leitora tem um orgulho de sua estante. Seja grande ou pequena, uma estante para quem ama livros é um objeto central na casa. Por esses dias estive limpando um e outro pedaço de minha estante.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixE3x2K4UfV1A7xOXqLkG3lv7EiJOSOlddyQ0BZFKRx65Z7BMJtY2zxXIhbQyKTiB28lNQU3BWZALulVS6oz_mkcb211i1F47E191ykSQl2fmNOdFScqlBIsGYUNBkYYr4Sig9hoMiK7Mc1BcGB-PcbTw2a0Hvqbq-8E960cZH-NW4GdWWXyrQ6z6u/s4128/20231021_164851.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixE3x2K4UfV1A7xOXqLkG3lv7EiJOSOlddyQ0BZFKRx65Z7BMJtY2zxXIhbQyKTiB28lNQU3BWZALulVS6oz_mkcb211i1F47E191ykSQl2fmNOdFScqlBIsGYUNBkYYr4Sig9hoMiK7Mc1BcGB-PcbTw2a0Hvqbq-8E960cZH-NW4GdWWXyrQ6z6u/w640-h480/20231021_164851.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQgd4fSJaeV-Xl7flO4jisyqPUeV51foP_6Te5VOVpJL_4NVVscv6YPdmcMIFRFTkUXcqQUBzGsj77j0Xd6feHlvig5Dc3r_c8MBD-mDo-yqm6TVfdXhOT3lHmg5h6CYo080BmX-tAxhh3CGQlH2u4RrPKJMsu5cCq_0jNxSVYsr9dZcd3fIgwKWtE/s4128/20231021_165346.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQgd4fSJaeV-Xl7flO4jisyqPUeV51foP_6Te5VOVpJL_4NVVscv6YPdmcMIFRFTkUXcqQUBzGsj77j0Xd6feHlvig5Dc3r_c8MBD-mDo-yqm6TVfdXhOT3lHmg5h6CYo080BmX-tAxhh3CGQlH2u4RrPKJMsu5cCq_0jNxSVYsr9dZcd3fIgwKWtE/w640-h480/20231021_165346.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7aZ1nuPXxJ-5zAynYhyYZu-6ph5lJduaC19YhuSrPdczVPNiVDtabwI0PdEhlENFnzovX_upVOUrewtzKY_eJM6a0PT4i91gL_QREwlEYCK_EhkHUeFnnOq8fptz6cbLHOSvTuDwRNbaX-aKIcFXZmzlbUwET1LT1wxKogxrGn_iHcU8XbO76Ewh2/s4128/20231021_165352.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7aZ1nuPXxJ-5zAynYhyYZu-6ph5lJduaC19YhuSrPdczVPNiVDtabwI0PdEhlENFnzovX_upVOUrewtzKY_eJM6a0PT4i91gL_QREwlEYCK_EhkHUeFnnOq8fptz6cbLHOSvTuDwRNbaX-aKIcFXZmzlbUwET1LT1wxKogxrGn_iHcU8XbO76Ewh2/w640-h480/20231021_165352.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">São tantos livros lidos, tantos livros que quero ler. Eu olho para eles e rememoro as histórias dos livros lidos enquanto me pergunto quais histórias guardam os não-lidos. É muito gostoso amar algo e ter acesso a esse objeto amado. É muito gostoso viver em um lugar cercada de livros, poder me deter neles, bagunça-los, organiza-los, amar uma história e detestar outra. Minha coleção é um pedaço de mim fora de mim e dentro de mim também.</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Por esses dias aconteceu COMUDE de Jaboatão (Conferência Municipal de Educação), pela primeira vez me inscrevi para participar. Foi bem cansativo, mas também bastante gratificante. Encontrei algumas pessoas amigas por lá e conheci tantas outras enquanto íamos discutindo inclusão, antirracismo, financiamento para educação, valorização do trabalho docente... a escola dos nossos sonhos e os meios para torna-la cada vez mais real para todos e todas e todes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGiL53KsVVPT9G7wlJDue0ZNdco4igwo4Mi3HmwDxE6FyZ08QgqS3h6UzqCaPuNyHlLNYwlUFH3JyGL2LmB50OFcDZvHP2HsuGPHVk3OMJdCwAVcs0Liwy-eLXXGh1g5lEl7eyUC9TuyHPhv94t2D8Tp7gB9A0zuksrKrWXPT7E-LEPkseoUCdu1OJ/s1080/IMG-20231025-WA0003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="809" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGiL53KsVVPT9G7wlJDue0ZNdco4igwo4Mi3HmwDxE6FyZ08QgqS3h6UzqCaPuNyHlLNYwlUFH3JyGL2LmB50OFcDZvHP2HsuGPHVk3OMJdCwAVcs0Liwy-eLXXGh1g5lEl7eyUC9TuyHPhv94t2D8Tp7gB9A0zuksrKrWXPT7E-LEPkseoUCdu1OJ/w480-h640/IMG-20231025-WA0003.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Estou escrevendo hoje aqui de Igarassu, vim passar o Feriadão que juntou o "Dia dos Servidores Públicos" com o "Dia dos Finados" com o sábado e domingo. Lion andou bastante adoentado. Fiquei bem aborrecida com Mainha pois ela escondeu isso de mim. Ainda me arrependo horrores de não ter levado esse mal humorado comigo quando me mudei. Agora ele está melhorzinho com uma cara fuinha danada e com esse ar mal humorado que é típico dele.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmIH5-TMyMIkNCpbyzI3JM_7FD0CPWm5SK0T8FTsitQu42C4okadWNIYUwXg-q6aXIFVEt__4SG1xBCLZMqpZAHvmNhsFK2bLtoZBZBSr_m2ScdsfC1E8t7MNw1_KTv0MLcVlHBkLCTtjC8m5bgAiVQIfV8UxsUxBdGO6D0T8g-DZIqfriMXCNPEpA/s4128/20231103_141324.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmIH5-TMyMIkNCpbyzI3JM_7FD0CPWm5SK0T8FTsitQu42C4okadWNIYUwXg-q6aXIFVEt__4SG1xBCLZMqpZAHvmNhsFK2bLtoZBZBSr_m2ScdsfC1E8t7MNw1_KTv0MLcVlHBkLCTtjC8m5bgAiVQIfV8UxsUxBdGO6D0T8g-DZIqfriMXCNPEpA/w480-h640/20231103_141324.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje o dia amanheceu chuvoso, o quintal da casa dos meus pais não para de um jeito só, meu pai tem uma coisa nele que impede ele de desfrutar das coisas. Ele vê uma coisa e logo pensa como pode altera-la, isso me enerva bastante e garante a manutenção da bagunça, ainda assim acordei encantada com as plantas, as flores, a mangueira do quintal da vizinha e os coqueiros ao fundo. Lembrei do Salmo 19: <i><b>"um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite."</b></i>. </div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAoeyAd0HkjS1luA0HBHkhKuTA8eOphDKzJgu0HiI8njsb_DTIOgSph-84pCUJ6v9OZpUp19yXCb8FmiCxxLquArkAq0ddtlVGYjyLjL23ZKKaPo4ztNVyF1n40tAjYlpJmIDm_ihm5A2oTx0yYUdey_a7hYPGgqdjRG0BgyGE8Rvx6ajT4VlF8txT/s4128/20231104_055155.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAoeyAd0HkjS1luA0HBHkhKuTA8eOphDKzJgu0HiI8njsb_DTIOgSph-84pCUJ6v9OZpUp19yXCb8FmiCxxLquArkAq0ddtlVGYjyLjL23ZKKaPo4ztNVyF1n40tAjYlpJmIDm_ihm5A2oTx0yYUdey_a7hYPGgqdjRG0BgyGE8Rvx6ajT4VlF8txT/w480-h640/20231104_055155.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não sei o que fazer de mim em meu atual estado de fragilidade, mas vou descobrir. Por conselho de várias amigas, estou considerando fortemente a terapia. Me desejem sorte!</div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-11311774262563779512023-10-18T15:42:00.001-03:002023-10-18T17:36:26.159-03:00"Desonra" - J. M. Coetzee<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9-3Lj8ktV0gPvdQUI_F7UxIv7So7hs00BWZgVtnQfwt9KrytH_LCcgHsiXipuYc_S6rp5OQGGq00ydWpsT-soupS_rJNS040DcI725szsYlhk5WSUse43GdPZClsCZ3qk_0etTsAG1dzNoJVazGA63hp1Hh29cxX2xFFULlbFYRD9yqVzMboX_jZG/s4128/20231015_171006.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9-3Lj8ktV0gPvdQUI_F7UxIv7So7hs00BWZgVtnQfwt9KrytH_LCcgHsiXipuYc_S6rp5OQGGq00ydWpsT-soupS_rJNS040DcI725szsYlhk5WSUse43GdPZClsCZ3qk_0etTsAG1dzNoJVazGA63hp1Hh29cxX2xFFULlbFYRD9yqVzMboX_jZG/w640-h480/20231015_171006.jpg" width="640" /></a></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não lembro mais o porquê de <b>"Desonra"</b> ter ido para no meu kindle. Em algum momento de 2017 vi o e-book e comprei, mas não peguei para ler imediatamente e o tempo passou. Só agora topei novamente com ele e resolvi ler e fiquei absurdada com o magnetismo da narrativa do Coetzee. Comecei a ler meio incerta em relação às minhas próprias escolhas passadas e a forma como consigo ser uma perdulária profissional e muito rapidamente me vi presa em uma história muito tensa, narrada por um personagem problemático, dentro de um momento da nossa história recente muito enviesado e atroz.<span><a name='more'></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Claro que como brasileira que sou estou bastante familiarizada com as atrocidades do mundo colonizado. Não sou inocente das torpezas do mundo, vivo em um país no qual miséria e fartura convivem lado a lado e em vez de resolver as questões de desigualdades as pessoas com mais recursos investem em sistemas de segurança e estratégias para alargar ainda mais as desigualdades. Conheço a brutalidade, eu sou uma mulher nascida e criada numa favela, no entanto, ainda me choco quando me deparo com uma história brutal em tantas camadas diferentes como a contada por Coetzee.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A história se passa na África do Sul pós- Apartheid e conta sobre um professor branco de uma universidade que leciona literatura, David Lurie. Com 51 anos de idade, depois de dois divórcios, sendo pai de uma mulher adulta cuja profissão é ser fazendeira, David é um profissional bem medíocre, banhado dos pés a cabeça em privilégio branco. Incapaz de entender os limites entre "o que se quer" e "o que se pode ou não ter" ele acaba tendo um "caso" com uma de suas alunas, a Melanie, uma jovem de 20 anos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_0CdZ13NBH6OAZwqdIgvwrDHHJciIU0Ya06vO9xUeUR-BujgqeslyQDJGVYHeFCT40sh53ZHma9mNqwgmdYH7DLNW5iKe327bDNl6Z3KPsia8kuER3dM3mPJwrsX6e890uNyy3uiO71ttxLHT4Ao4FS2GhAXg4LOHz2uGLt2XfIKXzDBFSE1CMM0O/s6144/103412_002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4096" data-original-width="6144" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_0CdZ13NBH6OAZwqdIgvwrDHHJciIU0Ya06vO9xUeUR-BujgqeslyQDJGVYHeFCT40sh53ZHma9mNqwgmdYH7DLNW5iKe327bDNl6Z3KPsia8kuER3dM3mPJwrsX6e890uNyy3uiO71ttxLHT4Ao4FS2GhAXg4LOHz2uGLt2XfIKXzDBFSE1CMM0O/w640-h426/103412_002.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O relacionamento do David com a Melanie é banhado em assédio, perseguição, constrangimento, no limite estupro. Mesmo não havendo tapas ou agressões, a garota é vítima de múltiplas violências. Ela vê seu espaço pessoal sendo invadido, fica numa posição onde dizer "não" geraria várias implicações para ela, é acuada, levada a ceder... todos os momentos sexuais dos dois são pontuados por apatia da parte dela. É constrangedor e doloroso acompanhar a primeira terça parte do romance, pois tudo é narrado do ponto de vista do David e a gente só se contorce diante da visão dele da vida, de sua visão de mundo, de sua perspectiva de ter direito a realizar seus desejos independente da ética, da moral, da vontade, ou do fato desse desejo ser correspondido ou não.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não é spoiler dizer que David é acusado diante da universidade e caí, esse dado de realidade está na sinopse, é a premissa do livro, acompanhar a trajetória de uma desonra. Pesa sobre o nosso protagonismo as regras de um novo tempo no qual não se pode mais assediar uma estudante, a sociedade não aceita tal situação com a naturalidade dos velhos tempos. O curioso é notar o quanto o professor não se sente culpado de nada, pois apenas seguiu o caminho do seu desejo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Todavia, a Epopeia da Queda do David é só a terça parte do livro, ainda existem mais duas partes. Após sofrer a sua desonra como professor, o protagonista faz uma pequena viagem para a fazenda onde mora sua filha única. E ai Coetzee nos coloca de frente a outro ângulo da violência do pós-apartheid na África do Sul, a saber: aquela que as vitimas do processo de colonização podem praticar contra seus colonizadores quando a oportunidade aparece.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdkr208zsd6mlCTG4MGEZT9pyq_Mp6yM_W1DB9o0uQ35p1itu3-FnoDK-49OHBkc6FYbPUhW8mGL2UMPZ-GSzHi4aixBb4r2_CDo5LCCW5mEGfDYiL4JlCqfUn2-9ukNRQThEkPF6VZ6_Ur4gGAIIIcqMoBIai0Zixo16WX0ew91743mEHbNcV2YuX/s600/disgrace_still.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdkr208zsd6mlCTG4MGEZT9pyq_Mp6yM_W1DB9o0uQ35p1itu3-FnoDK-49OHBkc6FYbPUhW8mGL2UMPZ-GSzHi4aixBb4r2_CDo5LCCW5mEGfDYiL4JlCqfUn2-9ukNRQThEkPF6VZ6_Ur4gGAIIIcqMoBIai0Zixo16WX0ew91743mEHbNcV2YuX/w640-h426/disgrace_still.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A violência do processo colonizador, do Imperialismo, de praticas como o apartheid não batem de um lado só, isso comumente assusta a branquitude. As pessoas brancas com alguma frequência pensam que só a elas cabem os sentimentos humanos como o desejo e a capacidade de infringir qualquer lei moral para alcançar seus desejos. Assim como a Melanie se tornou um alvo dos desejos sexuais do David, a fazenda da Lucy, sua filha, se torna alvo dos desejos de propriedade de um de seus vizinhos, o Petrus, homem sul-africano que para obter a realização do seu desejo joga um jogo muitíssimo desonroso. É uma tragédia, especialmente para a Lucy!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH7-VgB0GSGylEW0i-v2WuR-95TuEudNM-JKXY8n16HpoynfdyLr2rfl7MSd9l1Q58gchzXceGIyexk3Ax9J7v1f2bUSf6WaHPKLVap3bG3otOP-o2m_UN0V9gp94YGOlIfE7MTc4gqJmUrizpGuq7fY6VyYoYTDGFRvrzY7ixQI03GpeGib72nvMa/s800/image-w1280.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH7-VgB0GSGylEW0i-v2WuR-95TuEudNM-JKXY8n16HpoynfdyLr2rfl7MSd9l1Q58gchzXceGIyexk3Ax9J7v1f2bUSf6WaHPKLVap3bG3otOP-o2m_UN0V9gp94YGOlIfE7MTc4gqJmUrizpGuq7fY6VyYoYTDGFRvrzY7ixQI03GpeGib72nvMa/w640-h360/image-w1280.webp" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A tragédia da Lucy, a forma como seus direitos são violados em uma trama que claramente visa expulsar ela para fora de sua fazendo ou no mínimo tomar dela esse pedaço de terra é o segundo ato dos três nos quais eu dividi o livro. É muito doloroso ver como os nossos corpos de mulher se tornam alvo das disputas de poder dentro da nossa sociedade, como é frágil nossa posição no mundo, como somos alvos fáceis para o desejo de outrem. A mulher negra e a mulher branca e a mulher trans e a mulher cis, se antes de qualquer coisa você é uma mulher então você também é um alvo e isso é uma morte em vida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O terceiro, o <i><b>grand finale</b></i> é como o David reage diante da violência sofrida pela sua filha, como ele não é capaz de autorreflexão. A sua desonra não implica aprendizado algum. Inclusive ele segue a vida, com menos privilégios do que tinha quando era um professor medíocre de uma universidade renomada, aviltado e queimado pelas fagulhas que a violência sofrida pela sua filha trazem a ele, mas segue ali, se permitindo devaneios, fazendo um pouco de trabalho voluntário como forma de preencher o tempo livre... bem assim... puro suco de privilégio branco.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEYZKWHQVg-k36RYpeRUGMvfhCgVykLBtW4MCWt1intPu0WhN77VacfOE-qC-fLhYXuP8MV-yvOKK_ROGIioaiq0eJFQO943jkJbd6HmccVwnAS8NlKgvfWqhQnAF-JAh-w1p4mQlPBi7pe17JTwXbui7tyCpc-GW2m9FsOLr2IgjQg1_qbmKATRgI/s670/looke_1010_670.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="670" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEYZKWHQVg-k36RYpeRUGMvfhCgVykLBtW4MCWt1intPu0WhN77VacfOE-qC-fLhYXuP8MV-yvOKK_ROGIioaiq0eJFQO943jkJbd6HmccVwnAS8NlKgvfWqhQnAF-JAh-w1p4mQlPBi7pe17JTwXbui7tyCpc-GW2m9FsOLr2IgjQg1_qbmKATRgI/w640-h366/looke_1010_670.jpg" width="640" /></a></div><br />A África do Sul pós-apartheid me lembrou em alguma medida o Brasil pós-abolição, as pessoas brancas daqui também se sentiram acuadas pelas pessoas negras. Construíram suas vidas em torno da exploração das pessoas negras e tinham dificuldade em se equilibrar em um mundo onde não eram mais senhores. Muitas violências novas em folha foram inventadas ao longo do século XX para deter, isolar e manter as pessoas negras sendo exploradas, inclusive, por aqui, houve apartheid não oficializado que está se rompendo e criando muito incomodo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Voltando a história contada por Coetzee em <b>"Desonra"</b>, embora existam as vitímas e os agressores, nesse romance não existem heróis e vilões. Existem disputas de poder, desejos e violência. Na minha opinião a desonra não é da Lucy ou da Melanie ou do David ou do Petrus e sim dessa sociedade forjada em colonialismo, racismo, apartheid, genocídio e dor. E para trazer honra a esse mundo não basta dizer <i><b>"agora somos todos iguais"</b></i>, é preciso haver <b>reparação</b>, <b>redistribuição</b>, <b>reforma agrária</b>. Somos uma sociedade da desonra. Enquanto não houver reparação, aqui e na África do Sul e no mundo colonizado, toda inocência pode ser, e com frequência é, castigada.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Esse foi um livro que li em um estado febril, terminei a leitura na madrugada de hoje, fiquei o dia todo com ele na cabeça. Escrevi esse texto para expurgar um pouco dessa febre, portanto, talvez a resenha esteja um pouco delirante. É um livro brilhante, nem um pouco didático, muito franco, corajoso e seu sucesso se deve, em parte, também pelo ao fato da branquitude ser muito narcisista e adorar histórias sobre si mesma, mesmo quando elas colocam em evidência o quanto suas práticas colonialistas e racistas são capazes de distorcer as pessoas e tornarem lugares lindíssimo locais onde existe um poço sem fundo de desonra. Ilustrei ela com imagens da adaptação cinematográfica do livro feita em 2008.</div><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-2054227845856007742023-09-24T16:29:00.005-03:002023-09-24T16:29:44.214-03:00... há de azul também cansaço...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAoez_Wbk25WpgD8qPJ3_0dSbFjHRl5XesuiTRB3e0KED56Isdfd_3ywiLeHzArT1jOUXbkcrXMd9toP2zXq1eJLQhQ146lIc1sBA1jLxgiTWZLdaw8bmFLs6NluOflI5SJCpf6GSr1H2Mx92-00khhNI3VOGAqL7GJM91y447VXHrvzQproBqbWTP/s1600/IMG-20230920-WA0016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1204" data-original-width="1600" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAoez_Wbk25WpgD8qPJ3_0dSbFjHRl5XesuiTRB3e0KED56Isdfd_3ywiLeHzArT1jOUXbkcrXMd9toP2zXq1eJLQhQ146lIc1sBA1jLxgiTWZLdaw8bmFLs6NluOflI5SJCpf6GSr1H2Mx92-00khhNI3VOGAqL7GJM91y447VXHrvzQproBqbWTP/w640-h482/IMG-20230920-WA0016.jpg" width="640" /></a></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>"Então, pintei de azul os meus sapatos</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>por não poder de azul pintar as ruas,</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>depois, vesti meus gestos insensatos</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>e colori as minhas mãos e as tuas.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>Para extinguir em nós o azul ausente</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>e aprisionar no azul as coisas gratas,</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>enfim, nós derramamos simplesmente</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>azul sobre os vestidos e as gravatas.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>E afogados em nós, nem nos lembramos</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>que no excesso que havia em nosso espaço</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>pudesse haver de azul também cansaço.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>E perdidos de azul nos contemplamos</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>e vimos que entre nós nascia um sul</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>vertiginosamente azul. Azul."</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><b>(Carlos Pena Filho)</b></div></blockquote><p style="text-align: justify;">Ultimamente estou o puro suco do desmantelo. Cheia de trabalho da escola, mil coisas na cabeça, um tantão assim enorme de angustias minhas misturadas a angustias de outras e outros. No entanto, outro dia fui visitar uma amiga minha que mora em Moreno, uma cidade próxima a Vitória de Santo Antão e foi um dia leve no qual andamos pelas ruas da cidade, paramos pelos cantos e tiramos fotos.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmc2XQavYD3PDfjdMq8wIM0NRAwnu2KIoKrUMKA2m74gb06X9db7j1UE8WxUE9bWKeyPO6TBdgSaE2e26hUDLHV_ofMg0ivMyOQpaFYTYcb1ao2uShJQDtTGi3GPH0B2b7ipobAK1zBba7s1hlvcH_rK-kk-TctJhZ6Vxrie32Qf82rcA0dYtaqsOi/s4128/20230920_145039.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmc2XQavYD3PDfjdMq8wIM0NRAwnu2KIoKrUMKA2m74gb06X9db7j1UE8WxUE9bWKeyPO6TBdgSaE2e26hUDLHV_ofMg0ivMyOQpaFYTYcb1ao2uShJQDtTGi3GPH0B2b7ipobAK1zBba7s1hlvcH_rK-kk-TctJhZ6Vxrie32Qf82rcA0dYtaqsOi/w480-h640/20230920_145039.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">A Igreja Matriz da Imaculada Conceição de Moreno é bem bonita, domina a paisagem do centro e se tornou cenário de fotos bem bonitas. Ando cansada, cansadíssima, desmantelada de tão cansada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><b>[...] há de azul também cansaço.</b></i></div><div style="text-align: justify;">Um cansaço <i><b>vertiginosamente azul. Azul.</b></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsLsoUZi-4ZOPh03DHE3DPovgJLQuZC8cjvA9P-HqdAWmt25EInQZJLCLRr-V_DMbN3TM1swSkYdtSXO0YNq17RvpZgNk8Nmt5NJkjv3voZ-T-pfzTyFBowueoUz1U1kHZ9Nte886ScjWKj7frArOlKAtw6KUHE76KTLfIPKwNfM7JKtm69M4mT7eS/s1600/IMG-20230920-WA0014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1204" data-original-width="1600" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsLsoUZi-4ZOPh03DHE3DPovgJLQuZC8cjvA9P-HqdAWmt25EInQZJLCLRr-V_DMbN3TM1swSkYdtSXO0YNq17RvpZgNk8Nmt5NJkjv3voZ-T-pfzTyFBowueoUz1U1kHZ9Nte886ScjWKj7frArOlKAtw6KUHE76KTLfIPKwNfM7JKtm69M4mT7eS/w640-h482/IMG-20230920-WA0014.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div>Eu e Rosi! Uma parceria que vem desde 2017!</div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV8BINbHQ4uk2lFjisAC-hrlFxaUJDe-WM-sSD06hb7KKHmWV5sAHZ0Gp9XPw65DxYA0sy9s6vJNXkqV-aaM8idZPx1VvVRedjwHDJ51NRdwm2YHGniYUFdaVnzKmLRdJfu01n8oApnLhDYGaQODLzvy3tPmLJrQfceFbDACnlq4HA6ODCp4Khka4r/s1600/IMG-20230920-WA0021.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV8BINbHQ4uk2lFjisAC-hrlFxaUJDe-WM-sSD06hb7KKHmWV5sAHZ0Gp9XPw65DxYA0sy9s6vJNXkqV-aaM8idZPx1VvVRedjwHDJ51NRdwm2YHGniYUFdaVnzKmLRdJfu01n8oApnLhDYGaQODLzvy3tPmLJrQfceFbDACnlq4HA6ODCp4Khka4r/w482-h640/IMG-20230920-WA0021.jpg" width="482" /></a></div><br /> <p></p></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-15190794711589029892023-08-17T17:06:00.002-03:002023-08-20T11:40:25.961-03:00Não tem nada a ver comigo...<blockquote><p style="text-align: justify;"><b>"Eu ganhei paz, quando entendi que nem tudo é um ataque pessoa. Às vezes as pessoas são amargas, grosseiras e medíocres porque suas vidas já são péssimas. Cada um oferece o que tem e na maioria das vezes isso não tem nada a ver com você, é um problema interno deles." (@jeyleonardo)</b></p></blockquote><p style="text-align: justify;">Navegando nas redes sociais, ontem, topei com essa reflexão do <a href="https://twitter.com/jeyleonardo" target="_blank"><b>Jey Leonardo</b></a>. Estou pensando nela até agora enquanto processo os eventos de minha vida trabalhista dos últimos meses, semanas e dias.</p><p style="text-align: justify;">Não dá para contar nada em detalhes e nem superficialmente, mas se fosse contar as conclusões finais dialogariam bem com a reflexão do Jey. Muitas das coisas as quais as pessoas nos submetem não tem a ver conosco, acredito também que o contrário é verdade.</p><p style="text-align: justify;">Talvez todo mundo consiga lembrar de algum momento no qual foi desagradável com alguém, mas o problema não era o outro em si e sim o momento que estávamos vivendo e a forma como ele estava nos incomodando e nos levando a ser menos tolerante e paciente.</p><p style="text-align: justify;">Estou aqui pensando, analisando minhas memórias e sentimentos e tentando entender o quanto as ações das pessoas se relacionam e respondem realmente as minhas ações e quanto elas não tem nada a ver comigo.</p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-44393036934689363442023-08-12T15:56:00.008-03:002023-08-12T18:45:29.067-03:00Outubro: História da Revolução Russa de China Miéville [40 Livros Antes dos 40/08]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD3MRozV7pJ67rvAma4uPuY82uZ9Bno5b_llDTp9zM6Du65dGVJmsLzycX35dewn1LHSQKNrJdjbtvbNlksR6m4Ule3aweaULVZihxmzmKavb-mBu3VtMygZeI7p3VHbh078SrqZu4lm6bLbNhipotSggiZFr3J6qwkVtA06YquxfXgQhbwr9HGpkm/s4128/20230812_130342.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD3MRozV7pJ67rvAma4uPuY82uZ9Bno5b_llDTp9zM6Du65dGVJmsLzycX35dewn1LHSQKNrJdjbtvbNlksR6m4Ule3aweaULVZihxmzmKavb-mBu3VtMygZeI7p3VHbh078SrqZu4lm6bLbNhipotSggiZFr3J6qwkVtA06YquxfXgQhbwr9HGpkm/w640-h480/20230812_130342.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Existem muitas resenhas de <b>"Outubro: História da Revolução Russa"</b> do China Miéville afirmando ser esse um livro de fácil leitura com uma prosa que flui. Particularmente não achei o livro de fácil leitura, demorei horrores para ler, recomecei do zero algumas vezes e, por fim, determinada a concluir a leitura fui lendo no melhor estilo <i><b>"um pouquinho todo dia, todo dia um pouquinho"</b></i>.</p><p style="text-align: justify;"><span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="text-align: justify;">Claro, o fato do livro ter me dado trabalho não me autoriza a classificá-lo como um livro ruim. É um livro bom que não demoniza nem glorifica a<b> Revolução de 1917</b>. O autor se coloca apenas na posição de quem narra os fatos e os protagonistas retomando as falas de homens e mulheres, citando ações, descrevendo situações vividas tanto nos centros metropolitanos como no campo. O China parte da narrativa dos antecedentes da Revolução Russa contando a lenda e história "real" de como foi fundada a cidade de Petrogrado (São Petersburgo) e as movimentações causadas pelo brutal processo de industrialização do Império Russo até o ano quase infinito de 1917.</p><p style="text-align: justify;">Como leitora realmente achei o livro muitíssimo chato, mas não dá para negar o quanto a experiência de ler "Outubro" foi enriquecedora para quem, como eu, vive de ensinar História. O China anuncia já na introdução o quanto ele percebe o processo revolucionário russo como uma epopeia e é isso que ele entrega nessas páginas.</p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote><p style="text-align: justify;"><b>"O ano de 1917 foi uma epopeia, uma concatenação de aventuras, esperanças, traições, coincidências improváveis, guerra e intriga, de bravura, covardia, loucura, farsa, ousadia e tragédia, de ambições monumentais e mudanças, de luzes resplandecentes, aço, sombras, de trilhos e trens"</b></p></blockquote><p style="text-align: justify;">Tal como em uma epopeia, a narrativa é cheia de heróis e heroínas vivendo grandes bravatas. Desafiando a morte, enfrentando a vida, se tornando mitos, se assemelhando a divindades. Lenin é um Gilgamesh que em vez da imortalidade procura construir a raiz de uma sociedade onde exista <b>"Pão, Paz e Terra"</b> para todos e todas um discurso e pronunciamento por vez enquanto foge de tentativas de assassinato, luta contra adversários políticos e até mesmo aliados, pois mesmo entre os bolcheviques nem sempre os apelos do Lênin por <b>"Todo Poder aos Sovietes"</b> eram ouvidos.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCzUKmrmNYjAd-eGYYNblP0loDefh-6VcR1CPeD7PxSdZXaanf0DuOBY0wBbJr0AhxY89kehaQX7U1R3QZ0LomRy1u7olZW0vHKvxoeiPw7ruzdKl4aNXPzN6smwM_ubDbEVSmIGGDcWV8vlpZteyvVqDEOe8_SoNgjJauO1atN9BbJrr9LkmxI8fL/s700/Gilgamesh.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="700" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCzUKmrmNYjAd-eGYYNblP0loDefh-6VcR1CPeD7PxSdZXaanf0DuOBY0wBbJr0AhxY89kehaQX7U1R3QZ0LomRy1u7olZW0vHKvxoeiPw7ruzdKl4aNXPzN6smwM_ubDbEVSmIGGDcWV8vlpZteyvVqDEOe8_SoNgjJauO1atN9BbJrr9LkmxI8fL/w640-h412/Gilgamesh.png" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Além do Lênin, são quase infinitos os nomes de semideuses, heróis e heroínas nessa epopeia, sei que tenho uma tendência a ir longe demais na extensão dos meus textos, mas até eu tenho limites. Aliás, um ponto muito positivo é o quanto está em alto relevo o papel das mulheres nessa história. Camponesas lutando pela terra, trabalhadoras urbanas se tornando guerrilheiras, mulheres muçulmanas lutando por seus direitos individuais e coletivos, o Batalhão Feminino da Morte, as intelectuais que se pronunciam diante das situações.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEsJtIWQFpee59SiX-wcZreh_nDwdOWnrQHrDGSRSYaDDNEibV7OwsUJqGc74iuIDhH3l8gZA_qS0jq7pzDEF-xTms6AoeAsH0jepQbXhzFiJIpF79_pEW5dGx8dHdjjt188tqXMFAIBUe8u54r3DXE3V7yO3zT2FSTxdgjFSduOz5LkQL-rq-vXrS/s1280/mulheres-russas.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEsJtIWQFpee59SiX-wcZreh_nDwdOWnrQHrDGSRSYaDDNEibV7OwsUJqGc74iuIDhH3l8gZA_qS0jq7pzDEF-xTms6AoeAsH0jepQbXhzFiJIpF79_pEW5dGx8dHdjjt188tqXMFAIBUe8u54r3DXE3V7yO3zT2FSTxdgjFSduOz5LkQL-rq-vXrS/w640-h360/mulheres-russas.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">É através dos feitos dos homens e mulheres envolvidos na Revolução responsável por acabar com o Império Russo e derrubar a Dinastia dos Romanov, que governou a Rússia por 155 anos, que China Miéville nos apresenta não só Outubro de 1917 e sim o ano todo, mês a mês, evento a evento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em determinado momento tive a impressão de 1917 ter sido um ano imenso, quase sem fim. Foi um ano intenso de crises e cobranças. O povo russo desafiou corajosamente a ordem vigente buscando o melhor destino para si enquanto o resto da Europa disputava entre si para ver quem ia pegar o maior pedaço da África, Ásia, Oceania e América Latina para explorar e destruir no processo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não tem caminhos através do qual eu ame menos o esforço desse povo por construir uma sociedade radicalmente igualitária onde <b>"Paz, Pão e Terra"</b> não seja privilégio de alguns, onde os direitos à vida, liberdade e segurança realmente sejam para todos. Todos sabemos através da experiência de viver em um mundo capitalista o quanto o Capitalismo não garante direitos a ninguém, porque não tentar outra forma de vida ou outro sistema econômico? O que nos impede? A resposta é simples: o próprio capitalismo nos impede. Os privilegiados nos impedem com unhas e dentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O processo da Revolução Russa pode ser contado como um romance com tons de epopeia, mas foi bem real. Os heróis e heroínas não eram filhos de divindades, eles e elas eram todos seres humanos em busca de uma vida melhor, instrumentalizando ideias socialistas para tentar encontrar soluções para os problemas do seu mundo, desafiando os poderosos da terra em nome de si mesmos. Eu reclamo do quanto foi difícil ler o China Miéville, mas terminei o livro chorando as lágrimas de quem também sonha com um mundo com <b>"Paz, Pão e Terra"</b>, um mundo que não aconteceu na Rússia e tão pouco acontece fora dela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabemos que apesar de destruir o Czar o governo de Josef Stalin não representa nenhum de nossos sonhos humanitários, mas nem por isso o legado da Revolução Russa é menos importante ou grandioso. As revoluções nos ensinam que é possível mudar até governos que duram centenas de anos. Obviamente nenhum governo que se pretende duradouro acha interessante estudar o coração pulsante das revoluções, a saber: a capacidade do povo unido na rua mudar o mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No epílogo, o China Miéville reflete:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b></b></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>"A Revolução de Outubro traz, por um instante, um novo tipo de poder. Transitoriamente, há uma mudança para o controle da produção pelos trabalhadores e para os direitos dos camponeses à terra. Igualdade de direitos para homens e mulheres no trabalho e no casamento, direito ao divórcio, apoio à maternidade. Descriminalização da homossexualidade, cem anos atrás. Movimentos no sentido de autodeterminação nacional. Educação gratuita e universal, expansão da alfabetização, vem a explosão cultural, a sede de aprender, o desenvolvimento de universidades, séries de palestras e escolas para adultos. Uma mudança tanto na alma como na fábrica. E, ainda que esses momentos tenham sido extintos, revertidos, se transformado cedo demais em recordações e piadas, poderia ter sido de outra forma."</b></div><div style="text-align: justify;"></div></blockquote><div style="text-align: justify;">Eu vou refletir aqui:</div><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>"E, ainda que esses momentos tenham sido extintos, revertidos, se transformado cedo demais em recordações e piadas, uma revolução pode acontecer a qualquer momento e nada impede que ela possa terminar de outra forma. Muita gente pensa que é mais fácil o mundo acabar que o Capitalismo encontrar seu fim, mas o mundo pode não acabar e o capitalismo pode encontrar seu fim dentro de uma revolução que encontre uma forma totalmente nova de organizar a sociedade, uma forma com Pão, Paz e Terra para todes nós."</b></div></blockquote><p>Coisas impossíveis acontecem todos os dias...</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGvxafsd2UlkUVre2PzvKGo9v9Oxza4GH_bgJXx3DTcgJnU6NVxvA3tXOJzagifBW-P2wEQwrcgYqApPtuY_wn_ju4EUsxysGiU7LAdMOC6wmeNK4wS07x5cvn2HT_CRQEx-0RG0sQDnMO1W974qhZUT6ZCf8ko7nThjEREVXiLTfODqIuz8RU8l2B/s1086/72528758.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGvxafsd2UlkUVre2PzvKGo9v9Oxza4GH_bgJXx3DTcgJnU6NVxvA3tXOJzagifBW-P2wEQwrcgYqApPtuY_wn_ju4EUsxysGiU7LAdMOC6wmeNK4wS07x5cvn2HT_CRQEx-0RG0sQDnMO1W974qhZUT6ZCf8ko7nThjEREVXiLTfODqIuz8RU8l2B/w640-h384/72528758.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>"Outubro: História da Revolução Russa"</b> de <b>China Miéville</b> integra a lista dos <a href="https://elfpandora.blogspot.com/2021/01/40-livros-antes-dos-40-anos.html" target="_blank"><b>40 Livros Para Serem lidos Antes dos 40</b></a>. Sempre me sinto muito vencendo quando termino um livro dessa lista!</div><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-46227358274014207752023-08-02T18:19:00.000-03:002023-08-02T18:19:01.651-03:0023ª FENEARTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_RBTsa_aHvkrFwO8h3ijYCuA1aJeich4LHQ1kKNnzUrhe5TTUCB3yGhBKeOaOWPbSbQr15ACiMsflzEgm5aapKfDAwt36c1n4MxxWF_CSPq8YOIx7zODQfuPqBtTSk9Rm1_uO_R1hPuFb0cYP8yJ9SSvBqxef6RQ8RCu4OzXGysBAY5Jyu2H9JYur/s4128/20230710_141642.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_RBTsa_aHvkrFwO8h3ijYCuA1aJeich4LHQ1kKNnzUrhe5TTUCB3yGhBKeOaOWPbSbQr15ACiMsflzEgm5aapKfDAwt36c1n4MxxWF_CSPq8YOIx7zODQfuPqBtTSk9Rm1_uO_R1hPuFb0cYP8yJ9SSvBqxef6RQ8RCu4OzXGysBAY5Jyu2H9JYur/w640-h480/20230710_141642.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">No Centro de Convenções de Olinda, cidade próxima a Recife, acontece todo ano a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (FENEARTE). Segundo a lenda, site do evento, essa é o m<span style="text-align: left;">aior evento do segmento de Artesanato na América Latina e reúne artesãos e artesãs de várias regiões do Brasil e da América Latina.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC1ddeIg_wHGQm3Iz_p3EjWPbPi-rJgwzMmHPaOSdPSsu1SsUvb1Zz4V3gBoUkTKgSPwpIbUL2_Jj5Cb35kueHLZsZX5VP34DJDSN4SC8ZWlKtX8IbpM2BEyz46PYpS8NGheEAD-QPG7Z7SsGGBSEkaIovf2vBtORNGKGNYrMG4vCvGIePK0l39h7F/s4128/20230710_141601.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC1ddeIg_wHGQm3Iz_p3EjWPbPi-rJgwzMmHPaOSdPSsu1SsUvb1Zz4V3gBoUkTKgSPwpIbUL2_Jj5Cb35kueHLZsZX5VP34DJDSN4SC8ZWlKtX8IbpM2BEyz46PYpS8NGheEAD-QPG7Z7SsGGBSEkaIovf2vBtORNGKGNYrMG4vCvGIePK0l39h7F/w640-h480/20230710_141601.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Desde que me lembro vejo matérias sobre esse evento na televisão, mas esse ano foi o primeiro no qual consegui finalmente ir a esse evento que realmente é grande e lindooooooo e, se depender de mim, todo ano estarei lá.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2TxdfDv0-Tl10HovH6ZkyVeDtv4IVHAdbUV3BlV4PeMvpV5MYY261-8eNU7PxrxbVQ6RMHhbw3PIdxPiEZizMbH4LbdK58kWWgqNOO9D1wfnKqqljeC0kl5Ms-X2g8hMWSnLHk0-Lnso_-A87AIcdFRbWmuxWMSec3HO9HDDy2LPrBqjb_hO7a5Pc/s4128/20230710_163956.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2TxdfDv0-Tl10HovH6ZkyVeDtv4IVHAdbUV3BlV4PeMvpV5MYY261-8eNU7PxrxbVQ6RMHhbw3PIdxPiEZizMbH4LbdK58kWWgqNOO9D1wfnKqqljeC0kl5Ms-X2g8hMWSnLHk0-Lnso_-A87AIcdFRbWmuxWMSec3HO9HDDy2LPrBqjb_hO7a5Pc/w640-h480/20230710_163956.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">É muito gostoso está em meio a tanto artesanato, tive a impressão de está viajando pelo Brasil. Encontrei pessoas de todas as regiões do Brasil e pude conversar com gente vinda de Minas Gerais, Belém do Pará, Rio Grande do Sul, Amazonas, Sertão de Pernambuco e por ai vá... Conversei bastante, provei alguns sabores diferentes, foi uma tarde e inicio de noite bem tranquilo e gostoso de se viver.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Fui com uma amiga que gosta muito de fotos, voltei com vários registros de mim mesma. Alguns registros não gostei muito, mas por experiência própria, com o passar do tempo acabo gostando mais das fotos pois se tornam recordações da versão de mim daquele momento no qual a foto foi tirada.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8eNtkBAebRXMJUrEcLWR9nWPvgUv5IX6_6NMfXT71fCj7O-pprldLpj1CXy6vLekbDYJYd1HVZOaUz6N1nU-It67RX9brwA6angmJl7uTa32jzu1Wy_vHAFIRfXa2MPYZvDMNF-9tUSNKuKEYIYzQkv2XuAOXwsIcqdnoPSL3l3t2nxDkqUSJrgGo/s1600/IMG-20230710-WA0061.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8eNtkBAebRXMJUrEcLWR9nWPvgUv5IX6_6NMfXT71fCj7O-pprldLpj1CXy6vLekbDYJYd1HVZOaUz6N1nU-It67RX9brwA6angmJl7uTa32jzu1Wy_vHAFIRfXa2MPYZvDMNF-9tUSNKuKEYIYzQkv2XuAOXwsIcqdnoPSL3l3t2nxDkqUSJrgGo/w482-h640/IMG-20230710-WA0061.jpg" width="482" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8IDVfhGl1ySWMhlv4qDI7q1Dkv0Q1S7A-IDUKSNfAzjyKzyy6w9ni_pvVvjO5nbepJyeXcRctFMaUG5fCWGRH1vTOdcrVuUF2HfMNJdLF35515dXvlt2Gw54dRKrC2Gab4ww6PpZXks9HMLwEgFqO6TcfqiX7OJ60qR-N4SpjtQ9E8yPlllU8iByf/s1600/IMG-20230710-WA0062.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8IDVfhGl1ySWMhlv4qDI7q1Dkv0Q1S7A-IDUKSNfAzjyKzyy6w9ni_pvVvjO5nbepJyeXcRctFMaUG5fCWGRH1vTOdcrVuUF2HfMNJdLF35515dXvlt2Gw54dRKrC2Gab4ww6PpZXks9HMLwEgFqO6TcfqiX7OJ60qR-N4SpjtQ9E8yPlllU8iByf/w482-h640/IMG-20230710-WA0062.jpg" width="482" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXVz2JqmK_07XT8nxlRBSFXpihxHH-Nf1j14mRq_g6VanrVREWvwAze1kAgDH7qL6DEx9N1lWbzxpVXTOAubsmo35siLid0BMlurtgaUX3cv-Vs_Mb3Uu_D5W64QbOGzcqaXTMYsPJ22RCqNYQOCxMejqVE0OUQTnnPgjq49868AeY93Oct6Q3SVsm/s1600/IMG-20230710-WA0056.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1204" data-original-width="1600" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXVz2JqmK_07XT8nxlRBSFXpihxHH-Nf1j14mRq_g6VanrVREWvwAze1kAgDH7qL6DEx9N1lWbzxpVXTOAubsmo35siLid0BMlurtgaUX3cv-Vs_Mb3Uu_D5W64QbOGzcqaXTMYsPJ22RCqNYQOCxMejqVE0OUQTnnPgjq49868AeY93Oct6Q3SVsm/w640-h482/IMG-20230710-WA0056.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirAPVxTbWC596-HAJVBT9soGnIJRMHl88r3ZOyXuQBeLHGWMhgH8mrRpvT2ScX6e0yOhceqqDe2dCVeTtjl56QKTgYaaodOQOnHYb-LNOVFlepgkv0cFxhMxz1EZgbjB5S3qU_gwXFSIhUnh_4NtG5ZG6leBSMG-eQRGBlWcKO0uVd_DAgA8pek1ZJ/s1600/IMG-20230710-WA0063.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirAPVxTbWC596-HAJVBT9soGnIJRMHl88r3ZOyXuQBeLHGWMhgH8mrRpvT2ScX6e0yOhceqqDe2dCVeTtjl56QKTgYaaodOQOnHYb-LNOVFlepgkv0cFxhMxz1EZgbjB5S3qU_gwXFSIhUnh_4NtG5ZG6leBSMG-eQRGBlWcKO0uVd_DAgA8pek1ZJ/w482-h640/IMG-20230710-WA0063.jpg" width="482" /></a></div><p style="text-align: justify;">Acho muito interessante também como a arte nordestina gosta de reler os personagens do Novo Testamento da Bíblia. Tenho um constante encantamento por essas imagens e uma vontade de trazer para casa como peça de decoração e companhia simbólica. Achei muito lindo esse São João com o Carneirinho e a Nossa Senhora.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyNsVKImBNMr0GM6Z4MZ7i2pRELskAwEgB4e7eNVUkDJr8pna5QTFHOMzyXne4NnxpX596AG3IroaxJWsPTlp1ja4G63NiT-PLy5Pkqj5U4fD6CEJxuw0NJ0yTFV27-pdQGf9fSWsFJG9QMbYCJkEHJX5lDwvn2WjBqnS6zRNevw3-m5fpU1ZbkYiq/s1600/IMG-20230710-WA0055.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1204" data-original-width="1600" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyNsVKImBNMr0GM6Z4MZ7i2pRELskAwEgB4e7eNVUkDJr8pna5QTFHOMzyXne4NnxpX596AG3IroaxJWsPTlp1ja4G63NiT-PLy5Pkqj5U4fD6CEJxuw0NJ0yTFV27-pdQGf9fSWsFJG9QMbYCJkEHJX5lDwvn2WjBqnS6zRNevw3-m5fpU1ZbkYiq/w640-h482/IMG-20230710-WA0055.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZPjginwO9mKBzE1drZlg7BQxk3ZxTLw6r8x7Gtbu0DDwg6FrlPNhhBG7dYJRQRAgCmChmvkWAH7v12yCSw6I_Cqg4omrWtd6zyulIR7aPDsm_hQD4VTUPGqJ50YfcxvHhqKxPhxB4BK4luHMunuMC4FcfsQ5l2PMYZnea7tL63aweKA_iCg1HCqcd/s1600/IMG-20230710-WA0064.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZPjginwO9mKBzE1drZlg7BQxk3ZxTLw6r8x7Gtbu0DDwg6FrlPNhhBG7dYJRQRAgCmChmvkWAH7v12yCSw6I_Cqg4omrWtd6zyulIR7aPDsm_hQD4VTUPGqJ50YfcxvHhqKxPhxB4BK4luHMunuMC4FcfsQ5l2PMYZnea7tL63aweKA_iCg1HCqcd/w482-h640/IMG-20230710-WA0064.jpg" width="482" /></a></div><p style="text-align: justify;">A feira também tinha vários cantinhos para a gente sentar e descansar com coisinhas para vê. Essa sou eu olhando fotos em monóculos pendurados em cordas. Muitas fotos da família do meu pai e da minha mãe são guardadas nesses aparelhinhos, quando eu era criança lembro deles me mostrando suas fotos de infância nesse aparelhos.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH9mHNXoXFq_8bF9YXdvRuhs7xIWITpbiBZKTE7eo8Sj6P6LIdumiCSD4FMb77dI_ai7NnPv1NnM0c6q_yRR_2YTfYAv8U4Xis8VONF5kTvZtLUClVb5Umo7FYpp9yTA6sfF5eW_VtRD-w-TArnRkg3fEb9lSVnP2NXj6FDDIvRa0EfRG6V6sXi7cg/s1280/IMG-20230710-WA0092.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="963" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH9mHNXoXFq_8bF9YXdvRuhs7xIWITpbiBZKTE7eo8Sj6P6LIdumiCSD4FMb77dI_ai7NnPv1NnM0c6q_yRR_2YTfYAv8U4Xis8VONF5kTvZtLUClVb5Umo7FYpp9yTA6sfF5eW_VtRD-w-TArnRkg3fEb9lSVnP2NXj6FDDIvRa0EfRG6V6sXi7cg/w482-h640/IMG-20230710-WA0092.jpg" width="482" /></a></div><br /><span style="text-align: left;">Para quem não sabe o que é um monóculo, deixo aqui uma foto como referencia. Li na internet que atualmente tem pessoas que usam eles como suporte para lembrancinhas de casamento e batizado provando o quanto existem pessoas nostálgicas nesse mundo de meu Deus.</span><p></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMuvm_Mff29YFhSuwwW87HIi_DyAXzyd8n7Abd3_S0eVQe8mleFBDszdx0jX_PvLTFhE7uDHIjqnf-uJerG0TiPviEDda5xC70YFQbP6YKx4_3Z7WmWdP0MFvFRJTqR0T0yM6pmgzBzZHeXpWTHbUS1NYghQBv_e8eecQZ89rt3EOtZJELU7oglP_C/s1280/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMuvm_Mff29YFhSuwwW87HIi_DyAXzyd8n7Abd3_S0eVQe8mleFBDszdx0jX_PvLTFhE7uDHIjqnf-uJerG0TiPviEDda5xC70YFQbP6YKx4_3Z7WmWdP0MFvFRJTqR0T0yM6pmgzBzZHeXpWTHbUS1NYghQBv_e8eecQZ89rt3EOtZJELU7oglP_C/w640-h360/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Trouxe comigo alguns doces de lembrança, já os comi, alguns artesanatos de Belém do Pará e Minas Gerais e uma colcha de pano de rede tradicional do Nordeste. Pretendo fazer um post com as coisas que trouxe tanto da Imagineland como da FENEARTE. Espero consegui, pois ultimamente eu digo a mim mesma que vou escrever, vou registrar, adio e termino não fazendo.</p><span style="text-align: left;"><br /></span><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-30585162220668290202023-07-30T17:22:00.003-03:002023-07-30T17:22:50.691-03:00Imagineland 2023 em João Pessoa - Paraíba<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBg36HsLRqgTDms7o_6JDH68U_mLEFYVg4iNYcVrj0dTIctWc8tHmKN78NIqEGQ2RL1Sq613rbl3whJSNECysdz7sfmByd6bzhou93xCrjrt4A0hoZLeShAWPI0szd1zTzYeXgThHFXZmVfoHHgHCP48Lb-qSiEy_tPzpFfR7nO4bB6j2h9Z6Y3ZTd/s720/IMG_20230730_102813_752.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBg36HsLRqgTDms7o_6JDH68U_mLEFYVg4iNYcVrj0dTIctWc8tHmKN78NIqEGQ2RL1Sq613rbl3whJSNECysdz7sfmByd6bzhou93xCrjrt4A0hoZLeShAWPI0szd1zTzYeXgThHFXZmVfoHHgHCP48Lb-qSiEy_tPzpFfR7nO4bB6j2h9Z6Y3ZTd/w640-h640/IMG_20230730_102813_752.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">Entre a última sexta-feira, dia 29 de Julho, e hoje, domingo, está acontecendo em João Pessoa - Paraíba, o "Imagineland", um evento voltando para a ideia de juntar pessoas que gostem de música, games, filmes, séries, cosplay, HQs e derivativos. O evento se propôs a trazer autores e autoras que estiveram envolvidos na produção de várias Histórias em Quadrinhos que gosto bastante, então decidi fazer um esforço de vontade e me deslocar de Vitória de Santo Antão para João Pessoa e viver essa experiência com Alexandre e Gisele.<span><a name='more'></a></span></div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeBE3Rnt9CoSW89uARvZC4TK21MGe9_5G5KAU4wr4NlVtvpyMw5aZ476mINArRyHEYSRgAvaCO8OUuBibTqfTcvWLbLZL7BgpWdmjF1MigSO3ncilxTe9AmkVG1zTcPNiUwMlPG6c7T1MyCfSkU_55-q0Y2vJjz6J6gKzk-88OdVP-3Xg13PhwNFmV/s1156/IMG-20230730-WA0002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1156" data-original-width="651" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeBE3Rnt9CoSW89uARvZC4TK21MGe9_5G5KAU4wr4NlVtvpyMw5aZ476mINArRyHEYSRgAvaCO8OUuBibTqfTcvWLbLZL7BgpWdmjF1MigSO3ncilxTe9AmkVG1zTcPNiUwMlPG6c7T1MyCfSkU_55-q0Y2vJjz6J6gKzk-88OdVP-3Xg13PhwNFmV/w360-h640/IMG-20230730-WA0002.jpg" width="360" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both;">Fazia muito tempo que eu não saia de casa para viver uma experiência nerd raiz do tipo que a gente encontra autores e autoras, compra HQs, artes e adesivos, conversa bastante e fica feliz e cansada de tanto conversar, bater perna e tudo o mais. Recomendo a todo mundo se permitir uma experiência de imersão em seus próprios gostos individuais junto com várias pessoas de diferentes origens que partilham do mesmo gosto.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;">O grande destaque e ponto alto do evento foi o encontro com o Jefferson Costa que é simpático, querido, atencioso. Fiquei muito emocionada com o encontro.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit66cnlVr-9lSGxKmDshUsGusYsyKLSjNvswbVl_Pq6qzYQjwk4XcIT8UDc6zPecN6lquLXAA0CuN6S8FN16fM_zVIVuAhHHWywEU2_DuU_G2QF3BZ8LSgm797VwgnpizgPEdMrhDKkF4evJPlz4P_6vmWRHfc5Z1GRExfixLB1vHcwEQuy0yVE1lX/s4128/20230729_121734.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2322" data-original-width="4128" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit66cnlVr-9lSGxKmDshUsGusYsyKLSjNvswbVl_Pq6qzYQjwk4XcIT8UDc6zPecN6lquLXAA0CuN6S8FN16fM_zVIVuAhHHWywEU2_DuU_G2QF3BZ8LSgm797VwgnpizgPEdMrhDKkF4evJPlz4P_6vmWRHfc5Z1GRExfixLB1vHcwEQuy0yVE1lX/w640-h360/20230729_121734.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both;">O evento tinha alguns cosplays, então tirei foto com os meus favoritos, com grande destaque para o Sandman.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4esRAWayZql9E7IudAW__GCPPcvcB7K6S-z4dGBgeZPYxtLBeKZJG8ATscWArUeeNfWkTcuM-8KEZ9E6nkQlRfIFUkM1RLq_7T2Mjg3BGaT5tZw4kzEXU3uQYU3WMThJY_3GyvO-zF73rZB_UXSucCKpV9wX0stt1AiWXU0S4XOqXNkrJLDHG79OZ/s4128/20230729_164036.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4esRAWayZql9E7IudAW__GCPPcvcB7K6S-z4dGBgeZPYxtLBeKZJG8ATscWArUeeNfWkTcuM-8KEZ9E6nkQlRfIFUkM1RLq_7T2Mjg3BGaT5tZw4kzEXU3uQYU3WMThJY_3GyvO-zF73rZB_UXSucCKpV9wX0stt1AiWXU0S4XOqXNkrJLDHG79OZ/w480-h640/20230729_164036.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both;">Além do Sandman do Neil Gaiman, tirei fotos com Hank e Sheila, personagens do desenho animado <b>"Caverna do Dragão"</b>, com "O Mandaloriano" e o Loke.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh3vyIkb3l3cGH91ceZEQ0nqjJsDFetiXnWeVeavm9RTxuoMg9f6ioier7rSXtyAsGNSzsM4DfOiGK-a4UM6JS_ZAAI-G3iS8RrszbDEg9WkTszaLu5eqFhFZ_KWzmdFCrjRLzRdMw5XhE2OptUprXlNt0znicDNsLaHldqyvYImvkZ-bDnpXnaGVm/s4128/20230729_183028.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh3vyIkb3l3cGH91ceZEQ0nqjJsDFetiXnWeVeavm9RTxuoMg9f6ioier7rSXtyAsGNSzsM4DfOiGK-a4UM6JS_ZAAI-G3iS8RrszbDEg9WkTszaLu5eqFhFZ_KWzmdFCrjRLzRdMw5XhE2OptUprXlNt0znicDNsLaHldqyvYImvkZ-bDnpXnaGVm/w480-h640/20230729_183028.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxItzXh_FG0suSIbEoiV28Kwx82E6IInkRGWUCJFgUgsveiMdo0KCjbm0IdcwhzSMZcYc-W20SekvzrGgdKWMB7dRFuOWwm84SyOjERJP7H2RmZU6pjO4rJD-Zpq-ZbZ2n-IW4hKQJ8JzOepK_SyDrg2EqEFq5KikBhTF-AaXFraXvG5NnDzxVgJvi/s4128/20230729_181654.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxItzXh_FG0suSIbEoiV28Kwx82E6IInkRGWUCJFgUgsveiMdo0KCjbm0IdcwhzSMZcYc-W20SekvzrGgdKWMB7dRFuOWwm84SyOjERJP7H2RmZU6pjO4rJD-Zpq-ZbZ2n-IW4hKQJ8JzOepK_SyDrg2EqEFq5KikBhTF-AaXFraXvG5NnDzxVgJvi/w480-h640/20230729_181654.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivYxtsWSaiJiaG4mUrV9P2QWA64lzMsCOpG_VzVrTDKAnkDUz10qyOzlbsvkl7FsIUoxlt9fZdMX7JhNhDSpiWaulC-nKaXmX_o0Y-BUCRo2DqhVPaO2EzaU_ZozTkEVY-Xt1H2nTllY0IFsI67XYFsHizH_ClgSKD9siBrTxvQI83wpNmMXkrt3nL/s1156/IMG-20230730-WA0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1156" data-original-width="651" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivYxtsWSaiJiaG4mUrV9P2QWA64lzMsCOpG_VzVrTDKAnkDUz10qyOzlbsvkl7FsIUoxlt9fZdMX7JhNhDSpiWaulC-nKaXmX_o0Y-BUCRo2DqhVPaO2EzaU_ZozTkEVY-Xt1H2nTllY0IFsI67XYFsHizH_ClgSKD9siBrTxvQI83wpNmMXkrt3nL/w360-h640/IMG-20230730-WA0005.jpg" width="360" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHsFq9APB5cQcDcNwyoBWkSMKM9BnBZt6aGqgQLpdDPukA4lbcd6K1SFXmA97R_zhaT6bP1ndOrOyoPblki91gi402neplK39GTHmWr4JDiPowH-sb0Gs0z4ZLfwiNolOq5A-JQOR5d2kEfBOEgZQEeyHNS6-tfZTxC9mWWVlA2CnsZu1W9jXXbKUX/s4128/20230729_182923.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHsFq9APB5cQcDcNwyoBWkSMKM9BnBZt6aGqgQLpdDPukA4lbcd6K1SFXmA97R_zhaT6bP1ndOrOyoPblki91gi402neplK39GTHmWr4JDiPowH-sb0Gs0z4ZLfwiNolOq5A-JQOR5d2kEfBOEgZQEeyHNS6-tfZTxC9mWWVlA2CnsZu1W9jXXbKUX/w480-h640/20230729_182923.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both;">Não era a dona da Rua na minha infância/adolescência, mas sempre fui e ainda sou baixinha e "gorducha", então fiz questão de sentar no "Trono da Mônica".</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimudAZfVVpU3SIVuV67d1zVf9uvYL6hSvRSc43l4z9KYgxCC7Rao8Im0fgAq-cAiGP1Gx4yFolKcrRm2e4FOCxaXYN2TYoX7z6A6KrTw69ytX61rptYenPrmXldc0GD5fFaKQig5Dlw2tTlCAmMltlPdJv_urmPk6V93L4bxQ7Hy6TZBsuR-V2YEil/s1156/IMG-20230730-WA0007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1156" data-original-width="651" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimudAZfVVpU3SIVuV67d1zVf9uvYL6hSvRSc43l4z9KYgxCC7Rao8Im0fgAq-cAiGP1Gx4yFolKcrRm2e4FOCxaXYN2TYoX7z6A6KrTw69ytX61rptYenPrmXldc0GD5fFaKQig5Dlw2tTlCAmMltlPdJv_urmPk6V93L4bxQ7Hy6TZBsuR-V2YEil/w360-h640/IMG-20230730-WA0007.jpg" width="360" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Esse foi um dia de viver o lúdico, respirar o ar das artes gráficas e está feliz entre pessoas cuja companhia amo. Sinto uma imensa gratidão por esse momento de vida cultural. Espero sinceramente que os amigos que estavam comigo tenham se divertido também e guardem lembranças tão boas quanto as minhas desse dia 29 de Julho de 2023.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh97_n5UC7cTQacMnVaUVVdmpH2A5LEAFBfz9sIscVIcv4fn9gZHTet4mdvcIGc2XrAu77qvQ7Nb5Bl297GnG9oNPiN1QnVa6vqBW3ssdPridXjJKTHM4yfMl_ORS_uNp4tkkMwAAMasz5jXhTa3ty_jdthVHyE4eMrexIss6o4OVw-nhHRFU6OwBlb/s2576/20230729_141218.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2576" data-original-width="1932" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh97_n5UC7cTQacMnVaUVVdmpH2A5LEAFBfz9sIscVIcv4fn9gZHTet4mdvcIGc2XrAu77qvQ7Nb5Bl297GnG9oNPiN1QnVa6vqBW3ssdPridXjJKTHM4yfMl_ORS_uNp4tkkMwAAMasz5jXhTa3ty_jdthVHyE4eMrexIss6o4OVw-nhHRFU6OwBlb/w480-h640/20230729_141218.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHiWiA3m47bnG19dvUFUB2o00oAyzTlcf13aqlFsylehzT7iie1sYluSb1Str21mOcBstOjt-EdqhLuQXRTDY-qGzEDCmlDJLkOX3HXomRvkkBhaKJ1BUS_yi2sm8kQffXk0T-nIoEQ3yh7l_Dxl6FOQ905xYVYdqiwygS_xAKl4ykdfld9wxMCNoy/s1280/IMG-20230730-WA0013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHiWiA3m47bnG19dvUFUB2o00oAyzTlcf13aqlFsylehzT7iie1sYluSb1Str21mOcBstOjt-EdqhLuQXRTDY-qGzEDCmlDJLkOX3HXomRvkkBhaKJ1BUS_yi2sm8kQffXk0T-nIoEQ3yh7l_Dxl6FOQ905xYVYdqiwygS_xAKl4ykdfld9wxMCNoy/w360-h640/IMG-20230730-WA0013.jpg" width="360" /></a></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-67206387541870420922023-07-20T11:31:00.010-03:002023-07-23T07:06:24.195-03:00A História pertence a todos nós. [Citação 014]<blockquote style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">“A história pertence a todos nós. Sempre que você fala sobre algo que lhe aconteceu, seus amigos, sua comunidade ou seu país, você está relatando a história através de eventos que ocorreram no passado. A história pode cobrir a política, economia, estilos de vida, crenças, trabalhos de literatura ou arte, cidade ou áreas rurais, incidentes dos quais você se lembra, histórias que os mais velhos lhes contaram, ou temas sobre os quais você apenas pode ler. Falando amplamente, tudo que já aconteceu até o momento em que você lê estas linhas é história, ou o estudo do passado.”</span><i style="font-weight: bold;"> </i>(In: GOLDSCHMIDT JR, Arthur; AL-MARASHI; tradução Caesar Souza. <b>Uma história concisa do Oriente Médio.</b> 1ª ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2021.)<span><a name='more'></a></span></blockquote><p style="text-align: justify;">_____________________________________________________</p><p style="text-align: justify;">Estou prestes a completar <b>10 ANOS</b> atuando profissionalmente, de forma oficialmente reconhecida, como <b>Professora de História</b>. Continuo achando maravilhosa a jornada de descoberta dos caminhos da Humanidade através do Tempo. Continuo achando maravilhosa a possibilidade de construir memórias sobre situações e momentos dos quais não participei, mas herdei consequências.</p><p style="text-align: justify;">O passado é uma terra estrangeira maravilhosa e cruel, paradoxal em sua forma de está cada vez mais distante e ao mesmo tempo tão próximo, tão ausente quanto presente. Concordo muito com a Katja Petrowskaja quando ela disse em <a href="https://elfpandora.blogspot.com/2021/04/talvez-esther-de-katja-petrowskaja.html" target="_blank"><b>"Talvez Esther"</b></a> que o passado <i><b>"</b></i><b style="font-style: italic;">vive como quer, só não consegue morrer"</b>. Sendo assim nos cabe estudar esse passado, construir conhecimento sobre ele, transforma-lo em algo como História.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGtVwwKtdHDYu_CeDzi4iOEh2_GuXCc7SEUIe1_XT_v_r7yIvjTcQYQtkMSqb1Jv73rBmNiWePIkz9oO6qO5l789_-eqw--CJYGRvuAGXUDDCFh42DxTmWdac1y25KC_creFOWGG8dGVViCg4o_yCNhjaUW6uWp3IAfhz_pO-pEh0ZPlKZ2pBqRIDD/s4128/20230720_091822.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGtVwwKtdHDYu_CeDzi4iOEh2_GuXCc7SEUIe1_XT_v_r7yIvjTcQYQtkMSqb1Jv73rBmNiWePIkz9oO6qO5l789_-eqw--CJYGRvuAGXUDDCFh42DxTmWdac1y25KC_creFOWGG8dGVViCg4o_yCNhjaUW6uWp3IAfhz_pO-pEh0ZPlKZ2pBqRIDD/w640-h480/20230720_091822.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Por esses dias estive lendo, graça a ajuda inestimável de uma amiga, o livro <b>"Uma história concisa do Oriente Médio"</b> escrito pelos professores <b>Arthur Goldschmidt Júnior</b> e <b>Ibrahim Al-Marashi</b>. Nele encontrei, já na introdução, a reflexão que da inicio a esse texto. A história pertence a todos nós, nós somos seus sujeitos, seus herdeiros, seus construtores.</div><p style="text-align: justify;">Não sei se haverá bolo e vela quando finalmente fevereiro de 2024 chegar para que eu celebre minha primeira década de Ensino Profissional de História, mas desde já desejo que meus estudantes possam se interessar e se encantar pela ideia de construir memórias sobre o passado e ter a posse da História de suas vidas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-24865378795548176102023-07-01T18:49:00.024-03:002023-07-04T20:33:48.224-03:00"Mulher-Maravilha 01/51: Além-Mundos" de Michael W. Conrad e Becky Cloonan<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwNRAQgl5-FF5GKpMJJWESUqa3CK6F7ofuTg8SS6UETviChxRwyLjv2YMT0dhgc1MF6bAgZIo9welJ53Gw4c7F5b7WcG0PoscvmfhxuQHMn2HP1Wciw58rMiF7zi1ivJcGujabUj9wD8oku4gWDXxnEdy40dSpJ-E7-4qdURzGuSmGQHlMWywsKOZv/s4128/20230624_110513.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwNRAQgl5-FF5GKpMJJWESUqa3CK6F7ofuTg8SS6UETviChxRwyLjv2YMT0dhgc1MF6bAgZIo9welJ53Gw4c7F5b7WcG0PoscvmfhxuQHMn2HP1Wciw58rMiF7zi1ivJcGujabUj9wD8oku4gWDXxnEdy40dSpJ-E7-4qdURzGuSmGQHlMWywsKOZv/w640-h480/20230624_110513.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A <b>"Mulher-Maravilha"</b> foi a minha porta de entrada para o mundo dos quadrinhos americanos. Ela é um símbolo muito conhecido de mulher forte. No imaginário coletivo é vista como alguém capaz de enfrentar os homens e vencer. Ainda não superei a frustração de perceber o quanto nem sempre as histórias da Princesa das Amazonas trazem ao leitor essa mulher forte consagrada no imaginário coletivo.<span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ainda me sinto frustrada em recordar o quanto detestei a <b>"Mulher-Maravilha dos Novos 52"</b>. A arte do Cliff Chiang realmente é espetacular, mas foi dureza acompanhar o Brian Azzarello derrubando o heroísmo da Diana a cada passo, desconstruindo a ideia de irmandade entre as Amazonas e, por derradeiro, dando a uma personagem pacifista em sua origem o título de Deusa da Guerra. Fiquei traumatizada e com o pé atrás diante de toda e qualquer publicação da mais famosa das heroínas. Foi com esse pé atrás que recebi a <b>"Mulher-Maravilha: Além-Mundos"</b> construída pela parceria do Michael W. Conrad com a Becky Cloonan.<span><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em <b>"Mulher-Maravilha: Além-Mundos"</b> encontramos a Diana enfrentando o seu pós-vida. Como ela veio a morrer? Não sei! Só sei que ao abrir a primeira página da HQ encontramos o próprio Siegfried dando boas vindas a ela em Asgard, Paraíso da Mitologia Nórdica, mundo no qual todos os dias se luta até a morte e todas as noites se desfruta de um banquete até a fartura, embriagues e sono.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7kNXH59vgbPAMAGUqroR-4kAUtY1pcUHygTs7Y8m73DCgNvOzI4bNvdEJGSknNKIT8ZrE7TCrWgzmFN30YgxEkj0yPdh7rkoaX30HGF6EFB7DxzI_h1aIj5eN_UCH2V8bFgzh_f_WxRkuWXNklEOTNeI7E_A6GGZWoBs3qW1tZhbk-A7SCb9TXa9W/s4128/20230624_110545.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7kNXH59vgbPAMAGUqroR-4kAUtY1pcUHygTs7Y8m73DCgNvOzI4bNvdEJGSknNKIT8ZrE7TCrWgzmFN30YgxEkj0yPdh7rkoaX30HGF6EFB7DxzI_h1aIj5eN_UCH2V8bFgzh_f_WxRkuWXNklEOTNeI7E_A6GGZWoBs3qW1tZhbk-A7SCb9TXa9W/w640-h480/20230624_110545.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse momento, Diana encontra-se um tanto desmemoriada, então, a sincronia entre mim, uma leitora totalmente fora do contexto dos fatos anteriores à morte dela, e ela foi imediato. Esse inicio de aventura é lúdico e dinâmico, a Mulher-Maravilha se esbalda na batalha, mostra todos os seus dons como guerreira, e se diverte no momento do banquete. Estaria tudo bem se não fosse o mistério que acompanha o intervalo entre ela perecer no campo de batalha e voltar a vida no momento do banquete.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgziHuDYA0jaU2bi22KmPNT-rREupSkfgYN173P5Sp6WDKalmMrmjalc59v7D6VJi4WBhpTrS84DPf8m4MZM9yfLwowYe2__6fp5Onw_sq8Nj1JvM7LX-7bF4rF_zOebHcqtvU7khy6NiPRZNvjMAskZer-sRU63Yv5CO8TH7zip6yigLHBTZTHIuBu/s4128/20230624_110644.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgziHuDYA0jaU2bi22KmPNT-rREupSkfgYN173P5Sp6WDKalmMrmjalc59v7D6VJi4WBhpTrS84DPf8m4MZM9yfLwowYe2__6fp5Onw_sq8Nj1JvM7LX-7bF4rF_zOebHcqtvU7khy6NiPRZNvjMAskZer-sRU63Yv5CO8TH7zip6yigLHBTZTHIuBu/w640-h480/20230624_110644.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Há um mistério no ar, pois sendo a Diana um personagem ligado a Mitologia Grega o seu pós-vida de forma alguma deveria ser ligado a Mitologia Nórdica. Ela está deslocada por algum motivo, tem algo estranho no ar, ela sente, se incomoda e investiga. Durante a investigação ela encontra como aliado o esquilo <b>Rastatok</b>, descobre ter algo errado com <b>Yggdrasil</b>, Árvore da Vida da Mitologia Nórdica, e resolve ajudar.</div></div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY5R0v8BWm3DDBFUwGprQ_TAhdBEP_J08vgp31b6JoJvPld_Z3sRpWEUYfzGJfV7tkvnJCuOJPVjvIjI4Md8uMpVWZ-4pWWkkqptyCCWWKG1Pwz9Jlb9e9PDPzDGCfYU4HPpAsq-aPnE-OIuGEmGRt0_vvrdUp0Roxal1LrVCzx-Dp_ZW3wZoJJAwY/s4128/20230624_110707.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY5R0v8BWm3DDBFUwGprQ_TAhdBEP_J08vgp31b6JoJvPld_Z3sRpWEUYfzGJfV7tkvnJCuOJPVjvIjI4Md8uMpVWZ-4pWWkkqptyCCWWKG1Pwz9Jlb9e9PDPzDGCfYU4HPpAsq-aPnE-OIuGEmGRt0_vvrdUp0Roxal1LrVCzx-Dp_ZW3wZoJJAwY/w640-h480/20230624_110707.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">O vol. 1 de <b>"Mulher-Maravilha: Além-Mundos"</b> é a apresentação do cenário de uma aventura, do problema a ser resolvido e dos aliados da heroína nesse processo. A arte do Travis Moore é linda, a ambientação de Asgard é um deleite para os olhos assim como a coragem da Diana em enfrentar os problemas com o peito aberto, mesmo sem lembrar muito bem de quem é e de onde vem. Os obstáculos são postos e como uma mulher maravilhosa que é, a Princesa das Amazonas realmente vence todos eles, não tem seu heroísmo questionado, não é vencida pelas circunstâncias, é corajosa acima de tudo e vitoriosa acima das situações postas. Terminei me sentindo instigada em acompanhar a aventura.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O ponto negativo é o fato de, apesar de existirem várias mulheres desenhadas entre a população guerreira de Asgard, Diana não faz amizade com nem mesmo uma personagem do gênero feminino. O roteiro lembra os filmes da Disney no qual a princesa fala com animais e encontra uma dúzia de homens misteriosos e de bom coração para ir tanto convidando ela a aventura quanto indicando a ela as missões a serem cumpridas e os caminhos impossíveis que ela deve cruzar e vencer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por um lado entendo o conceito da Mulher-Maravilha como uma vencedora no mundo do Patriarcado, por outro incomoda muitíssimo a ausência de outras mulheres como aliadas. Todas nós, mulheres, sabemos até ser possível encontrar nesse mundo homens para nos ajudar, mas nossas principais aliadas são mulheres, na vitória e na derrota são nossas irmãs as pessoas que nos oferecem ajuda, solução e conforto.</div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-tuB_1jumoNIK22Wu3qQvl0dS1b-sEG7Zz10q0yxer4tzOq7TYXi_Vi5zpcdmM7Xz_OY16vD7ulTbPvnusKSNq5h405frbVmZ70zAiV7ZsSbjq8S6h33yhM8SFRWMpIOixnWbRC4-4bDGMxMvfdSBxiT3iIG0f7L5X59g-3XknpSYCXt3M75iopH/s4128/20230624_110806.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-tuB_1jumoNIK22Wu3qQvl0dS1b-sEG7Zz10q0yxer4tzOq7TYXi_Vi5zpcdmM7Xz_OY16vD7ulTbPvnusKSNq5h405frbVmZ70zAiV7ZsSbjq8S6h33yhM8SFRWMpIOixnWbRC4-4bDGMxMvfdSBxiT3iIG0f7L5X59g-3XknpSYCXt3M75iopH/w640-h480/20230624_110806.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Ainda nesse volume encontramos a história <b>"De Volta ao Lar: Parte Um" </b>onde se conta a origem da Yara Flor, <b><a href="https://elfpandora.blogspot.com/2022/04/mulher-maravilha-49-estado-de-futuro.html" target="_blank">Mulher Maravilha do Estado de Futuro</a></b>, aqui apresentada como <b>Wonder Girl</b> (<b>Moça-Maravilha</b>), roteirizada e desenhada pela Joëlle Jones.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHtd1GPDZFvqzm_GMsuBIjM2qNNm4HNpHWu0g58XpNcbJRPH2ajiRlp4DuueJKyJwmFh7lqAD-WgMxHht_Cujq0TlSoXfHQ9SSfUI7FD8m5Vbcf18fYeHT05gPauhcXu6a_mcJe5ez1nHbc82GNUq0TNMu_zK5BZ45ssFQcvp6GR_8LZeKnTzjR3-U/s4128/20230624_110837.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHtd1GPDZFvqzm_GMsuBIjM2qNNm4HNpHWu0g58XpNcbJRPH2ajiRlp4DuueJKyJwmFh7lqAD-WgMxHht_Cujq0TlSoXfHQ9SSfUI7FD8m5Vbcf18fYeHT05gPauhcXu6a_mcJe5ez1nHbc82GNUq0TNMu_zK5BZ45ssFQcvp6GR_8LZeKnTzjR3-U/w640-h480/20230624_110837.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Amo tanto a arte quanto o trabalho de roteirização da <b>Joëlle Jones</b>, conheço ela da Graphic Novel <b>"Lady Killer</b>", publicada no Brasil pela <b>Darkside</b>, e da <b>Mulher-Gato</b>, ambos trabalhos maravilhosos. Ela é muito boa em criar histórias dinâmicas com mulheres urbanas fortes de decisão rápida com personalidade independente e dotou Yara Flor de todos esses dons. Porém, ainda sigo insatisfeita com o fato de uma personagem que ganha destaque por ser indígena ser roteirizada por uma mulher não indígena. É muito difícil vê alguém cujo trabalho admiramos fazendo algo duvidoso e essa é a minha situação com a Joëlle. Por um lado gosto do tom da autora, por outro, honestamente, sem palavras para descrever o constrangimento.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4JztSiUivIY1TzlN8vYYiw7WtDQsxSVh71HV_gO0N3l3ypsRoJ0ce_nS3F-aSbIeZ0cJPeZ5f6l6km4xPPpYyas-5pA17YxZdsS3ies4T2fX9Jc1jTyizCIo_DQDtsRC9yEaj3MA8o38wLqioD3VN8Ir6Mz-GSwRqlNujq-LkmIZeBXaz0r4d7MZd/s1400/Joelle-Jones-Banner.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4JztSiUivIY1TzlN8vYYiw7WtDQsxSVh71HV_gO0N3l3ypsRoJ0ce_nS3F-aSbIeZ0cJPeZ5f6l6km4xPPpYyas-5pA17YxZdsS3ies4T2fX9Jc1jTyizCIo_DQDtsRC9yEaj3MA8o38wLqioD3VN8Ir6Mz-GSwRqlNujq-LkmIZeBXaz0r4d7MZd/w640-h320/Joelle-Jones-Banner.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Sobre a origem da Yara Flor, ela é natural do Brasil, mas migrou na infância para os Estados Unidos e cresceu no estado Idaho, criada por sua tia Renata. O fato dela ter sido criada longe da Amazônia pode justificar a distância existente entre a forma de viver e agir dela em relação a forma de viver e agir dos povos indígenas, mas ainda acho muito complicado colocar uma mulher branca, loira dentro de todos os padrões americanos, para roteirizar e desenhar uma mulher não-branca de origem indígena que viveu toda a sua vida em um estado norte-americano com 88% da população formada por pessoas brancas, apenas 1,4% da população é indígena e 0,8% são afro-americanos. A experiência de ser minoria impacta na formação de um ser humano e a Joëlle, por mais legal que seja, não transpõe isso para o papel, não traz essa camada para a personagem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidMSZkLbjojrLQkeIKvKAccVhDCVX-m3voGPpS9ois4VNDNKIFbdXOFVwNyHnPq7qopdGJY2dYVZFXS08uxeZfOR3kBXMgayXQY980FGCDHXangKsf1pdaPaQZN93XM3XDLQsRT94M4ORzPnLKH2tzn-gsR6EtDAXdjIwSriTBmBiCtP8DNQhEvKK4/s4128/20230624_110919.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidMSZkLbjojrLQkeIKvKAccVhDCVX-m3voGPpS9ois4VNDNKIFbdXOFVwNyHnPq7qopdGJY2dYVZFXS08uxeZfOR3kBXMgayXQY980FGCDHXangKsf1pdaPaQZN93XM3XDLQsRT94M4ORzPnLKH2tzn-gsR6EtDAXdjIwSriTBmBiCtP8DNQhEvKK4/w640-h480/20230624_110919.jpg" width="640" /></a></div><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">A parte minhas críticas, é muito bom vê a forma firme como a Yara Flor se posiciona no mundo, em sua história de origem ela já transpira poder e proatividade, é voluntariosa e salva o dia e as pessoas em seu entorno mesmo antes de adquirir o poder e a super força característica das amazonas.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHWN4jnMLhA7cFRJrxbs6avwaZWxNQ5iAe4d-_SSVNMy67C9M96yFz1g__L0ovTk96D_01yY3dXjkSLv6oyws1qqQLAwatyobAvCEqyVb2jH0WTj9YCnYGZNMY9t6hW13cQ0mDHplVK3x9wg1t_gDApnGHo_oKhrMUzU49cVQSMHiN5Ic9OLj7X_G1/s4128/20230624_110940.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHWN4jnMLhA7cFRJrxbs6avwaZWxNQ5iAe4d-_SSVNMy67C9M96yFz1g__L0ovTk96D_01yY3dXjkSLv6oyws1qqQLAwatyobAvCEqyVb2jH0WTj9YCnYGZNMY9t6hW13cQ0mDHplVK3x9wg1t_gDApnGHo_oKhrMUzU49cVQSMHiN5Ic9OLj7X_G1/w640-h480/20230624_110940.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Amei a forma como a Yara Flor adquire sua arma emblemática, uma boleadeira, arma utilizada pelos povos indígenas da América para caçar que até hoje segue sendo utilizada na região dos Pampas Gaúchos. A <b style="text-align: justify;">Wonder Girl </b><span style="text-align: justify;">recebe seus poderes das mãos da própria Iara, Ser Encantado da Mitologia Indígena Brasileira, protetora das águas dos rios, em uma cena lindíssima.</span></div></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2oN_wv1RxrBhvBybHy89jQg7uzeG1_Uaa_UrBVxdeQfvA1GC9UWoMx2cdvlnNv1nnJK8AJBbxSoTWCbjXMsY2d1jQ1BY3WqMHxmh8Z_4k3wZBOtqFOF13U8O2_KwWgGuhhA7bPHUkWV-t3p9zzQXQx-2cmGxvlfROI851HtNHyXgU9o0UWQvj3ZHt/s4128/20230624_111012.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2oN_wv1RxrBhvBybHy89jQg7uzeG1_Uaa_UrBVxdeQfvA1GC9UWoMx2cdvlnNv1nnJK8AJBbxSoTWCbjXMsY2d1jQ1BY3WqMHxmh8Z_4k3wZBOtqFOF13U8O2_KwWgGuhhA7bPHUkWV-t3p9zzQXQx-2cmGxvlfROI851HtNHyXgU9o0UWQvj3ZHt/w640-h480/20230624_111012.jpg" width="640" /></a></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Nesse momento, não dá para esperar representatividade ou situações com as quais mulheres indígenas ou imigrantes latino americanas possam ser sentir representadas, mas a história da Yara Flor tem tudo para ser bem narrada, com uma arte linda e cheia de girl power.</div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-55858496803590298342023-06-24T19:54:00.004-03:002023-07-10T10:38:53.844-03:00A contagem não feita dos dias...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCStiWSr3ZPrewgtXz8MoydP627zvtzeC2yjLF2QuqYy1fp60mNpvncQwDwUexYJANr-7-gokP_z-6As1lrBh3lsrYUms1XlAG4p6QbSKaC4D1cXuDHKiZ1TBqA9ah-X3S1qeOHRnNLR7ObHrHKcYNM07WrvfT5KL2R2_3TPs8eTFrtyzEX5nQYw15/s4128/20230624_164830.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCStiWSr3ZPrewgtXz8MoydP627zvtzeC2yjLF2QuqYy1fp60mNpvncQwDwUexYJANr-7-gokP_z-6As1lrBh3lsrYUms1XlAG4p6QbSKaC4D1cXuDHKiZ1TBqA9ah-X3S1qeOHRnNLR7ObHrHKcYNM07WrvfT5KL2R2_3TPs8eTFrtyzEX5nQYw15/w640-h480/20230624_164830.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Quando a gente para assim, em um inicio de uma noite de feriado, o tempo frio, o cheiro de fumaça e fogueira de São João ainda no ar, parece que os dias passaram rápido demais. Um instante atrás era Carnaval e agora já se foi metade de um ano. Talvez isso aconteça devido a contagem não feita dos dias, eles vão passando em sua velocidade corriqueira. Independente da gente sentir ou não, o tempo passa.</div><div style="text-align: justify;"><span><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro dia vi o tempo na minha frente. Foi tão súbito que quando penso ainda me sinto abalada. Um dos meus antigos estudantes veio buscar um documento na escola e passou na biblioteca para me cumprimentar. Fiquei absudada, um homem feito e quando olhava ele se movendo, conversando, contando do trabalho, de como a vida está, só via o menino que me trazia o caderno para ser corrigido, ganhando um doce vez ou outra por responder uma pergunta, sorrindo displicentemente dentro daquele tempo brevemente infinito das tardes escolares. Eu vi o tempo! Vi como que a <i><b>"vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,/ vai para um mar muito longe..."</b></i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essas pessoas adolescentes viram mesmo homens e mulheres, mudam completamente, crescem, vem nos visitar na hora do nosso almoço, apertam nossas mãos, nos dão abraços, voltam para as suas vidas, a hora do almoço acaba, o sinal toca, a gente volta e vê aquela infinidade de adolescentes, o presente se impõe ao passado, o tempo segue sem ser visto... mas, quando paro para pensar a contagem não feita dos dias me impacta novamente e penso: <b>"Eu vi o tempo!"</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na casa dos meus pais em Igarassu estamos agora vivendo uma época diferente. A gente nunca sabe quando um ciclo vai se fechar, então ele se fecha e a gente descobre. Nossa cachorrinha caramelo, Pixita, que meu pai tratava como uma filha e era uma amiga e companheira para todos nós, foi para o céu dos cachorros depois de 14 anos conosco. Ainda estamos muito tristes. Nós criamos os animais e os animais nos criam e é muito triste se despedir deles. Sempre gostaria de desfrutar mais um pouco da companhia de Pi nos fins de tarde e inícios de manhãs.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9XGUL1YK2E23YZjvRN0LpiCDxg_wLkoN7h2QYSQ_9K2XSP9Cll_2k24hN28HYkNmo2dGmyjvRwEa9oEaOKlV3R89fV-TJXgtARfqwSIJB0luuSilpVLyNKojpClJd5JJ4oztaI5pjendOdbhXT2PhBSIR5LyaTzLoyxvIwHOvP9mV5RC5PiE77CFF/s4128/20230218_173443.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9XGUL1YK2E23YZjvRN0LpiCDxg_wLkoN7h2QYSQ_9K2XSP9Cll_2k24hN28HYkNmo2dGmyjvRwEa9oEaOKlV3R89fV-TJXgtARfqwSIJB0luuSilpVLyNKojpClJd5JJ4oztaI5pjendOdbhXT2PhBSIR5LyaTzLoyxvIwHOvP9mV5RC5PiE77CFF/w480-h640/20230218_173443.jpg" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><div>Sempre é muito tempo, mas eu sempre gostaria de levantar a cabeça depois de finalizar um livro e vê ela por ali, nem perto e nem longe. Não sou uma grande entusiasta de animais, Deus e quem me conhece sabe, mas gosto dos meus amigos e da minha família e Pi sempre foi uma amiga e um membro da família.</div><div><br /></div><div>No último dia 30 de Maio completei 37 anos de vida. As vezes me sinto tão satisfeita com a vida que me pergunto se está tudo certo comigo. Tenho tristezas e anseios, ainda quero comprar uma casa, me sinto muito cansada em fins de bimestre, quando muita coisa acontece ao mesmo tempo me sinto exausta e só quero passar cada segundo livre em casa dormindo, mas me sinto satisfeita com a vida. Não tenho vontade de viver em outra cidade, arrumar mais um emprego ou fazer outras além das que já faço. Gosto das pessoas amigas que tenho em minha vida, mesmo quando me aborreço com elas. Outro dia acordei cedo demais em um sábado, olhei a estante bagunçada e coloquei ordem nela. Achei tão bonita a imagem formada diante de mim, tirei uma foto.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNP38d4CN-iRL8fdtVEvOKysCMrn8orXjLd0hg3v_7m0Bo7Z95qJNKh4RxhSLa80fP3yq82rSBF2rFUS79gH-Q7DrEI0oMnYfBfiXvHqM96pXkT9DfYPiAj6a39mXCAiyWny66DDngSdzSmjiBDMyoFS7j4fh24VOlwyWKT6fOi2I5yKoq_zulAj9H/s4128/20230610_070804.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNP38d4CN-iRL8fdtVEvOKysCMrn8orXjLd0hg3v_7m0Bo7Z95qJNKh4RxhSLa80fP3yq82rSBF2rFUS79gH-Q7DrEI0oMnYfBfiXvHqM96pXkT9DfYPiAj6a39mXCAiyWny66DDngSdzSmjiBDMyoFS7j4fh24VOlwyWKT6fOi2I5yKoq_zulAj9H/w640-h480/20230610_070804.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Minha irmã customizou uma moldura antiga, fez um mosaico de fotos antigas e jovens e me presenteou com ele. Fiquei muito emocionada, as vezes choro olhando as fotos, sou uma pessoas nostálgica.</div><div style="text-align: justify;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP9uqLHYpWFmZ34g2px6sNn4KRjZZdFGGeIzv8aMt6TcpQyoYftloFA8G0dhhyCU19k1CFacDZri4Ga4TuBbg9AGRFKTOX3iud423Pp0y1KsRoCOjzrSxD9W11sloNppC9wWH2DvYxSfOGz4cuHidfX0DvZMl4rfpkv7plr9NHNkm-7NKdvzqeHFwl/s4128/20230530_111934.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP9uqLHYpWFmZ34g2px6sNn4KRjZZdFGGeIzv8aMt6TcpQyoYftloFA8G0dhhyCU19k1CFacDZri4Ga4TuBbg9AGRFKTOX3iud423Pp0y1KsRoCOjzrSxD9W11sloNppC9wWH2DvYxSfOGz4cuHidfX0DvZMl4rfpkv7plr9NHNkm-7NKdvzqeHFwl/w640-h480/20230530_111934.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Alexandre me presenteou com um livro Katherine Mansfield. Rafael me mandou uma mensagem linda, daquelas que me fazem chorar sem tristeza.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaZ5J9-9bE3oIfIfNkRVlpCqtPioT96UH8F2y87nf6IHxNJztBNqiIaZVME5l59QlQtvc51GnrVlZHXkLOaf-1maA9tRWJ5PpPTd2rgF3HGFo9FTVcOCXMhZrNtqbpoy83UBkj5vcaQmcjlSotdWrLCA5V3IQPAGjF9U2Jt7NjvYpWJhKGAj7XgMus/s4128/20230520_155440.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaZ5J9-9bE3oIfIfNkRVlpCqtPioT96UH8F2y87nf6IHxNJztBNqiIaZVME5l59QlQtvc51GnrVlZHXkLOaf-1maA9tRWJ5PpPTd2rgF3HGFo9FTVcOCXMhZrNtqbpoy83UBkj5vcaQmcjlSotdWrLCA5V3IQPAGjF9U2Jt7NjvYpWJhKGAj7XgMus/w480-h640/20230520_155440.jpg" width="480" /></a></div><br /><div>Estou amando a aventura intensa, emotiva e assustadora de ser uma mulher Balzaquiana. Falta pouco para acabar ou três anos é muito tempo? Não sei! Sei apenas que só se vive um dia por vez. Mesmo quando percebemos a contagem não feita dos dias eles implacavelmente passam, apenas um de cada vez, mas passam.</div></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-81652587896481072872023-05-28T17:13:00.004-03:002023-05-29T06:48:26.461-03:00"Alinhando os chakras" ou "Lembrando de viver um dia de cada vez"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTa9iWvc02HnIVLCBz-I793R2NG1wOY15eBxFpzjuCE_JKQ3lmTmMDXwhsAgDtM7HafMZIeis8RwMflkjnQ7HBV3crPotfoiDpionjl2njHqyGK4VpMWc2NlbdyFIubRs6lbBQlkE2zlzPkQBXVJX0ErUcF9PbN4_1rLv_MWtjdEVC5WorWMbNA/s560/www.institutoluz.com.br-o-que-sao-os-chakras-e-qual-sua-relacao-com-o-reiki-artigo-reiki11.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="370" data-original-width="560" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTa9iWvc02HnIVLCBz-I793R2NG1wOY15eBxFpzjuCE_JKQ3lmTmMDXwhsAgDtM7HafMZIeis8RwMflkjnQ7HBV3crPotfoiDpionjl2njHqyGK4VpMWc2NlbdyFIubRs6lbBQlkE2zlzPkQBXVJX0ErUcF9PbN4_1rLv_MWtjdEVC5WorWMbNA/w640-h422/www.institutoluz.com.br-o-que-sao-os-chakras-e-qual-sua-relacao-com-o-reiki-artigo-reiki11.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"></p><blockquote style="text-align: right;"><b><i>"Os chakras são centros energéticos distribuídos pelo corpo, originários das escrituras sagradas do hinduísmo – a palavra chakra significa “roda” em sânscrito e, não à toa, eles estão em constante movimento. Sua comunicação se dá por canais condutores, chamados Nadis, por onde passa nossa energia vital."<span><a name='more'></a></span></i></b></blockquote><p style="text-align: justify;">Embora professe uma religião nascida na Ásia, não sou hinduísta, mas quando estou nervosa digo coisas como "meus chakras estão desalinhados" e quando vou me estabilizando emocionalmente afirmo "estou realinhando os chakras". Essa semana foi uma semana de realinhamento e foi totalmente fora das minhas expectativas.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqfgtEWF4qKbgk97hRP2VGxt3KgWFrP55BGS1h7nEQm2RkNrnVnVxWTyjRaTLmGp8W8Z98BXrz_elQRNB3GiBjqhhrR7casKR4lOD5a0ZuNFPx5HGB0WdDKE_IQB99oHiC_3Z6Y7t0UR8Q_I9muiMf5vnWuJAFwmtzfNp3v-CJ9hxOk3L31doIUA/s4128/20230528_165401.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqfgtEWF4qKbgk97hRP2VGxt3KgWFrP55BGS1h7nEQm2RkNrnVnVxWTyjRaTLmGp8W8Z98BXrz_elQRNB3GiBjqhhrR7casKR4lOD5a0ZuNFPx5HGB0WdDKE_IQB99oHiC_3Z6Y7t0UR8Q_I9muiMf5vnWuJAFwmtzfNp3v-CJ9hxOk3L31doIUA/w640-h480/20230528_165401.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Ao contrário do que imaginei, consegui descansar bem, dei minhas aulas na segunda, terça e sexta e a atividade proposta pelo sindicato para pressionar o prefeito a cumprir a Lei do Piso do Magistério e reajustar nossos salários em 14,95% junto com muita gente conhecida e amigas queridas (Raphaela e Cirlene).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc7BalXS7FZNtNhkMJnk6FpsCLcL4iOkuSuSRLTUDWgilwxz1uNShYUAW4D7_jIQVvzaaQQ3tWJGt6hImzuouB80PKucD3XD6Dt7weRsqvTE2mebU3GhYXt05EMbqFfwVtRlVRTh2bwngSX3MR7UEWbGdEn1-zvD-DR2WJPSzghPARyXEevHb6zg/s2576/IMG_20230523_161510_030.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1932" data-original-width="2576" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc7BalXS7FZNtNhkMJnk6FpsCLcL4iOkuSuSRLTUDWgilwxz1uNShYUAW4D7_jIQVvzaaQQ3tWJGt6hImzuouB80PKucD3XD6Dt7weRsqvTE2mebU3GhYXt05EMbqFfwVtRlVRTh2bwngSX3MR7UEWbGdEn1-zvD-DR2WJPSzghPARyXEevHb6zg/w640-h480/IMG_20230523_161510_030.jpg" width="640" /></a></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;">Alguns compromissos foram cancelados, adiados ou simplesmente não aconteceram. Na quarta-feira choveu tanto que a atividade de Formação Continuada foi cancelada, eu estava no meio do caminho, voltei para casa. Minha amiga não entrou em contato, acabei não indo almoçar com ela, estou com a sensação dela ter esquecido desse compromisso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No meio tempo, entre um dia e outro de trabalho, acabei dormindo muito. Cheguei em casa as 18:30 e às 19:30 já estava dormindo, acordava no horário do ir a aula e ao chegar em casa repeti o exercício de dormir cedo. Nos dias em que fiquei em casa, não só dormi cedo como também cochilei à tarde. O sono cura e restabelece. Dormir alimenta.</div></div><p style="text-align: justify;">Também consegui limpar minha casa. Botei roupa na máquina. Organizei algumas bagunças. Elaborei material didático para minhas turmas. Fui ao mercado, fiz a feira no sábado pela manhã. Reguei minhas plantas, meu <i>ora-pro-nobis</i> está lindo e consegui tirar algumas folhas dele para fazer suco e enriquecer o molho de um peito de frango.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELoWINEsaCkhRJSaGaL_CcXZL6bfBJDidrwrLZ3JsiTn9X6AexlzfAPQunNzZkPEskbCOELQmDNuJM3M6lo60avkdtGk0pBGbYNO4xCW1WGod-SBzTxHwNIEDPRN1XG36eQucpD06SCeRV757PyYDDYoY-tPnwmQxg_VSxBg4khVRRYI2VWtNeg/s4128/20230528_122801.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELoWINEsaCkhRJSaGaL_CcXZL6bfBJDidrwrLZ3JsiTn9X6AexlzfAPQunNzZkPEskbCOELQmDNuJM3M6lo60avkdtGk0pBGbYNO4xCW1WGod-SBzTxHwNIEDPRN1XG36eQucpD06SCeRV757PyYDDYoY-tPnwmQxg_VSxBg4khVRRYI2VWtNeg/w640-h480/20230528_122801.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Vi o cacto com o qual Gisele me presenteou no Natal passado florescer pela primeira vez dentro de minha casa, debaixo dos meus cuidados. É muito bom ter a companhia das plantas, sinto como se elas me ensinassem a ter paciência, a absorver a luz do sol, a estar no aqui e no agora.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpbCFIKtoQ6bnC3I3t976LjACx_GUG63dCCNk80jtgx-rDZ5yoPuHLR35v9oV5EPQw9XdQtJ7On16YIecCj2Oa2YdfODYlpoXQcSkO3nBc7WX2ooi7Rmho2ptbJB0U2VszyOXKKp-oKxZ1R9c1muZyJMgKERIb2WxrNjzgl-pynFfdTpHIcjw_bQ/s4128/20230528_122832.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpbCFIKtoQ6bnC3I3t976LjACx_GUG63dCCNk80jtgx-rDZ5yoPuHLR35v9oV5EPQw9XdQtJ7On16YIecCj2Oa2YdfODYlpoXQcSkO3nBc7WX2ooi7Rmho2ptbJB0U2VszyOXKKp-oKxZ1R9c1muZyJMgKERIb2WxrNjzgl-pynFfdTpHIcjw_bQ/w640-h480/20230528_122832.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Fui caminhar no inicio da tarde, li os volumes de Mao, mangá da Rumiko Takahashi e um romance da J. K. Ward, autora de romances sobrenaturais pela qual sou apaixonada.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixoLph-B2ltmGG4_2U8HBVKe-eZ-ECZ_l26Pz5_uf_47iebduuFw3FrI7DCpg6ULW1shr9hcALxVvOg_L3XMZuqn-YE9Fp2qn8zunIyfsprTDxPVRl-JaCsMIu2frgJkr9un-F-jIx8elmEJKazLU10iTj5z4QxIL0QbqSP7CCPpTTyZ_BQJK0PQ/s4128/20230528_105225.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixoLph-B2ltmGG4_2U8HBVKe-eZ-ECZ_l26Pz5_uf_47iebduuFw3FrI7DCpg6ULW1shr9hcALxVvOg_L3XMZuqn-YE9Fp2qn8zunIyfsprTDxPVRl-JaCsMIu2frgJkr9un-F-jIx8elmEJKazLU10iTj5z4QxIL0QbqSP7CCPpTTyZ_BQJK0PQ/w640-h480/20230528_105225.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">A vida seguiu, um dia depois do outro, um dia de cada vez. As manhãs primeiros, depois as tardes e então as noites. As coisas vão acontecendo e se a gente sobrevive então pode contar nossas histórias, ponderar sobre os fatos. O Salmo 19 continua sendo o Salmo da minha vida.</p><p style="text-align: right;"><i><b></b></i></p><blockquote><p style="text-align: right;"><i><b>"Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite."</b></i></p><p style="text-align: right;"><i><b>(Salmos 19:2)</b></i></p></blockquote><p style="text-align: right;"><i><b></b></i></p><p style="text-align: justify;">As células do meu corpo ainda sentem certa agitação, mas está uma tarde iluminada, uma borboleta invadiu minha sala, uma canção de um dos meus músicos coreanos está tocando. Bem aventurados os músicos coreanos, pois eles também fizeram parte da construção desse meu estado de reequilíbrio e me ensinaram o valor de uma playlist amiga para as horas incertas.</p><p style="text-align: justify;">Gostaria de agradecer a <a href="https://marina-menezes.blogspot.com/" target="_blank"><b>Marina Menezes</b></a>, <a href="https://draft.blogger.com/profile/18024789355281721651" target="_blank"><b>Chica </b></a>e <a href="http://mataharie007.blogspot.com/" target="_blank"><b>Pedrita </b></a>pelos comentários no último post. Obrigada mesmo. Foi ótimo ler vocês nos últimos dias. Obrigada pela paciência e pela generosidade da escuta.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-50218208084554108792023-05-21T16:20:00.007-03:002023-05-21T16:20:48.266-03:00É como se cada célula do meu corpo quisesse ir para uma direção cardeal diferente...<div style="text-align: justify;"><div><br /></div><div>Queria ter escrito bem mais nos últimos tempos, mas a vida foi acontecendo em redemoinhos que parecem se emendar um no outro e eu consigo ficar em média 6 horas por dia, segundo o cálculo do celular, presa no instagram e não consigo escrever alguma coisa no blog. Estou um tanto quanto descompensada. Amanhã tem aula, vou precisar acordar antes das quatro da manhã.<span><a name='more'></a></span></div><div><br /></div><div>Me sinto cansada e tensionada. É como se cada célula do meu corpo quisesse ir para uma direção cardeal diferente e, estando assim, tão agitada dentro de mim mesma, fico sem ação. Só tenho vontade de comprar livros, tradicionalmente desconto nisso meus achaques.</div><div><br /></div><div>Minha casa está uma bagunça arrumada, cada canto uma bagunça diferente, mas não consegui colocar as coisas no lugar. Precisei sair correndo na última quinta-feira de Vitória para Igarassu e estou escrevendo do computador do meu irmão. Corri da minha casa para a casa dos meus pais para resolver o total de coisa nenhuma. Simplesmente a cachorra de estimação da família está adoentada, meu pai deu uma surtada de desespero, minha mãe ficou bastante aflita, minha irmã me pediu para vim aqui simplesmente para está aqui. Estou cansada! Não sei bem o que fiz de quinta até hoje, li um pouco, dormi, fiz uma caminhada de uma hora com Mainha na sexta-feira, mas estou cansada.</div><div><br /></div><div>Tenho vontade de chorar horrores, nem sei bem o motivo. Não estou chorando, o que não é muito do meu feitio, geralmente choro quando sinto vontade, mas desconfio que se eu for começar a chorar agora não paro nunca mais e amanhã tem aula, terça também tem aula, quarta tem uma atividade de formação continuada, inclusive marquei um almoço com uma amiga minha na quarta... e a vida segue. Se eu começar a chorar agora não consigo seguir com meus compromissos.</div><div><br /></div><div>Queria ter alguém para quem correr agora... e todo mundo muito sobrecarregado com suas questões...</div><div><br /></div><div>É muito cansativo estar em estado de agitação emocional, não recomendo a ninguém viver esses momentos. É cansativo e aflitivo até buscar alguém para desabafar. Gostaria muito de encerrar esse ciclo de agitações, arrumar minha casa, ler um mangá ou uma história em quadrinhos dos X-Mens, não fazer nada... não pensar em nada, não ter compromissos agendados, não me afligir com a saúde de meus pulmões, com a campanha salarial, com a família, as incertezas do futuro, a pilha de atividades que tenho para corrigir, as aulas para planejar, os acontecimentos corriqueiros e mesquinhos do cotidiano escolar.</div><div><br /></div><div>Quero escrever as resenhas de alguns livros, contos, HQs e uma trilogia da lista dos 40 Livros para serem lidos Antes dos 40 anos. Não consigo alinhavar meus pensamentos e sentimentos para comentar os textos. Me sinto em estado de agitação, cada célula do corpo querendo fugir para uma direção cardeal diferente, uma vontade intensa de chorar até não mais poder.</div><div><br /></div><div>Fui fazer um bolo. Esqueci de colocar os três ovos. É um desgosto muito grande quando o bolinho não sai como a gente gostaria. Foi a primeira vez que fiz um bolo e esqueci de colocar os ovos. Parece brincadeira, em outro momento eu estaria contando isso e rindo horrores, mas agora parece só mais uma história de aflição nesses dias aflitivos com Painho surtando, Mainha se sentindo muito sozinha para lidar com os surtos de Painho, minha irmã aflita, meu irmão chegando em casa muito carregado e pesando ainda mais o ambiente, eu mesma me sentindo oprimida dentro de minha própria carne.</div><div><br /></div><div>Queria me sentir melhor do que estou me sentindo agora. Me sinto oprimida, com os ombros tensos. Gastei tanto em Maio que estou começando a me sentir arrependida de não ter feito os últimos concursos para professores públicos. Não fiz por ter achado que não era necessário, mas foram tantos gastos que estou começando a achar que avaliei mal minha situação financeira. Agora já foi, só me resta dizer, mais uma vez, "Deus Proverá!".</div><div><br /></div></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-1703444131677254462023-03-26T19:02:00.002-03:002023-03-26T19:02:38.495-03:00"Ana Sem Terra" de Alcy Cheuiche<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyWzRufif_Z8j5oBK5TFOMqOlo7kyTbv7PEzgQIovOGMwat_ITDuk1ngqI0QMXEB4aKAznIussRXaTuwnfUxZqD_THkmcWm3NOfxCPKtmJ9yeO__J-RU8W8eiB8-O2K1M8uZayoSgWMvVKLdCwVZt1_rQt0Olvu8TIhF5KIqD_U8gBtU7I9lP6g/s4128/20230221_104926.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyWzRufif_Z8j5oBK5TFOMqOlo7kyTbv7PEzgQIovOGMwat_ITDuk1ngqI0QMXEB4aKAznIussRXaTuwnfUxZqD_THkmcWm3NOfxCPKtmJ9yeO__J-RU8W8eiB8-O2K1M8uZayoSgWMvVKLdCwVZt1_rQt0Olvu8TIhF5KIqD_U8gBtU7I9lP6g/w640-h480/20230221_104926.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Todo livro tem uma história pessoal de como chegou a nossa estante. Alguns tem uma história bem trivial, foram simplesmente comprados e pronto. Outros tem uma história mais interessante, <b>"Ana Sem Terra"</b> de <b>Alcy Cheuiche</b>, por exemplo, chegou a minha vida através da Ana Seerig. Ele é um dos livros com os quais ao longo do tempo ela foi me presenteou, está em minha estante desde 2016, tem uma dedicatória carinhosa, só o peguei para ler Janeiro deste ano de 2023, mas li mesmo em Fevereiro animada pelo fato de uma das amigas de virtualidade que compartilho com Dona Ana ter lido e comentado o livro <b>"Ana Terra"</b> do <b>Erico Verissimo</b>.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p></p><p style="text-align: justify;">Saindo da história do livro e indo para a contada no livro, em <b>"Ana Sem Terra"</b> <b>Alcy Cheuiche</b> se propõe a navegar pela história recente do Brasil através da história particular de uma família brasileira de origem alemã cuja pequena porção de terra se encontra no Rio Grande do Sul. A história começa em 1958 e vai até 1990, um período de tempo tão grande pode fazer supor ser o livro um grande calhamaço, mas ele é bem sintético, entre um capítulo e outro o autor faz saltos no tempo. O primeiro capitulo acontece em 1958, no segundo já estamos em 1960, pode parecer esquisito, mas na prática funciona muito bem, a leitura é leve a ponto de ser possível ler o livro de um dia para o outro.</p><p></p><p style="text-align: justify;"></p><p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></p><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgocQlVne3wFmSafprMjZxQXtNsQ50fiDQS3DQ8NWDFeus8C3pynSAO1sVQ5Kx92CpNhsUpsl16DR7VDOeYBfRAE0dgqp-Cn5WlHFXSEjb2Q8vlXvX7wV24RZt0_GmKBcKL60vKzTFJ9wGNAo72O-eMCGqfg4T0v6LKApbwu8eVcE1TgQIrbULSzQ/s4128/20230323_123157.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgocQlVne3wFmSafprMjZxQXtNsQ50fiDQS3DQ8NWDFeus8C3pynSAO1sVQ5Kx92CpNhsUpsl16DR7VDOeYBfRAE0dgqp-Cn5WlHFXSEjb2Q8vlXvX7wV24RZt0_GmKBcKL60vKzTFJ9wGNAo72O-eMCGqfg4T0v6LKApbwu8eVcE1TgQIrbULSzQ/w640-h480/20230323_123157.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A família que acompanhamos é dos <b>Schneider </b>e, em nosso primeiro encontro a família é composta por um grupo de adolescentes e crianças órfãs: <b>Gisela</b>, a mais velha e chefe improvisada da família; <b>Heide</b>, uma mocinha que acabou de ter um filho e não sabe o paradeiro do companheiro; <b>Willy</b>, um rapaz que tenciona virar padre; e <b>Ana</b>, então uma criança. Em nosso primeiro encontro as crianças <b>Schneider </b>acabaram de perder o pai e estão defendendo o pedaço de terra que herdaram das mãos de um tio desonesto. O livro já começa com a tensão lá em cima e de onde menos se espera vem a salvação da lavoura familiar. Em um puro <b><i>Suco de Brasil</i></b>, a Gisela consegue o apoio do padre para ajudar ela a manter a guarda dos irmãos e a posse da terra.</div><p></p><p style="text-align: justify;">Alcy Cheuiche é muito consciente de como o Brasil funciona, se a Igreja Católica Apostólica Romana foi muito cúmplice ao longo de nossa História de violências pesadíssimas, individualmente muitos padres se alinharam a resistência dos mais pobres, usando a influência que a batina confere para proteger os pobres e fracos diante dos mais ricos e fortes. Essa consciência de como acontece o jogo político e a luta de classes no Brasil no macro e no micro permeiam a narrativa inteira dos capítulos de <b>"Ana Sem Terra"</b> enquanto vemos Willy cumprir o serviço militar, conhecer uma família proprietária de terras, se tornar padre, se opor a ditadura militar, ser torturado enquanto sua família perder sua pequena propriedade e se vê dentro do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.</p><p style="text-align: justify;">De capitulo a capitulo a gente vai vai avançando na história familiar dos Schneider e na própria História do Brasil, no clima anterior a Ditadura Militar, nos horrores da Ditadura, Cheuiche é muito claro ao falar de como os militares fizeram um governo corrupto, autoritário, violento, péssimo para as populações mais carentes do Brasil. Em determinado momento a história toma ares trágicos e dolorosos tal como trágica e dolorosa muitas vezes se torna nossa História dos Pobres no Brasil. Parece que a dor e a violência tem sido destinos inescapáveis para uma grande parcela da população brasileira menos favorecida.</p><p style="text-align: justify;">A primeira edição de <b>"Ana Sem Terra"</b> foi publicada por volta de 1990, esse é um livro escrito a trinta e três anos atrás e nele já se encontra uma crítica a Anistia pós-Ditadura Militar em como essa atitude possibilitou a torturadores ocuparem cargos através dos quais puderam continuar a espalhar ódio e desigualdade pelo Brasil. A luz do que diziam pessoas conscientes dos caminho do Brasil em 1990, os fatos atualmente em destaque nos nossos telejornais da vida, o golpismo contra a democracia, a grande lavoura de soja invadindo florestas, o garimpo ilegal nas terras indígenas, o desmatamento da floresta para o gado bovino, o avanço da fome, o aquecimento global são tragédias antigas cujos desdobramentos foram anunciados.</p><p style="text-align: justify;">A atualidade de um livro escrito 30 anos atrás me deixa aturdida e irritada, porém o mais surpreendente é que, mesmo tomando ares trágicos, o Cheuiche encerra sua história com um final incrivelmente otimista. É um livro que começa sendo histórico e ao final toma ares de ficção científica super otimista. Terminei a leitura absurdada com a capacidade do autor de pensar positivamente sobre o futuro, mesmo quando o presente tem ares tão sombrios. Claramente ele não contava com o quanto o brasileiro pode ser capaz de não ter empatia com o sofrimento dos oprimidos e normalizar a miséria utilizando um discurso meritocrático vazio de sentidos em um país tão desigual.</p><p style="text-align: justify;">Apesar do século XXI a partir da sua segunda década ter tomado ares tão diatópicos, quero crer, tal como o <b>Alcy Cheuiche</b>, que o Brasil pode descobrir formas de preservar a História de lutas e resistência dos mais pobres desse país e assim para de viver um eterno looping de tragédias. Quem sabe algo de bom não nos aconteça e nós possamos dar uma guinada na nossa História para um lugar menos desigual? Tenhamos esperança!</p><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-71644134134002508252023-03-23T15:05:00.002-03:002023-03-23T15:05:56.241-03:00"Casas Vazias" de Brenda Navarro & "A Via Crucis do Corpo" de Clarice Lispector<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4HiWcTFlUCbIlNfBaCiA5EtR06GEDzqNn-NFiIbDKrEozBiB8w0byLcLY-ekJuZHrGX5fcvKYFjVTYu4R9FMpi-oD7_7foB7pNwqMYS5L-R6qVVyOZzhwSuLmsbjYNJIClC9kYDAyNjfEzfA7OYrK4i-VHO_fJAsh-xZt7pANsSU7HiInW3PeeA/s4128/20230323_125505.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4HiWcTFlUCbIlNfBaCiA5EtR06GEDzqNn-NFiIbDKrEozBiB8w0byLcLY-ekJuZHrGX5fcvKYFjVTYu4R9FMpi-oD7_7foB7pNwqMYS5L-R6qVVyOZzhwSuLmsbjYNJIClC9kYDAyNjfEzfA7OYrK4i-VHO_fJAsh-xZt7pANsSU7HiInW3PeeA/w640-h480/20230323_125505.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Não sei através de quais fios <b>"Casas Vazias"</b> de <b>Brenda Navarro</b> e <b>"A Via Crucis do Corpo"</b> da <b>Clarice Lispector</b> se conectam, nem mesmo sei se é possível os conectar de alguma forma, mas li ambos os livros em sequencia, quase sem querer e sem pausa, impulsionada pela narrativa envolvente das duas autoras e, ao fim da leitura, botei na cabeça, sem motivo que iria escrever sobre os dois livros em um único texto.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em <b>"Casas Vazias"</b> a mexicana <b>Brenda Navarro</b> nos conta uma história sobre maternidade na América Latina. É um livro pesado, sem heroínas, recheado com tudo que nós mulheres conhecemos muito bem: solidão, misoginia, medo, violências inescapáveis. Ele é todo narrado em primeira pessoa por duas mulheres às voltas com a experiência da maternidade dentro de uma situação quase fantástica. Uma das mães conta a história a partir do momento no qual seu filho some do parquinho próximo a sua casa em um bairro rico da cidade, a outra a partir do momento no qual rapta uma criança de um parquinho de um bairro distante e o traz para sua casa no subúrbio pobre da cidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-hdPyujCjHZRV-zP_8OZtzKTnWEdt1J_dGsfKPGpaHbB9zYpebfWaWu-f0XNHsecdjuFuFn38ugI16l0uq3zmI1XVSjW2Ia5t_oQx-RS8YXeEqQrrUGU9fX3tS38serVRRhX-btGlFE1OPPT1rxLKmlFI2FnTP0jU8ydhH7DfPftATtUc8s2u8g/s4128/20230323_123053.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-hdPyujCjHZRV-zP_8OZtzKTnWEdt1J_dGsfKPGpaHbB9zYpebfWaWu-f0XNHsecdjuFuFn38ugI16l0uq3zmI1XVSjW2Ia5t_oQx-RS8YXeEqQrrUGU9fX3tS38serVRRhX-btGlFE1OPPT1rxLKmlFI2FnTP0jU8ydhH7DfPftATtUc8s2u8g/w640-h480/20230323_123053.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Nossas narradoras jamais são nomeadas, mas todos em sua volta o são: sogras, maridos, enteada, sogros, cunhadas, mães, pais, toda a constelação de pessoas que existem em torno de uma mão e tanto podem ser sua rede de apoio quanto de aflição, depende da hora, da cor e do cheiro. A maternidade na América Latina pode ser uma experiência muito solitária, muito atroz e é nesse ponto que a Brenda Navarro foca.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">De um lado temos uma mulher cuja experiência da maternidade passa pelo trauma do sequestro de seu filho, uma criança autista ainda na primeira infância. Sendo uma mulher de classe média, com acesso à educação, ela nos apresenta sua culpa terrível, solidão abrasadora e reação a essa situação calamitosa de uma forma organizada, introspectiva e muito clara. Através de suas falas vamos conhecendo sua vida antes desse acidente terrível, durante e depois de tudo. Do outro temos uma mulher cuja experiência da maternidade começa de uma forma totalmente enviesada, com o sequestro de uma criança, agrava ainda mais uma existência marcada pela solidão, pela violência e pela constância de abusos até o ponto deles parecerem tão naturais quanto chover e fazer sol. A mulher que se torna mãe através do sequestro é menos instruída, periférica, trabalhadora, sua narrativa é tão caótica quanto a vida que leva e tem uma organização tão aleatória quanto suas reações diante da vida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Foi uma experiência visceral acompanhar a vida, as reflexões e a forma como cada uma dessas mulheres administra sua vida. Foi aflitivo, emocionante, sofrível, irritante e revelador ler <b>"Casas Vazias"</b>. Engoli em poucas mordidas, digeri já foi outra história. É bem complicado formular conclusões sobre personagens tão enviesadas, solitárias, vítimas de violências e ao mesmo tempo bem capazes de serem algozes de outras pessoas. Terminei a leitura sem chão, com o gosto amargo do desamparo bem forte na boca. Amei muito!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgseMBYK8nXyHFPzZRJH6Zzb-qHM4MjsQnYhufpLFLjAcHhP4v9nMFOtzNhN8WWXlkCXYgGWAlxuwES5hWyp0cxSfygHudBV1gkAuJ6zAGe9xa5YvwWu4LOJBcvUhhIkbF26wNv8uSrR7LxSMa3rpTV0Afg3_B-0Xll42UTiZTlVAnTADAoWrXhRw/s4128/20230323_123126.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgseMBYK8nXyHFPzZRJH6Zzb-qHM4MjsQnYhufpLFLjAcHhP4v9nMFOtzNhN8WWXlkCXYgGWAlxuwES5hWyp0cxSfygHudBV1gkAuJ6zAGe9xa5YvwWu4LOJBcvUhhIkbF26wNv8uSrR7LxSMa3rpTV0Afg3_B-0Xll42UTiZTlVAnTADAoWrXhRw/w640-h480/20230323_123126.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Decidi, depois de ler <b>"Felicidade clandestina"</b>, colecionar Clarice Lispector. Ela é uma autora sensacional, simples, direta, sensível e emocionante. Eu fico absurdada com a forma totalmente despretensiosa através da qual Clarice conta suas histórias, o aterrador, corriqueiro, profundo e superficial aparece na narrativa dela de uma forma tão natural quanto o milagre de nascer em um mundo atroz como esse no qual vivemos. Então, poucos dias depois de terminar <b>"Casas Vazias"</b>, ainda um pouco sem chão, peguei <b>"A Via Crucis do Corpo"</b> para dar uma olhada e terminei lendo de uma vez só, em um gole.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em <b>"A Via Crucis do Corpo"</b> encontramos uma coletânea de contos feitos pela Clarice por encomenda de seu editor. A ideia era que ela escrevesse histórias que realmente aconteceram e entre o dia 12 e 13 de Maio ela escreve. Lendo esse livro tive a impressão de ter passado um dia inteiro com a Clarice, tomando café e ouvindo ela contar essas histórias. Ela sozinha em casa, eu sozinha em casa, ela falando, eu ouvindo, como se o apartamento dela se fundisse ao meu e nós realmente estivéssemos no mesmo espaço sem separação de tempo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Cada história parece uma história secreta, coisas sobre as quais as pessoas que viveram talvez não gostassem de comunicar ao mundo, sensações da intimidade e do desamparo da própria autora. Os contos são diferentes histórias, mas se conectam um ao outro enquanto são escritos todos, um após o outro nesse fim de semana, entre o dia das mães de 12 de Maio e o dia 13 de Maio, dia da Abolição da Escravidão. Contos lúdicos, profundos, com a pretensão de serem verdadeiros, e, mesmo quando são absurdamente fantásticos, acredito em tudo que Clarice me contou, nesse dia no qual nossas solidões se encontraram.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>"Quando a gente começa a se perguntar: para quê? então as coisas não vão bem. E eu estou me perguntando para quê. Mas bem sei que é apenas "por enquanto". São vinte para as sete. E para que são vinte para as sete?</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Nesse intervalo dei um telefonema, e para o meu gáudio, já são dez para as sete. Nunca na vida eu disse essa coisa de "para o meu gáudio". É muito esquisito. De vez em quando eu fico meio machadiana. Por falar em Machado de Assis, estou com saudade dele. Parece mentira mas não tenho nenhum livro dele em minha estante. José de Alencar, eu nem me lembro se li alguma vez.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Estou com saudade. Saudades dos meus filhos, sim, carne de minha carne. Carne fraca e eu não li todos os livros. <i>La chair est triste</i>.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Mas a gente fuma e melhora logo. São cinco para as sete. Se me descuido, morro. É muito fácil. É uma questão do relógio parar. Faltam três minutos para as sete. Ligo ou não ligo a televisão? Mas é que é tão chato ver televisão sozinha.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Mas finalmente resolvi e vou ligar a televisão. A gente morre às vezes." (pág. 45)</b></div></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-76189384466904179042023-03-12T11:06:00.005-03:002023-03-12T11:07:56.863-03:00Coleção África e os Africanos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidfa6UnUXnYbFV7PT3vIsi2k_Km_R2JtbV1x6F379cujbQPneXsC3-j2QcFIpLIZOJbq-Ere1s3v9P6WFe2YgblWT1nLJxuj_Cq_uunYLs_okD_ke8IbDf843LvrHddljyQMTcXIO5qw/s1200/livros-de-historia-da-africa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidfa6UnUXnYbFV7PT3vIsi2k_Km_R2JtbV1x6F379cujbQPneXsC3-j2QcFIpLIZOJbq-Ere1s3v9P6WFe2YgblWT1nLJxuj_Cq_uunYLs_okD_ke8IbDf843LvrHddljyQMTcXIO5qw/w640-h426/livros-de-historia-da-africa.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Como Professora de História, tenho vivido a saga da construção de uma bibliografia robusta sobre os temas integrantes do currículo escolar brasileiro. Apesar da crescente desvalorização da Educação Escolar; do fato das aulas de histórias serem apenas três por semana, com sorte meus estudantes, frequentes, terão, ao final do ano letivo, 130 horas de estudo da História; tenho horror a ser propositalmente uma professora desatualizada. Então, quando descobri a <b>"Coleção África e os Africanos"</b> da Editora Vozes senti imensa alegria.<span><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Através da <b>"Coleção África e os Africanos"</b> a <span style="color: #0000ee;"><b><a href="http://vozes.com.br/" target="_blank">Editora Vozes</a></b> </span>se propõe a trazer ao mercado editorial brasileiro uma mistura de clássicos dos estudos históricos sobre a África com o que há de mais atualizado sobre a temática. Só pelos títulos e sinopses a gente já sente a força dessa coleção e o quanto é interessante para quem tem interesse no tema.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Conhecimento Histórico é fundamental para enfrentar com lucidez os desafios da vida, e não dá para ignorar o tanto que é desafiador o enfrentamento do Racismo Estrutural Brasileiro. Abordar bem a História da África na sala de aula pode ser uma arma nesse desafio, além de haver a <b><a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm" target="_blank">Lei nº 11.645</a></b>, de 10 março de 2008 que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. Acho que não é exagero afirmar o quanto uma coleção desse porte é essencial para docentes e estudantes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Abaixo segue a lista dos livros que atualmente fazem parte da coleção, a medida que forem sendo lançados novos títulos irei atualizar essa lista. Também pretendo ler e resenhar os títulos, a medida que for fazendo as resenhas irei colocar o link aqui da mesma forma que tenho feito no post <b><a href="https://elfpandora.blogspot.com/2018/06/5-livros-sobre-historia-da-africa.html" target="_blank">"Livros sobre a História da África"</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No site da <a href="https://www.livrariavozes.com.br/" target="_blank"><b>Livraria Vozes</b></a> é possível encontrar uma página dedicada aos livros da coleção, <a href="https://www.livrariavozes.com.br/colecoes/%C3%A1frica-e-os-africanos" target="_blank"><b><span style="color: #2b00fe;">CLIQUE AQUI</span></b></a> para ir lá.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglqvwF_PAIg_25e5-v8mDZWhw44bwJFQglN9ZMkQ3guDMw64wWrXUtH3pgu2DZv8CJTHuSCo4cSCppkmK2-XIrlg894kLPoS6o8143egS_KTHgISg6kJmSqEwJoOBh5s3qDHtg_hnIvA/s445/No+Centro+da+Etnia.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="290" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglqvwF_PAIg_25e5-v8mDZWhw44bwJFQglN9ZMkQ3guDMw64wWrXUtH3pgu2DZv8CJTHuSCo4cSCppkmK2-XIrlg894kLPoS6o8143egS_KTHgISg6kJmSqEwJoOBh5s3qDHtg_hnIvA/w131-h200/No+Centro+da+Etnia.jpg" width="131" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>"No Centro da Etnia: etnias, tribalismo e Estado na África"</b> de <b>Jean-Loup Anselle e Elijia M'Bokolo</b>.</div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse: </b><span style="text-align: left;">Muitas vezes os próprios antropólogos foram os responsáveis por um abuso da noção de etnia, nem sempre usada de forma precisa. Os textos reunidos nesta obra – que se tornou um clássico desde sua publicação em 1985 –, mediante a conjugação de análises de alcance geral com estudos de casos, procuram se interrogar sobre essa noção controversa a partir da situação africana. Com efeito, era importante repensar as noções de etnia e de tribo, cada vez mais associadas a outras noções como a de Estado e de nação. Era necessário retornar a determinadas formas de classificação por demais esquemáticas e reducionistas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZjW2pWO2ny2eonPju3Uq92TkWYVy8w6tPTDIJfVaMt8UUp1CbkaLYuuoi3dyZekzdNro5jF8yKDACgnsD9ah9Pq1EZ0TTyMmz8eo7Lk4kyuoJgXC2ytfy2OQAKra3vbELI7zgDI634Q/s500/Escravid%25C3%25A3o+e+Etnias+Africanas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="329" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZjW2pWO2ny2eonPju3Uq92TkWYVy8w6tPTDIJfVaMt8UUp1CbkaLYuuoi3dyZekzdNro5jF8yKDACgnsD9ah9Pq1EZ0TTyMmz8eo7Lk4kyuoJgXC2ytfy2OQAKra3vbELI7zgDI634Q/w132-h200/Escravid%25C3%25A3o+e+Etnias+Africanas.jpg" width="132" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>"Escravidão e Etnias Africanas nas Américas: restaurando os elos"</b> de <b>Gwendaly Midlo Hall</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse</b>: Pessoas escravizadas foram trazidas para as Américas de muitos lugares da África, mas uma grande maioria veio de relativamente poucos grupos étnicos. Gwendolyn Midlo Hall traça os laços linguísticos, econômicos e culturais compartilhados por grandes números de africanos escravizados, demonstrando que, apesar da fragmentação da diáspora, muitos grupos étnicos mantiveram coesão suficiente para comunicar e transmitir elementos de sua cultura compartilhada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSqOQc4dLwslhJx1Q1a3rjQtRML_-xc5EKpuPcqwlt4Z5hGvG4BsMrx5-YJAOH6bDBF6iOX5CyQ27W9t5lu3O-GOQlybCO1pJibW9RBzIZIUa2AM16LCWzVTgQrk0VGHASt_wqSIE8RA/s2048/Atlas+das+Escravid%25C3%25B5es.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1445" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSqOQc4dLwslhJx1Q1a3rjQtRML_-xc5EKpuPcqwlt4Z5hGvG4BsMrx5-YJAOH6bDBF6iOX5CyQ27W9t5lu3O-GOQlybCO1pJibW9RBzIZIUa2AM16LCWzVTgQrk0VGHASt_wqSIE8RA/w141-h200/Atlas+das+Escravid%25C3%25B5es.jpg" width="141" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>"Atlas das Escravidões: da Antiguidade até nossos dias"</b> de <b>Marcel Dorigny e Bernard Gainot.</b></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse</b>: Este Atlas apresenta um balanço sintético, amplo e completo dos conhecimentos históricos sobre a questão delicada e complexa da escravidão. Além de 150 mapas e gráficos, ele irá mostrar uma análise mundial do tráfico de escravos, do séc. XV ao séc. XIX, uma abordagem global e original das sociedades escravagistas, a expansão desse tráfico pela internacionalização das trocas comerciais, a difusão do Iluminismo e o rápido desenvolvimento do movimento abolicionista em escala internacional, além da permanência da escravidão e a complexidade de seu legado e de suas memórias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVqWgJ8QO14lJCkm5OL0xB795wQDSKHrj7AvyhXBHAkpRBNZCSi6SKPKPdqV8CFRcvtUOpYYzeg-1j-T1O86WVNPVcf_Rpux4Joko3s4tyk32GbvA7U4Nqo_DGjS6P3Ab7ZDMqCalAsA/s500/Sair+da+Grande+Noite.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="326" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVqWgJ8QO14lJCkm5OL0xB795wQDSKHrj7AvyhXBHAkpRBNZCSi6SKPKPdqV8CFRcvtUOpYYzeg-1j-T1O86WVNPVcf_Rpux4Joko3s4tyk32GbvA7U4Nqo_DGjS6P3Ab7ZDMqCalAsA/w131-h200/Sair+da+Grande+Noite.jpg" width="131" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>"Sair da Grande Noite: Ensaios sobre a África descolonizada"</b> de <b>Achille Mbembe</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse</b>: Há meio século, a maioria da humanidade vivia sob o jugo colonial, uma forma particularmente primitiva de dominação da raça. Sua libertação constitui um momento-chave da história de nossa modernidade. Que esse evento quase não tenha deixado sua marca no espírito filosófico de nosso tempo não é lá um grande enigma. Nem todos os crimes engendram necessariamente coisas sagradas. Alguns crimes da história resultaram apenas em máculas e profanações, na esterilidade esplêndida de uma existência atrofiada – em suma, na impossibilidade de “fazer comunidade” e de retrilhar os caminhos da humanidade. Será que podemos dizer que a colonização foi justamente o espetáculo por excelência da comunidade impossível – uma convulsão tetânica e ao mesmo tempo um sibilo inútil? O presente ensaio lida apenas indiretamente com essa questão, cuja história completa e detalhada ainda espera ser escrita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGxldiEhk4xY4_raCEoV9KQnC44Z3UO3WFeoUIHuLXWxi26uKr07iBPOZQp6OWvFpzgcWwTzK7X6xVa0gVwmCB7mwCwIX1q7RWK4j-Nr5SOEge3sWxN8eTsp9uVeWbvbjmdwuswSvrsg/s500/Africa+Bantu.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="317" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGxldiEhk4xY4_raCEoV9KQnC44Z3UO3WFeoUIHuLXWxi26uKr07iBPOZQp6OWvFpzgcWwTzK7X6xVa0gVwmCB7mwCwIX1q7RWK4j-Nr5SOEge3sWxN8eTsp9uVeWbvbjmdwuswSvrsg/w127-h200/Africa+Bantu.jpg" width="127" /></a></div><b>"África Bantu: de 3500 a.C. até o presente"</b> de <b>Cymone Fourshey</b>, <b>Rhonda M. Gonzales </b>e<b> Christine Saide</b>.<div><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse</b>: África Bantu introduz, em cinco capítulos temáticos, os leitores a diversos métodos e abordagens de coleta e análise de dados para escrever as histórias de povos e sociedades cujo passado remoto não foi, muitas vezes, preservado em documentos escritos. Assim, a reconstrução da história antiga Bantu deve apoiar-se no uso de múltiplas metodologias e abordagens. Evidências foram retiradas da linguística, da genética, da arqueologia, das tradições orais, da história da arte e da etnografia comparada. O objetivo desta obra é oferecer aos alunos uma compreensão da história do mundo Bantu, no longo prazo, em áreas que os leitores podem identificar como cultural, política, religiosa, econômica e social.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDQWSQZpgq3pP62zdN_Kh7Mmlqjpqr2PDZrZid102Y8EmJwcpirpserQDABuJKYZzQe65_P6hC0pMJ2bxGrzKb95yqI1S46cgquktGS2D2XtFiG8OW9F3SStFVv-Gf2KPRAqPusDOz4g/s499/412%252BhEh4qVL._SX315_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="499" data-original-width="317" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDQWSQZpgq3pP62zdN_Kh7Mmlqjpqr2PDZrZid102Y8EmJwcpirpserQDABuJKYZzQe65_P6hC0pMJ2bxGrzKb95yqI1S46cgquktGS2D2XtFiG8OW9F3SStFVv-Gf2KPRAqPusDOz4g/w127-h200/412%252BhEh4qVL._SX315_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" width="127" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;">"A invenção da África: Gnose, filosofia e a ordem do conhecimento"</b> de<b> Valentin-Yves Mudimbe.</b></div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse</b>: Este livro traz um panorama da filosofia africana. Num sentido estrito, a noção de filosofia africana refere-se a contribuições de africanos que praticam a filosofia no quadro definido da disciplina e sua tradição histórica. Neste livro, esse registro mais amplo parece mais apropriado para o conjunto de problemas discutidos, todos baseados numa questão preliminar: até que ponto pode-se falar de um conhecimento africano, e em que sentido? Etimologicamente, “gnose” está relacionada a gnosko, que significa “conhecer” em grego antigo. Portanto, o título é uma ferramenta metodológica: ele envolve a questão do que é e não é filosofia africana e também orienta o debate para outra direção ao enfocar as condições de possibilidade da filosofia como parte do corpo mais amplo de conhecimento sobre a África chamado de “africanismo”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzM2BoIGPI-QToVqLnekhIp4xhqHJCRAS-Q_bmo8hZ7YWDqL-DN7Mp7nKutNc3W89NMtokWE-rIEhWIvXZ6luFlJYSay51G8jXcNAcI0eUy7Qjht8jDSgX1m6yIHG_8ff6qZXvfZOZtvGybYQE_xIQXPbwHYKUF3ZPhJYyY06VY8OpqRHZaFkMCw/s2481/71a0n5X6HmL.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2481" data-original-width="1618" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzM2BoIGPI-QToVqLnekhIp4xhqHJCRAS-Q_bmo8hZ7YWDqL-DN7Mp7nKutNc3W89NMtokWE-rIEhWIvXZ6luFlJYSay51G8jXcNAcI0eUy7Qjht8jDSgX1m6yIHG_8ff6qZXvfZOZtvGybYQE_xIQXPbwHYKUF3ZPhJYyY06VY8OpqRHZaFkMCw/w131-h200/71a0n5X6HmL.jpg" width="131" /></a></div><div><div style="text-align: justify;"><b>"A ideia de África" de Valentim-Yves. Y. Mudimbe </b></div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Sinopse: </b>Este livro, uma continuação da aclamada obra <b>"A invenção da África", de Valentim-Yves Mudimbe</b>, traça a “ideia” de África em função de diversos contextos históricos e geográficos desde a antiguidade grega até o presente. Mudimbe centra-se em dois aspectos principais: a tematização greco-romana do Outro e a sua articulação em conceitos como a barbárie e a selvageria e o processo complexo que moldou a ideia de África, tal como os europeus a entendem. África é descrita como um paradigma da diferença no considerável espaço intelectual englobado. Partindo de uma reflexão sobre a tradução francesa, datada do século XVII, da obra Ícones do grego Filóstrato, Mudimbe tece considerações sobre as ligações gregas ao continente africano, o paradigma grego e o seu poder, e a política da memória. Em capítulos específicos, é efetuada uma crítica à recuperação dos textos gregos por parte de acadêmicos negros e uma análise da atividade contemporânea na arte africana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf9bzFDMdCfZKuU59DU46Z9oWLiUQehHw7fxBMN194xNtEs7X_SC_GuNMT6HViP-WyrG-LTyETB5VQCzSqfmd8IZk2LwjUu7uuuMPKOvsfb27vRmlDZmz_E-8Gap_8pwkAFMQUyRXBwOWnt3S24uoZeu1u37mQiVb5d4kAAktPrEdSQH-CbXtyDg/s1195/61zthYVLgbS.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1195" data-original-width="750" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf9bzFDMdCfZKuU59DU46Z9oWLiUQehHw7fxBMN194xNtEs7X_SC_GuNMT6HViP-WyrG-LTyETB5VQCzSqfmd8IZk2LwjUu7uuuMPKOvsfb27vRmlDZmz_E-8Gap_8pwkAFMQUyRXBwOWnt3S24uoZeu1u37mQiVb5d4kAAktPrEdSQH-CbXtyDg/w126-h200/61zthYVLgbS.jpg" width="126" /></a></div><div><div><b>"O Poder das culturas africanas" de Toyin Falola</b></div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;">Sinopse</b>: <b style="font-weight: bold;">"O poder das culturas africanas"</b> evita caminhos batidos e explora com sutileza o uso africano da cultura como uma ferramenta desconstrutiva nas respostas aos e na apropriação dos agentes externos de mudança. Este estudo valioso reúne as fontes de estudos africanos contemporâneos em diversas disciplinas. Interpretações conflitantes são mantidas em tensão por uma mente poderosa. Isso o torna uma leitura cativante. O principal objetivo deste livro é discutir a relevância da cultura para os africanos na era moderna. A definição e o significado de cultura são amplos: valores, crenças, textos sobre as crenças e ideias, inúmeras práticas cotidianas, formas estéticas, sistemas de comunicação (p. ex., línguas), instituições sociais, uma diversidade de experiências que captam o modo de vida dos africanos, uma metáfora para expressar ideias políticas, e a base de uma ideologia para promover mudanças políticas e econômicas.</div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-770389002169602452023-03-06T17:31:00.003-03:002023-03-06T17:31:44.762-03:00Um episódio no 6º Ano: Qual a origem da Humanidade?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-CQ-lWAOA13X2K4vlyzQot89ToNn1921w0EWrekMvr6UIqxldrp_8eVOaRPwOPxHj1KotFC3BXpr4h1hdWGKo2FuJON5YlvCnLiE4a9sONZHJ9LEq2qJdqiSFj67RNtg35q-wax-qTtK3n_sD8D77-WGVz5JhxpqdDNjHeyVvjmrr3SgoIJkDRg/s4128/20230303_105958.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-CQ-lWAOA13X2K4vlyzQot89ToNn1921w0EWrekMvr6UIqxldrp_8eVOaRPwOPxHj1KotFC3BXpr4h1hdWGKo2FuJON5YlvCnLiE4a9sONZHJ9LEq2qJdqiSFj67RNtg35q-wax-qTtK3n_sD8D77-WGVz5JhxpqdDNjHeyVvjmrr3SgoIJkDRg/w640-h480/20230303_105958.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"><b><i>"Qual a origem da Humanidade?"</i></b> é uma pergunta inevitável quando estamos dando aula de História para os 6º Anos. Essa é uma questão que sempre rende panos para mangas, mobiliza os estudantes, gera desconfortos e a resposta padrão é: <b>"Deus criou professora!"</b>. Porém, no entanto, todavia, em 2022 um dos meus estudantes me surpreendeu com uma resposta diferente de todas que eu já tinha ouvido na ultima década de docência.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="text-align: justify;">Sim! Um dos meus estudantes me premiou com: <b>"A evolução das espécies professora. O ser humano evoluiu de um macaco."</b>. Eu fiquei tão surpresa que na mesma hora respondi com o padrão: <b>"Macaco não, foi um primata primitivo..."</b> e na mesma hora parei, voltei e <b>"Como J*******? Fale mais a respeito!"</b> e ele falou!</p><p style="text-align: justify;">Isso foi sexta e até agora estou absurdada como meu estudante do 6º ano me banhou em ciência. Que experiência MARAVILHOSA! Começamos a falar sobre como a Terra se formou após o Big Bang, sobre como surgiram os animais vertebrados, a criança prontamente fez um desenho mostrando como os animais vertebrados evoluíram de um peixe. Avançamos em uma conversa que envolveu os outros estudantes falando de dinossauros e a gente conversou sobre como eles foram extintos.... Entendam, a criança citou DATAS e EVENTOS com exatidão cientifica.</p><p style="text-align: justify;">Nossa! Que momento! Fugimos um pouco do roteiro previsto para a aula? Talvez! Afinal, História é uma ciência que se dedica as experiências humanas, como dinossauros não conviveram com seres humanos não fazem parte da nossa área de analise, mas foi um momento muito legal de ensino e aprendizagem e dialogo. Espero viver muitos momentos mais nesse estilo.</p><p style="text-align: justify;">E sim, além dos peixes e dinossauros, falamos também sobre a evolução das Baleias. Esses mamíferos marinhos incríveis que em seu caminho evolutivo saíram da terra e voltaram para o mar. E sim, também ganhei um desenho do caminho evolutivo das baleias.</p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3GyRq8mQyR1lK0LCWE9L7IcQ6wkX2a8iDsT0YNISf5475sxRmDum--X3GEvhNe1xW0JBo4vOoSZqHx85k7meV6txVDVMHiULWy5fY36i-LO1-5L1Anr3NDJ3VR3-oaqVlVQ5RwJv8C8L47kR5kCqI0f3mwSvW31VfDtJc_oRt3N4si4aaWO4LnA/s4128/20230303_110005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3GyRq8mQyR1lK0LCWE9L7IcQ6wkX2a8iDsT0YNISf5475sxRmDum--X3GEvhNe1xW0JBo4vOoSZqHx85k7meV6txVDVMHiULWy5fY36i-LO1-5L1Anr3NDJ3VR3-oaqVlVQ5RwJv8C8L47kR5kCqI0f3mwSvW31VfDtJc_oRt3N4si4aaWO4LnA/w640-h480/20230303_110005.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-31495904948050918852023-02-25T17:47:00.005-03:002023-02-25T18:12:02.135-03:00Super Show #9 do Super Junior em São Paulo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfGx9pD3Q2gXdF0sBq2Qwxg9NFnAOn06H4eXf0MtTp_eqkEVA6pROiSET8Bu8gw769HrJBfSnXLMi6nrOVFnysWUaLvslV-I9vBgfCuoIkpEiLbzl87_GtsXBbv5NQ7cM0W4H3ZfenIz8vvIBRCM0nh1Swcnf1G5IkxYdW7B2b7d1-5uAUMMl8PA/s4001/20230210_093747.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2668" data-original-width="4001" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfGx9pD3Q2gXdF0sBq2Qwxg9NFnAOn06H4eXf0MtTp_eqkEVA6pROiSET8Bu8gw769HrJBfSnXLMi6nrOVFnysWUaLvslV-I9vBgfCuoIkpEiLbzl87_GtsXBbv5NQ7cM0W4H3ZfenIz8vvIBRCM0nh1Swcnf1G5IkxYdW7B2b7d1-5uAUMMl8PA/w640-h426/20230210_093747.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fevereiro tem sido um mês muito longo, tantas coisas aconteceram que me pergunto como pode haver tantas. O ano letivo começou e peguei <b>seis 6º Anos</b>, fiquei bastante feliz com isso, espero sinceramente, com a força do meu 20º ano de trabalho como professora, fazer um bom trabalho com eles. Peguei também os <b>três 9º Anos</b> da escola e o <b>8° E</b>, estou sentindo coisas com eles, mas é a vida né. Deus Proverá! Passei a semana de Carnaval entre livro e Lion com minha família em Iguarassu e, o mais legal do mês: voei para São Paulo com o objetivo de conhecer a Luci, amiga de longa data, e vê pessoalmente minha boyband de kpop favorita, <b>Super Junior, em um Super Show</b>.<span><a name='more'></a></span><span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fazia um bom tempo que eu não voava para lugar algum nem fazia algo há muito tempo desejado, então os dias, horas, minutos antecedentes ao Super Show foram bastante tensos. Asma, torcicolo, angustia, sensação de <b><i>"não vai dá certo"</i></b>, tudo isso aconteceu. Foi um pouquinho aflitivo, confesso só ter me sentido em paz no momento no qual me vi sentadinha no avião prestes a decolar. Foi quando senti: o <b>"está acontecendo!"</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIUqGnQfKYOZ9I4ztVc_KfEheQBBCDimVn0AtotkDOSlqvZ7ClJ5M0FH3yuhzwwzZedtqxZuO6YcOSFjp23MWJ8qnOnw8yCHnxAF33WirHg4JqLHm6PKYtxnZ3hzRbwBQUZj3_HugsYZWK7kbjnkl7ZsmO6YVVwwezYVXDCOu8L1sVcdj1pPmhFQ/s4128/20230211_145658.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIUqGnQfKYOZ9I4ztVc_KfEheQBBCDimVn0AtotkDOSlqvZ7ClJ5M0FH3yuhzwwzZedtqxZuO6YcOSFjp23MWJ8qnOnw8yCHnxAF33WirHg4JqLHm6PKYtxnZ3hzRbwBQUZj3_HugsYZWK7kbjnkl7ZsmO6YVVwwezYVXDCOu8L1sVcdj1pPmhFQ/w640-h480/20230211_145658.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Gostar de kpop tem na minha vida algo de <b>"minha adolescência tardia"</b>, uma descoberta tardia de um prazer lúdico sem fins didáticos. Tem muitas camadas de política, economia, capitalismo e tudo o mais no kpop, mas não me proponho a viver essa experiência dessa forma. Eu surfo nessa onda azul safira perolada do Super Junior só pelo prazer do ato de surfar. É um delírio, uma aventura, uma catarse.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1GrulQ9qKzFp5nhipYCrwc_Y5n6Q5QkYmszIyZyXmCsQMSCetI3SdNT0W5f5SKw6ZUKqHoYYaEl8nJGlqlPw19YSN7ePH0BDdId1RmQyjJv96DL5wWyBQg-GFBxndwXnnq5tMqXKO81WNp69psTrBuVP1N1ZylPwqfLXdgx8gai-7lgWtzExMDA/s2483/20230210_093356.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1656" data-original-width="2483" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1GrulQ9qKzFp5nhipYCrwc_Y5n6Q5QkYmszIyZyXmCsQMSCetI3SdNT0W5f5SKw6ZUKqHoYYaEl8nJGlqlPw19YSN7ePH0BDdId1RmQyjJv96DL5wWyBQg-GFBxndwXnnq5tMqXKO81WNp69psTrBuVP1N1ZylPwqfLXdgx8gai-7lgWtzExMDA/w640-h426/20230210_093356.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Nunca pensei que seria capaz de gritar tanto em um show. Tive muito medo de me sentir deslocada, meio fora de prumo, mas que nada! Sou o tipo de fã desesperada que grita muito, pula desvairadamente, canta junto em plenos pulmões, da risada e chora vermelha como um tomate. Se alguém me chamar de fã histérica serei obrigada a responder: "Com muito orgulho! Tanto quando um torcedor em dia de jogo!" É uma catarse! Foi uma catarse! Só de pensar me sinto em estado de graça! Só quem vive um prazer de ser uma dessas mãozinhas levantadas sabe o quanto é maravilhoso ter algo pelo que levantar as mãos e gritar entusiasmaticamente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtz-WD6k1ayTGilLw2gNKTbynjI9p8vW80PVfsOPNE-8xbNVbPyNkZP6EK6oEATsKRQiUD1jlRD9K9g83MCGs08EZnkf_GRbCwKxCGMo3rUcc0MyFS-ixZlPGJnjXUnBYHmf2WK4PW5BgLQD7X-YUeDldP8HEmxkWc3VMNMm-qUDWyC1kRJzz1pw/s4128/20230209_215507.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtz-WD6k1ayTGilLw2gNKTbynjI9p8vW80PVfsOPNE-8xbNVbPyNkZP6EK6oEATsKRQiUD1jlRD9K9g83MCGs08EZnkf_GRbCwKxCGMo3rUcc0MyFS-ixZlPGJnjXUnBYHmf2WK4PW5BgLQD7X-YUeDldP8HEmxkWc3VMNMm-qUDWyC1kRJzz1pw/w480-h640/20230209_215507.jpg" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Vivi a experiência do Super Show de ponta a ponta como não pensei ser possível viver. Até mesmo aproveite para esperar o desembarque deles em Guarulhos. Aproveitei que o vôo da minha amiga Luci, cuja tia me deu hospedagem, ia chegar cerca de três horas depois do meu, e fui esperar os membros do Super Junior desembarcar. Que Delírio! Eles são lindíssimos pessoalmente e também simpáticos! Serei eternamente grata a Rafaela, que me convidou a esperar com ela, por esse momento único de delírio, risadas e choro livre!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2veinL6PSrryJ1hA8hFSMZ4B6QxM_GtA7EwY6cW9zQPAEa2vIePdbJQQYH6-pH_hTzvadLgrwq8ukNB06jsuwnTbL_JKxOFgzPrUPqP4o8rmFUfGUAI0DWtGZm0eRe_gKnbd3XeG4XT_EFm1nygBXvL0k108FrqPolbP8O4ugqdR_PBdgSeL0Qw/s3962/20230210_093351.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2643" data-original-width="3962" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2veinL6PSrryJ1hA8hFSMZ4B6QxM_GtA7EwY6cW9zQPAEa2vIePdbJQQYH6-pH_hTzvadLgrwq8ukNB06jsuwnTbL_JKxOFgzPrUPqP4o8rmFUfGUAI0DWtGZm0eRe_gKnbd3XeG4XT_EFm1nygBXvL0k108FrqPolbP8O4ugqdR_PBdgSeL0Qw/w640-h426/20230210_093351.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">A ida ao Super Show também me proporcionou vários encontros marcantes. Primeiramente, a Luci é minha amiga de longa data, compartilhamos histórias de vida, de livros, a paixão imensa pela Série Irmandade da Adaga Negra e muitas coisas mais. Por derradeiro foi ela a responsável por me apresentar o Super Junior e me trazer para o lado KPOP da força. Encontrar ela pessoalmente foi uma das maiores emoções da vida adulta, andar com ela pelas ruas conversando, dando risada, comprando, não comprando, vivendo foi a realização de um sonho. E sim, ainda teve a Tia da Luci que nos ofereceu abrigo e ternura e exemplo de vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMJ1iU15pwqm03UfMjGTUXHjtqkmPqshYAgSTa_axYRuDpm1866TjKoQ9bYoboN5DgPZuJ3Q3tmRhaojq2oLREnF05cb21qP8Y_NE-mGLNoDn9DLo2dNSnCLB4P8E5MBIuwMwVbYIu_SqgRN0UJ8EYDTiYw3S9RglGRWsEFTvDIxVj2GCw82i-Ow/s900/IMG_20230210_104451_327.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMJ1iU15pwqm03UfMjGTUXHjtqkmPqshYAgSTa_axYRuDpm1866TjKoQ9bYoboN5DgPZuJ3Q3tmRhaojq2oLREnF05cb21qP8Y_NE-mGLNoDn9DLo2dNSnCLB4P8E5MBIuwMwVbYIu_SqgRN0UJ8EYDTiYw3S9RglGRWsEFTvDIxVj2GCw82i-Ow/w512-h640/IMG_20230210_104451_327.jpg" width="512" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinJJnuUq8xlzidKNIsCTu7PKBPj2Gfv7XIKHCEdMbf6oGEpOwQNEob7j_sS6Xaq_uTSwsKSN6bM3L81cp104-ZKapH_J2VD4fCOMJWQBYH_8KwRs0v4-tJ3b4RgWGbdvtVIQuXhPJdN3Q6JPSMfYVZvdbYCejRP3v2M7YTbV4wP4k-fQ8frXeU4Q/s1600/IMG-20230211-WA0047.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinJJnuUq8xlzidKNIsCTu7PKBPj2Gfv7XIKHCEdMbf6oGEpOwQNEob7j_sS6Xaq_uTSwsKSN6bM3L81cp104-ZKapH_J2VD4fCOMJWQBYH_8KwRs0v4-tJ3b4RgWGbdvtVIQuXhPJdN3Q6JPSMfYVZvdbYCejRP3v2M7YTbV4wP4k-fQ8frXeU4Q/w482-h640/IMG-20230211-WA0047.jpg" width="482" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Outra pessoa com a qual encontrei e fui muito feliz no encontro foi a Dandara! Meu Deus do Céu! Que pessoa mais linda! Uma boneca! Que preciosidade nesse mundo cheio de agruras! Espero que possamos nos encontrar mais vezes por aqui e por ali. Longa vida a nossa amizade!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU6wAtSGWNnreZ3LDVDAi5vos3hIF1rJEF4ozACn-15UbNddM3zwfpItSCKOgP4vyffJSj36yGJRNv8X7VL1YSdQF_w_j0Jg7DW7TOJMkxe6vHgxwtAeL8-_ioyMOFjPCUI7dAt6juKunLhOzt8w4DDdOhlwX0ENKsYcB9vlUfHcQLWznQO1UlQA/s2576/20230209_150546.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1932" data-original-width="2576" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU6wAtSGWNnreZ3LDVDAi5vos3hIF1rJEF4ozACn-15UbNddM3zwfpItSCKOgP4vyffJSj36yGJRNv8X7VL1YSdQF_w_j0Jg7DW7TOJMkxe6vHgxwtAeL8-_ioyMOFjPCUI7dAt6juKunLhOzt8w4DDdOhlwX0ENKsYcB9vlUfHcQLWznQO1UlQA/w640-h480/20230209_150546.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_9hj4upfO5ihyDZhnIPDmEqJljXo5i9WitpypWgHIl2rqg1N931ncO9mUQCvSWkwIUYLwDceI_3ACh8Iu6xutLr5gBexL6gm-9RJw-k0k9_poMp87ui_Sy2iG5Qntu2xHy4PjTrwGMztwdE6NjjdSyQIC7eoMdeI_-9Ixfi1RUpmfnwS8kHHVpQ/s2576/20230209_150548.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1932" data-original-width="2576" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_9hj4upfO5ihyDZhnIPDmEqJljXo5i9WitpypWgHIl2rqg1N931ncO9mUQCvSWkwIUYLwDceI_3ACh8Iu6xutLr5gBexL6gm-9RJw-k0k9_poMp87ui_Sy2iG5Qntu2xHy4PjTrwGMztwdE6NjjdSyQIC7eoMdeI_-9Ixfi1RUpmfnwS8kHHVpQ/w640-h480/20230209_150548.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Houveram outros encontros na fila do show e foram momentos de muita felicidade e ternuna. Encontros reais com pessoas que fazem parte da vida cotidiana nas redes sociais, no inbox e no coração, com quem troco ideias, surtos, sucessos, aflições em papos cortados durante o dia, confissões durante a noite. Todavia, levando em conta o quanto kpopers são pessoas melindradas quanto a suas imagens circulando na internet não vou colocar aqui mais fotos, mas fica o registro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div>Estou cheia de cabelos brancos, mas nunca vivi tantas experiências do mundo dos adolescentes. Isso não significa que me tornei uma pessoa totalmente leve. Ainda sou muito tensa, <b>Sergio Campelo</b> em <b>Maiúsculo</b> ainda faz muito sentido para mim, <i><b>"vivem dentro de mim esses bichos/ são o pai e a mãe dos meus lixos/ e às vezes me levam de mal a pior"</b></i>, mas agora sei viver catarses felizes e é maravilhoso!</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOb5qyKmdjo1ezSprktkjZayNW_FcJznojhgZUG18EbjRF1An3VK5gKWapivfVqWDNWqBBTvLaNW9qhUTSQrq-3AcEKRh4W2qso_0PTSQ95JeDfEovtIjwPl7kBHpH4y-b1L8VMz3R1E1rM_qIrZWq52tanmt542LRwntUGUMtk13B7_s1zw5kxA/s2576/20230209_222537.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1932" data-original-width="2576" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOb5qyKmdjo1ezSprktkjZayNW_FcJznojhgZUG18EbjRF1An3VK5gKWapivfVqWDNWqBBTvLaNW9qhUTSQrq-3AcEKRh4W2qso_0PTSQ95JeDfEovtIjwPl7kBHpH4y-b1L8VMz3R1E1rM_qIrZWq52tanmt542LRwntUGUMtk13B7_s1zw5kxA/w640-h480/20230209_222537.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div></div><div style="text-align: justify;">No dia após o Show a Tia da Luci nos levou para conhecer o bairro do Brás e depois ainda fomos a Liberdade comprar guloseimas japonesas e comer em um restaurante chinês.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWmznF2TfHDil1bic1NPB7eX8f_P6zkneULP7pzIsls4e2tRhcSMSCj7ccB-v2PMUx5nCGSq3W1xQYzCFoV28wgyuuAmHxciXPuYYkyGapC-SqtogDAAuUoMp1-DBqKnleP8VnGrVnGE3pUoMGj-uQIRaYw_2T5UCC_94EWdA-IiED9cC1lVw27g/s4128/20230210_174018.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWmznF2TfHDil1bic1NPB7eX8f_P6zkneULP7pzIsls4e2tRhcSMSCj7ccB-v2PMUx5nCGSq3W1xQYzCFoV28wgyuuAmHxciXPuYYkyGapC-SqtogDAAuUoMp1-DBqKnleP8VnGrVnGE3pUoMGj-uQIRaYw_2T5UCC_94EWdA-IiED9cC1lVw27g/w640-h480/20230210_174018.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOBapnJhKXqHRe0fr-Ce0d2lECZNH_R5yYXWeXoLkUZEAsuecBhuH2Cq4hOo2EXn_1wPcYwfjp783NC2P71H8UwfjLT8xetBeZngeUZOiszgoe3W5BqLJAeQLGWrR6ZVr2e4AboBccQ6OVYfUu9P9w13F9v5Htj3xzflIQDwt7nGvn3TNTomgqHg/s4128/20230210_174341.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOBapnJhKXqHRe0fr-Ce0d2lECZNH_R5yYXWeXoLkUZEAsuecBhuH2Cq4hOo2EXn_1wPcYwfjp783NC2P71H8UwfjLT8xetBeZngeUZOiszgoe3W5BqLJAeQLGWrR6ZVr2e4AboBccQ6OVYfUu9P9w13F9v5Htj3xzflIQDwt7nGvn3TNTomgqHg/w640-h480/20230210_174341.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmXK7Z6OoHxGe0w2GEu7UAfwycs-UvxNJjSXMlvOtD-2_lWjrleODdOVR9weZn-swHWLURlyASYdNRpMR_2Xdjm9hTFeh9ZLhyDHMp1p9QRPDRMREERXmm19LcHxh8cWePI8HlHmgSgcvcsbXdHYVBnLiOsLiDujzchOwd5DiT02ZYqqNFXruvA/s4128/20230210_191133.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmXK7Z6OoHxGe0w2GEu7UAfwycs-UvxNJjSXMlvOtD-2_lWjrleODdOVR9weZn-swHWLURlyASYdNRpMR_2Xdjm9hTFeh9ZLhyDHMp1p9QRPDRMREERXmm19LcHxh8cWePI8HlHmgSgcvcsbXdHYVBnLiOsLiDujzchOwd5DiT02ZYqqNFXruvA/w640-h480/20230210_191133.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">São Paulo continua uma cidade de ar poluído, neurótica, muito aporofobica, perigosamente xenofóbica onde os trabalhadores precisam tomar um chá de consciência de classe, mas também oferece uma das maiores experiências multiculturais da vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO8IeFPGJl_D0-qIc8dljDpZQsnZ4TtRQcatOFZE1MJ4x9ndAY8luOxys-WzwkNtigoQUYUmfMREjSRfV99Z2DxIO213ry2jwFnYdiUbYhW1qZ4p7kE98n-Hep6_Y2McAj73w7hKzmPJ9N2ZyVL71ppwn9YWTQkf2uacsJYLkQkYLCidM9XoI_0Q/s4128/20230211_103150.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO8IeFPGJl_D0-qIc8dljDpZQsnZ4TtRQcatOFZE1MJ4x9ndAY8luOxys-WzwkNtigoQUYUmfMREjSRfV99Z2DxIO213ry2jwFnYdiUbYhW1qZ4p7kE98n-Hep6_Y2McAj73w7hKzmPJ9N2ZyVL71ppwn9YWTQkf2uacsJYLkQkYLCidM9XoI_0Q/w640-h480/20230211_103150.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Onde mais se pode comprar roupa a uma mulher mulçumana brasileira de origem libanesa, comprar doces japoneses e jantar em um restaurante chinês um dia depois de está em um show de kpop com pessoas de todos os lugares do Brasil e alguns outros países da América Latina?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQbkipyB6rvFvIbv_BwS5Vy89ALzKIws_jTuLVlm4o_c_IHFqKFNqUTvtg90WG40AxDS8O43fzAHQhKUZg2FIv9zC-p14hhRag5qbDMnif86txUojWEhi6t1VwjySzMiAoXFsNlGo5RPRVnqWrwMS2-VeOAYlp2VyYmZUXOHDNaBVIv8bTrcH0SQ/s4128/20230211_123048.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQbkipyB6rvFvIbv_BwS5Vy89ALzKIws_jTuLVlm4o_c_IHFqKFNqUTvtg90WG40AxDS8O43fzAHQhKUZg2FIv9zC-p14hhRag5qbDMnif86txUojWEhi6t1VwjySzMiAoXFsNlGo5RPRVnqWrwMS2-VeOAYlp2VyYmZUXOHDNaBVIv8bTrcH0SQ/w640-h480/20230211_123048.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">É sempre uma experiência muito intensa ir a São Paulo. E sim, o Aeroporto de Guarulhos melhorou muito, mas continua terrível se comparado ao Aeroporto Internacional dos Guararapes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUR6Tgrb7oJewSdBGE8ZFkfmaGrdquItlWE0KP8esB_3F_f7onLyl9mWu4y60fTKWqPU9Osd-QDN-U69PnZJ72uiFWPa0OzTiVH79j2Xe8q8tWqhUct9DhPrt8rax3aaoA6rbRd2qgCTpvaYluCIv0AA0T79_rStO7CNmavi_ORRn5nV-jUDRShA/s4128/20230211_122443.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUR6Tgrb7oJewSdBGE8ZFkfmaGrdquItlWE0KP8esB_3F_f7onLyl9mWu4y60fTKWqPU9Osd-QDN-U69PnZJ72uiFWPa0OzTiVH79j2Xe8q8tWqhUct9DhPrt8rax3aaoA6rbRd2qgCTpvaYluCIv0AA0T79_rStO7CNmavi_ORRn5nV-jUDRShA/w640-h480/20230211_122443.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both;">Passei poucos dias em São Paulo, fui numa quarta e no sábado já estava em casa sendo recebida pelo meu cacto, meus livros e uma palma de bananas bem madurinhas que eu tinha comprado super verdes na quarta antes de começar a viagem, no entanto voltei parecendo ter vivido anos dentro desses dias. </div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJuVdlnjvhz_rJBLuufJNFCJ26CUigoasqszNa2JwyiP11LDzTvF71S2j0SvNFZnLey2wx_6EWiZqfda8UgL_hBhvyrQFljPczRH7PW_2pVCHmNhblDo0apMwViiaznALr5wsMPxJeqzzSHr8mEm1eRmGt7hjk_GWmbM72e-dUK48DuZwicDnGmg/s4128/20230211_171406.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJuVdlnjvhz_rJBLuufJNFCJ26CUigoasqszNa2JwyiP11LDzTvF71S2j0SvNFZnLey2wx_6EWiZqfda8UgL_hBhvyrQFljPczRH7PW_2pVCHmNhblDo0apMwViiaznALr5wsMPxJeqzzSHr8mEm1eRmGt7hjk_GWmbM72e-dUK48DuZwicDnGmg/w640-h480/20230211_171406.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both;">Voltei para casa cansada e com a sensação de ter zerado muitas coisas na minha vida. Quando olhei o céu durante o entardecer me senti completa, grata, com a sensação de ter zerado muitas contas em minha vida e aberta a um novo arco narrativo mais ou menos pronta para voltar a ousar ter objetivos, desejos e sonhos.</div></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-68904331540955378762023-02-05T19:26:00.007-03:002023-02-07T20:36:52.743-03:00Porto de Galinhas, Ipojuca, Pernambuco, Brasil<p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjixoZKnLwpp-TzkitgZuX65F5m9DosATfHu-VTNnq_XpOR_-LAbrA3lr-Z0gmftIePyjNABWlOX05VV2hCN_IYf0yUjzZY1hKb7uGxaf0R9gR64kc6trXln2sVD8k2DY2ZHm_zBzv34Fh8xFmJ0shuOHQIIw8UPFgzV_mS8yCfCJ3NTQSYID-CuQ/s4128/20230119_072414.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjixoZKnLwpp-TzkitgZuX65F5m9DosATfHu-VTNnq_XpOR_-LAbrA3lr-Z0gmftIePyjNABWlOX05VV2hCN_IYf0yUjzZY1hKb7uGxaf0R9gR64kc6trXln2sVD8k2DY2ZHm_zBzv34Fh8xFmJ0shuOHQIIw8UPFgzV_mS8yCfCJ3NTQSYID-CuQ/w640-h480/20230119_072414.jpg" width="640" /></a></p><div style="text-align: justify;">Em Janeiro fui conhecer a famosa praia de <b>"Porto de Galinhas"</b>, localizada no município de Ipojuca. Reza a lenda que esse nome vem do fato de a partir de 1850, quando o ato de traficar de pessoas africanas para o Brasil com o objetivo de escraviza-las foi proibido, essa região passou a ser o lugar escolhido para os navios aportarem. Como não se podia dizer <i><b>"chegou uma nova leva de pessoas pretas africanas para serem escravizadas"</b></i>, pois a lei proibia, eles diziam; <i><b>"chegou as galinhas"</b></i> e o nome pegou. Não sei se a história é verdadeira, não averiguei os fatos, mas fui a "Porto de Galinhas" e quero comentar algumas coisas.<span><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Primeiramente é preciso dizer: Porto de Galinhas é muito fotogênica. A praias rende fotos bem bonitas, mas, honestamente, DESTESTEI minha estadia em letras maiúsculas. Esse foi o lugar mais cínico que visitei na vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg86kGd8lqcPdpECpI-xAQGgaIQewS27P2F483ZlUiW-BkPsAFLYjDkcVYxEA459pog17fwOgZd3NCx67FlAK1HPOBCh1NbiXG6ja_rcD8Hjs9ZjK8pXEya8BBDMLt8uMBpgWGVJvswX2miDu4ZZyFOXHfMU7QnyFqM_BdEbdJJiOkUXhkmh0-kZw/s4128/20230117_171710.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg86kGd8lqcPdpECpI-xAQGgaIQewS27P2F483ZlUiW-BkPsAFLYjDkcVYxEA459pog17fwOgZd3NCx67FlAK1HPOBCh1NbiXG6ja_rcD8Hjs9ZjK8pXEya8BBDMLt8uMBpgWGVJvswX2miDu4ZZyFOXHfMU7QnyFqM_BdEbdJJiOkUXhkmh0-kZw/w640-h480/20230117_171710.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>É uma obviedade que cidades movidas pelo turismo querem vender, mas nunca na vida fui em um lugar onde todas as pessoas que não são turistas e me abordaram fizeram isso na única intensão de vender algo ou lucrar algo as minhas custas como aconteceu nesse litoral. Até na igreja católica local onde o padre rezava a missa o discurso se movia na direção de tirar dinheiro do povo.</div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1GKI9HHwhEaGTrvEX43o7tELl32bd3B_sQpmVce27T48EHI1V_ekW7iZnPw5oAlrCFv4pbWSGyjb7rfdLSYD5hCKwbeqT_5ixh5saUr18rhi0QXHkYdlKLBUbQNFaCsJHr5sFwUIbDL8yEy4V8CSxp5N92o35RzRGpHYlRd8pIxRpFN-chazp2Q/s4128/20230119_081521.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1GKI9HHwhEaGTrvEX43o7tELl32bd3B_sQpmVce27T48EHI1V_ekW7iZnPw5oAlrCFv4pbWSGyjb7rfdLSYD5hCKwbeqT_5ixh5saUr18rhi0QXHkYdlKLBUbQNFaCsJHr5sFwUIbDL8yEy4V8CSxp5N92o35RzRGpHYlRd8pIxRpFN-chazp2Q/w640-h480/20230119_081521.jpg" width="640" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;">E, além do cinismo, o litoral ainda é CARO! Pense em um lugar caro. Pensou? Pois é Porto de Galinhas! Bem próxima a praia você encontra tudo e qualquer coisa para comprar, de rede a rapadura passando até todo tipo de coisa turística. Algumas coisas nem eram esse absurdo de caro, mas peguei tanto ranço do lugar que isso intoxicou minha experiência. E o lugar é LOTADO de gente!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRJUmRzQ52jt_5NFbTEQosKPZFes8x7FhEXe43v1Itr_-CU4v7Ma0YYsAYRZZAq37EXln8hG25zaA9KuKFOFzCboiB_-0Gqw22vbz92M_xWiJIZiAczHPZja3oJoRYE9uVtsh1MjpG1mLgsvqYDoeTVswbwv_a_cmBw7xdde5dyT9rkpItn59Stw/s4128/20230118_205635.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRJUmRzQ52jt_5NFbTEQosKPZFes8x7FhEXe43v1Itr_-CU4v7Ma0YYsAYRZZAq37EXln8hG25zaA9KuKFOFzCboiB_-0Gqw22vbz92M_xWiJIZiAczHPZja3oJoRYE9uVtsh1MjpG1mLgsvqYDoeTVswbwv_a_cmBw7xdde5dyT9rkpItn59Stw/w640-h480/20230118_205635.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Fazia tempo que eu não via tanta gente junta andando nas ruas ao mesmo tempo. Peguei a alta estação e tinha pessoas por todos os lados e a cada dois passos aparecia alguém nos oferecendo serviços, jantar, mergulho, passeio de buggy. Era impressionante como todas as pessoas que pareciam conversar com a gente amigavelmente e de repente nos ofereciam algum serviço ou nos indicavam o serviço de alguém.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiT-flvHyIbIL8OEAYOMejKiWntkB-lIdPbAmZy54ceel5Un04SLIOyCWARxPN0zac2PNFR8Hpf_6AmexqXmFLKdMmuGHdT9-VwqBxw5QMxUByjZo9YlsEhC1Sd1jjT-JrgIMYv3cOS8KBoR6xMTQlb1PCEPHK9er3mC_rmKeGyfiTzfzW-8XKwQ/s4128/20230120_100644.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiT-flvHyIbIL8OEAYOMejKiWntkB-lIdPbAmZy54ceel5Un04SLIOyCWARxPN0zac2PNFR8Hpf_6AmexqXmFLKdMmuGHdT9-VwqBxw5QMxUByjZo9YlsEhC1Sd1jjT-JrgIMYv3cOS8KBoR6xMTQlb1PCEPHK9er3mC_rmKeGyfiTzfzW-8XKwQ/w640-h480/20230120_100644.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Acho que se estivesse melhor preparada para a forma como a cidade é cínica em relação a tirar até o último centavo de seus visitantes com dedicação e esmero não tinha me sentido tão oprimida como me senti. Como fui descobrindo vivendo, me senti irritada, usada e sobrecarregada com tanta gente me abordando o tempo todo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiISgieQIpsj4t3spaAauC5LProPatDCgZdP7G-8exnsMzgTrgp56R9j6554VOhdzZ61S0YzmxoyIyXonN_CUhXGLL4ui74QVTTnKPGe22SWmhrotDVDsIGW-WD5lZdAB8QCvAn30KJ6veW7dhEkVLbKqT_wp9Ma6alChMQ5_BBmnZmJScjmDJt_w/s4128/20230119_072408.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiISgieQIpsj4t3spaAauC5LProPatDCgZdP7G-8exnsMzgTrgp56R9j6554VOhdzZ61S0YzmxoyIyXonN_CUhXGLL4ui74QVTTnKPGe22SWmhrotDVDsIGW-WD5lZdAB8QCvAn30KJ6veW7dhEkVLbKqT_wp9Ma6alChMQ5_BBmnZmJScjmDJt_w/w640-h480/20230119_072408.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Gosto de ir a praia para tomar banho, a melhor hora para banho em Porto é pela manhã ou em qualquer horário no qual a mare está baixa. Na cidade tem um quadro onde essa informação está disponível. Quando a mare sobe já não fica tão legal. Pela manhã é uma delícia o mar, mas a medida que o dia avança toda a areia da praia é tomada por barracas onde a comida é CARÍSSIMA para meu bolso de professora. Uma porção de carne-de-sol com fritas por R$ 150,00 é um assalto. Aliás, os negociantes parecem cobrar tudo e qualquer coisa em dólar. Uó!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6VjQrLnIzseLA_CL2se7Hc9ZEZwf9K9FwngCYepCW9DhJQ-5BA2kCAGrZNOH9LfdHN6wmm2X-PinrXYWRE-JuiztWU4eYcQWfMq5HSKSjSPR0VbBWE-SAFkVgAHgFRk2rHMBZTl8oStPkG_juVm8o-0qQGWLiOJ8eNtlOyTj7xjEa1aW2r2m1gw/s2576/20230118_112647.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1932" data-original-width="2576" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6VjQrLnIzseLA_CL2se7Hc9ZEZwf9K9FwngCYepCW9DhJQ-5BA2kCAGrZNOH9LfdHN6wmm2X-PinrXYWRE-JuiztWU4eYcQWfMq5HSKSjSPR0VbBWE-SAFkVgAHgFRk2rHMBZTl8oStPkG_juVm8o-0qQGWLiOJ8eNtlOyTj7xjEa1aW2r2m1gw/w640-h480/20230118_112647.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Fomos a Maracaipe, o Uber nos deixou em um lugar horrível para banhistas. Deserto de pessoas, perfeito para surfistas. Andamos tanto que quando chegou a hora de voltar estávamos a sete minutos de caminhada do lugar onde nos hospedamos e provamos a comida de praia menos cara e mais satisfatória da viagem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR3qgg5v0ZQKx_4MYF8xnDj0WzwLuFyzUe9SARs0MxIhLASaQnrto_1Wb5rzHjGdr3b4VzbBnvZzW70Phw1PnJ1lUahFXv9DAT9CbuFGhgw-3FM2oCqdQtWbAgH6yalJlmrFVC3u4ylTeYe_JcyMYKSNMFoVayl0jMvswMkUQ1Wd7OtVYP5upNpA/s4128/20230118_110853.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR3qgg5v0ZQKx_4MYF8xnDj0WzwLuFyzUe9SARs0MxIhLASaQnrto_1Wb5rzHjGdr3b4VzbBnvZzW70Phw1PnJ1lUahFXv9DAT9CbuFGhgw-3FM2oCqdQtWbAgH6yalJlmrFVC3u4ylTeYe_JcyMYKSNMFoVayl0jMvswMkUQ1Wd7OtVYP5upNpA/w640-h480/20230118_110853.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma coisa boa no litoral de Porto de Galinhas é a ausência de roubos. Realmente é seguro nesse sentido. As pessoas tiram o dinheiro do nosso bolso em porções de batata frita de R$ 70,00, garrafa d'água de R$ 6,00, copo de suco por R$ 9,90, mas isso só com muito cinismo, zero violência física ou verbal. Seja no meio da multidão ou em áreas praticamente desertas não precisa ter medo de furtos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3r---XPQ2kTwircK_Zoix4FkAXvjkfoFP-GjHBrUbSoS01KP-tPIy3o-RKWkoPdNa95tIFBm39fB0gv-fR_XFX0XZ-4_w4Mh1dLZRHQiPXR-mxpSmeLrickBwvb0x4-pec-J0uYLr_p-iorAn7Cuic1CCq2QQPhaSp5WpaxQTIambmdARXXYBsw/s1600/IMG-20230118-WA0021.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3r---XPQ2kTwircK_Zoix4FkAXvjkfoFP-GjHBrUbSoS01KP-tPIy3o-RKWkoPdNa95tIFBm39fB0gv-fR_XFX0XZ-4_w4Mh1dLZRHQiPXR-mxpSmeLrickBwvb0x4-pec-J0uYLr_p-iorAn7Cuic1CCq2QQPhaSp5WpaxQTIambmdARXXYBsw/w480-h640/IMG-20230118-WA0021.jpg" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Apesar de não ter me apaixonado por Porto, a depender da companhia e do momento da vida, voltaria lá. Armada de igual cinismo para lidar com a população local, sabendo dos melhores horários para banho e de onde não ir. Muro Alto, por exemplo, não vi nada de mais, preferia ter ficado todos os dias em Porto, acordado cedo, tomado muito banho de mar antes da areia se encher de barracas, ao cai da tarde buscaria um lugar que não fosse terrivelmente caro para almoçar, descansaria um pouco, e a noite curtiria a praia novamente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixR9vqRk9BpRqLQgN4yKsiowm5e238cLgQecnflIud598ovv8Wse0ohKkK9GobJq3HaVJKAI2a-4YkUMxs47wlvBhFkrrY19UeRuN9CTsoTJDk1e2pM2MUBxoFd1nU6-QFP5_2FFry8IdKMjiuz7SpszXK2E-E7YMVbi229xXbTIWa4jS0A7OKKw/s2576/20230119_073011.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2576" data-original-width="1932" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixR9vqRk9BpRqLQgN4yKsiowm5e238cLgQecnflIud598ovv8Wse0ohKkK9GobJq3HaVJKAI2a-4YkUMxs47wlvBhFkrrY19UeRuN9CTsoTJDk1e2pM2MUBxoFd1nU6-QFP5_2FFry8IdKMjiuz7SpszXK2E-E7YMVbi229xXbTIWa4jS0A7OKKw/w480-h640/20230119_073011.jpg" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">A praia de Porto de Galinhas é ótima a noite! Como não há perigo de furto ou roubo, além da vida noturna da cidade em si, a praia a noite tem vida, tem pessoas durante a noite. É maravilhoso caminhar na praia a noite com tranquilidade, molhando os pés na água morninha, forrando a areia com uma toalha, sentando ali.... conversando tudo e nada, sentindo a brisa marítima.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigVKRoGAgXw6SAr53DMCFztYESgU13EsFgLhp70qHUEVmiyLNvF806dy9ijXTBT1GqsOccgUF2d1FlSp6XtYNEMqmsI7c8xdNV5591Bf_s_a5FBTK2rXzjFqV7vhLj0USkBZcWUo9rFckjaPNwuWC1G3LdwiDqZljESnEsSkPUlXQg3Ba90FkOPA/s4128/20230118_213132.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigVKRoGAgXw6SAr53DMCFztYESgU13EsFgLhp70qHUEVmiyLNvF806dy9ijXTBT1GqsOccgUF2d1FlSp6XtYNEMqmsI7c8xdNV5591Bf_s_a5FBTK2rXzjFqV7vhLj0USkBZcWUo9rFckjaPNwuWC1G3LdwiDqZljESnEsSkPUlXQg3Ba90FkOPA/w640-h480/20230118_213132.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div>Também gostaria de registrar que me surpreende muitíssimo olhar essas fotos e vê o quanto na beira dos quarenta anos ainda tenho esse ar de juventude. Apesar de ter achado Porto de Galinhas uma cidade quase hostil no esforço de tirar até o último centavo da pessoa e de ser o tipo de lugar no qual se você tiver dinheiro e não souber como gastar, você vai encontrar várias pessoas para te mostrar como, é bom viajar. É bom conhecer lugares próximos e distantes, viver novas aventuras, registrar nosso rosto e corpo nos lugares pelos quais passamos.</div><div><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtqUIKn5-4M_3C_Bu3iXS-i7V5uiEV36JLRBge7EMWLkXCInNgYCqb2cP8HRWBxeLau7q9kec-1uuCJSmpUOViZ-43crQcxJx0HVETR63Pz9vwaGb_Mpz3zy_AydnaPOma9SUPE4meCDCXge8BlqT2DD7yuvMUqQl6pc1gx33d9wxBagGl_crfGw/s4128/20230118_174523.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtqUIKn5-4M_3C_Bu3iXS-i7V5uiEV36JLRBge7EMWLkXCInNgYCqb2cP8HRWBxeLau7q9kec-1uuCJSmpUOViZ-43crQcxJx0HVETR63Pz9vwaGb_Mpz3zy_AydnaPOma9SUPE4meCDCXge8BlqT2DD7yuvMUqQl6pc1gx33d9wxBagGl_crfGw/w640-h480/20230118_174523.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNY3cL1Ws5Y4e6_wxQdNMoJ1cPlZbIB2dlBteEjrXaKU_4bf66rd4X_-p-g53vfg0yf4vZPYy9adSjgjCzNNk81bMhNbalzTKM2L3T8hfpXsBNED4kgyhb-kXvxo4fqc3CPsV7h1Gt0MpOGv7J1rXVCu2apzcCoIRjWI1K1UYy9iCmuhB116wSxQ/s4128/20230118_174411.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNY3cL1Ws5Y4e6_wxQdNMoJ1cPlZbIB2dlBteEjrXaKU_4bf66rd4X_-p-g53vfg0yf4vZPYy9adSjgjCzNNk81bMhNbalzTKM2L3T8hfpXsBNED4kgyhb-kXvxo4fqc3CPsV7h1Gt0MpOGv7J1rXVCu2apzcCoIRjWI1K1UYy9iCmuhB116wSxQ/w640-h480/20230118_174411.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtDdbiIzNXTMSZyzxKXamlcKMEIaeKOYwzOdL9yNUI4VHOg_Z9uDLqUKDb4ldDzbIxx3kq1vMQiICPfrPA5BaKl5Uc-P0DzWyFrzOPKgqiNdHSH8gNs74a3dCUcCjZkGXDzZd4ZoLS5jBh7gC476Ye7L8xkS3UrR0ZmqoEM0wq-bSCgjq-mRgmTw/s2576/20230117_173454.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2576" data-original-width="1932" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtDdbiIzNXTMSZyzxKXamlcKMEIaeKOYwzOdL9yNUI4VHOg_Z9uDLqUKDb4ldDzbIxx3kq1vMQiICPfrPA5BaKl5Uc-P0DzWyFrzOPKgqiNdHSH8gNs74a3dCUcCjZkGXDzZd4ZoLS5jBh7gC476Ye7L8xkS3UrR0ZmqoEM0wq-bSCgjq-mRgmTw/w480-h640/20230117_173454.jpg" width="480" /></a></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-41236342089164587102023-01-26T21:52:00.008-03:002023-03-02T17:18:05.113-03:00Janelas do meu quarto, 15 anos de blog e uma lista de livros de 2001<p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgLL3z0Ny3reN-OiJl2s-9g7IgALUZGIIpC3l2SSZPqB7FBvAPeU7nVl5bi77thjOkECbxgJ7c4cl9hFkv9evt5D2wyR7O8ys1OI69n2oGrAq0mGRcLu3MahTzD30Qm1uENEyY45dG3md1uEM7LVwLta50HUCeYC-T9BDdlDmtII5S581JH9NEWg/s4128/20230126_180251.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgLL3z0Ny3reN-OiJl2s-9g7IgALUZGIIpC3l2SSZPqB7FBvAPeU7nVl5bi77thjOkECbxgJ7c4cl9hFkv9evt5D2wyR7O8ys1OI69n2oGrAq0mGRcLu3MahTzD30Qm1uENEyY45dG3md1uEM7LVwLta50HUCeYC-T9BDdlDmtII5S581JH9NEWg/w640-h480/20230126_180251.jpg" width="640" /></a></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><b>"Janelas do meu quarto,</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é</b></div><div style="text-align: justify;"><b>(E se soubessem quem é, o que saberiam?),</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."<span><a name='more'></a></span></b></div></blockquote><p style="text-align: justify;">Lembro quando comecei esse blog quinze anos atrás. Estava um pouco triste com um malfadado fim de namoro, um pouco ansiosa com o curso de História em seus últimos arcos, muito cansada de trabalhar na Educação Infantil enquanto estudava loucamente e ainda me dedicava às atividades na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Nova Descoberta II. Era tão jovem, mas já me sentia tão cansada.</p><p style="text-align: justify;">O blog foi criado de uma forma muito juvenil, como quase tudo que pessoas com vinte poucos anos fazem. Eu escrevi de um quarto na casa 65-A da Rua Maraú, que na verdade é uma escadaria. Abri o blog foi como abri uma janela, me entendendo como um quarto, <i style="font-weight: bold;">de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (e se soubessem que é, o que saberiam?)</i>. Ele seria uma janela através da qual eu poderia ver outros quartos e ser vista também. E, apesar de todo esse conceito, no começou essa coisa de escrever na internet me intimidava muito, meus primeiros posts foram bem tímidos, eram mais textos que eu amava e queria guardar em algum lugar.</p><p style="text-align: justify;">Fui me soltando aos poucos e trazendo para cá a experiência da escrita de meus diários infantis e juvenis. Comecei a escrever diários com sete anos e nunca parei, no máximo deixei de escrever diariamente e de ter um caderno específico para isso. Escrevo em cadernos novos e velhos, agendas e blocos, escrevo em pápeis que jogo fora em seguida e escrevo aqui. Uma vez, há quase dez anos atrás, um amigo me disse ter tido a impressão de está lendo um diário ao ler minhas postagens. Me pergunto se as pessoas ainda sentem isso. Me pergunto se elas se sentem íntimas, próximas, livres para se expressar na caixa de comentários, caso queiram, lendo meus textos. Se sim, fico muito feliz. Apesar de não escrever diariamente, escrevo com sinceridade. Parafraseando Natalia Ginzburg no maravilhoso <b>"Léxico Familiar"</b>, nesse blog <b style="font-style: italic;">"lugares, fatos e pessoas são reais. Não inventei nada [...]"</b>.</p><p style="text-align: justify;">Houveram anos nos quais escrevi muito sobre tudo e qualquer coisa, tem posts muito bobos por aqui. Acompanhei e participei, dentro da minha nula relevância, de muitos debates ao longo desses quinze anos. Escrever me ajudou a racionalizar sobre muitos dos acontecimentos que mexeram com o Brasil, o mundo e comigo. Eu inventei esse blog com vinte poucos anos, aos trinta e tantos sinto que sou, entre muitas coisas, invenção desse blog. Ele me colocou em contato com pessoas muito centrais em minha vida, trouxe dinâmica e amadurecimento para minha trajetória de vida. Leio muito atentamente os comentários e muitos deles me trouxeram norte em momentos nos quais eu estava perdida conscientemente ou inconscientemente. Muito obrigada a todos e todas e todes que deixaram sua colaboração aqui ao longo dos anos.</p><p style="text-align: justify;">Como uma janela faz parte do quarto, esse espaço faz parte de mim. Já escrevi aqui com menor ou maior frequência, mas não pensei e nem penso em deixar de escrever, fechar esse espaço. Sinto que se fizer isso hoje, amanhã reabro novamente.</p><p style="text-align: justify;">Sendo esse um post celebração de aniversário. Fiquei pensando em trazer para cá alguma coisa dos meus cadernos/diários de quando eu tinha 15 anos. Revirei meus escritos na intenção de encontrar um texto lindo que escrevi dialogando com <b>"O </b><span style="text-align: left;"><b>Diário de Anne Frank</b></span><b>"</b>, antes de terminar a leitura e ficar bem desamparada. Não encontrei esse texto, vou continuar procurando, quando encontrar publico. Os fatos da minha vida cotidiana são pesados demais para serem transcritos, mas encontrei a lista dos livros lidos em 2001 com uma opinião escrita ao lado. Fiquei encantada, vou publicar.</p><p style="text-align: justify;">A escola na qual eu estudei a vida toda, era muito frágil em relação aos professores, a minha grade horária era cheia de buracos, tinha muita aula vaga, nunca tive um professor de Química ou Física. Porém, havia uma imensa biblioteca com todo tipo de livros e algumas amigas com dinheiro suficiente para comprar livros e disposição para emprestar. Eu lia bastante e fazia listinha dos livros, anotava a opinião, nessa lista não anotei nomes de autores e autoras.</p><p style="text-align: justify;"><b>Livros Lidos em 2001</b></p><p style="text-align: justify;"></p><ol><li><b> O Tempo e o Vento (Ótimo)</b></li><li><b>Brooke (Ótimo)</b></li><li><b>Borboleta (Ótimo)</b></li><li><b>Rio Subterrâneo (Ótimo)</b></li><li><b>Crystal (Ótimo)</b></li><li><b>Um só vez na vida (<strike>Ótimo</strike>) Emocionante</b></li><li><b>Uma vontade louca (hilário)</b></li><li><b>15 Histórias de Natal (Tocante)</b></li><li><b>O Príncipe Fantasma (leve + ou -)</b></li><li><b>Risíveis Amores (Ótimo)</b></li><li><b>Estrelas Tortas (Tocante, valeu a pena)</b></li><li><b>Do outro lado do espelho (bom)</b></li><li><b>O mestre-de-cerimônias (<strike>Regu </strike>Bom, mas não gostei)</b></li><li><b>Hotel de Luxo (Folhetim)</b></li><li><b>Dom Casmurro (Excelente, amei)</b></li><li><b>Força de Vontade (Tocante)</b></li><li><b>Perto do coração selvagem (Emocionante)</b></li><li><b>Bufo e Spallanzani (+ ou -)</b></li><li><b>Fora de Série (Bom, mas não gostei muito)</b></li><li><b>A Pérola (Excelente)</b></li><li><b>O Espião que saiu do frio (Ótimo)</b></li><li><b>Contos de Perrault (Ótimo, doce)</b></li><li><b>Vida de Droga (Ótimo, tocante)</b></li><li><b>Bisa Bia, Bisa Bel (Ótimo)</b></li><li><b>O Diário de Anne Frank (Tocante)</b></li><li><b>Memórias Póstumas de Brás Cubas (Excelente)</b></li><li><b>Raven (Ótimo)</b></li><li><b>Fugitivas (Tocante)</b></li><li><b>O Quinze (Tocante em certas partes, ótimo)</b></li><li><b>Os Cavalinhos de Platiplanto (Tocante)</b></li><li><b>Contos de Grimm (Muito Bom)</b></li><li><b>Um marido sexy (Folhetim)</b></li><li><b>O passado esteve aqui (Lindo e muito bom)</b></li><li><b>Segredo do Destino (Folhetim)</b></li><li><b>Longa Caminhada de Volta (1 Lição)</b></li><li><b>Cenas Brasileiras (Ótimo, Tocante)</b></li><li><b>Foi Ela Que Começou. Foi Ele Que Começou (Hilário)</b></li><li><b>A Cor da Pele (Bom, + ou -)</b></li><li><b>Louco Verão nas Bahamas (Folhetim)</b></li><li><b>O dia em que nasci de novo (nada expressivo)</b></li><li><b>Confissões de um presidiário (nada expressivo)</b></li><li><b>Uma Rosa no Ano 2224 (Banal + ou -)</b></li></ol><div style="text-align: justify;">Enquanto digitava essa lista fiquei com muitaaaaaa vontade de falar sobre as coisas que lembro e não lembro desses livros. Foi uma viagem digitar esses 42 títulos. Nossa! Quem diria que em algum momento da minha vida eu tive poder de síntese! Hoje, cada resenha em um pergaminho. Em outro caderno consta mais coisas sobre esses livros, pelo menos até <b>"Dom Casmurro"</b>, pois nele as folhas acabaram. Nessa lista tem livros sobre os quais lembro muita coisa, outros lembro só algumas sensações, alguns títulos são seminais em minha vida, outros não lembro nadica de nada. Alguns pretendo ler novamente, inclusive já comprei a edição. E talvez, poucas coisas falam tão bem sobre mim de uma forma feliz quanto essa lista. Fui muitíssimo feliz com um livro na mão. Ainda sou muitíssimo feliz com um livro na mão. É muito bom usar superlativos para expressar satisfação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Obrigada a todos e todas que estão aqui comigo, lendo, comentando... passando. Espero ocupar esse espaço por muito tempo mais. Ah, ainda escrevo próxima a uma janela, só que dessa vez é a da sala que também dá <i style="font-weight: bold;">para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUdFxyTJu7tOW8wr_yFf59aD97GAjCNSpRcZLhnEdpeMibGs_6L28xbtyiAZpFivfoBGTdRvkw_IPTmM4rRIId-Rd8eKXjkUqIyWe_yrifychLXsXMOkdV7eqFIigpFLbQQMluhclC2EwBZKVNqVtt4J5MIXjN3dBXusFlmgmWJLN7912Iw3ggng/s4128/20230126_180224.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUdFxyTJu7tOW8wr_yFf59aD97GAjCNSpRcZLhnEdpeMibGs_6L28xbtyiAZpFivfoBGTdRvkw_IPTmM4rRIId-Rd8eKXjkUqIyWe_yrifychLXsXMOkdV7eqFIigpFLbQQMluhclC2EwBZKVNqVtt4J5MIXjN3dBXusFlmgmWJLN7912Iw3ggng/w640-h480/20230126_180224.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ah, em 2001, já amava Fernando Pessoa, tem muito dele em meus cadernos... mas só vim ter em mãos <i><b>"O Eu Profundo e os Outros Eus"</b></i> em 2002, quando o professor de Português me emprestou a edição dele.</div><p></p>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3182482271304502324.post-71017394319746036532023-01-15T20:17:00.011-03:002023-01-24T21:09:34.137-03:00Não tenho vontade de fazer mais nada... <p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVWUMBw5r-_XLMygfmny8Wc_hRED8mjsOrxsG2ignoEVUwDPshpJv51pbHJOwi73VGG7DJBwNO2RWQTuL6eiwM0VkcZbQHOqY1SAOxDH7kacZOoGu7-N55O48MGQchfywJlHUeerx1Pu2paFz79crDRf7v0KL-VKaXPaYbMct7-BrIEJ8u_tAPnw/s4128/20221221_122907.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVWUMBw5r-_XLMygfmny8Wc_hRED8mjsOrxsG2ignoEVUwDPshpJv51pbHJOwi73VGG7DJBwNO2RWQTuL6eiwM0VkcZbQHOqY1SAOxDH7kacZOoGu7-N55O48MGQchfywJlHUeerx1Pu2paFz79crDRf7v0KL-VKaXPaYbMct7-BrIEJ8u_tAPnw/w640-h480/20221221_122907.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Eu não tenho vontade de fazer mais nada de diferente. Nada de novo me atrai. Honestamente fico absurdada quando vejo algum colega de trabalho planejando algo novo para a vida. Outro dia vi um colega que já tem um vínculo público como efetivo de um estado da federação dizendo que se o município abrir concurso ele faz, além disso ele também pegou mais um contrato temporário para somar ao vínculo de efetivo que ele já tem. Ele não percebeu, mas fiquei ali, parada, contemplando e pensando:<b> "Nossa! Quanto fôlego! A pessoa já tem filhas criadas, netos e netas, um casamento... e ainda pensa em mais um concurso! Eu não tenho esse folego!"</b>.</div><span><a name='more'></a></span><p></p><p style="text-align: justify;">Não sei qual minha questão existencial, tenho 36 anos, em breve terei 37... Não sei se ainda não me recuperei muito bem dos eventos de 2016 ou da longa quarentena... não sei se estou desperdiçando algum tempo de vida. Mas não tenho vontade de fazer mais nada. Não quero fazer um novo curso universitário, só de pensar em voltar a universidade me dá azia, penso nos ônibus lotados, nas infinitas leituras para as cadeiras, nos trabalhos intermináveis, nos professores ególatras... Eu já tenho um diploma!</p><p style="text-align: justify;">Relacionamento? A mera ideia de namorar me dá tédio! Com vinte anos me dava angústia a forma como os homens pareciam ter medo de mim e algumas mulheres tentavam se fazer perceber... Depois passei a intimidar de propósito e só Deus pode me julgar... Hoje em dia, quando um homem ousa se aproximar, eu penso: <b>"Jesus! Que desaforo! Quem é esse ser?"</b>. Às vezes "esse ser" é até um colega que eu gosto! Que aborrecimento! Não tenho mais forças para intimidar ninguém. Fico magoadíssima! Tenho vontade de dizer: <b>"Eu tenho quase 37 anos, minha asma anda furiosa, preciso emagrecer 10 quilos, tenho problemas de circulação nas pernas e você ainda vem me incomodar? Você não tem empatia? Eu não sou adolescente há vinte anos! Não me aborda assim, eu detesto isso!"</b>. Geralmente uso a saída pela tangente, evito um pouco a pessoa e torço para o medo adolescente do fora monumental, misturado com o orgulho masculino, faça seu milagre.</p><p style="text-align: justify;">Outro vínculo como professora em outra rede ou escola particular? Eu tenho 10 turmas! Se a carga horária de História for reduzida de 15 horas/aulas mensais para 10 horas/aulas mensais de maneira a Educação Física passar a fazer parte do turno em Jaboatão e não do contraturno, como é atualmente, terei 15 turmas. Atualmente já participo da educação de algumas centenas de adolescentes na qualidade de professora de História. Acho meu trabalho bem desafiador no ritmo atual. São três dias de jornada de trabalho indo das 7:30 da manhã até as 5:00 da tarde. Tem dois dias da semana onde as pessoas parecem achar ideal meter mais turmas, mais escola, mais alguma coisa e eu não quero. Peço muito a Deus, enquanto agradeço pelo meu emprego, para sempre ter sabedoria para gerir meu salário de maneira a não precisar de mais um emprego.</p><p style="text-align: justify;">Me pergunto se é normal viver assim, sem ter vontade de fazer outras coisas a nível profissional ou emocional. Em geral me sinto feliz só de conferir as partes do corpo e perceber que não estou caindo, não estou desaparecendo, não estou me afogando e quando estou respirando normalmente... Meu Deus, eu fico tão grata! É tão bom respirar! Também não me sinto "tão vazia".</p><p style="text-align: justify;">Já teve uma época na vida onde eu dormia e acordava, comia e tomava banho, ia a escola e chegava em casa sentindo a impressão de está caindo dentro de um buraco sem fundo. Era uma sensação terrível e opressiva que eu só sei explicar assim. Depois passei anos me sentindo "tão vazia" e lia, <b><i>"lia muito e mais ainda"</i></b>, lia como se livros fossem preencher os espaços vazios. Em comparação a essas épocas da minha vida, atualmente estou no céu!</p><p style="text-align: justify;">Outro dia uma amiga minha me disse que eu não espero que nada de bom me aconteça. Penso muito nessa conversa, lembro bem o dia no qual ela me disse isso. Era uma tarde ensolarada e agradável, eu ainda morava na casa dos meus pais em Igarassu, sai do quarto e fui para o jardim do meu irmão. Há um ano atrás mais ou menos além de uns peixinhos, ainda tinha uma amoreira persistente, uns arbustos de uma planta roxa, o hortelã e a roseira que se não for podada tem energia suficiente para dominar o mundo. O jardim do meu irmão era um luxo para os olhos... meu pai destruiu o jardim construindo um tanque para tilápias. Naquele dia, no entanto, o jardim estava ótimo, Lion (meu gato) me acompanhava como uma sombra protetora, e escutei a minha amiga me dizer que eu não esperava que nada de bom me ocorresse.</p><p style="text-align: justify;"><b>A vida é dura, especialmente para quem é mole. Eu sou mole!</b> Há quem diga que sou uma mulher forte. Não sou! <b>Não sei nem o que é força.</b> A gente espera coisas boas, mas nada é como a gente espera. As coisas nunca são como nós desejamos e sonhamos. O real às vezes é melhor, mas também pode ser bem decepcionante. Inclusive, o real ultimamente me fascina mais que o sonho. Como escreveu Belchior e cantou Elis Regina</p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote><p style="text-align: justify;"></p><blockquote><p style="text-align: justify;"><b>"Viver é melhor que sonhar <br />Eu sei que o amor é uma coisa boa <br />Mas também sei que qualquer canto<br />É menor do que a vida de qualquer pessoa"</b></p></blockquote><p style="text-align: justify;"></p></blockquote><p style="text-align: justify;"></p><p style="text-align: justify;">Não tenho mais vontade de fazer nada a não ser ir vivendo essa vida que tenho. Continuar a participar da educação de umas três ou quatro centenas de adolescentes como professora de História; ler meus livros, ouvir minhas músicas no aplicativo de música; colecionar meus autores favoritos e autoras favoritas; colecionar meus álbuns de kpop; caminhar no fim do dia na praça; encontrar forças para voltar a musculação; ir ao Show do Super Junior em São Paulo; ir a praia com minhas amigas ou/e minha família; continuar conseguindo guardar um pouco de dinheiro para quem sabe chegar a ter uma casa própria em um lugar bom dentro de Recife e Região Metropolitana.</p><p style="text-align: justify;">O que mais preciso ter vontade de fazer na vida?</p><p style="text-align: justify;">Admiro essas pessoas corajosas, cheias de metas, criativas, dispostas a criar para si novos desafios ou embarcar em novos desafios a elas propostos. Não tenho nada contra isso. Também admiro as pessoas otimistas que espero algo de bom, gostaria de ter essa força de vontade e de desejo.</p><p style="text-align: justify;">Não sei se fiz sentido! Só precisava desabafar meus sentimentos e registrar essa experiência atual comigo mesma. <b><i>E de repente não mais que de repente</i></b>, me pego pensando se apesar de tudo ainda sou a garota que lia <b>"Lisbon Revisited (1923)"</b> de Fernando Pessoa (Alvaro de Campos) todos os dias as vezes em voz audível, as vezes sussurrando, as vezes chorando em silêncio.</p><div style="text-align: justify;"><div></div><blockquote><div><b>"NÃO: Não quero nada. </b></div><div><b>Já disse que não quero nada. </b></div><div><b>Não me venham com conclusões! </b></div><div><b>A única conclusão é morrer. </b></div><div><b>Não me tragam estéticas! </b></div><div><b>Não me falem em moral! </b></div><div><b>Tirem-me daqui a metafísica! </b></div><div><b>Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas </b></div><div><b>Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) — </b></div><div><b>Das ciências, das artes, da civilização moderna! </b></div><div><b>Que mal fiz eu aos deuses todos? [...]</b></div></blockquote><div></div><div><br /></div></div>Pandorahttp://www.blogger.com/profile/01176074817695726279noreply@blogger.com5