domingo, 18 de novembro de 2018

Adão, Eva e Sete...



"Adão, Eva e Sete em algum lugar festejando a vida que continua mesmo depois das mais dolorosas tragédias domésticas."
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Em outubro visitei a cidade do Rio de Janeiro e tive a oportunidade de ir ao Museu Nacional de Belas Artes e encontrei a arte de Léon Pallière. Fiquei encantada, impactada, enquanto me aproximava da tela lembrava de Adão e Eva, de sua tragédia familiar, de suas perdas e também do nascimento de Sete como uma nova chance, um novo recomeço, um "talvez agora algo dê certo".

Me perguntei se enquanto Sete crescia em algum momento, em alguma festa de colheita ou depois da chuva ou na Primavera, essa família não chegou a dançar celebrando unicamente o agora, a sobrevivência, a vida resistindo as priores tragédias domésticas.

Ao me aproximar descobri o nome da tela,"Fauno e Bacante", o fluxo do sonho se rompeu, o devaneio se foi. Entendi o quanto minha interpretação diferia radicalmente da intencionalidade do autor da obra. Ainda assim, para mim, Léon Pallière pintou: "Adão, Eva e Sete em algum lugar festejando a vida que continua mesmo depois das mais dolorosas tragédias domésticas" e eu até me vejo lá, dançando com eles.

3 comentários:

  1. que passeio lindo. faz anos que não vou ao rj agora tão judiado e em crises monumentais. bejios, pedrita

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  2. Olá, Pandora.
    Quanto tempo que não venho aqui hehe. Acho que tudo é uma questão de interpretação hehe. Acho que nunca pensei nessa questão da esperança mesmo depois de tantas tragédias eles tinham motivo para comemorar.

    Prefácio

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  3. Olá, Pandora.

    Acho que tudo acaba tendo uma interpretação diferente dependendo do Ângulo. Até o que escrevemos pode ser visto como algo totalmente diferente do pensamento que tinhamos ao escrever, e mesmo assim, ainda ser uma verdade.

    Feliz Ano Novo!!

    Abraços.

    R.W.

    newsfallenbooks.com

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