Em Sakura Card Captors, conhecemos Sakura Kinomoto, uma menina de dez anos que ao libertar por acidente um conjunto de cartas mágicas chamadas Cartas Clow, recebe do guardião das cartas, Kerberos, uma criatura pequena parecida com um bicho de pelúcia, a missão de capturar todas as cartas que estão perdidas, transformando-se assim em uma Card Captors.
A genialidade das mangakás da CLAMP está no fato de que além da sugestão yaoi que Touya Kinomoto, irmão de Sakura, e o melhor amigo dele Yukito Tsukishiro tem uma relação amorosa, todas as crianças de Sakura Card Captors estão apaixonadas platônicamente umas pelas outras, independente do sexo biológico de cada uma.
Como são crianças que ainda não estão na pré-adolescência, a sexualidade delas ainda é latente, ou seja, que ainda não se manifestou por completo e portanto o amor que elas sentem entre si, é puro e casto.
Sakura tem uma paixão por Yukito, mas Sakura também ama Tomoyo Daidouji, a melhor amiga dela, e também ama Syaoran Li, um menino que é um Card Captors rival de Sakura no início. E por sua vez Tomoyo também ama Sakura e Syaoran além de amar Sakura, também tem uma paixão por Yukito.
E é esse sentimento amoroso e puro que faz com que todos os personagens de Sakura Card Captors se arrisquem uns pelos outros e também se doem incondicionalmente. O leitor ao ver todo esse amor e amizade sem limites, se identifica totalmente com a obra e ao mesmo tempo deseja que esse tipo de relação também possa existir na vida real. Obra máxima da CLAMP, Sakura Card Captors é inspiração de amor e amizade para todos aqueles que lêem a sua estória.
O filósofo grego Platão, em sua teoria platônica da alma, afirma em seu diálogo "O Banquete": Amar alguém ou alguma coisa é amar sua alma e não o envoltório grosseiro e mortal que é o seu corpo. A alma ama as formas ou ideias. Ela deseja a formosura. Ama a perfeição.
Com esta citação do filósofo grego Platão, termino este breve ensaio em que procurei definir as idéias e os conceitos que se encontram nos mangás criados por Ageha Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi, o grupo CLAMP. Após venderem mais de 100 milhões de volumes de seus mangás e serem aclamadas por todo o público e por toda crítica, os mangás da CLAMP podem ser considerados obras de arte, porque mantêm constância em seus temas e mostram evolução em seus trabalhos, tendo atingido assim o conceito do que é clássico, ou seja: obras que inspiram e educam toda a humanidade.
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E o ciclo de postagens especiais falando sobre a CLAPMP vai chegando ao fim.
Espero que as pessoas que andam acessando os textos estejam satisfeitas com o conteúdo que tem encontrado, eu ao menos estou.