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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Top 10: Melhores Livros de 2014 [Segundo Semestre]

Quem propõe esse Top 10 é o Luciano do .Livro, ele tem colocado só a imagem dos 10 melhores com link indicando as resenhas (confira aqui). Como não sou disciplinada a ponto de resenhar os melhores livros decidi colocar minha lista e falar sobre cada livro seguindo mais ou menos a ordem de leitura, como fiz no primeiro semestre.


Divertido e viciante tem uma das melhores protagonistas já inventadas, a Alexia consegue ser divertida, autônoma, inteligente e empoderada. O passado pela Gail para Londres tem direito a lobisomens, vampiros, fantasmas, pessoas sem alma, cientistas, diversidade sexual, intriga, diversão e muito chá. Li rapidamente o vol. 1, peguei o 2 via kobo e estou aguardando ansiosamente o vol. 3.






Quando eu vi a série "Os Hathaways" de cara não me interessei muito não violão. Mas, a Michele, minha alma gêmea me enviou "Desejo à meia-noite" pelos correios e bem... Simplesmente me apaixonei pela Lisa Klaypas. Romances de época não tem (como uma dissertação, tese ou texto acadêmico) um compromisso com a a historiografia do período no qual se passam, as autoras não tem nenhum compromisso com o possível, então vale deixar os conhecimentos acadêmicos de lado e se jogar. Eu me joguei muitooooooo na Inglaterra da Lisa, amei seus personagens. Me identifiquei muito com a Amélia, irmã mais velha dos Hathaways e amei o cigano Cam.

Cam é cigano, não é branco e nem cristão. Não tem vergonha de suas origens, das tradições de seu povo ou de ir atrás daquilo que deseja. Ele e a Amelia resolvem seus conflitos também na conversa. É um romance século XIX com cara de século XXI, mas quem se importa?



Eu não poderia simplesmente deixar "As aventuras de Sindbad, o terrestre" fora dessa lista. Simplesmente não se ler um texto escrito a mais de mil anos atrás todos os dias e quando se faz isso é preciso comemorar. O mundo árabe que emerge da escrita dess@ escrit@ anônim@ é recheado de cenas urbanas, com uma enorme diversidade étnica e cheio de mulheres empoderadas: rainhas (por direito hereditário e não por serem casadas com reis), mães sábias, guerreiras, esposas capazes de abandonar o marido quando se sentem enganadas. É lindo! E reforça meu amor sempre crescente pelo mundo árabe \o/


Como já tinha dito antes, "Claros sinais de loucura" tem uma pegada de literatura infantil terna, delicada, sensível. A protagonista é a Sarah Nelson, uma menina de 12 anos com um passado delicado. Ela escreve diários, gosta de ler, de procurar o significado das palavras no dicionário e ocasionalmente criar seus próprios significados para as palavras, enquanto procura em si mesma sinais de loucura.

Me identifiquei muito com ela, aos 12 anos também procurava em mim sinais de loucura. Hoje procuro sinais de sanidade, continuo escrevendo diários, gostando de ler, de procurar palavras no dicionário e criar meus próprios sentidos para elas. Uma lágrima, um sorriso e uma flor para esse livro perfeito.

"Fahrenheit 451" foi um livro sobre o qual muito ouvi falar antes de ler e acabei lendo para o Desafio Calendário Literária, ainda não falei sobre ele, mas pretendo fazer em um post decente. O livro é uma distopia, mas também tem uma pegada existencialista fortíssima. Ray Bradbury é reflexivo e consciente da realidade na qual vive, percebe o mundo a sua volta, se questiona e na duvida projeta um futuro...

Grande parte do futuro projetado por Bradbury tem se tornado real e as vezes parece um pesadelo. Muitas vezes acordo e penso está em uma distopia... lendo Bradbury eu quase tenho certeza... Companheiros a vida é assustadora, mas livros como Fahrenheit a medida que nos tornam conscientes do caos existencial também nos oferecem um núcleo de esperança... É estranho, sensível e quente por dentro, como um coração de um gatinho que bate em nosso colo noite a dentro.

"Dias da Meia Noite" de Neil Gaiman


Como já disse outras cem mil vezes, para mim Neil Gaiman não é apenas um dos meus autores preferidos, ele é um amigo. Um amigo com o qual posso sentar no meu canto favorito do sofá, agarrada com minha cuia de chimarrão para conversar longamente sobre histórias. "Dias da Meia Noite" é uma coletânea de histórias contadas pelo jovem Gaiman através da linguagem dos HQs, nele encontramos personagens lindos em situações nas quais é impossível não ama-los.

É muito bom está com o Gaiman, não tem como não colocar esse entre o meu top 10.




"O gato do rabino, vol. 1: Bar Mitzvah" e "O gato do rabino, vol. 2: o Malka dos Leões" de Joann Sfar


Joann Sfar é simplesmente GÊNIAL. Achei esses dois volumes no meio de uma pilha de livros a dez reais na última FLIPORTO, já tinha detonado meu bônus de R$ 150,00 Dilmas, mas não resisti a ele. Não me arrependo, aliás me arrependo sim, de não ter trazido mais deles para presentear, tenho uma lista de pessoas que iam gostar muito desse gato falante.

Ele tem o habito de observar os costumes e as formas como as pessoas se relacionam com o sagrado e relacionam o sagrado com sua vida e é capaz de nos emocionar e fazer ri quando verbaliza sobre o produto de suas observações. O judaísmo e o dialogo entre judeus e muçulmanos emerge do texto com uma grande sensibilidade, com humanidade.

"Sandman: Os Caçadores de Sonhos" de Neil Gaiman e Yoshitaka Amano


Esse livro é uma obra de arte! O dialogo entre Gaiman e Yoshitaka Amano é perfeito, um completa o outro contando uma história dramática, porém sem drama ou exageros e quando você termina simplesmente respira fundo e quase sente  uma lágrima solitária cair... Não tem um artigo ou preposição a mais no texto do Gaiman, não tem um traço a menos na arte de Yoshitaka Amano. Simplesmente uma obra de arte.

"Astronauta: Magnetar", vol. 1 Graphic MSP de Danilo Beyruth


A história do Astronauta, primeiro personagem de Mauricio de Souza foi a primeira a ser reescrita no projeto totalmente bem sucedido "Gaphic MSP". Danilo Beyruth através desse personagem uma história de amadurecimento, encontro com a humildade e reencontro com as raízes linda. Danilo brilhou, dominando o gênero ficção cientifica com maestria. Já estou me coçando para ter o volume 2 em mãos!

Por fim, a série "Guerreiras Mágicas de Rayearth Edição Especial da CLAMP". Eu li esses mangás na adolescência e acompanhei o anime episódio a episódio mais de uma vez. A leitura só me trouxe boas recordações, uma sensação de acolhimento e a alegria de ter em mãos o trabalho de pessoas tão competentes como as meninas da CLAMP. Não existe um caminho através do qual eu não ame essas guerreiras e não valorize as lições de força, coragem, amizade e afeto que aprendi com elas. Foi um lindo reencontro, ter esse manga em minha estante é a realização de um sonho!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pequenos registros a respeito de dezembro de 2013.

Muita coisa ocorreu em Dezembro e eu creio que até 2013 acabar muitas coisas mais podem ocorrer e eu preciso anotar ao menos meia duzia delas por aqui... 

Para começar a Cristiane Castro, uma professora de português que conheci no curto período no qual trabalhei na Escola Municipal Nilo Pereira me convidou para palestrar na Primeira Feira Literária da Escola Nadir Colaço cujo tema foi "A literatura e os direitos humanos: (re)leituras de Solano Trindade".

Eu topei de cara, sou fã de Solano Trindade, de sua história, de sua poesia e muito especialmente de sua postura politica na denuncia e enfrentamento dos terríveis problemas sociais do Brasil. Ele é um poeta que cantou a fome, a desigualdade, o racismo, a censura e o desejo de liberdade, igualdade, fraternidade... Enfim, da para ver que eu padeço de um amor incondicional pelo poeta néh?!?!

A experiencia de palestrar em uma escola municipal com uma pessoa como Inaldete Pinheiro (acadêmica, escritora, militante negra e ex-dirigente do Instituto Solano Trindade) em uma escola publica de uma periferia da minha cidade não tem dinheiro no mundo que pague. Eu fui no céu e voltei com presentes do tipo livros e canecas, além do certificado.


Esse foi o acontecimento mais impactante do mês lindamente... Graças a pessoas como Solano e Inaldete hoje eu posso apresentar as minhas crianças livros nos quais uma diversidade enorme de tipos de seres humanos aparecem, nos quais a África emerge como um continente plural e diversificado e nos quais elas podem se identificar e identificar sua família. Eu nunca na minha infância li um livro no qual eu vice uma menina com um pai negro como o meu e na minha escola se dizia que beje é cor de pele coisa que não aconteceu com minhas crianças.

Livros meus e do acervo da Creche na qual trabalho

Mas, não é a única coisa que quero registrar. Hoje, o ano letivo finalmente acabou para mim oficialmente com crianças, por algum motivo infame, indigno e medíocre ainda terei que dar o ar da graça na creche nos dias 23, 26 e 27 de dezembro sem crianças.

Tradicional Foto de Fim de Ano!

Porém preciso registrar mais uma vez o fato de meu projeto particular de trabalhar a leitura com as crianças ter dado muito certo mesmo. Para o sucesso desse projeto foi fundamental ter apresentado a eles realmente livros de todos os tipos, tamanhos, formas e conteúdo. Do melancólico "A flor do lado de lá" ao hilário "Sou a maior coisa que há no mar", de livros enormes como "O que cabe num livro" ao pequeninho "O gatinho e a borboleta"... Da Eva Funari ao Caulos.


O povo ta certo, não existe pessoa/criança que não gosta de ler. Existe pessoa/criança que ainda não foi devidamente apresentada ao livro certo. Há, antes que eu me esqueça, sempre falo dos meninos, mas preciso registrar o fato desse ano ter sido o ano de libertar os cachinhos das meninas... Honestamente eu não sou fã de menina com cabelo solto na creche/escola [piolho], mas as vezes é bom dar esse gosto a elas. #FicouALição




E falando em meninas, finalmente eu concluir a leitura de todos os mangás de Sakura Card Captors, os quais me foram presenteados pelo querido Alexandre no último BookcrossingBlogueiro, aproveite para tirar ela do boxe improvisado feito pelo Alexandre e coloquei na estante com a Sakura para os proteger de pessoas curiosas. Mas, confesso que agradeceria aos céus se um dia eu pudesse vim a oferecer a coleção a uma de minhas sobrinhas do coração em especial... #Sonhos


Ler qualquer coisa da CLAMP sempre me convida ao riso e ao sonho. Sakura é um mangá muito doce e bonito. Eu me apaixonei novamente pelo Yukito e fui conquistada novamente pelo Syaoran Li. E o Toya, irmão mais velho da Sakura, é muito parecido com meu irmão, já começa o dia provocando e irritando.

"Ah, já acordou monstrenga!"

No mais, aproveitei o embalo e embarque na leitura de X-1999. A CLAMP realmente é um grupo de mangakas com o qual eu tenho uma empatia fenomenal.


Nesse mangar o meu preferido continua sendo o Arashi, tenho vontade de colocar ele em um potinho, mas confesso que alguém devia inventar um Sorata Arisugawa para mim.


Enfim, a parte todos os registros, eu deixo para todos vocês queridos e queridas companheiros e companheiras de virtualidade um grande cheiro, um abraço e o meu desejo de Feliz Natal!!! Que os sinos toquem anunciando boas novas e os anjos digam amém!!! Quero voltar a escrever antes do Ano Novo, nem que seja para desejar "Feliz Ano Novo!".

Feliz Natal!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Bruxas... Bruxas... Bruxas... [Top 5 Bruxas e Feiticeiras]

"Sua mãe lera para ela, quando era pequena, e depois ela leu para si. E todas as histórias tinham, em alguma parte, a bruxa. A velha bruxa malvada.
Tiffany pensara: Onde estão as provas?
As histórias nunca dizem por que eram malvadas. Bastava ser mulher, velha, totalmente sozinha e com aparência estranha, já que faltavam dentes. Era o que bastava para ser chamada de bruxa.
Pensando assim, o livro nunca dava provas de nada. Ele falava sobre "um belo príncipe"... Era belo mesmo ou só porque era príncipe as pessoas o chamavam de belo? E a "menina que era tão bela quanto o amanhecer"... Bom, que amanhecer? No solstício do inverno, quase não havia luz ao amanhecer! As histórias não queriam que você pensasse, só queriam que acreditasse no que contavam...
De qualquer modo, preferia as bruxas aos príncipes belos e convencidos, e especialmente às princesas burras e de sorrisos falsos, que tinham menos inteligencia que um besouro." [PRATCHETT, Terry. Pequenos homens livres: uma história do disco. São Paulo: Conrad, 2010. pg. 30.]
Só pela citação já da para perceber o quanto sou simpática e o porquê sou simpática as bruxas da ficção néh!?!? Talvez pelo fato do dia das bruxas está chegando, talvez pelo fato de adorar relembrar a adolescência a Mi do Notas de Rodapé resolveu fazer um Top 5 Bruxas e Feiticeiras e eu estou indo na onda.


5. Morgana do Castelo Rá Tim Bum: fez parte da minha infância, sempre vinha com informações divertidas é quase uma inspiração de Tia para mim que sou cheia de sobrinho graças a Deus! E ainda tem o bônus de ter tido um namorico com o Leonardo da Vinci!


4. Luna Lovegood, amiga do bruxinho Harry Potter sempre teve algo que me encantou. Certa tenacidade misturada com uma leve loucura... A Luma é inteligencia temperada com imensa capacidade de voo e abstração. Não sente estranhamento diante de situações estranhas e por isso é estranha... Enfim, eu a amo, acho que ela também tem um ar de geminiana em sagitário, mas a Aleska é mais indicada para dar o diagnostico.


3. A Morgana das Fadas do "As Brumas de Avalon" da Marion Zaimmer Bradley, não é simpática ou bonita, em suas analises ao menos não, mas conduzida por suas memórias dos tempos do Rei Arthur, suas conquistas e derivativos eu aprendi muito e refleti muito sobre minha posição no mundo como mulher e cristã. Eu amei, odiei e voltei a amar a Morgana da Marion, ela quase faz parte de mim, como só os bons personagens conseguem.


2. Yuko, a Feiticeira Dimensional do mangá e anime X-Hollic da CLAMP, uma mistura de mistério, sarcasmo, bom humor e sabe Deus o que mais. Ela tem uma loja na qual pessoas podem encontrar ajuda para realizar qualquer desejo. Bem, qualquer desejo com a condição de esterem dispostas a pagar o preço, pois no Universo além de não existir acaso nada é de graça, tudo tem um preço.


1.  Esme Cera do Tempo ou Vovó Cera do Tempo, da Série Discworld do Terry Pratchett, nada do que eu possa falar da Vovó faria jus a ela. Uma mulher sem meias palavras, dura, sincera, meio solitária, mas... sei lá... Ela é especialista em "cabeçologia", detesta usar a magia, tem a melhor "primeira visão" de todos os tempos, entende de histórias e domina como ninguém a arte de ter "o pensamento melhor".

Ainda sobre a Vovó, deixo essas palavrinhas do Terry, as quais me fazem querer na próxima vida vim parecida com ela:

"E assim porque as pessoas são dominadas pela Dúvida. Esse é o motor que as impulsiona ao longo da vida. É o elástico na hélice do aviãozinho de plástico da sua alma, e passam o tempo enrolando-o até dar um nó. As primeiras horas da manhã são o pior momento — aquele breve momento em que você sente medo de ter vagueado para longe durante a noite e alguma outra coisa tenha se alojado em seu corpo. Isso nunca acontecia com Vovó Cera do Tempo. Ela passava direto do sono profundo para o funcionamento instantâneo a seis cilindros. Nunca precisava se achar porque sempre sabia quem estava procurando."

"Ela odiava todas as coisas que predestinassem as pessoas, que as fizessem de bobas, que as tornassem pouco menos que humanas." [Terry Pratchet]
Eu não sou tão boa quanto a Mi em fazer listinhas praticas e rápidas, mas fiz a minha. Isso não é tag, meme ou blogagem coletiva, mas se alguém quiser fazer seu "Top 5 Bruxas e Feiticeiras" faz e deixa o link, eu vou adorar conferir.



quinta-feira, 7 de março de 2013

Especial CLAMP 4: Sakura Card Captors

Em Sakura Card Captors, conhecemos Sakura Kinomoto, uma menina de dez anos que ao libertar por acidente um conjunto de cartas mágicas chamadas Cartas Clow, recebe do guardião das cartas, Kerberos, uma criatura pequena parecida com um bicho de pelúcia, a missão de capturar todas as cartas que estão perdidas, transformando-se assim em uma Card Captors.

A genialidade das mangakás da CLAMP está no fato de que além da sugestão yaoi que Touya Kinomoto, irmão de Sakura, e o melhor amigo dele Yukito Tsukishiro tem uma relação amorosa, todas as crianças de Sakura Card Captors estão apaixonadas platônicamente umas pelas outras, independente do sexo biológico de cada uma.

Como são crianças que ainda não estão na pré-adolescência, a sexualidade delas ainda é latente, ou seja, que ainda não se manifestou por completo e portanto o amor que elas sentem entre si, é puro e casto.

Sakura tem uma paixão por Yukito, mas Sakura também ama Tomoyo Daidouji, a melhor amiga dela, e também ama Syaoran Li, um menino que é um Card Captors rival de Sakura no início. E por sua vez Tomoyo também ama Sakura e Syaoran além de amar Sakura, também tem uma paixão por Yukito.

E é esse sentimento amoroso e puro que faz com que todos os personagens de Sakura Card Captors se arrisquem uns pelos outros e também se doem incondicionalmente. O leitor ao ver todo esse amor e amizade sem limites, se identifica totalmente com a obra e ao mesmo tempo deseja que esse tipo de relação também possa existir na vida real. Obra máxima da CLAMP, Sakura Card Captors é inspiração de amor e amizade para todos aqueles que lêem a sua estória.

O filósofo grego Platão, em sua teoria platônica da alma, afirma em seu diálogo "O Banquete": Amar alguém ou alguma coisa é amar sua alma e não o envoltório grosseiro e mortal que é o seu corpo. A alma ama as formas ou ideias. Ela deseja a formosura. Ama a perfeição.

Com esta citação do filósofo grego Platão, termino este breve ensaio em que procurei definir as idéias e os conceitos que se encontram nos mangás criados por Ageha Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi, o grupo CLAMP. Após venderem mais de 100 milhões de volumes de seus mangás e serem aclamadas por todo o público e por toda crítica, os mangás da CLAMP podem ser considerados obras de arte, porque mantêm constância em seus temas e mostram evolução em seus trabalhos, tendo atingido assim o conceito do que é clássico, ou seja: obras que inspiram e educam toda a humanidade.

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E o ciclo de postagens especiais falando sobre a CLAPMP vai chegando ao fim.
E eu vou agradecendo a página Japanholic's Hyperdimension por ceder os textos para a publicação aqui no blog. Foi um prazer para mim.
Espero  que as pessoas que andam acessando os textos estejam satisfeitas com o conteúdo que tem encontrado, eu ao menos estou.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Blogagem Coletiva: Herói ou heroína da infância


Me pareceu adequado comemorar de alguma forma o aniversário do blog com uma blogagem coletiva o que não me parece adequado é na multiplicidade de personagens povoadores de minha imaginação infantil escolher apenas um para fazer parte desse texto.

Embora tenha dito a quem me perguntou que sim, podem acrescentar mais de um herói ou heroína a seu texto, me alto impus a tarefa de falar apenas de um único personagem ou uma única personagem.

E acabei optando pela Lucy ou Hikaru Shidou, personagem de Guerreiras Mágicas de Rayearth, anime produzido pela CLAMP e exibido no Brasil nas manhãs do SBT no tempo que a Eliana ainda era apresentadora infantil. Lembro que a principio assistia esse anime enquanto esperava mainha voltar da escola de Rafaela e os horários oscilavam tanto e demorou tanto repetindo que chegou um tempo no qual eu passei a levar Rafa na escola e assistia quando voltava.

A experiencia de acompanhar a história das três meninas convocadas da Terra para o mundo magico de Cephiro pela princesa Esmeralda foi tão intensa que influenciou de forma significativa a forma como construir minha subjetividade e forma de ver e encarar o mundo. Para mim era fabuloso acompanhar um desenho animado capaz de discuti de forma tão direta amor, liberdade, amizade, fidelidade e responsabilidade.

No meio de tudo Lucy acabou se tornando a personagem principal do anime, mas minha identificação com ela advém do fato dela ser a menor das guerreiras, gostar de usar o cabelo transado (amigas da vida concreta eis o motivo da minha eterna trança), ter um forte senso de responsabilidade, ser uma fofa e claro o Lantis, meu amor de adolescência!

Assistir Guerreiras Mágicas era um momento agradável no meio do tumulto que era minha vida naquela época... Eu não conto porque contar é viver 2 vezes e eu não estou afim de reviver esses momentos em uma época festiva, mas é bom em horas de crise ter como referencia um personagem que enfrenta e vence desafios... Naquela época almejava conseguir superar os desafios como fez Lucy.

Até hoje sou fã, se reeditarem o mangá lidamente comprarei, sempre que vou ao sebo vejo se encontro algo das garotas para comprar e quando a Ana voltar da Alemanha farei uma encomenda de um belo caderno com "As Guerreiras Mágicas" para me alto-presentear.


E antes que me esqueça (até parece que eu esqueceria de dizer isso), obrigada a todos e todas que prestigiam esse espaço! De muitas formas esses espaço também é de vocês!

A quem aprecia a arte de comentar fiquem sabendo que cada comentário é um presente e uma honra, vocês são meus companheiros de virtualidade e espero que esse companheirismo dure!

Aos que gostam de ler e não comentam por apreciarem as virtudes do silêncio, espero que se sintam acolhidos por aqui. Agradeço pela credibilidade de suas visitas, quando se sentirem confortáveis estarei aqui para ouvir vocês!

"Ah, para adicionar o link da postagem clique no "Add Your Link" aqui em baixo e cole o link da postagem na URL, o nome do seu blog em nome e o seu e-mail, que não vai aparecer e clique em submit link"


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Especial CLAMP 3: RG Veda e Chobits!

RG Veda foi o primeiro mangá oficial criado pela CLAMP. Com elementos da mitologia védica, como o título RG Veda, que é uma referência ao Rigveda, o mais antigo dos quatro manuscritos religiosos Hindu, os Vedas. RG Veda conta a estória do príncipe Ashura, que como castigo por seu pai, Ashura-ô, ter tentado desafiar o destino, Ashura nasce sem gênero sexual, para que não possa continuar a linhagem real do Ashuras. Ashura já foi representado em ilustrações do mangá como uma dupla formada por um homem e uma mulher e ambos os pronomes de gênero masculino e feminino podem ser usados para se referir a ele.

Aqui vemos então pela primeira vez um dos temas de maior valor para a CLAMP: A não necessidade de definição ou importância do gênero sexual de um personagem para que ele venha a amar e se apaixonar, o que podemos ver claramente na paixão de Ashura por Yasha-ô. E como no final de X/1999, Ashura se sacrifica, durante a luta final, ao ver que iria "ferir" o seu amor Yasha-ô, mostrando assim um dos temas mais relevantes para a CLAMP, o dos amores impossíveis e das paixões trágicas.

Chobits conta a história de Hideki Motosuwa, um estudante que um dia encontrou uma robô no lixo, e decidiu então leva-la para casa. Conhecidos como persocoms, abreviação de personal computer, esses robôs pequenos ou com formas e dimensões humanas, podem ser programados para acessar a internet ou realizar tarefas domésticas, sendo considerados por esse motivo robôs de estimação.

Quando Hideki finalmente liga a sua persocom, a única palavra que ele escuta é ela falando "Chii". Hideki então decide batizar a robô com o nome de Chii. Chobits passa a narrar então a busca de Chii para desenvolver sua própria personalidade e encontrar o seu lugar no mundo.

Desde o começo o leitor percebe que Hideki e Chii estão destinados a se apaixonarem perdidamente. A grande questão em Chobits é que sendo uma robô, Chii nunca poderá ter uma relação com Hideki que não seja uma relação platônica.

E mais uma vez temos aqui um dos temas mais importantes para a CLAMP, o dos amores platônicos e das paixões impossíveis. E compreendemos então que para as mangakás da CLAMP, não importa a forma física do ser amado, e sim o valor e a intensidade da relação amorosa.


Continua...
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P.S.: Essa postagem faz parte, como o titulo anuncia do Especial Clamp feito a partir de uma postagem do Sidney no página do Japanholic's Hyperdimension, se você quiser entender melhor essa história basta consultar as outras postagem do especial... 



Engraçado... esses textos não foram campeões de comentários, mas são campeões de visualizações... Incrível como a CLAMP tem fãs!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Especial CLAMP 2: Tokyo Babylon e as paixões impossíveis...

Tokyo Babylon conta a relação de amor e amizade de Subaru Sumeragi com sua irmã Hokuto Sumeragi e com seu amigo Seishirou Sakurazuka. Subaru, o principal herdeiro de uma família de exorcistas, é um jovem com ideais de justiça e solidariedade. Ele vive em uma Tóquio decadente de valores morais, onde as pessoas não conseguem mais comunicar os seus sentimentos, como se vivessem em uma torre de babel. Explicando assim a menção a cidade da babilônia do título.

Em relação a personalidade de Subaru, ele é doce, atencioso e preocupado com todas as pessoas a sua volta, mas não da maneira que um rapaz normalmente seria. Subaru possui na verdade sentimentos e atitudes que só uma mulher poderia ter. Subaru possui uma verdadeira alma feminina.

Vemos aqui então a principal explicação do que é o yaoi. Ao criarem o gênero yaoi, as mulheres mangakás procuraram utilizar casais masculinos apenas como uma forma estilística. Em uma relação yaoi, o primeiro elemento do casal é sempre doce, tímido e com uma alma feminina e o segundo elemento é sempre um homem que poderia estar normalmente em uma relação "homem e mulher". Ao se identificar com as tramas amorosas do gênero yaoi, o público feminino passa a se reconhecer de verdade nos casais do yaoi.

A irmã de Subaru, Hokuto, incentiva a união de Subaru e Seishirou como um casal. E após Subaru ser salvo várias vezes por Seishirou, ele finalmente compreende que está apaixonado por Seishirou. Tokyo Babylon termina com a irmã de Subaru, Hokuto, sendo assassinada por Seishirou, ao oferecer a vida dela para proteger o irmão. Essa tragédia marca a separação do casal Subaru e Seishirou, mostrando assim um dos temas que é mais importante para a CLAMP, o das paixões e amores impossíveis.


Subaru e Seishirou voltam a se reencontrar alguns anos depois, em um outro trabalho da CLAMP, o mangá X/1999. Dessa vez em lados opostos, Subaru e Seishirou travam uma batalha de vida ou morte, em um relacionamento cheio de amor e ódio.


X/1999 termina com a luta final de Subaru e Seishirou, em que Seishirou escolhe conscientemente a morte ao aceitar os efeitos da última magia da irmã de Subaru, Hokuto. Em seus últimos instantes de vida, Hokuto desejou que seu irmão Subaru, não morresse da mesma maneira que ela morreu.


Ao dar o seu último suspiro nos braços de Subaru, Seishirou sussurra para Subaru algumas palavras das quais só podemos entender: "Subaru-kun, eu... você...". Ao escutar as últimas palavras de Seishirou, Subaru entra em profunda agonia e desespero. Ao nos emocionarmos com essa cena, passamos a ter certeza de que as últimas palavras de Seishirou para Subaru foram: "Subaru-kun, eu amo você...". Mostrando assim um outro tema que é muito importante para a CLAMP, o dos amores e paixões que terminam em tragédia.

Vemos aqui todo o talento das mangakás da CLAMP em emocionar o leitor através de estórias tristes e sentimentais.

Sidney, Ja
Continua...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Especial CLAMP 1: Quem são elas!

Durante o período Heian, de 794 a 1185, o budismo, o taoismo e outras influências chinesas atingiram o seu ponto máximo na cultura japonesa. Apenas os homens aprendiam o chinês, língua então considerada superior. Coube então as mulheres da época criarem um novo estilo de literatura e poesia em língua japonesa.

Durante os anos 1970, mangakás mulheres criaram um novo estilo de mangá chamado yaoi, como uma forma de protesto a visão machista contida nos mangás da época, permitindo assim que elas pudessem expressar livremente suas idéias.

O yaoi é um gênero de mangá em que as relações amorosas entre dois homens é sempre o foco principal da estória. Um fato notável é que a maior parte do público consumidor do gênero yaoi são as mulheres.

O objetivo deste breve ensaio é falar sobre a grandeza e importância da CLAMP, mas porque então começar explicando o que é o yaoi? É porque para entender todo o sentido da obra da CLAMP, é preciso entender muito bem o conceito do que é o yaoi.

A CLAMP é um grupo de mangakás formado por quatro mulheres: Ageha Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi. Quando eram ainda estudantes, elas produziram os seus primeiros doujinshis, mangás não oficiais com paródias de personagens famosos, e a maior parte desse material era do gênero yaoi.


Neste ensaio analisarei as obras mais importantes da CLAMP, para assim poder explicar as idéias e os conceitos que se encontram nos mangás criados pela CLAMP.


Continua..
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E assim começa a sequencia de postagens especiais sobre a Clamp, espero as pessoas gostem!

E sim, tem gente que se surpreende porque apesar da minha orientação religiosa eu não sofro de preconceito crônico em relação a homoafetividade. Gente, eu cresci assistindo a CLAMP, ou aprendia a respeitar os sentimentos alheios ou aprendia néh?!?!

Não tinha como eu me tornar uma pessoa homofóbica!!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Direto dos animes...


"Há pecados que nunca podem ser perdoados, mas ninguém nunca pôde ser proibido de amar alguém!"

Outra tradução possivel:

"Talvez existam crimes que não podem ser expiados... Mas não existem pessoas que não tenham o direito de amar."
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O último anime que assisti foi X-1999 que conta a história de 12 jovens que se vem envolvidos em uma trama que caminha para o fim do mundo... Todos tem um destino selado e um desejo no coração, então a história do anime gira em torno de lutar contra o Destino para transformar os desejos em realidade.


Essa frase que abre o post, e é o post a rigor, foi dita nesse anime, a rigor eu sou cristã, então creio que quase todos os pecados são perdoados quando há arrependimento. Mas, ainda assim, gostei dessa frase e do contexto em que foi dita.

Amor e Perdão são coisas que enchem meus pensamentos, mesmo sendo cristã, e acreditando no perdão, como não sou Deus, existem coisas em mim que tenho dificuldade de perdoar... e coisas nos outros também, mesmo desejando...

Bem, de toda forma, realmente, ninguém nuca pôde, pode ou poderá impedir que o amor ocorra... Se fosse possível controlar o coração ia ser tão bom...

E sim, meu personagem favorito nesse anime é Kishuu Arashi:


Gosto dela por ser uma guerreira poderosa,  uma personagem sóbria, pela história, pelo desejo que ela alimenta e claro, por causa de Arisugawa Sorata, fofo, sonho de consumo de qualquer chata profissional como eu.