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quinta-feira, 7 de março de 2013

Especial CLAMP 4: Sakura Card Captors

Em Sakura Card Captors, conhecemos Sakura Kinomoto, uma menina de dez anos que ao libertar por acidente um conjunto de cartas mágicas chamadas Cartas Clow, recebe do guardião das cartas, Kerberos, uma criatura pequena parecida com um bicho de pelúcia, a missão de capturar todas as cartas que estão perdidas, transformando-se assim em uma Card Captors.

A genialidade das mangakás da CLAMP está no fato de que além da sugestão yaoi que Touya Kinomoto, irmão de Sakura, e o melhor amigo dele Yukito Tsukishiro tem uma relação amorosa, todas as crianças de Sakura Card Captors estão apaixonadas platônicamente umas pelas outras, independente do sexo biológico de cada uma.

Como são crianças que ainda não estão na pré-adolescência, a sexualidade delas ainda é latente, ou seja, que ainda não se manifestou por completo e portanto o amor que elas sentem entre si, é puro e casto.

Sakura tem uma paixão por Yukito, mas Sakura também ama Tomoyo Daidouji, a melhor amiga dela, e também ama Syaoran Li, um menino que é um Card Captors rival de Sakura no início. E por sua vez Tomoyo também ama Sakura e Syaoran além de amar Sakura, também tem uma paixão por Yukito.

E é esse sentimento amoroso e puro que faz com que todos os personagens de Sakura Card Captors se arrisquem uns pelos outros e também se doem incondicionalmente. O leitor ao ver todo esse amor e amizade sem limites, se identifica totalmente com a obra e ao mesmo tempo deseja que esse tipo de relação também possa existir na vida real. Obra máxima da CLAMP, Sakura Card Captors é inspiração de amor e amizade para todos aqueles que lêem a sua estória.

O filósofo grego Platão, em sua teoria platônica da alma, afirma em seu diálogo "O Banquete": Amar alguém ou alguma coisa é amar sua alma e não o envoltório grosseiro e mortal que é o seu corpo. A alma ama as formas ou ideias. Ela deseja a formosura. Ama a perfeição.

Com esta citação do filósofo grego Platão, termino este breve ensaio em que procurei definir as idéias e os conceitos que se encontram nos mangás criados por Ageha Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi, o grupo CLAMP. Após venderem mais de 100 milhões de volumes de seus mangás e serem aclamadas por todo o público e por toda crítica, os mangás da CLAMP podem ser considerados obras de arte, porque mantêm constância em seus temas e mostram evolução em seus trabalhos, tendo atingido assim o conceito do que é clássico, ou seja: obras que inspiram e educam toda a humanidade.

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E o ciclo de postagens especiais falando sobre a CLAPMP vai chegando ao fim.
E eu vou agradecendo a página Japanholic's Hyperdimension por ceder os textos para a publicação aqui no blog. Foi um prazer para mim.
Espero  que as pessoas que andam acessando os textos estejam satisfeitas com o conteúdo que tem encontrado, eu ao menos estou.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Especial CLAMP 3: RG Veda e Chobits!

RG Veda foi o primeiro mangá oficial criado pela CLAMP. Com elementos da mitologia védica, como o título RG Veda, que é uma referência ao Rigveda, o mais antigo dos quatro manuscritos religiosos Hindu, os Vedas. RG Veda conta a estória do príncipe Ashura, que como castigo por seu pai, Ashura-ô, ter tentado desafiar o destino, Ashura nasce sem gênero sexual, para que não possa continuar a linhagem real do Ashuras. Ashura já foi representado em ilustrações do mangá como uma dupla formada por um homem e uma mulher e ambos os pronomes de gênero masculino e feminino podem ser usados para se referir a ele.

Aqui vemos então pela primeira vez um dos temas de maior valor para a CLAMP: A não necessidade de definição ou importância do gênero sexual de um personagem para que ele venha a amar e se apaixonar, o que podemos ver claramente na paixão de Ashura por Yasha-ô. E como no final de X/1999, Ashura se sacrifica, durante a luta final, ao ver que iria "ferir" o seu amor Yasha-ô, mostrando assim um dos temas mais relevantes para a CLAMP, o dos amores impossíveis e das paixões trágicas.

Chobits conta a história de Hideki Motosuwa, um estudante que um dia encontrou uma robô no lixo, e decidiu então leva-la para casa. Conhecidos como persocoms, abreviação de personal computer, esses robôs pequenos ou com formas e dimensões humanas, podem ser programados para acessar a internet ou realizar tarefas domésticas, sendo considerados por esse motivo robôs de estimação.

Quando Hideki finalmente liga a sua persocom, a única palavra que ele escuta é ela falando "Chii". Hideki então decide batizar a robô com o nome de Chii. Chobits passa a narrar então a busca de Chii para desenvolver sua própria personalidade e encontrar o seu lugar no mundo.

Desde o começo o leitor percebe que Hideki e Chii estão destinados a se apaixonarem perdidamente. A grande questão em Chobits é que sendo uma robô, Chii nunca poderá ter uma relação com Hideki que não seja uma relação platônica.

E mais uma vez temos aqui um dos temas mais importantes para a CLAMP, o dos amores platônicos e das paixões impossíveis. E compreendemos então que para as mangakás da CLAMP, não importa a forma física do ser amado, e sim o valor e a intensidade da relação amorosa.


Continua...
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P.S.: Essa postagem faz parte, como o titulo anuncia do Especial Clamp feito a partir de uma postagem do Sidney no página do Japanholic's Hyperdimension, se você quiser entender melhor essa história basta consultar as outras postagem do especial... 



Engraçado... esses textos não foram campeões de comentários, mas são campeões de visualizações... Incrível como a CLAMP tem fãs!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Especial CLAMP 2: Tokyo Babylon e as paixões impossíveis...

Tokyo Babylon conta a relação de amor e amizade de Subaru Sumeragi com sua irmã Hokuto Sumeragi e com seu amigo Seishirou Sakurazuka. Subaru, o principal herdeiro de uma família de exorcistas, é um jovem com ideais de justiça e solidariedade. Ele vive em uma Tóquio decadente de valores morais, onde as pessoas não conseguem mais comunicar os seus sentimentos, como se vivessem em uma torre de babel. Explicando assim a menção a cidade da babilônia do título.

Em relação a personalidade de Subaru, ele é doce, atencioso e preocupado com todas as pessoas a sua volta, mas não da maneira que um rapaz normalmente seria. Subaru possui na verdade sentimentos e atitudes que só uma mulher poderia ter. Subaru possui uma verdadeira alma feminina.

Vemos aqui então a principal explicação do que é o yaoi. Ao criarem o gênero yaoi, as mulheres mangakás procuraram utilizar casais masculinos apenas como uma forma estilística. Em uma relação yaoi, o primeiro elemento do casal é sempre doce, tímido e com uma alma feminina e o segundo elemento é sempre um homem que poderia estar normalmente em uma relação "homem e mulher". Ao se identificar com as tramas amorosas do gênero yaoi, o público feminino passa a se reconhecer de verdade nos casais do yaoi.

A irmã de Subaru, Hokuto, incentiva a união de Subaru e Seishirou como um casal. E após Subaru ser salvo várias vezes por Seishirou, ele finalmente compreende que está apaixonado por Seishirou. Tokyo Babylon termina com a irmã de Subaru, Hokuto, sendo assassinada por Seishirou, ao oferecer a vida dela para proteger o irmão. Essa tragédia marca a separação do casal Subaru e Seishirou, mostrando assim um dos temas que é mais importante para a CLAMP, o das paixões e amores impossíveis.


Subaru e Seishirou voltam a se reencontrar alguns anos depois, em um outro trabalho da CLAMP, o mangá X/1999. Dessa vez em lados opostos, Subaru e Seishirou travam uma batalha de vida ou morte, em um relacionamento cheio de amor e ódio.


X/1999 termina com a luta final de Subaru e Seishirou, em que Seishirou escolhe conscientemente a morte ao aceitar os efeitos da última magia da irmã de Subaru, Hokuto. Em seus últimos instantes de vida, Hokuto desejou que seu irmão Subaru, não morresse da mesma maneira que ela morreu.


Ao dar o seu último suspiro nos braços de Subaru, Seishirou sussurra para Subaru algumas palavras das quais só podemos entender: "Subaru-kun, eu... você...". Ao escutar as últimas palavras de Seishirou, Subaru entra em profunda agonia e desespero. Ao nos emocionarmos com essa cena, passamos a ter certeza de que as últimas palavras de Seishirou para Subaru foram: "Subaru-kun, eu amo você...". Mostrando assim um outro tema que é muito importante para a CLAMP, o dos amores e paixões que terminam em tragédia.

Vemos aqui todo o talento das mangakás da CLAMP em emocionar o leitor através de estórias tristes e sentimentais.

Sidney, Ja
Continua...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Especial CLAMP 1: Quem são elas!

Durante o período Heian, de 794 a 1185, o budismo, o taoismo e outras influências chinesas atingiram o seu ponto máximo na cultura japonesa. Apenas os homens aprendiam o chinês, língua então considerada superior. Coube então as mulheres da época criarem um novo estilo de literatura e poesia em língua japonesa.

Durante os anos 1970, mangakás mulheres criaram um novo estilo de mangá chamado yaoi, como uma forma de protesto a visão machista contida nos mangás da época, permitindo assim que elas pudessem expressar livremente suas idéias.

O yaoi é um gênero de mangá em que as relações amorosas entre dois homens é sempre o foco principal da estória. Um fato notável é que a maior parte do público consumidor do gênero yaoi são as mulheres.

O objetivo deste breve ensaio é falar sobre a grandeza e importância da CLAMP, mas porque então começar explicando o que é o yaoi? É porque para entender todo o sentido da obra da CLAMP, é preciso entender muito bem o conceito do que é o yaoi.

A CLAMP é um grupo de mangakás formado por quatro mulheres: Ageha Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi. Quando eram ainda estudantes, elas produziram os seus primeiros doujinshis, mangás não oficiais com paródias de personagens famosos, e a maior parte desse material era do gênero yaoi.


Neste ensaio analisarei as obras mais importantes da CLAMP, para assim poder explicar as idéias e os conceitos que se encontram nos mangás criados pela CLAMP.


Continua..
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E assim começa a sequencia de postagens especiais sobre a Clamp, espero as pessoas gostem!

E sim, tem gente que se surpreende porque apesar da minha orientação religiosa eu não sofro de preconceito crônico em relação a homoafetividade. Gente, eu cresci assistindo a CLAMP, ou aprendia a respeitar os sentimentos alheios ou aprendia néh?!?!

Não tinha como eu me tornar uma pessoa homofóbica!!!

sábado, 24 de novembro de 2012

E nós vamos falar de animes...

Pois é... meu deuzo quando começo o post com "pois é" senta que pode vim leseira rsrs  acho que quem chega aqui de cara já sente a força de minha paixão por animes, mas quem fica sabe que dentre as muitas coisas sobre as quais gosto de falar animes as vezes não é bem o ponto de destaque...

Faz tanto tempo que eu não consigo postar nada sobre o tema que tenho me sentido uma fã de 4745645 categoria! Chega da tristeza de ver, ou melhor de não ver anime ou falar sobre anime, esse blog parece até propaganda enganosa rsrs... #MenosQuaseNada

Mas, navegando pelo famigerado face descobri com a ajuda da Pers do Um pouco de shoujo (para mim apenas Mi, porque eu sou intima) a página do Japanholic's Hyperdimension, um grupo de pessoas que também gostam de animes e mangás e tem essa arte correndo em suas veias.

Eles conduzem as postagens da página com muita seriedade, coerência e dinamismo, porém sem aquele pedantismo infantil de alguns fãs que se acham superiores porque curtem animes enquanto os outros seres humanos do mundo curtem outras coisas.

Japanholic's Hyperdimension
Não, eles não me pagaram para eu falar bem deles.
Não[2], eu também não sou adepta de divulgação pura e simples.
Sim, estou falando da página porque por esses dias cruzei com uma publicação dela que me chamou a atenção.

A publicação era sobre a CLAMP, um grupo de mangakás que amo, responsável pela criação de trabalhos como Sakura e Guerreiras Mágicas de Rayearth que muita, mas muita gente mesmo conhece e gosta!


Fiquei apaixonada por essa publicação e pedi autorização dos responsáveis para posta-la e talvez explicar um pouco vários dos personagens que se espalham por essa tela e as vezes parecem apenas uma coisa ilustrativa, mas não é.


Então, amigos e amigas, nos próximos dias estaremos falando de anime por essas bandas, não todo dia como foi o Meme Literário de Um Mês, porque cansa a beleza e enfada e talvez não em sequencia, porque também enfada, mas com alguma frequência.

Espero sinceramente que vocês curtam o "Especial CLAMP" de alguma forma, afinal o Sidney do Japanholic's escreveu o texto, que foi divido em 4 partes, com todo carinho do mundo e creio que tudo feito com carinho vale a pena ser apreciado!