sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Das coisas de 2013 e dos desejos para 2014!

Eu mal acredito, mas é fato: 2013 está chegando ao fim! Ele não foi um ano tão difícil quanto 2012, o ano no qual nada aconteceu, mas também não foi ótimo como eu esperava que tivesse sido. Na verdade, coisas ocorreram em 2013, mas eu não ocorri, não aconteci como esperava, não dei um passo a frente, na verdade tenho a impressão que em 2013 dei um passo atrás em minha vida.

É duro admitir isso, mas se não der para admitir esse tipo de coisa em um blog pessoal onde mais vou admitir? Ao menos posso dizer: no próximo ano vou tentar mais e melhor, fazer o possível, me esforçar e tentar acontecer.

No mais, deixando as divagações com tendencia a melancolia extrema [mimimimi] houveram coisas boas em 2013 e é bom lembra-las, sim esse vai ser um post com algumas fotos, porque bem aqui é o meu diário então...

Bem, houve em Janeiro, só para começar, o casamento de Claudineia




Teve o nascimento dos minhas sobrinhas e os chás de bebê (o que significa que 2014 vai ser um ano de muitas festas de 1 ano).

Eu escrevi e defendi uma dissertação.



Colei grau de Mestre em Educação pela UFPE! Bem, não basta um titulo dado por uma federal da vida para ser algo como mestre, minha mãe é muito mais mestre em tudo nessa vida, porém, ainda assim, eu fico feliz por ter realizado esse desejo.


E falando em desejos, também realizei o desejo de conhecer a Mi (Michele Lima) e a Aleska em São Paulo e foi uma das melhores aventuras dessa vida.


E claro, houve um bom desempenho nas atividades pedagógicas na creche, apesar das muitas, muitas, muitas mesmooooooo dificuldades inconfessáveis em uma vitrine como essa. Mas, além do inferno, eu vivi o céu naquela creche esse ano.

Eu e o L.D.

O L. D. é uma criança que conversa... conversa... conversa... conversa muitoooo... mas muito mesmoooooo... Ele costuma dizer que é o Batman, um dia desses ele disse que eu era a Mulher Maravilha "porque a Mulher Maravilha é amiga do Batman tia". Tudo bem que eu preferia ouvir algo como "porque a Mulher Maravilha é bonita tia!", mas o amiga foi infinitamente mais significativo e tem sabor de missão cumprida.

Ah, essa foto foi tirada pelo J. P., ele me atormentou tanto, pediu tanto, me subornou tanto de todas as formas inimagináveis... que eu dei o meu celular para ele brincar... kkk... Olhem só o olhar satisfeito dele...



E claro, houveram os livros. Graças a Deus, que não nos abandona, existem essa coisa maravilhosa chamada literatura. Ela é capaz de enternecer, sacudir, despertar amor, ódio, aflição ou simplesmente me transportar para outro mundo no qual posso organizar ou reoganizar meu mundo caótico.

Segundo o Skoob li 21 livros esse ano, mas como ele excluiu "Passarinha" da Kathryn Erskine, "O momento mágico" do Jeffrey Zaslowda da lista, todos os mangás, HQs e livros infantis, não confio nele. Posso ter lido mais de 21 um livros, certamente li 23.

No entanto, realmente eu não tenho um ritmo desenfreado de leitura tipo 1 livro por semana.



Eu já pensei em fixar metas de leitura ou aderir a desafios literários, mas sempre volto atrás, pois gosto do meu ritmo de leitura meio capenga, lendo milhares de livros ao mesmo tempo, levando um ano para ler um livro e dois dias para ler outros. Olhando para minha lista reduzida de livros lidos percebo que gostei de ler todos eles. E mesmo os que chegaram através de parcerias foram escolhas acertadas.

Se eu fosse destacar 10 entre eles seriam os representados na imagem abaixo:


Como eu passei tantos anos sem conhecer Isaac Asimov? Como a Trudi Canavan conseguiu escrever uma trilogia tão politizada? Como a leitura de "Fale!" e "Passarinha" foram tão capazes de remexer minhas entranhas? Como alguém consegue ser tão hilária quanto a Marian Keys? Como o Hig conseguiu se tornar meu melhor amigo? Como os professores que escrevem os livros didáticos do Brasil igonoram o André Rebouças lindamente? E, por fim, como a Charlote Bronte conseguiu ser uma mulher tão perspicaz sem perder a fé em Deus? #QuestõesExistenciaisProfundas

Ah, quase esqueço, deixo meu obrigada a Irene Moreira da Saleta de Leitura pela parceria, ao Luciano do .Livro pela parceria e pela excelente indicação, e a Michele Lima por ter me indicado e emprestado Melancia.

E por fim 2013 teve um pequeno milagre de Natal... Por um milagre eu ganhei um sorteio lá no blog da Lu Tazinazzo o "Aceita um leite?" e o prêmio chegou bem no dia 24 de Dezembro.


Enfim, que em 2014 Deus me der força para continuar testemunhando a felicidade de minhas amigas, fazer boas viagens, superar meus infernos, viver meu céu e ler meus livros... E desejo o mesmo a todo mundo!

Bons livros, bons filmes, boas festas, muita força para superar as dificuldades e muita luz para vive os momentos bons e faze-los durar uma pequena eternidade. Feliz Ano Novo meus amados e queridos companheiros e companheiras de virtualidade.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pequenos registros a respeito de dezembro de 2013.

Muita coisa ocorreu em Dezembro e eu creio que até 2013 acabar muitas coisas mais podem ocorrer e eu preciso anotar ao menos meia duzia delas por aqui... 

Para começar a Cristiane Castro, uma professora de português que conheci no curto período no qual trabalhei na Escola Municipal Nilo Pereira me convidou para palestrar na Primeira Feira Literária da Escola Nadir Colaço cujo tema foi "A literatura e os direitos humanos: (re)leituras de Solano Trindade".

Eu topei de cara, sou fã de Solano Trindade, de sua história, de sua poesia e muito especialmente de sua postura politica na denuncia e enfrentamento dos terríveis problemas sociais do Brasil. Ele é um poeta que cantou a fome, a desigualdade, o racismo, a censura e o desejo de liberdade, igualdade, fraternidade... Enfim, da para ver que eu padeço de um amor incondicional pelo poeta néh?!?!

A experiencia de palestrar em uma escola municipal com uma pessoa como Inaldete Pinheiro (acadêmica, escritora, militante negra e ex-dirigente do Instituto Solano Trindade) em uma escola publica de uma periferia da minha cidade não tem dinheiro no mundo que pague. Eu fui no céu e voltei com presentes do tipo livros e canecas, além do certificado.


Esse foi o acontecimento mais impactante do mês lindamente... Graças a pessoas como Solano e Inaldete hoje eu posso apresentar as minhas crianças livros nos quais uma diversidade enorme de tipos de seres humanos aparecem, nos quais a África emerge como um continente plural e diversificado e nos quais elas podem se identificar e identificar sua família. Eu nunca na minha infância li um livro no qual eu vice uma menina com um pai negro como o meu e na minha escola se dizia que beje é cor de pele coisa que não aconteceu com minhas crianças.

Livros meus e do acervo da Creche na qual trabalho

Mas, não é a única coisa que quero registrar. Hoje, o ano letivo finalmente acabou para mim oficialmente com crianças, por algum motivo infame, indigno e medíocre ainda terei que dar o ar da graça na creche nos dias 23, 26 e 27 de dezembro sem crianças.

Tradicional Foto de Fim de Ano!

Porém preciso registrar mais uma vez o fato de meu projeto particular de trabalhar a leitura com as crianças ter dado muito certo mesmo. Para o sucesso desse projeto foi fundamental ter apresentado a eles realmente livros de todos os tipos, tamanhos, formas e conteúdo. Do melancólico "A flor do lado de lá" ao hilário "Sou a maior coisa que há no mar", de livros enormes como "O que cabe num livro" ao pequeninho "O gatinho e a borboleta"... Da Eva Funari ao Caulos.


O povo ta certo, não existe pessoa/criança que não gosta de ler. Existe pessoa/criança que ainda não foi devidamente apresentada ao livro certo. Há, antes que eu me esqueça, sempre falo dos meninos, mas preciso registrar o fato desse ano ter sido o ano de libertar os cachinhos das meninas... Honestamente eu não sou fã de menina com cabelo solto na creche/escola [piolho], mas as vezes é bom dar esse gosto a elas. #FicouALição




E falando em meninas, finalmente eu concluir a leitura de todos os mangás de Sakura Card Captors, os quais me foram presenteados pelo querido Alexandre no último BookcrossingBlogueiro, aproveite para tirar ela do boxe improvisado feito pelo Alexandre e coloquei na estante com a Sakura para os proteger de pessoas curiosas. Mas, confesso que agradeceria aos céus se um dia eu pudesse vim a oferecer a coleção a uma de minhas sobrinhas do coração em especial... #Sonhos


Ler qualquer coisa da CLAMP sempre me convida ao riso e ao sonho. Sakura é um mangá muito doce e bonito. Eu me apaixonei novamente pelo Yukito e fui conquistada novamente pelo Syaoran Li. E o Toya, irmão mais velho da Sakura, é muito parecido com meu irmão, já começa o dia provocando e irritando.

"Ah, já acordou monstrenga!"

No mais, aproveitei o embalo e embarque na leitura de X-1999. A CLAMP realmente é um grupo de mangakas com o qual eu tenho uma empatia fenomenal.


Nesse mangar o meu preferido continua sendo o Arashi, tenho vontade de colocar ele em um potinho, mas confesso que alguém devia inventar um Sorata Arisugawa para mim.


Enfim, a parte todos os registros, eu deixo para todos vocês queridos e queridas companheiros e companheiras de virtualidade um grande cheiro, um abraço e o meu desejo de Feliz Natal!!! Que os sinos toquem anunciando boas novas e os anjos digam amém!!! Quero voltar a escrever antes do Ano Novo, nem que seja para desejar "Feliz Ano Novo!".

Feliz Natal!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

"Da minha gratidão a pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela" ou "Sobre o melhor livro infantil de 2013"

Como, acho que todo mundo por aqui sabe, eu sou educadora infantil em uma creche municipal do Recife e literatura infantil é algo que faz  parte da minha rotina.

Durante esse ano investi muitas de minhas fichas em um trabalho pesado e constante com livros infantis de todos os tipos, formas, cores e tamanhos com as "minhas" crionças crianças do Grupo Infantil 3. E quando estava no meio da confecção da minha lista dos melhores livros do ano me deu vontade de registra a minha gratidão ao livro "Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela" do Werner Holzwarth e Wolf Erlbruch.


A principio eu ODIEI a proposta desse livro. Achei nojento, mal pensando, nojento de novo, mil vezes ecaaaaaaaaaaaaa... Eu já falei que acho nojento?!?! Gente, eu trabalhei três anos em um grupo infantil 1, vocês tem noção de quanto cocô já limpei nessa vida???? Eu definitivamente não tenho nojo de cocô de criança ou idoso, na boa eu limpo sem crise e até faço a coisa ficar divertida para a criança.... Mas eu ODEIOOOOOOOOOO falar de cocô!!! Imagina ler sobre cocô?!?!

Enfim... Essa implicância com o livro se perpetuou por muito tempo. Sempre que eu ia na estante selecionar os livros para serem trabalhados no mês eu deixava ele de lado. E foi assim até o dia no qual a implicância foi tão grande que precisei coloca-lo na lista. O resultado não poderia ter sido melhor!

A pequena Toupeira que recebe um belo dia, ao sair debaixo da terra, um cocozinho na cabeça e sai por ai investigando quem foi o autor cativou as crianças e em especial o K., um dos meninos mais dispersos com o qual já trabalhei até hoje.


Ele riu tanto da história, gostou tanto, achou tão legal que sentou no meu colo pela primeira vez para me ouvir contar uma história e teve paciência para ir até o fim. Eu me emociono só de lembrar! Foi um momento lindo. É muito mágico! Quem vive ou viveu momentos assim há de entender!


A partir da toupeira, o K. passou a se interessar vivamente pelos livros. Não só passou a prestar atenção na contação como passou a pedir para que eu lesse, escolher livros da caixa, recontar para os amigos sua história preferida... E isso se refletiu em outros aspectos da convivência, diga-se de passagem. Com a leitura, ele chegou ao ponto de trazer alguns livros que a prefeitura mandou para seus irmãos (e geralmente ficam jogados em qualquer canto da casa e vão para o lixo na faxina de fim de ano) à creche para que eu os lesse para ele.


Enfim, apesar de continuar achando "Da pequena toupeira que..." um livro nojento, ele virou um dos meus livros preferidos.

Para crianças pequenas, que nunca limparam tantos bumbuns como eu, cocô é um assunto para lá de divertido kkkk... e a forma como os autores trataram o assunto no livro foi perfeita. Na hora de contar eu escolhi usar do mesmo tipo de humor que usava com as crianças de um ano, foi assim que descobri que K. gosta de livros bem humorados, o que foi comprovado cientificamente outro dia quando ele disse: "Tia conta uma história engraçada.".

Bem, pode parecer pouco, quase nada, mas sei lá... Mas, eu tenho dado tantas bolas fora nos últimos tempos que essa bola dentro com o K. fez toda a diferença em minha vida... Um capitulo de minha história de educadora para não ser esquecido.

K. em momento super-herói.

sábado, 7 de dezembro de 2013

O primeiro vídeo...

E sim, enfim, depois de muito protelar... protelar e protelar mais um pouquinho... acabei gravando um vídeo para o blog "O que tem na nossa estante". Quase morri de vergonha, não conseguir olhar para a câmera, a imagem ficou muito escura, não fiz nenhuma edição...

Mas foi...

E, como é de praxe, coisas que faço pela primeira vez ou me causam algum impacto eu gosto de deixar registradas por aqui.



Livros citados:

"Um estudo em vermelho" de Arthur Conan Doyle
"Crepúsculo" de Stephenie Meyer
"Na companhia das estrelas" de Peter Heller
"O livro das coisas perdidas" de John Connolly
"A menina que roubava livros" de Markus Zusak
"Passarinha" de Kathryn Eykine
"Larousse das civilizações antigas", edição de Catherine Salles
"Os livros da magia" de Neil Gaiman
"Imagens da Ciência: o acervo do Museu de Astronomia e Ciências Afins"
"O casamento da princesa" Celso Sisto e Ilustrações de Simone Matias

Cheros a todos e todas, Pandora.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sobre A Boneca...

Da minha infância não sobrou nem mesmo uma boneca para ficar de lembrança.

Os motivos são vários: 

1. Eu não era uma criança cuidadosa ou atenta, então quebrava, perdia e sofria pequenos furtos por parte de outras crianças e adultos também;
2. Tenho uma irmão mais novo assassino de bonecas, munido com um especial sexto sentido para descobri qual eu amava mais e torturar elas até a morte prematura, dolorosa e traumatizante;
3. Tenho uma irmã sete anos mais jovem que herdou por força de seu gênio as bichinhas sobreviventes;
4. Por fim, meu pai teve uma época na qual deixava o cachorro maltratar meus brinquedos quando estava embriagado, ele tinha uma implicância especialmente irritante por tudo o que era presente de um dos meus tios.

Enfim, de uns tempos para cá passei a sentir falta de ter uma boneca e entrei em uma busca por uma boneca de pano para me fazer companhia. Devo ter comentado algo sobre isso com a Aleska quando estivermos em São Paulo ou em alguma das nossas conversas sem fim via celular ou face e ela me matou e me ressuscitou de alegria ao me enviar direto do Rio de Janeiro uma linda boneca negra como o ébano, de vestido vermelho como a gota do meu sangue e lacinhos e babados brancos como a mais pura neve.


Ainda estou encantada com ela que a partir de hoje mora comigo no meu quarto, dorme comigo na minha cama e é minha filhinha fofa. O nome dela é Abena em homenagem a Princesa Abena do livro "O casamento da princesa" escrito por Celso Sisto e ilustrado por Simone Matias.


Claro que eu não poderia deixar de registrar esse episódio nesse blog logo em um fim de noite de domingo, afinal agora toda segunda-feira eu vou poder imitar o rabugento do Garfield.


Obrigada Aleska por tudo e também por isso!!!