terça-feira, 29 de junho de 2010

O que você faria se por um dia você fosse do sexo oposto?

Vida extressante, tempo difícil! Andando por ai vi essa gracinha de proposta, olhei para ela, ela olhou para mim em resposta, deu vontade de participar. Vamos nós a blogagem coletiva proposta pelo Espaço Aberto!


O que você faria se, por um dia, se tornasse alguém do sexo oposto?

Essa idéia sempre passou por minha cabeça, até porque tenho um irmão ao lado do qual cresci e vivenciei as mais situações afetivas e sociais, no frigir dos ovos sou muito ligada a meu irmão, ele é meu parceiro digimon, como diz minha irmã, o que significa que onze em cada dez palavras que trocamos em publico é um xingamento e que brigamos como dois inimigos constantemente.

Enfim, se fosse para ser do sexo oposto eu queria ser meu irmão, dã... e faria por um dia tudo o que ele faz, ou seja, dormir até depois das 11 da manhã, iria ficar largada no sofá tanto tempo quanto pudesse antes e depois do trabalho, esperaria mainha fazer meu jantar, não ia ajudar a fazer nenhum serviço doméstico, seria mal humorada e ranzinza até dizer basta, não ia lavar a droga do banheiro, iria tomar banho sem levar a bendita toalha, descobriria enfim o que diabos tem em cima do armário, afinal eu teria 1 metro e oitenta de altura disponíveis, alias ia sentir o que é ver todo mundo por cima, ah, iria também aproveitar para sentir novamente o que é não está constantemente com dor no ombro e na coluna, iria apreciar não ter um cabeço tão grande, fazer chichi em pé \o/... E sim, iria passar todo o meu tempo disponível jogando Mu e Sun e lostwar e lineage até dizer basta, todos os meus personagens ficariam ful... ia dar todos os PKs do multiverso... 

Sei que existe milhares de outras possibilidades de experiências que só nos seria possivel viver se fossemos homens, mas acho que a vivencia que me interessaria era a da vida de meu nobre e querido irmão!

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Ah, outro dia eu disse isso a ele, dizendo que achava a vida dele ótima, claro que ele me lembrou que a vida dos homens não é tão boa assim, que se eu fosse ele teria que enfrentar as cobranças do meu pai, o trabalho dele, as dores dele, as angustias dele, seus medos e traumas e todos os tantos desafios da vida masculina, do que é "ser homem". Ele me explicou que ser homem tanto quanto ser mulher não é fácil, que minha visão sobre o dia dele é limitada... Enfim... a conversa rendeu bastante e enveredou por um rumo nada convencional como sempre, porém, no fundo, eu ainda acho que a vida dos homens é melhor que a das mulheres e que meu irmão tem mais folga que eu.  É curioso como o peso dos outros sempre nos parece leve de ser carregado!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Antes de indicar qualquer caminho...


É revoltante que um homem indique mal a estrada a um viajante que desconhece o caminho a seguir, e o abandone em seguida, sozinho no engano. Mas não será mais revoltante ainda levar alguém a perder-se em si próprio? O viajante tem, apesar de tudo o consolo da paisagem, cuja aparência se vai invariavelmente modificando aos seus olhos, e o fato de que em cada uma dessas modificações pode encontrar uma saída; mas aquele que se perde em si próprio não tem um tão amplo terreno por onde guiar os seus passos; brevemente se dá conta de estar fechado num circulo de onde lhe é impossível fugir.

(Søren Aabye Kierkegaard, Diario de um sedutor)

Seguem os trabalhos com a EBF

E seguem os trabalhos com a EBF, sempre com alguma dificuldade, sempre surgindo soluções, uma coisa sei o que tem que ser feito vai ser feito, não posso dizer que estou satisfeita com o que já foi feito, não, não estou, falta muito ainda, mas vamos indo... o caminho é longo, o tempo é curto, só que somos todos caminhantes persistentes, estamos prontos para chegar a linha de chegada.

Alguns dos cartazes a serem utilizados na decoração!

Faixas decorativas para o cantinho onde as histórias serão contadas!

Os barcos que serão usados para contar a história de Jonas, o profeta que foi parar dentro de um peixe, nunca vi elemento tão anacrônico em uma história!
 
Bagunça arretada na minha cama!

domingo, 27 de junho de 2010

Seis passos para um Best Seller

Tem coisa que a gente encontra na net que são realmente impagáveis... que recompensam todas as bobices que a gente encontra, não que eu não goste de bobices ou leseiras, eu gosto de bobices, leseiras e best seller, sou uma leitora cativa de Danille Steel e ela convive harmoniosamente com Gil Vicente e Millan Kundera em minha biblioteca .

Colocar ela entre os dois é totalmente proposital, é a minha irônia pessoal,  tem gente que diz que é heresia,  bem, podia ser pior, eu podia colocar Janet Dailey entre os dois. Ah, muito em breve trarei para a casa os quatro exemplares da Série de Stefany Mayer, que segundo alguns amigos eu só li e gostei por implicância, o que é uma infâmia contra meu gosto literário e minha capacidade de ser implicante... acho que vou colocar Mayer junto com Kierkegaard, será que ele vai gostar da companhia?

Mas, não é porque eu gosto de cultura de massa que eu vou deixar de concordar com o que li nesse texto, que posto aqui na integra, afinal eu concordo com a maioria das ideias nele expressas e já morri de tecer as mesmas criticas sobre Dan Brow e Paulo Coelho, talvez eu tenha gostado do texto apenas pq ele diz as mesmas coisas que eu sobre Brow e Paulo Coelho, enfim é tão triste constatar que nossas idéias não são originais.

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Escreva um best seller em seis passos
Quer ver seu livro nas listas de mais vendidos? A gente ensina a receita

1>>>PEGUE UM HERÓI
Desde a Grécia Antiga , os leitores precisam de um mocinho por quem torcer. Além de algum dom especial (como superpoderes, força ou inteligência), o herói precisa ser corajoso e incorruptível. É necessário que ele enfrente dificuldades terríveis antes de sair vitorioso.
Exemplo: Harry Potter.

2>>>SALPIQUE MUITOS "FATOS"
Para que o público não sinta que está perdendo tempo em ler algo sem novidades, use linguagem clara e apresente dados. Se o romance for policial, conte em detalhes como é feita a perícia, as novas técnicas laboratoriais, o perfil psicológico do criminoso.
Exemplo: Código Da Vinci traz dados (não necessariamente verdadeiros) sobre religião.

3>>>TEMPERE COM "ENSINAMENTOS"
O público quer ter a sensação de que aprendeu algo importante e que se tornou uma pessoa melhor. Para cumprir essa tarefa, o texto precisa de doutrinas, sejam elas políticas, religiosas ou místicas. Mas nada de ser radical, vá com a maioria: o leitor não quer ser desafiado.
Exemplo: O Caçador de Pipas faz críticas ao mundo árabe e à desigualdade social.

4>>>NÃO INVENTE
Esqueça firulas e novidades. O leitor de best seller quer conteúdo interessante, e não forma rebuscada de escrita. Procure estilos literários já consagrados, escreva com palavras simples e em um texto bem direto, que flua sem que o leitor precise parar para pensar.
Exemplo: Crepúsculo tem texto de poucas palavras e é bem fácil de digerir.

5>>>BATA NO LIQUIDIFICADOR
A maioria dos livros de sucesso é um samba do crioulo doido. Misturam conceitos, religiões, filosofias e mitologias. Desse jeito, ao mesmo tempo em que revisita conceitos conhecidos, o leitor tem a impressão de que está aprendendo coisas novas.
Exemplo: os livros de Paulo Coelho misturam tudo quanto é tipo de filosofia e religião.

6>>>RETIRE DO FORNO
Como o público decide qual livro comprar? Lendo resenhas na imprensa, consultando a lista dos mais vendidos ou as indicações das próprias livrarias. Para fazer seu livro ter destaque em alguns desses lugares, é preciso investir em propaganda e divulgação.
Exemplo: no caso de "grifes" como Dan Brown, a campanha começa meses antes do lançamento.

FONTES: livro "Bestseller: Secrets of Successful Writing", de Celia Brayfield; Eloésio Paulo, professor de literatura da Universidade Federal de Alfenas e autor do livro "Os Dez Pecados de Paulo Coelho"; Muniz Sodré, presidente da Fundação Biblioteca Nacional e professor da Escola de Comunicação da UFRJ
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sábado, 26 de junho de 2010

Escola Biblica de Férias: Confecção de Material didático

Sim, eu não aguento mais... Estou exausta de remar nesse barco... cansadaaa... muito cansada... Deus sabe que amo meu trabalho com esses pequenos... mas... Sem mas nem meio mas, estou cansada  só que não vou desistir disso...  Vou seguir fazendo o possível, o impossível deixo para Deus!!!

E como já percebi que vale a pena fazer, vou deixando algumas fotos dos preparativos em forma de registro desse momento, fotos que registram passos da confecção de materiais didático que serão usado durante a contação de história da EBF (Escola Bíblica de Férias), que é um evento que acontece durante as férias de Julho e Janeiro nas Igrejas Protestantes.
Esse ano a EBF na minha Igreja vai durar 4 dias, sendo que durante três dias sempre terão que ocorrer contação de história, brincadeiras e atividades, entre outras coisas... A história do primeiro dia é sobre a Pesca Maravilhosa descrita em Lucas 5.1-11, para a história ser contada montamos um tipo de pequeno lago e os peixes e animais aquático em geral, depois vamos fazer um pescaria com as crianças, onde cada peixinho vai ter uma perguntinha básica da aula.

Confeccionar esse material foi um processo, deu um trabalho... não ficou lindoooooo, mas até que o resultado  ficou passavel...

Abaixo as imagens:
1º. O modulo dos animais aquáticos;
2º. Módulos já desenhados prontos para serem recortados;
3º. A caixa sendo empapelada com jornal e cola, para ganhar mais resistência e ficar mais própria a ser pintada e os bichinhos ainda sem carinhas e sem serem recortados;
4º. A caixa e os animais juntos e a bagunça rolando solta no pedaço;
5º e 6º. As caixas prontas.




sexta-feira, 25 de junho de 2010

16a. EDIÇÃO _ "SONHO, BOLA E FUTEBOL"

Foto retirada do site Olhares
- a marca d'água (assinatura) não poderá ser retirada da mesma! -


Ver uma criança com uma bola sempre me faz sonhar, me faz sonhar com um mundo melhor, um mundo onde crianças podem ser crianças, onde elas podem crescer felizes, passar uma tarde na praia, não pensar em trabalho, em sofrimento, em família destruída, em escola sem professor, em incertezas para o futuro, em falta de comida, em falta de amor, em falta de fé, em falta.... falta de tanta coisa...

Existem tantas crianças que não vivem como crianças, que não sonham como crianças, que não têm direito a bola, ao sonho de ser jogador da seleção brasileira e ir a copa, ao sorriso da vitória, ao aprendizado da derrota... Vivem uma infância que é uma negação da própria infância, onde o Estatuto da Criança e do Adolescente é um livrinho ilegível, desconhecido, onde pai e mãe são figuras estranhas, violentas, ausentes, onde a casa não é um lar, onde a escola não é um lugar de descobertas e aprendizado... Onde tudo o que conhecemos como infância não é absolutamente nada e constatar isso é sempre um choque... uma dor... um medo de que o tal de "futuro melhor" seja apenas um mito contado e recontado sem sentido algum.

Mas, quando vejo uma criança com uma bola na mão vivendo o momento da brincadeira ou olhando o por do Sol, quem sabe sonhando em ser um novo Pelé, parece que toda essa realidade tem uma possibilidade de ser diferente, parece que o fogo ainda está queimando  e aceso, parece que aos 45 do segundo tempo de um jogo perdido o juiz anuncia os 5 minutos de acréscimo e nesse acréscimo o gooooollll da vitória sai e então a taça do mundo é nossa e sonhos se tornam realidade...

Acho que ver uma criança com uma bola me faz criança de novo sonhando em ter um futuro melhor...
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Participação do projeto Mil Palavras!
 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

São João... Tradições familiares... Lembranças de viagem...

Bem, ontem foi dia 23 de Junho e bem, quem mora, já morou ou passou por algum estado do Nordeste sabe que aqui o bicho pega, a fogueira é acesa, o milho assa e a canjica ferve no fogão de lenha ou de gás, tanto faz. Aqui o dia 23 é aguardado com ansiedade, é um dia especial.

Apesar de ser protestante e de não festejar a festa no arrastá pé ou na quadrilha minha família não escapa de certas tradições que são passadas, repassadas e preservadas com carinho como por exemplo a canjica de milho (para quem não sabe canjica é um tipo de papa feita de milho que é ralado e peneirado ficando só o caldo, ao caldo a gente junta leite de coco, açúcar, manteiga e muita força para mexer bastante com uma mega colher de pal). Aqui em casa a canjica faz com que a gente se una: eu, mainha, Júnior, Rafa e quem aparecer na hora, esse ano até um primo da gente ajudou, afinal ralar o milho e mexer a papa dá trabalho e requer força pq nós fazemos um caldeirão mesmo!

A canjica daqui de casa não é servida assim não tá, é no prato mesmo ou na travessa, mas é parecida com essa, é fininha, tem uma que ficam mais grossas

É bonito, eu gosto desse clima de preparar comida junto, passar a vida a limpo, nos uni e é a marca do São João e depois vem o comer todo mundo aquela comida que foi feita um pouco por cada um, é uma tradição que foi inventada (como todas as tradições são) por nossa família e vem durando.

Ah, e tem o fato curioso, eu ajudo no processo, gosto de participar dele, mas sinceramente, fala sério, eu sou alérgica a milho e asmática, então não como comida de milho e nem curto muito a fogueira, nem mesmo posso colocar meus não tão lindos pés fora de casa uma vez que a fumaça rola solta... kkkk...

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Ah, outro ponto desse São João, um não tão bom, na verdade o que me angustiou e tem me angustiado, é  a catástrofe desencadeada pela chuva no interior de Pernambuco e Alagoas, fiquei e estou ainda bastante preocupada, comovida, vendo como posso ajudar... Ano passado visitei União dos Palmares,  onde fica a Serra da Barriga, o lugar onde ficava o Quilombo dos Palmares e que ainda abriga uma comunidade quilombola, outro dia falo sobre isso tudo e vou até colocar algumas fotos.

Mas, vendo as reportagens reconheci alguns lugares e estão destruídos... Fico pensando em pessoas que conheci por lá, especialmente uma senhora que me contou sua história triste, tinha perdido um filho seis meses antes, encontrei com ela no domingo de manhã, o marido tinha ido no cemitério levar flores para o túmulo do rapaz que tinha acabado de passar na seleção de mestrado na UFPA, ela me contou a história inteira do sucesso dele, de como ele estava caminhando bem, a despedida dele, o acidente, os dias que se seguiram e como estava sendo difícil viver sem ele. A dor da perda, a saudade da separação, a incompreensão do porque de tudo isso!

Um encontro, uma história, um abraço e um chero cheios de lagrimas e dor. Foi um abraço forte o dela e um chero de mãe desfilhada ficou comigo... fico pensando o que houve entre nós para que ela desaguasse nos meus ouvidos a história toda... E agora cada vez que vejo alguma notícia fico pensando nessa senhora , se  ela está bem, se nenhum de seus outros filhos se machucou ou algo do gênero, como está sendo o São João dela??? E pensando nela, penso também em  todas as outras pessoas que estão vivendo essa situação difícil... aiaiai...

É curioso como enquanto uns estão bem outros estão tão... enfim... pensei a mesma coisa quando fui conhecer a Serra da Barriga, estava super feliz em ir conhecer o Quilombo e tudo o mais e de repente dei de cara com uma pessoa super arrasada. Hoje minha família está super bem, comendo a canjica aproveitando a preguiça do feriado, eu também estou ok e bem...

A vida não é fácil para ninguém mesmoooo....
 



Luz e Escuridão, isso não é uma mensagem otimista :-)


"A luz acha que viaja mais rápido que tudo, mas está errada. Não importa quão rápido a luz viaje descobre que a escuridão sempre chega antes e está a sua espera."

Terry Pratchett

Mais uma esperiência fotografica: paisagens urbanas...

É sério isso! Estou ficando com mania de fotografar! E tenho a impressão que não sou boa nisso, mas tenho consciência de que a fotografia é uma produção carregada de intencionalidade, ela é um discurso sobre algo. Fala, não mais que mil palavras, como reza a lenda, mas fala algo que que o autor quer que fale e algo que ele também não quer.


  Casa Amarela, Recife-PE_2010/06

Ah, claro, como todo discurso quem o ler, ler a partir de seus referenciais, o que pode causar um problema entre o que o autor quer falar e o que o ouvinte escuta, o que talvez não venha ao caso. Ah [2], sei que toda legenda direciona o olhar, então vou legendar minha foto e falar um pouco da minha história com ela. 

Esse mês tem sido especialmente trabalhoso para mim, estou tendo que cruzar a cidade para realizar um trabalho, e quando falo cruzar não estou brincando e os dois ônibus fazem uma volta terrível que alonga ainda mais o percurso.

Resultado: tenho que madrugar todas as manhãs para ser pontual, o que não é nada de outro mundo uma vez que bilhões de pessoas fazem isso todas as manhãs indo em direção a jornadas de trabalho infinitamente mais duras que a minha, mas me rendeu uma visão interessante sobre a cidade em que vivo e seus corredores de prédios.

Nessas minhas idas e vindas tenho observado em uma das paradas de ônibus o quanto os prédios vem avançando por toda parte, em nossa volta se ergue uma verdadeira selva de pedra, a sensação é claustrofóbica!

Como eu me sinto pequena e insignificante diante desses monstros de concreto armado! Parecem avançar sobre todos nós, verdadeiras pedras evoluídas, crescendo e crescendo... ocupando cada pequeno espaço disponível.

Não quero dizer que isso é ruim ou que isso é bom, só quero dizer que isso existe, que eu me sinto sufocada entre esses montes de concreto armado é como se eles avançassem sobre mim e, sim, a imagem é um registro de um bairro do Recife, o bairro de Casa Amarela, uma foto de uma paisagem que não se encontra em guias turísticos, ela testemunha como Casa Amarela é hoje e como se movimenta as seis e meia da manhã de um dia de semana e como vem se transformando ao longo desse inicio do século XXI.




sexta-feira, 18 de junho de 2010

O primeiro selinho a gente nunca esquecer!!!!

Aaaaah... Parece mentira, mas sim, eu ganhei um selo... eeeeeeeeeee \o/ Festaaaaaa... Claro que só podia ser da Elaine, uma amiga que conheci no mundo concreto e foi parar no mundo virtual e que vem sendo constante nesses tempos...

Enfim, vamos ao selinho \o/


O selo vem com as regrinhas básicas: relembrar três fatos ou coisas da infância e indicar 10 blogs fofos... a segunda opção é mais difícil pq minha rede não é a coisa mais ampla que existe na blogosfera, mas vamos que vamos.

Relembrando a Infância:

1°) A primeira coisa de que lembro quando penso em infância é da chegada dos meus dois irmãos, na minha vida: Rafael Júnior chegou quando eu tinha dois anos e pra lá de meio, lembro pouco do dia em que encontrei ele, só lembro de está deitada no chão verde da sala olhando o céu, uma coisa que aliás eu fazia sempre, e alguém dizer que mainha tava voltando da maternidade, corri para ver ela e dei de cara com voinha segundo um pacote que ela disse: "É seu irmão, dá um beijo nele!"; e Rafaela, que chegou quando eu tinha seis anos, , tinha consciência de tudo o que acontecia, muito diferente do caso de Júnior que para minha imaginação infantil surgiu do nada, Rafa eu desejava, sonhava, queria ve-la de toda forma, quando ela chegou em casa lembro de fica olhando aquele bebê muito branco, grande e careca dormindo serenamente na cama de mainha. De alguma forma ainda vejo Júnior como aquele pacote saído do nada e Rafa como aquele bebê brancoso e careca deitado na cama tranquilo e sereno.

2°) A segunda coisa que marcou minha infância que eu lembro com saudades é de quando minha tia Neide a tarde me dava o meu lanche favorito que consistia em uma maçã que ela dividia em duas bandas e me dava raspada com uma daquelas colherzinhas de mexer café, eu sempre tive muita dificuldade para comer e tia Neide sempre soube todas as manhas para me fazer comer, quando ela foi cuidar da própria vida minha mãe sofreu um bocado para lidar com toda a quantidade enorme de dengo que tia Neide me deu.

3°) A terceira coisa que marcou minha infância foi os momentos em que mainha me contava alguma história para que eu pudesse dormir, ela sempre contava a história de Chapeuzinho Vermelho, eu sabia de cor a história que mainha contava... mas não pense que era a versão clássica, era uma versão diferente, mas tarde eu descobrir que ninguém nunca contou história nenhuma para mainha, ela simplesmente inventou uma história da Chapeuzinho Vermelho e me contava, era sempre a mesma pq ela disse que não conseguia pensar outra, esses momentos foram marcantes pq eram momentos meus com mainha, momentos um tanto raros.

Os blogs, alguns desses blogs eu visito a anos, é assustador perceber que faz mais de ano que tenho um blog, outros eu vejo a pouco tempo, mas todos são fofos em sentidos diferentes, mas não conseguir chegar ao top 10, foi mal, mas amei ganhar o selinho...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mulher Barriguda, Solano Trindade!!!

Mulher barriguda
Solano Trindade
(musicado por João Ricardo dos Secos e Molhados)

Mulher barriguda
Que vai ter menino
Qual é o destino
Que ele vai ter
Que será ele
Quando crescer...
Haverá ‘inda guerra?
Tomara que não
Mulher barriguda
Tomara que não...


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Eu não estava afim de comentar esse poema de Solano que os Secos e Molhados transformaram em musica, mas, sempre tem um mas, acabo que preciso comentar, o sentido de se escrever um diário é que se comente o que se sente...

Hoje vi algumas mulheres barrigudas, gravidas, nada de mais uma vez que o mundo é cheio dela, o diferencial é que essas mulheres que vi hoje e vejo cotidianamente são mulheres que vivem em uma situação de pobreza estrema, no limite da miséria e cujos filhos na maioria das vezes não vivem apenas sobrevivem, e quem trabalha em escola pública, hospital publico ou lugares periféricos nas grandes cidades sabe exatamente do que estou falando... Quem ver a miséria pelo noticiário da TV ou nos sinais de transito  e derivativo não sabe, apenas suspeita...

Enquanto estava dando uns cheiros em uma das crianças próxima a porta de saída (um momento até agradável, estava rindo com ele), sem querer pousei olhar em uma "mulher barriguda", um olhar de poucos segundos e me ocorreu qual seria o destino daquela criança. Tive vontade de perguntar: "Mulher barriguda qual é o destino que ele vai ter?", ela passou eu apertei o abraço no pequeno ele se irritou eu coloquei no chão... olhei as crianças cujos pais ainda não haviam vindo buscar, pensei sobre o destino delas também... pensei tanta coisa... que só posso repetir as palavras de Solano e dizer a cada um de meus pensamentos: "Tomara que não!".


Tem Gente com fome, Solano Trindade!

TEM GENTE COM FOME
Solano Trindade

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Piiiiii
Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dzier
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
Mas o freio de ar
todo autoritário
mando o trem calar
Psiuuuuuuuuuuuu


terça-feira, 15 de junho de 2010

Ridiculas cartas de amor...

O dia dos namorados é uma data sem significado para mim, minha língua é tão afiada que grande parte dos rapazes namoráveis que me conhece na duvida preferem ficar só na amizade e eu nunca escrevi uma carta de amor, embora deva admitir que já recebi algumas, por incrivel que isso possa parecer!!!

Sim, minha vida  afetiva é um caus, eu adoro resmungar e sim já tive meus namogados, namorados. A experiência do namoro não foi tãoooo frustrante assim, eu é que tenho um gosto abusivo para um resmungo, além de uma estética que não ajuda, embora minhas amigas digam que eu exagero na baixa alto-estima também, mas elas são minhas amigas, a opinião delas não conta rsrsr... E realmente, hoje eu estou de muito bom humor... espero que isso dure por mais algum tempo, Deus sabe que eu vou precisar de humor nos próximos dias.

Enfim, ainda não chegou na minha vida o tempo de escrever as ditas, nas palavras de Fernando Pessoa, "ridículas cartas de amor", lembro dos versos de Fernando Pessoa:

"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas."

Mas, a parte a questão de serem "ridículas" todos queremos ter a dádiva de um dia poder escrever uma carta de amor, a dádiva de ter a quem dedicar uma carta de amor, uma carta linda, suave, emocionada, que fale de nossos sentimentos com intensidade, verdade e toda suavidade do mundo. Esse sonho acompanha homens e mulheres, senão desde que a escrita foi inventada, ao menos desde que ela passou a ser usada pelos poetas românticos no século XIX.

De toda forma, o sonho do amor romântico, meu orgulho e minha língua afiada são parte do meu karma particular, gostaria que uma coisa  não excluísse a outra, mas venho percebendo que isso é difícil... são  coisas aparentemente incompatíveis, aparentemente apenas, pq eu ainda não desisti de viver um grande amor... Ora... ora... sou uma gordinha romântica!!!

Mas, todo esse  blá... blá... blá... sobre cartas de amor, que já ficou maior do que eu esperava, foi motivado apenas por uma coisita que encontrei no blog da Vanessa, o Fio de Ariadne, vi a blogagem coletiva:



 ... pensei com meus botões: "Pq não?" Atualmente ainda não encontrei a droga da outra metade da laranja, mas sei que um dia, cedo ou tarde, encontrarei essa pessoa que vai achar todas as ironias engraçadas, o meu orgulho fofinho e vai me ajudar a realizar o sonho do amor romântico (tá, eu sei que coelho da Páscoa não existe e Papai Noel também não, mas... por hora ainda quero sonhar rsrsrs!!!), para essa pessoa perdida  entre o céu e a terra a ser encontrada em um futuro não tão distante, eu deixo a minha pequena cartinha de amor:

“É difícil achar as palavras certas para te dizer.  Eu te amo me parece adequado, mas não é suficiente. É que esperei por você muito tempo,  quase o tempo de uma vida inteira, não é culpa sua a longa espera, também não foi a pior ou mais angustiante das esperas, valeu a pena. O poeta já dizia, ‘tudo vale a pena se a alma não é pequena’, eu confio nessas palavras, são as palavras certas para os meus ouvidos. E o no mais, além de te dizer com todas as letras que você é o meu amor bonito, te digo apenas que você é a minha taça de ouro trabalhada a fogo, de todas as dádivas é a que eu quero levar para a minha terra."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Qual a semelhança entre Aldous Huxley e Allan Poe???

 

Alguém poderá dizer que a semelhança entre um autor e outro é o fato que ambos são grandes autores cujas obras marcaram a história do ocidente e permanecem até hoje inquietando homens e mulheres das mais diversas idades. Bem, essa até pode ser uma semelhança entre um e outro, mas não é a semelhança que me chamou a atenção recentemente.

O ponto em comum que recentemente achei entre esses dois reconhecidos escritores foi um "personagem" comum que ambos lançaram mão para construir uma narrativa, o CORVO!!


Sim, ambos escreveram histórias sobre corvos, O corvo de Edgar Allan Poe dispensa apresentações, o poema é tão conhecido como é macabro e gerações se curvam sobre ele em momentos de melancolia o que o difere totalmente dos corvos que Aldous Huxley nos apresenta no único livro infantil escrito por ele: Os corvos de Pearblossom.





Confesso que fiquei aturdida quando entre os livros enviados pelo MEC para a creche dei de cara com esse livro, primeiro porque, como boa leitora dos escritos de Poe (e de outros autores que lançam mão da figura do corvo também), sempre associe a figura do corvo a temas muito pouco propícios ao universo infantil e segundo porque me pareceu um tanto estranho ver o autor de Admirável Mundo Novo escrevendo para crianças. 

Mas, surpresas a parte, mergulhei na leitura dOs Corvos de Pearblossom e tenho que dizer que livro fofo.... Meu Deus, quando em minha vida eu iria pensar que um dia usaria o adjetivo "fofo" para um escrito de Huxley!?!?!?!?!? Huxley foi um dos autores que mais marcaram minha trajetória como individuo, eu nunca mais fui a mesma depois de Admirável Mundo Novo e não creio que qualquer pessoa fique indiferente a esse livro e a reflexão que ele propõe, nunca pensei que ia encontrar esse filosofo em uma linguagem acessível ao universo infantil, falando de coisas típicas desse universo com uma clareza ímpar, foi uma surpresa muito grata esse encontro.

 "O mundo está decididamente perdido Huxley escreveu um livro é fofo sim \o/!!" 

Neste livro a história contada é a de um casal de corvos que tem seus ovos constantemente roubados por uma cobra/serpente traiçoeira, quando o casal descobre que está sendo roubado procura a coruja para que ela os ajude a resolver o problema e está com sabedoria, sem lançar mão da força, consegue... bem não vou contar a história pq ai perde a graça!

"Senhor Corvo e a sabia Coruja!"


Mas o livro é um mimo, tem sabor de clássico, as ilustrações são lindas e dialogam de maneira agradável com o texto de Aldous, que é claro, objetivo e não subestima em momento algum a inteligência infantil não deixando de propor uma discussão filosófica e uma solução inteligente e muito pouco óbvia para um problema serio.

 O livro conta com ilustrações belíssimas de Beatrice Alemagna.

Ah, no mais, essa história com animais abre espaço para vários debates dentro da sala de aula, seja no contexto da educação infantil, onde a figura de animais como a coruja, o corvo e a cobra podem ser exploradas das maneiras; seja nas salas de ensino fundamental, onde a história pode ser usada para debater situações do dia-a-dia, como a traição da cobra e a solução inteligente dada pela coruja e temas como educação ambiental, reinos animais e derivativos; seja ainda em turmas de ensino fundamental 2 e médio, para introduzir debates em torno de Aldous Huxley e derivativos... enquanto falo vou pensando que aulas eu poderia da usando esse tema e minha imaginação viaja longe... É bom parar por aqui...

domingo, 13 de junho de 2010

Ri é o melhor remédio!!!

Ri é o melhor remédio, já ouvi essa frase um milhão de vezes e gosto dela... E quando a coisa que se precisa é ri, pouco coisas são tão eficientes para mim que o humor do Grupo os Melhores do Mundo, vi com os amigos a peça Hermanoteu na Terra do Godah e navegando pelo YouTube encontrei alguns vídeos... Deus me perdoe, mas o meninos são impagáveis rsrsrsrs...




sexta-feira, 11 de junho de 2010

O dia dos namorados e derivativos...

  Eu não sei o que é isso faz tempo!

Oh, vida cruel e sanguenolenta!!! Vou transcrever um pequeno dialogo que tive com minha amiga de trabalho e de vida:

"- Vou comprar um presente para meu marido!
- Oxe, é aniversário dele?
- Não Jaci! Amanhã é dia dos namorados!"

Jesus, você sabe que sua vida sentimental anda de mal a pior quando o dia dos namorados chega e você nem se dar conta. Aliás, você sabe quando sua vida amorosa é inexistente quando o "dia dos namorados" simplesmente não significa nada para você, logo, eu, nesse momento, estou de posse da certeza triste de que  não tenho vida amorosa a tempo demais.

Jesus, chegou mais um dia dos namorados e eu nem... nem... o que é isso??? O que acontece comigo??? Qual é meu problema??? Sempre me faço essas perguntas quando penso na indiferença que sinto em relação a essas datas e derivativos, é uma coisa que não me doí, não me fere e não me move, passa despercebido (se ninguém me lembrar, claro)!

Por mais que as vezes, especialmente nas minhas "TPMs", eu fique pensando que seria legal ter um namorado, quando a "TPM" passa volto ao normal e o que eu penso mesmo é: preciso trabalha, ler, estudar e colocar a vida para frente.

Essa mesma amiga do dialogo de hoje a tarde, Goretti, me disse outro dia: "Você só pensa em amor na TPM, quando ela passa só pensa em trabalho!". Isso pareceu uma acusação sabia??? Mas, (rsrsrs) o pior é que é verdade.... Triste verdade!!! (Ou será feliz verdade???)

Bem, a parte os momentos nos quais um companheiro realmente faz falta (o que vai além das carências afetivas de determinada época do mês), passo relativamente bem sozinha a tanto tempo que nem sei direito como seria minha vida com um companheiro e no mais meu trabalho me enche afetivamente e não me faltam declarações de amor por toda a parte.

Aliás, falando em declarações de amor, pocha vida como o ambiente de educação infantil é rico nelas!!!! Hoje a tarde fui dar uma olhadinha nos meninos do Grupo Infantil 3 que são meus "amores antigos", uma vez que cuidei da maioria deles quando eles estavam no Grupo Infantil 1 e acompanhei o máximo que pude a tragetoria deles no Grupo Infantil 2, eles estavam tão lindos todos arrumadinhos sentados na mesa esperando a hora de ir jantar que tive que dizer: "Como vocês estão lindos!!!!!" ao que eles responderam cantando:

"Tia Jaci, tia Jaci
Ouve bem, ouve bem
Jesus te ama, Jesus te ama e eu também e eu também!"

De fazer chorar, fiquei com vontade de apertar, e abraçar, e  cheirar muito todos eles naquela hora mesmooooooo, não pude pq tive que correr para ver minha atual ninhada, (linda ninhada diga-se de passagem) mas certamente vou fazer isso nos próximos dias!!!

E sim, a parte a falta de namorados, companheiros e afins, nunca vou ter como dizer que sou carente de amor ou infeliz!!!

 Eu sei o que é isso!!!

sexta-feira, 4 de junho de 2010


A moradia dos pedreiros suicidas! Do lado de cá nós vemos o lado de lá, mas desconfio que do lado de lá seja muito difícil enxergar quem está cá.

Alice no país das maravilhas...

Será que o prazer de fazer uma guirlanda de margaridas valeria o esforço de levantar e colher as flores?

"Como faço para entrar? Alice perguntou de novo, mais alto.
"Mas, afinal, você deve entrar?" Disse o Lacaio. "Esta é a  primeira pergunta."
(CARROLL: 2009, 69).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Em Recife o Sol nasce e ilumina as pedras evoluídas!




Empty Spaces - What Shall We Do Now? - The Wall - Pink Floyd



O que devemos usar para preencher os espaços vazios?
Onde ondas de fome urram?
Devemos atravessar o mar de rostos?
Em busca de mais e mais aplausos?
Devemos comprar uma nova guitarra?
Devemos dirigir um carro mais potente?
Devemos trabalhar a noite toda?
Devemos entrar em brigas?
Deixar as luzes acesas?
Jogar bombas?
Fazer viagens para o Oriente?
Contrair doenças?
Enterrar ossos?
Destruir lares?
Mandar flores por telefone?
Tomar um drinque?
Ir a psicólogos?
Deixar de comer carne?
Dormir pouco?
Tratar as pessoas como animais?
Treinar cães?
Fazer corrida de ratos?
Encher o sótão com dinheiro?
Enterrar tesouros?
Acumular tempo livre?
Mas nunca relaxar de forma alguma
Com nossas costas viradas pro muro

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ponderando sobre maturidade...

Por ocasião do meu 24 aniversário, algumas das minhas pessoas preferidas no mundo acabaram desafiando o mito que é meu celular e ligaram para mim, por incrível que pareça, e quem costuma me ligar sabe que é incrível mesmo, eu atendi a maior parte das chamadas, não atendi todas pq preciso manter meu mito néh ?!?!?(na verdade não atendi pq não ouvir o celular tocando e pq no inicio do dia ele estava descarregado).

Pois é, até aqui, meu celular tem sido um mito. Existe, mas não funciona e segundo Suzana, se ele ao menos tocar quem ligou já pode ficar feliz, normalmente ele nem chega a tocar pq está perdido e descarregado e embora as pessoas gostem de me esculhambar, pense comigo "como eu vou achar um celular que está descarregado?". O geito é esperar que alguém ache em algum lugar, que pode variar desde a minha bolsa velha do primeiro evento de estudante que participei ao armário da cozinha passando pela sapateira do meu quarto, e assim é essa lenda das comunicações.

Ah, escrevo sobre meu celular e sua lenda pq vai que daqui a cinco anos eu me torne uma pessoa aficcionada por celular, que não pode viver sem ele?!?! Quero salvar a memória de que um dia fui uma pessoa suficientemente chata para ter um celular que não funciona e que tinha amigas e amigos suficientemente chatos e implicantes para continuar ligando para mim rsrsrs....

Mas, enfim, não é sobre o celular que eu quero falar... "foco mulher, não fique tagarelando sobre bobagens!"

A questão foi uma das ligações que recebi e atendi o que ela me fez pensar.... é que a maior parte das minhas amigas está noiva, casada ou para noivar e até com filhos ao colo, até minha irmã mais nova tem um namorado e no domingo uma das meninas me conduziu pelos seguintes caminhos do pensar:

"Pocha vida ainda ontem nós eramos tão adolescentes começando o Ensino Médio, terminando o ensino médio, lutando para entrar na facul, comendo o biscoito mais barato do mercado, pedindo R$1,00 a painho e hoje, sem ter nem pra que já chegamos a casa dos 20 nos 24, eu não me vejo como uma pessoa de mais de 20 anos, parece que foi ontem que eu pensava que minha mãe aos 32 anos era velha e uma pessoa de 24 anos era alguém extremamente adulta, pocha eu não sou tão adulta assim... Pocha, nós já estamos virando donas de casa, esposas, mães....

EPAAAAAAAAA PERA Ai.....

Nós não, que eu nem namorado tenho e filhos só se for o dos outros e quanto a ter uma vida adulta, bem, ainda preciso negociar muitas coisas com meu rabugento, truculento e chato pai, afinal moro na casa dele e devo "dois ou três favores" a ele, sem contar minha mãe que também não deixa a coisa correr tão solta... Enfim, ao concluir 24 anos ter uma vida adulta para mim não significa casar e ter filhos, não tenho na minha manga previsões nem para uma coisa e nem para outra.

Porém, o que mais surpreende em tudo isso é que a pessoa que me conduziu pelos caminhos da reflexão em vermelho era há quatro anos atrás uma das feministas mais truculentas que eu já conheci, briguenta, runhenta, pregando aos quatro vento que a mulher deveria se emancipar, buscar ter uma vida mais independente de pai, marido e filhos, que as nossas possibilidades iam além da maternidade e do matrimônio e que deveríamos romper fronteiras ideológicas em busca de um mundo diferente deste que nos é apresentado.... A pessoa que eu conheci tinha um projeto de vida tão diferente do habitual matrimônio/maternidade que me assustou.

Se sinônimo de maturidade e vida adulta for um casamento e um filho ou filha então eu descobrir pq painho da a peste e não me inclui entre as pessoas que ele considera adultas, esse projeto está atualmente tão distante de mim quanto o sol da lua. Hoje vida adulta para mim significa ter uma profissão, um emprego e independência financeira, não significa matrimônio e maternidade, para minha amiga também era assim, mas ela mudou e eu nem vi.

E agora, enquanto me ocupo noite adentro de minha carreira profissional aumentando consideravelmente minhas olheiras e meu cansaço eu me pergunto se no final das contas minha amiga em suas reflexões não esteja certa, se no frigir do ovos meu projeto de vida é que está meio trocado, que talvez eu devesse sair mais e ler menos, madrugar menos, cuidar dessas drogas dessas olheiras, fletar mais, levar a vida menos a sério, curtir, sei lá, me ligar emocionalmente a alguém do sexo oposto, planejar uma família, investir em casamente e filhos... o discurso de "ser uma mulher independente" é algo fácil se falar, mas eu sei que é difícil de se executar e que a solidão angustia muito...

Aiaiaiai.... Quantos ais na minha cabeça!!! Quantas dúvidas, mas quer saber, na dúvida eu vou seguindo com os meus projetos, vou aumentando minhas olheiras, vou lendo meus livros... vou vivendo minha vida adulta a meu modo, pouco a pouco (pouco mesmo) sinto que meu pai vai entendendo que marido e filhos é algo que ele não pode me acontecer ou não e vai aceitando (aos poucos e com muita briga) minha independencia e liberdade e eu tenho descoberto uma forma de "ser mulher" sem "ser mãe e esposa", isso me deixa feliz e  triste também. Estranho néh...

Me pergunto como eu serei aos 34 anos... será que ainda serei uma mulher que vara a noite se dedicando a sua vida profissional ou vararei a noite trocando fraudas??? Será que esse blog ainda vai existir para que eu possa ler essa postagem e pensar na jovem mulher que eu fui??? Como serão as coisas???

Bem, não sei... ninguém sabe ao certo... mas vou vivendo o meu momento atual e vendo onde isso vai dar...

Bem mais que as forças...


Bem mais que tudo
Poul Baloche/Lenny Blanc

Bem mais que as forças
Poder e reis
Que a natureza e tudo que se fez
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos
Deus tu és o início, meio e fim
Bem mais que os mares
Bem mais que o sol
E as maravilhas que o mundo conheceu
E as riquezas, tesouros desta Terra
Incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Bem mais que as forças
Poder e reis
Que a natureza e tudo que se fez
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos
Deus tu és o início, meio e fim
Bem mais que os mares
Bem mais que o sol
E as maravilhas que o mundo conheceu
E as riquezas, tesouros desta Terra
Incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou...