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domingo, 10 de novembro de 2013

10 anos...


É engraçado, outro dia eu acordei e constatei que já tenho 10 anos de docência...
Estranho! Parece que foi ontem...
E sim, eu tive acertos nessa trajetória, mas também coleciono erros...
Ontem, hoje, provavelmente amanhã eu também vou cometer um ou outro erro...
Mas é assim mesmo, educar crianças é difícil...
Não existem formulas prontas que não sejam desfeitas ou no minimo ressignificadas na prática!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sobre uma pequena viagem ao interior de Pernambuco

Tenho a impressão que boa parte das pessoas residentes em Nova Descoberta são naturais de alguma cidade do interior de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e derivativos ou mesmo são descendentes de pessoas oriundas desses lugares. Minha família funciona dessa forma, talvez por isso vez em sempre tem alguém indo a alguma cidadezinha do interior visitar parentes e outros até acabam comprando um pedaço de terra para voltar depois da aposentadoria.

No entanto, apesar da frequência de visitas dos meus vizinhos e da minha própria família, oriunda do interior do estado da Paraíba, já fazia um bom tempo desde minha ultima ida ao interior. Tanto tempo que quando minha vizinha, movida por uma saudade desesperada misturada a um desejo maluco de comer comida de milho, pediu ao meu pai para leva-la a casa dos pais dela em São Caetano das Raposas para uma estada de apenas um fim de semana eu me convidei para ir junto.

Na estrada!
Para mim ir ao interior é uma mistura de experiencia existencial e busca de fortalecimento de raízes. Sem contar que há poucos meses foi a vez de minha irmã ir e quando ela voltou trouxe notícias duras da seca, e nós queríamos ver como tudo ficou depois da chuva. E uau, bastou um pouco de chuva para a terra ficar verdejante novamente, cheia de vida, de flores e vários roçados em muitos pontos.


Na casa da mãe de minha vizinha reinava um contentamento e verdade seja dita: ninguém sabe ser mais acolhedor que as pessoas do interior, fazia muito tempo que eu não era tão bajulada gratuitamente em minha vida e em três tempos eu me senti tão bem como se estivesse na casa de Voinha. Aliás, fiquei com a impressão que quando as pessoas se mudam para a cidade, elas carregam na sua mala o estilo de vida do interior e basta apenas se instalarem aqui para fazer valer tudo isso.

Acho que está com a mãe de Maria foi como está novamente com voinha. Rapidamente nós ficamos intimas de vida inteira, rapidamente eu já estava na cozinha mexendo panela, picando cebola e lavando pratos enquanto ela dizia para eu não fazer nada e ao mesmo tempo ia me acolhendo em seu espaço... enfim... Foi muito legal!!!! E olhando assim, começo a pensar que a Aleska está certa, eu gosto mesmo é de "pegar intimidade" com as pessoas rsrsrs...

E falando de intimidade, Maria costuma dizer que minha casa parece uma casa de farinha na época de fazer farinha, então um dos primeiros espaços que ela fez questão de me mostrar foi justamente a danada da Casa de Farinha. Não estava em funcionamento, mas eu aproveitei assim mesmo para tirar fotos do maquinário simples, porém eficiente com o qual a mandioca é transformada em farinha de mesa, massa para bolo, papas e tapioca.

Casa de Farinha vista do lado de fora.






Além da casa de farinha, outra coisa que adorei foi ter contanto com tantas flores... Poxa fazia tanto tempo desde a última vez que estive em um ambiente verde.





E ainda teve a tal da comida de milho, que eu não como porque milho me da uma coceira terrível. Mas confesso, fazer a comida é uma emoção associada ao melhor da minha infância maluca, da nostalgia ver alguém ralando o milho, o coco, misturando tudo do jeito certo e pondo para cozinhar.

O caldeirão!

O que tem dentro: pamonhas!!!

Só de olhar me coço!

Claro, ajudar a mexer a canjica é sempre... sempre... sempre significativo.


É claro que não posso deixar de pontuar a dificuldade da vida no interior de Pernambuco: no sítio dos pais da minha vizinha não há internet, sinal para celular é difícil e a seca castiga... Ser sertanejo não é uma tarefa nada suave. É preciso ser disciplinado e organizado para não passar fome ou privações piores e adquirir essa disciplina tem preço, um preço muito alto, as vezes alto demais na minha opinião. Não a toa em meio a um de nossos momentos de intimida conversativa dona Iraci olhou para mim com sua enxada incrivelmente amolada e falou uma coisa difícil de ser esquecida: "Minha filha, essa é minha caneta. A única caneta que me deram. Você pensa que eu não choro? Eu choro, eu queria ter estudado...".

Enfim, complicado, mas nem sempre infeliz e para não terminar esse post com melancolia compartilho uma imagem feliz da irmã da Maria, a Fana trazendo um jerimum da orta dela. Um presente para nossas humildes pessoas o qual ainda não foi aberto, mas vai deixar nosso feijãozinho uma delicia quando for.



E também uma imagem minha com minha mãe... Eu meio sem querer tirar a foto todo malamanhada e ela meio que mandando o Dario tirar a foto mesmo assim. #NadaDemocrática - Ah, essa cacimba - reservatório de água ao lado - é incrivelmente funda e estava totalmente esvaziada a seis meses atrás, assim como toda essa paisagem verde estava simplesmente seca de morrer.


P.S.: A imagem da Fana eu pedi para colocar na net e ela deixou.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Memórias Fotográficas

Uma peculiaridade em relação a forma de guardar memórias caracteristica dessa primeira década do século XXI é que durante esses dez anos nós deixamos de guardar memórias em álbuns fotográficos a serem arquivados em caixas de sapato. Nós aprendemos a guarda nossas memórias em  redes sociais e em CDs e DVDs arquivados em seus respectivos pinos.


Por esses dias andei revirando meus pinos... Achei tantas coisas nesses arquivos que não pensei que pudesse haver tantas.

Entre os trabalhos de faculdade, os filmes baixados, animes e mais animes, aliás, falando em animes, eu acabei achando o DVD onde está grande parte dos meus episódios queridos de Inuyasha, um dos meus animes preferidos, senão o preferido... Aliás, revendo os episódios eu começo a constatar que sim, cada vez mais, me identifico com Kagome Higurashi.


Achei todos grande parte dos meus trabalhos na universidade, arquivados por período, é, modéstia a parte, eu fui uma graduanda digitalmente organizada, achei fotos e mais fotos de viagens escolares... lugares que visitei como Palmares em Alagoas.


Lugares próximos como a visão panorâmica do Recife que tinha quando trabalhava na Creche:


Uma foto que Rafaela tirou e eu adorei, olha meu cabelo como tava grande, uma raridade eu usar ele solto assim, mesmo em casa e ainda por cima lendo... Quero meu cabelo de voltaaaa...


E sim, entre as muitas imagens que eu reencontrei nesse fuçar em velhos DVDs eu acabei encontrando imagens da integrante mais nova da minha família, a saber: Pirrita, conhecida popularmente como Pi ou Cachorra Chata. Sim, ela é chata mesmo, late, detesta multidão ( +de 5 pessoas), não gosta de chambrego com criança, é desconfiada até a alma, desconfia de estranhos e blá... blá... blá...

Pirrita é uma legitima vira-lata que meu pai resgatou da rua, ele viu ela sendo maltratada por um bando de meninos mal educados e sádicos. Adoentada, machucada, abandonada e os pirralhos maltratando ainda mais e achando divertido... Fico me perguntando que tipo de seres humanos esses meninos vão ser... Meu pai se revoltou, se comoveu e trouxe ela para casa com carrapato e tudo. Os carrapatos se foram, ela roeu sandálias, sofás, roupas de Rafaela, engordou uns quilinhos, ficou super chata, cheia de direitos e cresceu.

Eu não sou muito fã de cachorro, prefiro gatos, mas tirei umas fotos dela no dia em que ela chegou aqui durante seu primeiro banho, só para guardar de recordação, olhando assim, até que a Cachorra Chata é bonitinha.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Recife de muitas faces...

Recife é uma cidade de muitas faces, tantas que as vezes eu fico tonta e sem rumo no meio do caos barulhento do transito, das idas e vindas, dos absurdos, das dicotomias, das diferentes paisagens e lugares... Cidade cheia de paradigmas, de sonhos e sombras diferentes, dilemas, segredos, lugares a mostra, lugares escondidos.

Como diria Zé Ramalho, uma cidade cheia de pessoas que fazem parte...
  
"... dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber...
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer




 Cidade que como na letra da Nação Zumbi: 

"sobe morro, ladeira, corrego, beco, favela"




Que nas palavras de João Cabral de Melo Neto... 

"é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão,
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão." 


 

Com subúrbios tão diferentes dos que falou Carlos Pena Filho:

"Nos subúrbios coloridos
em que a cidade se estende,
em seus longos arredores,
onde, a cada instante nasce
uma rosa de papel,
caminham as tecelãs.
Restos de amor nos cabelos
que ocultam por ocultar,
levam a noite no ventre
e a madrugada no olhar
e em esqueletos da sombra,
onde a luz chega filtrada,
as tecelãs vão parar.
Adeus lembrança de amores,
adeus leve caminhar.
Agora resta somente
um desencanto sereno:
o gerente e as botinas,
magoando o silencio pleno."

Os subúrbios hoje não são tão coloridos, eles são verdes, pretos e tão íngremes que é impossível não pensar que estamos próximos do céu.






Mas que apesar dos pesares tem o céu mais azul do mundo, tanto que olhando para ele eu não consigo deixar de lembrar de Fernando Pessoa:

"Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
[...]
Ó mágoa revisitada, Recife de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!"




______________
Os lugares das fotos são espaços que fazem parte das minhas andanças diárias...  por isso todas  foram tiradas com celular fraquinho, há quem não goste da forma como as fotos saem, imperfeitas, pouco fiel, embaçadas... mas penso que a foto NUNCA nunca é a verdade, é apenas um olhar sobre a verdade, por mais clara que ela seja nunca é REALMENTE CLARA... Minha visão é uma foto de celular... sempre meio desfocada... sem obrigatoriedade de ser precisa, assertiva... Sou fã da lente desfocada do meu celular então não peço desculpas pelo desfoque, ele é totalmente proposital.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eu e Meus Bebês ou Meus Bebês e Eu

 Kelly virada da estrela subindo na cadeira pela minhas pernas, não, ela não cai ela senta e brinca com minhas pernas... é um momento doce... esse bracinho lindooo... é do Ray estávamos vendo e tirando fotos nossas... achei bonitinho e tirei a foto, essa foto saiu por engano, mas gostei dela...

Ela tem um pedaço de nós três, os dois junto com Vitor (que não veio nesse dia) são os últimos a sair quase todo dia, então acaba que temos um vinculo diferente, sei lá... é estranho, crianças cujos responsáveis demoram sempre criam um laço diferente com o educador, a espera é um momento melancólico e intimo, a ausência de outras crianças, o cansaço do dia, a chegada da noite, o silêncio que preenche o barulho, o vazio que ocupa o que antes estava cheio...

Ray, Vitor, Kelly e eu somos quatro esperando... nosso vinculo  nasce da melancolia de uma espera que se prolonga... nessas horas eles ficam mais próximos a mim, mais carinhosos, mais grudados no meu colo... curtimos juntos a tristeza da nossa espera... a diferença é que já passei do tempo em que esperava minha mãe chegar, minhas esperas agora são outras, logo chegará o tempo em que eles também esperarão por outras coisas... espero que eles achem nesses momentos o afago, a companhia e o sorriso que eu encontro neles.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lembranças de Viagem: Tirandentes e São João del Rei

Ai... Deu uma nostalgia agora, em 2008 viajei com uma tuia de amigos da faculdade para o interior de Minas Gerais, fomos todos para o Encontro Nacional de Estudantes de História (ENEH) e essa foi, sem dúvida, a viajem da década... 

Três dias dentro de um ônibus indo e três dias voltando com direito a estradas sinuosas, frio de matar e ônibus quebrando não são brincadeiras não... E não esqueçam eu tenho o adicional Pai extressado no meu calcanhar (gastei mais em telefone do que em lembrancinhas, levei dois celulares de operadoras diferentes por exigência do mesmo e o pior foi que ainda fiquei com saudades dele antes mesmo de chegar em Tiradentes).

Hoje conferi um depoimento que um dos meus amigos conquistados nessa dura e deliciosa viajem me deixou no orkut... Deu uma vontade de voltar a caminhar pelas ruas de São João del Rei e Tiradentes, de rever as casas antigas, de comer doce de cidra no mercado público, de conversar com as pessoas tão polidas  e tão atenciosas (mesmo que elas sempre me perguntassem se eu era baiana), de ver as igrejas antigas, dos jazigos centenários, dos cemitérios ao lado das igrejas, de escutar os sinos tocando nas horas santas, de almoçar em um restaurante com direito a janela do tempo, (quer dizer reclamar da comida, pq meu Deus o povo para gostar de pimenta, mas reclamar em um restaurante localizado no primeiro andar de um sobrado de quase trezentos anos é outra coisa néh???), de não sentir calor ao meio dia, de ver aquela imensidão montanhosa diante de mim e de ficar largatiando em qualquer lugar...

Para matar a saudades revejo então as fotos pensando que hoje tiraria fotos totalmente diferentes:


 Ruas de Tiradentes!

 Essa fonte é uma Pop star: aparece em inumeros livros didáticos!

 Que sonho: andar nas ruas sem sentir calor e diante de você a Igreja de Nossa Senhora do Carmo!

 Coisa saída da Idade Média esse brasão feito com serragem para uma festa que estava havendo na Igreja!

 Uma das muitas Igrejas de São João del Rei: essa é a igreja da Maçonaria, ela é repleta de símbolos maçonicos!

O interior da Igreja... Simplesmente místico, adoro essa caracteristicas das igrejas coloniais, isso se perde no século XIX!!!

 Essa igreja é linda... super charmosa Igreja de Nossa Senhora das Merces!

Detalhe do Jazigo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo!

Cemitério ao lado de uma das igreja de Tiradentes, uma herança de um tempo em que se acreditava que quanto mais perto do altar estivesse o morto, mas próximo ele estaria do Paraíso!

 Belíssima e Intimidadora Igreja de São Francisco de Assis!

Acho que esse lenço na cruz para quem é Católico significa algo parecido com o  "Ele não está aqui pq já ressuscitou", mas não tenho certeza (não sou católica), para mim é uma das imagens mais lindas de São João del Rei!