"O Perfuraneve" foi um livro cujo lançamento me deixou instigada. Não cheguei a ver o filme, mas li várias resenhas dele e acabei adicionando a coleção. No entanto, quando ele chegou nas minhas mãos não senti impeto de ler automaticamente. Acabei deixando ele na estante esperando sua hora e sua vez.
Só quando passei a frequentar o metro do Recife ele começou a me chamar e, apesar dos seus um quilo e meio, não consegui resisti por muito tempo ao chamado. Numa bela manhã levei ele comigo para percorrer a distancia capaz de unir e separar a Zona Norte do Recife do Centro de Jaboatão. Apesar do incomodo gerado pelo peso, ler um livro cuja história se passa dentro de um metro de superfície estando dentro desse meio de transporte formou um jogo de espelhos entre realidade e ficção impossível de resistir e difícil de reproduzir.