sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pequenos registros a respeito de dezembro de 2013.

Muita coisa ocorreu em Dezembro e eu creio que até 2013 acabar muitas coisas mais podem ocorrer e eu preciso anotar ao menos meia duzia delas por aqui... 

Para começar a Cristiane Castro, uma professora de português que conheci no curto período no qual trabalhei na Escola Municipal Nilo Pereira me convidou para palestrar na Primeira Feira Literária da Escola Nadir Colaço cujo tema foi "A literatura e os direitos humanos: (re)leituras de Solano Trindade".

Eu topei de cara, sou fã de Solano Trindade, de sua história, de sua poesia e muito especialmente de sua postura politica na denuncia e enfrentamento dos terríveis problemas sociais do Brasil. Ele é um poeta que cantou a fome, a desigualdade, o racismo, a censura e o desejo de liberdade, igualdade, fraternidade... Enfim, da para ver que eu padeço de um amor incondicional pelo poeta néh?!?!

A experiencia de palestrar em uma escola municipal com uma pessoa como Inaldete Pinheiro (acadêmica, escritora, militante negra e ex-dirigente do Instituto Solano Trindade) em uma escola publica de uma periferia da minha cidade não tem dinheiro no mundo que pague. Eu fui no céu e voltei com presentes do tipo livros e canecas, além do certificado.


Esse foi o acontecimento mais impactante do mês lindamente... Graças a pessoas como Solano e Inaldete hoje eu posso apresentar as minhas crianças livros nos quais uma diversidade enorme de tipos de seres humanos aparecem, nos quais a África emerge como um continente plural e diversificado e nos quais elas podem se identificar e identificar sua família. Eu nunca na minha infância li um livro no qual eu vice uma menina com um pai negro como o meu e na minha escola se dizia que beje é cor de pele coisa que não aconteceu com minhas crianças.

Livros meus e do acervo da Creche na qual trabalho

Mas, não é a única coisa que quero registrar. Hoje, o ano letivo finalmente acabou para mim oficialmente com crianças, por algum motivo infame, indigno e medíocre ainda terei que dar o ar da graça na creche nos dias 23, 26 e 27 de dezembro sem crianças.

Tradicional Foto de Fim de Ano!

Porém preciso registrar mais uma vez o fato de meu projeto particular de trabalhar a leitura com as crianças ter dado muito certo mesmo. Para o sucesso desse projeto foi fundamental ter apresentado a eles realmente livros de todos os tipos, tamanhos, formas e conteúdo. Do melancólico "A flor do lado de lá" ao hilário "Sou a maior coisa que há no mar", de livros enormes como "O que cabe num livro" ao pequeninho "O gatinho e a borboleta"... Da Eva Funari ao Caulos.


O povo ta certo, não existe pessoa/criança que não gosta de ler. Existe pessoa/criança que ainda não foi devidamente apresentada ao livro certo. Há, antes que eu me esqueça, sempre falo dos meninos, mas preciso registrar o fato desse ano ter sido o ano de libertar os cachinhos das meninas... Honestamente eu não sou fã de menina com cabelo solto na creche/escola [piolho], mas as vezes é bom dar esse gosto a elas. #FicouALição




E falando em meninas, finalmente eu concluir a leitura de todos os mangás de Sakura Card Captors, os quais me foram presenteados pelo querido Alexandre no último BookcrossingBlogueiro, aproveite para tirar ela do boxe improvisado feito pelo Alexandre e coloquei na estante com a Sakura para os proteger de pessoas curiosas. Mas, confesso que agradeceria aos céus se um dia eu pudesse vim a oferecer a coleção a uma de minhas sobrinhas do coração em especial... #Sonhos


Ler qualquer coisa da CLAMP sempre me convida ao riso e ao sonho. Sakura é um mangá muito doce e bonito. Eu me apaixonei novamente pelo Yukito e fui conquistada novamente pelo Syaoran Li. E o Toya, irmão mais velho da Sakura, é muito parecido com meu irmão, já começa o dia provocando e irritando.

"Ah, já acordou monstrenga!"

No mais, aproveitei o embalo e embarque na leitura de X-1999. A CLAMP realmente é um grupo de mangakas com o qual eu tenho uma empatia fenomenal.


Nesse mangar o meu preferido continua sendo o Arashi, tenho vontade de colocar ele em um potinho, mas confesso que alguém devia inventar um Sorata Arisugawa para mim.


Enfim, a parte todos os registros, eu deixo para todos vocês queridos e queridas companheiros e companheiras de virtualidade um grande cheiro, um abraço e o meu desejo de Feliz Natal!!! Que os sinos toquem anunciando boas novas e os anjos digam amém!!! Quero voltar a escrever antes do Ano Novo, nem que seja para desejar "Feliz Ano Novo!".

Feliz Natal!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

"Da minha gratidão a pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela" ou "Sobre o melhor livro infantil de 2013"

Como, acho que todo mundo por aqui sabe, eu sou educadora infantil em uma creche municipal do Recife e literatura infantil é algo que faz  parte da minha rotina.

Durante esse ano investi muitas de minhas fichas em um trabalho pesado e constante com livros infantis de todos os tipos, formas, cores e tamanhos com as "minhas" crionças crianças do Grupo Infantil 3. E quando estava no meio da confecção da minha lista dos melhores livros do ano me deu vontade de registra a minha gratidão ao livro "Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela" do Werner Holzwarth e Wolf Erlbruch.


A principio eu ODIEI a proposta desse livro. Achei nojento, mal pensando, nojento de novo, mil vezes ecaaaaaaaaaaaaa... Eu já falei que acho nojento?!?! Gente, eu trabalhei três anos em um grupo infantil 1, vocês tem noção de quanto cocô já limpei nessa vida???? Eu definitivamente não tenho nojo de cocô de criança ou idoso, na boa eu limpo sem crise e até faço a coisa ficar divertida para a criança.... Mas eu ODEIOOOOOOOOOO falar de cocô!!! Imagina ler sobre cocô?!?!

Enfim... Essa implicância com o livro se perpetuou por muito tempo. Sempre que eu ia na estante selecionar os livros para serem trabalhados no mês eu deixava ele de lado. E foi assim até o dia no qual a implicância foi tão grande que precisei coloca-lo na lista. O resultado não poderia ter sido melhor!

A pequena Toupeira que recebe um belo dia, ao sair debaixo da terra, um cocozinho na cabeça e sai por ai investigando quem foi o autor cativou as crianças e em especial o K., um dos meninos mais dispersos com o qual já trabalhei até hoje.


Ele riu tanto da história, gostou tanto, achou tão legal que sentou no meu colo pela primeira vez para me ouvir contar uma história e teve paciência para ir até o fim. Eu me emociono só de lembrar! Foi um momento lindo. É muito mágico! Quem vive ou viveu momentos assim há de entender!


A partir da toupeira, o K. passou a se interessar vivamente pelos livros. Não só passou a prestar atenção na contação como passou a pedir para que eu lesse, escolher livros da caixa, recontar para os amigos sua história preferida... E isso se refletiu em outros aspectos da convivência, diga-se de passagem. Com a leitura, ele chegou ao ponto de trazer alguns livros que a prefeitura mandou para seus irmãos (e geralmente ficam jogados em qualquer canto da casa e vão para o lixo na faxina de fim de ano) à creche para que eu os lesse para ele.


Enfim, apesar de continuar achando "Da pequena toupeira que..." um livro nojento, ele virou um dos meus livros preferidos.

Para crianças pequenas, que nunca limparam tantos bumbuns como eu, cocô é um assunto para lá de divertido kkkk... e a forma como os autores trataram o assunto no livro foi perfeita. Na hora de contar eu escolhi usar do mesmo tipo de humor que usava com as crianças de um ano, foi assim que descobri que K. gosta de livros bem humorados, o que foi comprovado cientificamente outro dia quando ele disse: "Tia conta uma história engraçada.".

Bem, pode parecer pouco, quase nada, mas sei lá... Mas, eu tenho dado tantas bolas fora nos últimos tempos que essa bola dentro com o K. fez toda a diferença em minha vida... Um capitulo de minha história de educadora para não ser esquecido.

K. em momento super-herói.

sábado, 7 de dezembro de 2013

O primeiro vídeo...

E sim, enfim, depois de muito protelar... protelar e protelar mais um pouquinho... acabei gravando um vídeo para o blog "O que tem na nossa estante". Quase morri de vergonha, não conseguir olhar para a câmera, a imagem ficou muito escura, não fiz nenhuma edição...

Mas foi...

E, como é de praxe, coisas que faço pela primeira vez ou me causam algum impacto eu gosto de deixar registradas por aqui.



Livros citados:

"Um estudo em vermelho" de Arthur Conan Doyle
"Crepúsculo" de Stephenie Meyer
"Na companhia das estrelas" de Peter Heller
"O livro das coisas perdidas" de John Connolly
"A menina que roubava livros" de Markus Zusak
"Passarinha" de Kathryn Eykine
"Larousse das civilizações antigas", edição de Catherine Salles
"Os livros da magia" de Neil Gaiman
"Imagens da Ciência: o acervo do Museu de Astronomia e Ciências Afins"
"O casamento da princesa" Celso Sisto e Ilustrações de Simone Matias

Cheros a todos e todas, Pandora.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sobre A Boneca...

Da minha infância não sobrou nem mesmo uma boneca para ficar de lembrança.

Os motivos são vários: 

1. Eu não era uma criança cuidadosa ou atenta, então quebrava, perdia e sofria pequenos furtos por parte de outras crianças e adultos também;
2. Tenho uma irmão mais novo assassino de bonecas, munido com um especial sexto sentido para descobri qual eu amava mais e torturar elas até a morte prematura, dolorosa e traumatizante;
3. Tenho uma irmã sete anos mais jovem que herdou por força de seu gênio as bichinhas sobreviventes;
4. Por fim, meu pai teve uma época na qual deixava o cachorro maltratar meus brinquedos quando estava embriagado, ele tinha uma implicância especialmente irritante por tudo o que era presente de um dos meus tios.

Enfim, de uns tempos para cá passei a sentir falta de ter uma boneca e entrei em uma busca por uma boneca de pano para me fazer companhia. Devo ter comentado algo sobre isso com a Aleska quando estivermos em São Paulo ou em alguma das nossas conversas sem fim via celular ou face e ela me matou e me ressuscitou de alegria ao me enviar direto do Rio de Janeiro uma linda boneca negra como o ébano, de vestido vermelho como a gota do meu sangue e lacinhos e babados brancos como a mais pura neve.


Ainda estou encantada com ela que a partir de hoje mora comigo no meu quarto, dorme comigo na minha cama e é minha filhinha fofa. O nome dela é Abena em homenagem a Princesa Abena do livro "O casamento da princesa" escrito por Celso Sisto e ilustrado por Simone Matias.


Claro que eu não poderia deixar de registrar esse episódio nesse blog logo em um fim de noite de domingo, afinal agora toda segunda-feira eu vou poder imitar o rabugento do Garfield.


Obrigada Aleska por tudo e também por isso!!!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Lembranças da minha tia...

Quando minha mãe saiu da maternidade comigo nos braços a primeira parada dela não foi na nossa casa e sim na casa de minha avó Gilda. Ela padecia de uma falta de segurança latente e um medo de fazer tudo errado, então buscou força na mãe. Porém a figura na qual ela encontrou apoio não foi bem minha avó e sim minha tia Neide.

Em maio de 1986 minha tia Neide não era muito mais que uma adolescente namoradeira pra chuchu, cheias de coisas divertidas a fazer e pessoas a conhecer, mas, por algum motivo facilmente ignorável, quando minha mãe finalmente fez as nossas malas para vim para nossa casa ela fez as dela também e veio ajudar a cuidar de mim.

Quando Junior nasceu, dois anos depois, e já chegou em casa com a terrível coqueluche, ela se tornou primordial a minha existência, ou melhor a existência de todo mundo por aqui. Eu era mais que ligada a tia Neide, eu vivia grudada nela, para cima e para baixo, ela me alimentava, me dava banho, levava a escola e dormia comigo ou eu com ela.

Pensando direitinho eu devo ter sido até os sete anos a criança mais dependente da face da terra. Além dos exercícios da escola, eu não fazia absolutamente nada sozinha e nem tinha necessidade existencial de fazer, segundo as memórias de minha tia eu era uma criança quietinha, não gostava de sorrir nas fotos e definitivamente não gostava de comer.

Quando completei sete anos e tinha Neide ultrapassou o limite dos 20 ela precisou buscar outras coisas para a vida dela, mainha passou a enfrentar o desafio da maternidade sozinha, eu finalmente aprendi a me cuidar e de quebra a ajudar a cuidar dos meus irmãos. Uma mudança brusca, mas não traumática, tive tanto amor por tanto tempo e fui tão bem cuidada que tinha estoque para dar as outras pessoas.

Mas, a vida mudou completamente depois dos sete anos e me deixou saudades "do tempo que eu era criança/ e o medo era motivo de choro/ desculpa pra um abraço ou um consolo". Eu odiei mesmo a primeira noite sozinha na minha cama, eu odeio dormir sozinha, eu continuo odiando comer, ninguém acerta o tempero de tia Neide, nem mesmo eu...

E bem, sem mais delongas eu preciso dizer que ontem vi a Irene postar a imagem de uma mulher tirando lençóis do varal com uma menina do lado e pensei: "Essa menina poderia ser eu antes de 1992.". Lembrei de tardes de verão, de tirar uma soneca a tarde e acordar religiosamente as quatro para apanhar as roupas do arame, do vento nos lençóis cor de rosa e azul, das fantasias que passavam pela minha cabeça de criança, de um ou outro avião cruzando o céu, das muitas pipas coloridas, de sentar na calçada para comer raspinhas de maçã e de tudo o mais escrito nesse texto.


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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Mantra para 2014!


A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha! A gente não pode consertar o mundo sozinha!
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Vamos ver se assim eu faço menos burrada ano que vem. Eu lembro que as vezes não vale a pena remar contra a mare. Eu lembro que tem coisa que não da para conserta. Tem brigas que não valem a pena começar e as vezes ganhar pode ser pior que perder...

Eu as vezes odeio ter escolhido algo como educação para a minha vida... Burra... burra... burra... mil vezes burra escolha... Eu devia ter escutado meu professor de História.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ygritte [Citação 001]

Finalmente, depois de muito protelar, consegui concluir a leitura do livro "A tormenta das Espadas" terceiro volume da série "As crônicas do gelo e fogo". Antes tarde do que nunca néh?!?! Muitas pessoas gostaram, mas eu achei demasiado cansativo, acho que não sou uma leitora para livros de ação, sangue, morte, catástrofes, ruínas e várias histórias intercaladas. As vezes acho que o Martin está contando uma capítulo da história de Westeros, mas a minha empatia é com os personagens e não com o reino então fica difícil e para completar não acompanho a série de tv.

Mas, antes que isso vire uma resenha quero apenas registrar minhas passagem favorita do livro. Adotando, imitando descaradamente, a prática da Nádia do Palavras em Movimento, deixo a citação da fala da Ygritte, junto a Brienne de Tarth, ela se tornou minha personagem favorita.

Ilustrações feita por Elia Fernández, para conferir mais clicar aqui

Eu queria ter mais coisas das duas em mim para vê se melhorava certos aspectos da minha vida. Aiaiai... 
"Os deuses fizeram a terra para todos os homens partilharem. Mas aí os Reis chegaram com as suas coroas e espadas de aço e disseram que a terra era todas deles. "As árvores são minhas", disseram, "Não podem comer as maçãs". "O riacho é meu, não podem pescar aqui. A floresta é minha, não podem caçar. A minha terra, a minha água, o meu castelo, a minha filha, mantenham as mãos longe, senão eu as corto, mas se vocês se ajoelharem, deixo vocês cheirarem." Chamam-nos ladrões, mas ao menos um ladrão tem que ser corajoso, esperto e rápido. O tipo que ajoelha só tem que ajoelhar." (Ygritte_ Personagem do livro "A tormenta das espadas", George R. R. Martin, p. 424)

"... E se morremos, morremos. Todos os homens têm de morrer... Mas primeiro, vivemos." (Ygritte_ Personagem do livro "A tormenta das espadas", George R. R. Martin, p. 425)

domingo, 17 de novembro de 2013

A Caixa


A Caixa
Jaci Rocha

Na caixa  misteriosa
Há antídoto e veneno
Por detrás do laço a lhe enfeitar
é só questão de dosar
adaptar o paladar... 

O mundo agora
Habitado de contradições
Ruge e arranha verdades
Que não por maldade,
Pandora libertou...

Deuses e humanos
Duelam agora com o mal
Que  lhes habitava
Mas que, por conveniência
Guardavam escondidos na caixa....
A caixa que Pandora libertou....

A dama criada no jogo
das habilidades celestes
misto de presente e contradição!
E quem nunca foi ambíguo
E abriu sua própria maldição
Que corte-lhe a mão...#

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P.S.: A minha xará Jaci Rocha escreveu e publicou esse poema no seu blog "... a lua não dorme...", quando eu li não pude deixar de me identifica muito especialmente, pois sou uma pessoa "bizarramente contraditória". Para completar a Jaci ainda dedicou o texto "Pra quem sabe viver com sua própria contradição. E pra quem sabe fazer disso, instrumento.".

Enfim, obrigada Jaci por me permitir publicar esse texto aqui, ele é mesmo a cara desse blog. Boa semana para todos e todas.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

7º Bookcrossing Blogueiro 2013

Sinceramente eu procrastinei tanto a escrita desse texto sobre o 7º Bookcrossing Blogueiro que comecei a achar que nem ia mais escrever, mas ai lembrei que eu não gosto de quebrar tradições por motivos vãos e resolvi registrar aqui como sempre minha participação nesse projeto.


Esse ano pedi ajuda a minha irmã para fazer faxina na estante para tirar o maior número possível de livros para o desapego e o resultado foi esse:


Esse ano também teve o Bookcrossing Blogueiro Kidsdo qual eu só decidi participar de forma efetiva aos 45 do segundo tempo.


Tive mais dificuldade de desapegar dos infantis que dos adultos e confesso que não houve nenhuma nobreza no meu desapego, só desapeguei do "Igor. O Rei Leão" porque fiquei me dizendo: "Jaci, você não tem desculpas para ficar com esse livro, na creche onde você trabalha tem mil edições dele, se você PRECISAR pode usar os de lá! De 2010 para cá você releu ele quantas vezes??? Você não precisa desse livro! Você não é criança! Você não precisa desse livro!". E o da "Foz do Iguaçu" e "Nassau e o boi voador" da Flavia Maria Peixoto eu tenho 2. #ProntoConfessei

Dos livros adultos, meu primo separou alguns para levar para o trabalho dele  para dar aos amigos e eu levei alguns dos outros para a creche na qual trabalho.


Na prorrogação do segundo tempo voltei da porta de saída de casa e tirei meu vol. de "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen e o meu "Oldar: da guerra da traição" do Rondinelli Fortaleza e mais duas edições de revistas cientificas e coloquei na lista. Jane Austen tirei porque achei que faltava entre os livros doados algo que tivesse muito significado para mim e Oldar porque para um autor independente interessa mais ter seu livro circulando, mas confesso: estou com saudade dos dois, foram bons amigos.

Ah, o pessoal da creche não pegou todos os livros então juntei ele a outra família de livros e os levei para uma escola pela qual passo toda noite e na qual cursei a 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental. Deixei eles no refeitório. Os alunos noturnos do Estado de Pernambuco e da Prefeitura do Recife costumam lanchar antes das aulas começarem então na quarta além do arroz doce alguns deles encontraram livros. Espero que tenham gostado!

Por fim, achei os  quatro primeiros volumes do mangá Utena de Chiho Saito um tipo de literatura que interessa a um público muito especifico [o tipo que pode ser confundido com macumba - leiam o post da Aleska no Entre Livros e Sonhos "O que leva uma pessoa a confundir um livro com macumba?"
e compreendam a referencia]. Então em vez de simplesmente libera-los em alguma esquina de Recife ou escola preferir pedir a Michele que sorteasse no blog dela "Um pouco de shoujo" com condições mega, ultra, plus simples para os que se interessassem.


Ah, ainda estou com alguns aqui em casa para deixar nos ônibus urbanos da cidade. Gosto desse exercício e não abro mão dele. O ônibus para mim é uma espaço especial de desapego.

domingo, 10 de novembro de 2013

10 anos...


É engraçado, outro dia eu acordei e constatei que já tenho 10 anos de docência...
Estranho! Parece que foi ontem...
E sim, eu tive acertos nessa trajetória, mas também coleciono erros...
Ontem, hoje, provavelmente amanhã eu também vou cometer um ou outro erro...
Mas é assim mesmo, educar crianças é difícil...
Não existem formulas prontas que não sejam desfeitas ou no minimo ressignificadas na prática!