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domingo, 16 de março de 2014

O oceano no fim do caminho [Desafio Calendário Literário]

Eu estou aqui tentando lembrar em qual mares de literatura li pela primeira vez a frase: "O menino é pai do homem.". Estou tentando resistir a tenção de consultar ao google e força a memória... Mas Deus sabe que quando tudo está a um clique de distancia tudo é mais difícil. Acho que foi Machado de Assis, desconfio que foi em "Memórias Póstumas", quase tenho certeza que no capitulo ele fez desfilar diante de meus olhos absurdados os moldes terríveis da educação das crianças da elite imperial. Mas a certeza mesmo é, independente de quem [onde e com qual propósito] tenha cunhado a expressão, ela me parece ser muito verdadeira agora.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Romances Históricos [Desafio Calendário Literário]

Reza a lenda literária ter o gênero "Romance Histórico" nascido no século XIX e, assim como a própria ciência História, influenciado pelas forças do pensamento positivista, foi um instrumento ideológico usado amplamente para fortalecer os "Estados Nação". Através dele autores como Walter Scott e Alexandre Dumas davam a saber a população leiga certo conhecimento sobre o passado de seus países possibilitando a elas se identificar, construir empatias e até mesmo justificar situações do presente.

Tanto o Walter Scott quando o Dumas são objetos do meu amor, isso não é segredo para ninguém, várias vezes falei de um e de outro nessa caixa.

Alexandre Dumas e Walter Scott

E o romance histórico é um gênero com o qual desde sempre estou apegada, graças a uma grande sorte, um dos primeiros livro que li na vida foi o "Ivanhoé" de Sir Walter Scott [em janeiro de 2011 contei essa história aqui] e desde 2011 o Lord Dumas faz parte de minha vida [em dezembro de 2011 contei essa história aqui]. Assim, nem precisava de Teoria da História para saber o quanto um romance histórico fala mais sobre o presente do que sobre o passado.


Não por acaso o Walter Scott, do Reino Unido no qual até hoje sobrevive uma monarquia, aborda a realeza, a Idade Média e a cavalaria com grande respeito até o ponto de me fazer desejar ter nascido na Idade Média. Enquanto Dumas, em uma França pós-revoluções, republicana [uma França que degolou uma Rainha e vários nobres] tenha para com a realeza um olhar de deboche e critica sempre e constantemente reafirmados até me fazer ter vontade de voltar no tempo sentar com ele para longos papos debochados, falando mal de tudo e de todos.

Mas, vou contar a vocês, apesar de saber o quanto de presente tem no passado dos romances históricos, me dar nos nervos perceber quão pouco os autores de hoje pesquisam sobre o passado para escrever suas histórias, quão pouco se interessam por algo mais além de um romance meloso.

Misericórdia!!! Desse jeito os ossos de Scott e Dumas devem ficar se debatendo em suas tumbas com as danações feitas com o passado pelos autores do nosso presente!!!

As vezes, sabendo o quanto os autores só respondem as demandas do público, eu me pego questionando: "Jesus, será que nós somos mesmo tão fúteis assim?". Nessa horas quase chego a escutar o Todo Poderoso respondendo: "São!".

No entanto, nem toda futilidade na qual mergulha o gênero é capaz de me fazer desgostar dele. Sou louca por um bom romance histórico! Quando Fevereiro chegou e vi meu "Calendário Literário" anunciar a hora de ler o segundo volume de uma série escolhi "A Rainha Estrangulada" de Maurice Druon, volume 2 da Série "Os Reis Malditos".

A Série "Os Reis Malditos" conta alguns capítulos da história da realeza francesa a partir do reinado de Felipe, o belo, lá pelas bandas do século XIII. No fim da Idade Média, esse monarca junto com o ministro Enguerrand de Marigny conseguiu fortalecer o poder central do Rei, deslocou o papado de Roma para Avignon [de onde podia melhor controlar Papa e Cardeais], desmembrou o poder dos senhores feudais, aboliu a servidão, instituiu moeda única para todo o reino, acabou com o direito de guerra dos senhores feudais e por último, mais de crucial importância, destruiu o poder bélico e financeiro da lendária "Ordem dos Templários". Bem, daí imaginem que ele quase não fez inimigos néh?!?!

Phelipe IV, o Belo.
Quando um homem como Felipe IV morre, símbolo de todo um conjunto de políticas econômicas, sociais e culturais, a primeira coisa a ocorrer, quando ele não deixa um sucessor a altura, é um desmembramento de toda a sua obra.

E bem, seu filho, "Luís X", o Turbulento, não fez em vida outra coisa senão destruir a obra de seu pai. Em "A Rainha Estrangulada", Maurice Druon a titulo de contar a respeito das coisas ocorridas após a morte do Rei de Ferro, nos conta também como a oposição uma vez no poder minar a obrar de uma gestão anterior.

Sou apaixonada por Druon desde o lirico "O menino do dedo verde" e aqui ele não me decepcionou em nada. Como autor experiente que foi, conseguiu construir uma narrativa redonda, na qual a História e a ficção se cruzam e se completam de forma enxuta, sem enrolação e blá... blá... blá... Não há em Druon uma palavra sobrando.

Uma delícia de se ler um texto assim! Nada chato, sem heróis ou vilões, "A rainha estrangulada" nos apresenta um século XIII de homens e mulheres dos mais diversos estratos sociais e culturais, preparados ou não para a felicidade e a tragedia, vivendo e morrendo suas vidas e suas paixões. Druon conseguiu, na minha opinião, equilibrar o romantismo de Walter Scott com a ironia de Dumas e trouxe a luz uma trama deliciosa e, como se isso não fosse suficiente, ainda mostra que para ser bom um autor não precisa escrever verdadeiros calhamaços ou sopas de pedras, "A Rainha Estrangulada" não tem mais 250 páginas.

Esse post faz parte do "Desafio Calendário Literário",
proposto pelo blog "Aceita um leite".


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Solidão [Citação 002]

"Toda criatura é só... Cada um de nós sofre, na solidão, o instante de sua morte; e é vaidade pensar que não existem, na vida, outros instantes assim. Mesmo o corpo da esposa, com quem dormimos, continua um corpo estranho; mesmo as crianças que engendramos nos são estranhas... Só há consolo na compaixão e em saber que os outros também sofrem do mesmo mal que nós." (Maurice Druon. A rainha estrangulada, vol. 2 da série "Os Reis Malditos", p. 56).

Desde 2010 que "A Rainha Estrangulada" espera por minha leitura na minha estante, como parte do "Desafio Calendário Literário" do "Aceita um leite?" escolhi me debruçar sobre ele. Sim, vou escrever algo sobre o livro ao terminar a leitura, mas antes disso tive de compartilhar/registrar esse trecho. Nos últimos tempos estive pensado muito em solidão e a leitura dessa fala calhou com meus pensamentos a ponto de me deixar arrepiada.

sábado, 24 de agosto de 2013

As paredes do banheiro


Quando conheci o inevitável
Passei a aceitar
Às silenciosas ofertas de proteção e cumplicidade
Contidas nas paredes do meu banheiro.
_______


sábado, 13 de julho de 2013

Completando frases...

A Silvana Haddad do Meus Devaneios Escritos me indicou a trocentos anos a tag, que pode ser compreendida com sinônimo de meme, Complete as frases, eu topei e cá estou eu!


Primeiro as regras:

Completar todas as frases;
Repassar para 6 pessoas e avisá-las;
Ao completar as frases, você pode optar por manter as mesmas ou inventar outras.

Agora vamos as frases:

Sou Muito... chata, implicante, arengueira e gosto de ser assim.

Não suporto... falsidade, pimenta e suspense desnecessário.

Eu nunca... pensei que fosse tão difícil encontrar um amor possível antes dos 30, li Meg Cabot, saltei de paraquedas, nadei na parte funda da piscina, degustei comida tailandesa ou fui a qualquer lugar fora do Brasil.

Eu já... mordi uma amiga virtual quando desvirtualizei a amizade.

Quando criança... era melancólica e introspectiva - nem eu acredito nisso, mas Mainha jura que é verdade.

Neste exato momento... estou com sono, muito sono mesmo e preocupada.

Eu morro de medo... de pimenta e amores impossíveis.

Eu sempre gostei de... olhar o céu azul.

Se eu pudesse... eu pagaria todas as minhas dividas nesse exato momento.

Fico feliz quando... leio um bom livro, recebo correspondência eletrônica - mesmo quando são apenas sinais de fogo - e concreta das pessoas que amo; quando como minhas três bananinhas fritas e tomo um café passado na hora; e especialmente quando estou dormindo.

Se pudesse voltar no tempo... iria ao Galpão Crioulo de 1984 no qual o César Passarinho cantou "Guri" de forma especialmente emocionante; daria uma passada nessa casa em qualquer manhã de 1885 antes de agosto de 1885 para conhecer Jaqueline (minha irmã que morreu nove meses antes que eu nascesse) e brincaria com ela um pouco; iria dar uma volta em Recife no domingo de 13 de maio de 1888 e me misturaria a massa.

Adoro... Jesus - mas também gosto muito de banana frita; livros; Fernando Pessoa; meus amigos; minha enorme, barulhenta e invasiva família.

Quero muito... pagar minhas contas e obter sucesso profissional.

Eu preciso... pagar minhas contas e ser uma profissional bem sucedida.

Não gosto... do meu momento atual; de pimenta; de noites insones; de suspenses desnecessários; surpresas; pessoas cuja convivência foi constante no passado te adicionam no face, escrevem "Que saudades!",  não se dão ao trabalho de "interagir de forma comum" e simplesmente não respondem quando você tenta "puxar assunto".
___________

Vou burlar a regra de indicar seis blogs, mas quem quiser fazer faça e depois me contar :)

sábado, 8 de junho de 2013

Espelhos e reflexos...


Sempre é fácil quebrar
encantos,
sentimentos,
sonhos...
espelhos.
Nunca é fácil quebrar
dúvidas,
angústias,
medos...
reflexos.

_________________

Essa é a minha participação na 10ª Edição do projeto "Uma imagem, 140 caracteres".
De todas as imagens do 140 caracteres, essa foi a que mais me soou familiar, quase intima.
Foi difícil desabafar.
Mas não escrever necessariamente.
Quebrar espelhos é tão fácil.
Deveria ser igualmente fácil se livrar das imagens que eles refletem.
Odeio espelhos!
Eu e minhas fragilidades...

domingo, 2 de junho de 2013

As velhas fotos...


Abrindo a velha caixa
Encontrei aquela foto
Ri sozinha
Lembrei do Quintana
"O tempo não para!
Só a saudade faz as coisas pararem no tempo."

Essa postagem faz parte do desafio: Uma imagem, 140 caracteres - 9ª Edição,
Uma proposta do blog Escritos Lisérgicos
  

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 25 – Cite um livro que você achou que iria gostar e acabou não gostando.

O Belas Maldições escrito por Neil Gaiman e Terry Pratchett. Putz eu achei que ia viajar, curtir, me divertir e tudo e tal.

Na verdade eu até me divertir, ri e curti... MAS... Não é tão fácil para uma cristã educada para acreditar no fim do mundo e levar muito a sério todas as profecias do Apocalipse e derivativos encarar um livro no qual tudo isso é levado na piada.

Por mais que Gaiman e Pratchett sejam brilhantes eu ria e sentia culpa, eu sentia culpa e ria...

Foi uma leitura incomoda do B ao S.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 24 – Cite um livro que você achou que não iria gostar e acabou adorando.

A Cultura no Plural do Michel De Certeau, confesso que quando tive que encarar esse livro pensei que teria sérios problemas.

De Certeau não é um autor fácil, mas ele é fundamental para os historiadores que pesquisam cultura e querem entender como isso funciona do pós-guerra até o final do século XX, então tive que encarar.

Pense em um livro que deu trabalho!!! Mas acabei gostando muito da leitura, do autor e vivo fazendo referencia a ele em minhas reflexões.

De Certeau revolucionou a minha forma de encarar a cultura, aliás depois de ler seu texto passei a pensar que toda cultura no singular não passa de uma mistificação politica, na sociedade existem milhares de formas de ver e interpretar o mundo, ou seja, não existe cultura ou cultura popular e cultura erudita e sim culturas, muitas e no plural, sempre...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 23 - Com que frequência você lê fora de sua zona de conforto?

Eu me pergunto se tenho uma zona de conforto. Eu leio de forma tão aleatória e coisas tão diferentes que minha zona de conforto é vive sendo alargada a cada dia...

Acho que o único gênero para o qual não sou aberta  é o suspense ou romance policial e mesmo esses, de vez em quando, não sempre nem constantemente, eu me vejo lendo.

Por outro lado, compreendendo que não consigo definir um espaço fora da minha zona de conforto, pode ser que eu pouco saía dela...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 22 – Cite 3 escritores que você gosta.

Esse negócio de citar três é complicado!!! São tantos escritores que eu me pergunto como pode haver tantos!!!

Mas vamos tentar chegar a três nomes e que os outros não se sintam chateados.

Machado de Assis, fez parte de minha adolescência e toda vida adulta. É simplesmente maravilhoso e tem um texto que nunca envelhece ou deixa de nos surpreender. Quanto mais leio "Memórias Póstumas", "Dom Casmurro", "Helena" e etc... mais encontro coisas que não percebi na leitura anterior. Quanto mais conheço o Machado, mais ele me mostra que ainda não conheço e tenho algo dele a conhecer.

Fernando Pessoa, é seminal em minha trajetória de leitora e ser humano. Sou mil e uma vezes apaixonada pelo Pessoa e todos os seus "eus". Claro, uma geminiana legitima de fabrica só podia ser fã de um autor que "multiplica-se para se sentir" e mais que mudar de ideia muda de eu por inteiro enquanto escreve.

Terry Pratchett, engraçado, divertido, irônico, acido quando precisa ser, genial. Eu sou apaixonada por esse inglês.


O Meme Literário de Um Mês 2012 é  coisa saída diretamente do Happy Batatinha.

PEQUENOS AVISOS

Por esses dias vou está fora de Recife, mas as postagens do Meme já estão todas programadas.

A parte isso, lá no Escritos Lisérgicos o Christian está propondo uma  Blogagem Coletiva sobre lendas urbanas, caçando livros para liberar acabei encontrando minha edição de Assombrações do Recife Velho de Gilberto Freyre e acabei decidindo disponibilizar minha edição para ser sorteada entre os participantes.

Quem gosta de contar histórias de terror ou conhece uma lenda urbana e quer torna-la conhecida de toda blogosfera, sinta-se convidado a participar.

Clique na Imagem e confira a Ideia!

domingo, 21 de outubro de 2012

Meme literário de um mês 2012: Dia 21 - Cite 3 personagens literários favoritos.

Salve a imaginação!
(Barbara de S. Araujo, 07.2012)
Cá está outra pergunta complicada. Você cita um personagem e os outros podem ficar com ciúmes. Enciumados começam a fazer barulho e quem controlará essa algazarra mental criada por essa trupe?

Complicado, muito complicado escolher apenas três personagens literários favoritos quando se acumula ao longo da vida vários personagens literários favoritos.

Além do mais, eu sou geminiana, ou seja, eu troco de personagem favorito como quem troca de ideia... E olha, eu troco de ideia com uma facilidade!!! rsrsr....

Mas, vamos tentar... Que nenhum dos meus fofos personagens se sinta ofendido ou desmerecido, se ano que vem eu for participar novamente vou tentar adicionar a lista mais três personagens diferentes.

Quando penso em personagem favorito a primeira coisa que vem a cabeça é a Vovó Cera do Tempo, personagem criada por Terry Pratchett e que aparece em vários livros da série Discworld a bruxa mais incrível que já conheci através dos livros. Quando estiver velha quero ser como ela simples assim. Tem personalidade, foco, força, instinto.

Eu sou super fã dela especialmente porque, com eu, ela detesta tudo que torna as pessoas menos que humanas.

"Ela odiava todas as coisas que predestinassem as pessoas, que as fizessem de bobas, que as tornassem pouco menos que humanas." (Terry Pratchett)

Outro personagem inesquecível é a Elizabeth Bennet de "Orgulho e Preconceito". Fiquei batendo a cabeça na parede por não ter colocado esse livro entre os três +, mas não vou deixar Austen de fora da lista dos favoritos de jeito nenhum.

As vezes as pessoas dizem que eu pareço com a Lizze, mas o fato é que eu li tantas vezes "Orgulho e Preconceito" e gosto tanto da personagem que parte da minha personalidade e forma de perceber e interpretar o mundo foram apreendidas do texto de Austen e Elizabeth Bennet é uma inspiração.

E por fim, excluindo totalmente os personagens masculinos dessa lista kkkk, não posso deixar de incluir a Death de Neil Gaiman. Ela é a encarnação antropomórfica da Morte mais fofa da literatura, sem contar que é uma grande irmão mais velha.

Sou fã do seu estilo, do seu jeitinho de levar a vida, pode parecer mórbido  mas curto demais esse personagem e algumas de minhas amigas sempre que vem ele nos face, blog e orkut dizem que ela é a minha cara, ta que algumas delas não conhece Sandman, mas tudo bem néh!!!

O Meme Literário de Um Mês 2012 é uma ideia saída do Happy Batatinha!

sábado, 20 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 20 – Cite 3 livros especiais na sua vida.

Citar três livros especiais é osso néh!!! Desde que aprendi a ler aos sete anos e descobri o mundo foram e vieram muitos livros especiais, tantos que é difícil escolher apenas três.

Pegar três para falar pode até deixar os outros com ciúmes... OoOoOoOoOohhh que dor!!!

Mas vamos lá tentar!

O primeiro livro especial a é a BÍBLIA, não só por sua relação com minha fé, mas por ter me acompanhado desde sempre.

Lembro de quando comecei a aprender as letras e do meu exercício lúdico de ir abrindo a Bíblia do meu avô e consegui identificar o N, o A, o L, o G, lembro de ler as palavras "Gêneses", "Números", "Lucas, "Mateus", "Jesus", que também se escreve com J, que era a minha letrinha!

Também tive a oportunidade de frequentar a Escola Dominical e a casa do meu Avô, locais nos quais tive a oportunidade de conhecer as histórias de Gênese, Êxodo e do Novo Testamento e fui incentivada desde cedo a construir a pratica da leitura do texto sagrado para  conferir com meus olhos se o que ouvia realmente estava escrito, ou seja, mesmo se hoje ou amanhã eu venha a deixar de crer tenho sempre o dever de admitir o papel importante da Bíblia no meu processo de letramento ou alfabetização.

O segundo que não posso deixar de citar é o "Ulisses entre o amor e a morte" do piauiense Orlando G. Rego de Carvalho. Esse livro participou ativamente de minha formação como leitora. Ele chegou aqui  por volta de 1996, veio na mala de meu pai, nessa época ele trabalhava em uma empresa de ônibus interestadual fazendo a linha Recife - São Luiz com escalas por Teresina e ganhou de um passageiro a edição que ilustra a foto em perfeito estado e com dedicatória que eu apaguei com corretivo. #EraBurra

Não sei explicar porque curti o texto, mas curti, estava e está claro que o texto de Orlando não é para crianças, mas eu li e reli muitas e muitas vezes esse livro ao longo desses 26 anos de vida.

Como podem ver o livro está detonado, eu não fui uma criança cuidadosa, mas acreditem ele tem até sorte, muitos dos meus livros nem sobreviveram a minha adolescência.

E por ultimo, mas não menos importante, cito o inesquecível "O eu profundo e os outros eus" do Fernando Pessoa. Já falei muito sobre ele nesse livro aqui, acho que ninguém aguenta mais ler a respeito, então não vou me alongar, quem me conhece sabe.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 212: Dia 19 – O que você acha da elitização da literatura?

Assim na minha pobre opinião, para o caso do Brasil vamos, venhamos e convenhamos que a literatura jamais foi até o dia de hoje algo popular, de longo alcance ao qual todo a população independente de renda tivesse acesso livre e irrestrito como por exemplo a novela das oito. Aliás, ela chega ao fim hoje, todo mundo, para o bem e para o mal, tem uma opinião a respeito e Adriana Esteves foi maravilhosa. #OiOiOi

Aliás[2], o Brasil foi colônia portuguesa e, se eu não me engano, uma característica da administração portuguesa em sua colônias era justamente uma rígida censura a difusão de qualquer material impresso e as elites estabelecidas aqui no Brasil nunca consideraram crucial educar as massas ou mesmo a seus rebentos.

Depois, durante o período do Brasil Império, havia um consenso entre os intelectuais a respeito da importância da educação escolar e cultura escrita. Porém, apesar dos intelectuais do Império estarem afinados com o pensamento liberal, as atitudes do governo sempre mantiveram a educação das massas pobres como ultimas das prioridades e educação seguiu sendo um privilégio de poucos.

A Republica tinha um discurso lindo e lirico, no entanto, também ela foi caracterizada por muita conversa de intelectuais quando a necessidade de se educar, verdadeira ladainha, e pouca pratica que é bom.

Reza a lenda, porque eu ainda não pesquisei o suficiente para dizer com certeza, houve um tempo no qual a escola publica era BOA, no entanto, isso eu sei porque pesquisei, nesse tempo ela não era tão ampla e popularizada como é hoje.  Meus vizinhos, Mãe Gilda (minha avó materna), meus tios, ainda guardam a memória de uma época, não tão distante, na qual consegui uma vaga em uma escola publica em Recife era uma verdadeira Odisseia, era muito mais difícil que consegui uma ficha no posto de saúde para um fisioterapeuta.

A escola publica brasileira só se tornou algo de massa, cujo alcance é largo na época do governo de Fernando Henrique Cardoso e se popularizou de forma definitiva com o Lula graças a Bolsa Família, tão criticada pela classe média e derivativos.

Enfim, a cultura escrita, as letras nunca foram algo popular no Brasil. Logo eu não posso dizer que hoje existe uma "Elitização da Literatura" e talvez o que seja possível acontecer seja uma popularização da cultura escrita.


E sim, claro que acho HORRÍVEL viver em um país no qual poucos possuem tudo, inclusive a possibilidade de ler tantos livros quantos achem conveniente, e muitos não tem nada ou quase nada para ler. Acho pavoroso que a população em peso não compreenda o valor do livro, da escola e derivativos.

E se você também acha isso PAVOROSO sempre se pode fazer algo a respeito néh... E bem, na falta de algum projeto social próximo a sua casa sempre tem Luma ai néh, todo ano, firme e forte convidando nós, pessoas privilégiadas, que sabem o valor dos livros, gostam dos livros e podem e sabem como e onde  comprar livros a desapegar e fazer outra pessoa descobrir o valor, o gosto e a possibilidade de ter livros que possam lhes ajudar a crescer na vida...

BookCrossing Blogueiro  tá ai chamando a gente a colaborar e a popularizar a leitura... Nada é natural tudo é historicamente construído e todos nós somos sujeitos da história.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 18 – Você costumar ler e-books?

Quando eu preciso eu leio, mas como diz Gabriela: "Gosto não!"

Não tenho nenhum dos aparelhos modernos que favorecem a leitura de documentos, livros e derivativos então leio no pc e é cansativo por demais e não oferece a mim a mobilidade do livro impresso.

Sem contar que livro para mim tem que pegar, cheirar, sentir, marcar, dialogar através dos múltiplos rabiscos que faço nas laterais.

Há quem diga que os meios eletrônicos vão substituir o papel, mas na minha opinião nenhum suporte para as palavras funciona melhor que o bom e velho papel e nada pode substituir o livro.

E no mais, e-book não tem aquele cheirinho bom de livro novo e nem aquele cheirinho de muitas histórias entrelaçadas como o livro velho.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 17 – Na sua opinião, qual é o propósito da literatura?

Acho que a literatura tem "O propósito", mas sim propósitos no plural. Ela serve para registrar inquietações, guardar memórias, selar segredos, entreter meramente e deliciosamente, ensinar lições valiosas (embora eu realmente tenha aversão por livros de alto-ajuda), guarda uma série de conhecimentos de uma geração (enciclopédias e livros didáticos que o digam), alienar, catequizar ou meramente fazer nascer textos bons de serem lidos.

As possibilidades são muitas e nós, como seres criativos que somos, ainda poderemos criar mais e mais propósitos para o livro nos próximos anos.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 16 - O que te faz largar a leitura de um livro no meio do caminho?

Mau humor.

A única coisa que me faz largar leitura é isso. Tem autor que me coloca de mau humor com seu texto e aí não desce, eu largo o livro mesmo.

O que me causa mau humor: machismo, racismo, hipocrisia, autor que me duvida da capacidade dos queridos "Tico e Teco" pensarem, embromação, falta de franqueza, auto-ajuda disfarçada de literatura (que também pode se localizar em: falta de franqueza), texto pedagogizante, artificialidade, suspense e mistérios desnecessários.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 13 – Cite um trecho de um livro que você gosta.

"De todas estas Dádivas
Só quero a Taça de Ouro trabalhada a Fogo.

Facilmente, em teu reino de chão fértil,
Nascem Trigais de espigas ondulantes;
Minha terra porem não possui Campos
É Sagrada, selvagem, pedregosa
Tudo, ali, são Pastagens e rebanhos
de jumentos, de ovelhas e Cabras
Não quero chegar lá de mãos vazias."

Telemaco 
In: Canto IV da Odisseia de Homero
Meme Literário de Um Mês 2012 promovido pelo Happy Batatinha


E vocês, lembram de um trecho de livro que seja especial?
Aquele que você jamais esquece?
_______________

Só para avisar:

A Joice Lourenço do O Retrato de Berta está organizando em parceria com a Digitexto um Book Tour do livro "Um pouco de nós".

Como faço parte da turma dos co-autores, aviso aqui a quem se interessar, é só clicar na imagem!

 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 12 – Você prefere livros narrados em primeira ou em terceira pessoa?

Eu prefiro os livros bem escritos e as histórias bem contadas.

Se o autor prefere a primeira pessoa ou a terceira, oscila entre uma e outra com graça e faz bem feito para mim tanto faz.

O importante é que a história seja bem contada, bem escrita. O que prefiro é uma história bem contada.