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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Os 10 melhores livros de 2015.2

Eu sei, esse post está para lá de atrasado, mas é questão de honra! Preciso levar esse empreendimento a cabo. Seguindo a tradição lançada pelo Luciano do .Livro, companheiro de longa data de blogosfera, costumo fazer 2 listas dos melhores livros do ano. Uma no primeiro semestre e outra no segundo. Esse ano o Luciano só fez duas, a do 1º Semestre de 2015 e a geral (confira no link).


Pensei em fazer como ele, mas adoro essa tradição, amo a experiencia de olhar minha lista de livros lidos e ponderar sobre as leituras mais significativas, tirar eles da estante e escrever um pouco sobre cada um, então resolvi fazer o top 10 com as menções honrosas e tudo o mais. Lembrando que, os livros estão em ordem de leitura e não de preferencia.

Então vamos aos livros:


1. "Como Ficar Podre de Rico na Ásia Emergente de Mohsin Hamid: irônico, mordaz e muito honesto Moshin Hamid nos apresenta uma cidade da Ásia cuja realidade politica e social se assemelha muito a das cidades brasileiras. O livro pega emprestado a formula dos manuais de alto ajuda e do gênial Douglas Adans para contar como alguém pobre pode ascender socialmente no meio da lama social da Ásia Emergente e oferece um rico panorama cultural, social e econômico. O livro é lindo e mordaz.


2. "O Discurso Faça Boa Arte de Neil Gaiman: Era uma vez uma menina que foi ao cinema, passou numa banca, viu esse livro por R$ 9,90, pegou o elevador, subiu, chegou na fila do ingresso... deu meia volta e fim. Gaiman é um autor maravilhoso, foi uma gloriosa tarde de leitura regada a chá gelado e torta de limão.


3. "Turma da Mônica: Lições" de Vitor Cafaggi, Lu Cafaggi. Me tornei fã dos irmãos Cafaggi, Lu e Vitor são dois românticos, com um lirismo nostálgico na alma. Em "Lições" as crianças passam por difíceis situações, comentem um erro, são separadas e precisam enfrentar desafios novos e vencer seus bichos e medos. Não da para não se emocionar.


4. "Sandman, Edição Definitiva" Neil Gaiman: tenho a impressão que vivi mais de uma vida enquanto lia Sandman. Comprei o volume 1 em minha primeira loucura do décimo, a vista, abrindo mão de roupa ou sapato novo e depois fui colecionando ao longo do tempo. Chegar ao fim dessa história me deixa nostálgica e com a sensação de ter chegado ao fim de uma época. Eu mudei! E pretendo em breve começar tudo tudo de novo.


5. "Mulheres: Retratos de Respeito, Amor-próprio, Direitos e Dignidade" de Carol Rossetti. Já tinha tido contato com o trabalho da Carol Rossetti através das redes sociais. Seus desenhos e reflexões são fonte de apoio e força a toda mulher que deseja apenas ser o que é sem limites. Foi magico ter seu livro em mãos, ele não é um dos melhores de 2015, é um dos melhores da vida. Fiz resenha para ele no #DoQueEuLeio


6. "300 de Esparta" de Frank Miller. Lembro como ontem como foi que fisguei o 6º ano mais caótico do multiverso e tornei ele "meu"... Só de lembrar das minhas crianças que agora não são mais tão crianças, pois todos cresceram rápido demais e me superaram em tamanho, me vem um sorriso no rosto. Foi o filme "300" que me ajudou quando precisei. Quem quiser me julgar por ter usado esse meio com eles julgue, mas começamos em guerra e agora estamos falando em "Iluminismo" sentado em circulo, cada um falando na sua vez... Eu tinha que ter esse livro na estante, eu tinha que homenageá-lo.


7. "Penadinho: Vida" de Paulo Crumbim, Cristina Eiko: Os Graphics MSP não mereciam citações, eles mereciam um post só para eles, eu sei! São sem duvida uma das melhores coisas que tenho em minha estante. Como irmã de uma criança morta 9 meses antes de meu nascimento foi uma criança fascinada por histórias de fantasminhas, Penadinho foi um dos meus personagens favoritos e Eiko e Crumbim honraram a trajetória e o universo dele construindo uma obra de arte cuja leitura foi um deleite.


8. "Marina" de Carlos Ruiz Zafón, simplesmente um dos melhores livros da vida. Redondo, cheio de referencias a livros que marcaram a minha trajetória como leitora, com uma história envolvente e cheia de mistérios é daqueles livros para ler e reler. Fiz "resenha" para ele no Blog Elaine Gaspareto.


9. "Criaturas da Noite" de Neil Gaiman & Michael Zulli: bem, todos sabem o quanto amo a narrativa do Gaiman e sua imaginação que mistura fantasia e realidade de forma lenta e embalante. Acrescente a isso o traço elegante de Michael Zulli e você terá uma obra de arte. Aquele tipo de livro que a gente tem vontade de abraçar.


10. "Segredos de Uma Noite de Verão", de Lisa Kleypas, de todas as autoras de romance histórico açucarado Kleypas é minha favorita. Saldei com alegria essa nova série dela lançada pela Arqueiro. Tenho amado, não posso deixa ela de fora dessa lista. Para quem gosta do gênero a mor na certa.

Agora vamos as menções honrosas.



"Onde vivem os monstros" & "O aviso na porta de Rosie" de Maurice Sendak. Esses dois livros são daqueles para crianças de 0 a 100 anos. Estou em estado de amor por Maurice Sendak e periga ser um amor para a vida inteira.


Pronto, agora sim meu 2015 terminou e 2016 começou! Um tanto tardiamente, mas... antes tarde que nunca.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sandman de Neil Gaiman


Não foi "Sandman" o responsável por me fazer amar Gaiman, quem fez essa magica foi "Stardust", um dos livro mais relidos por mim na face da Terra. Porém, conta-se ter sido "Sandman" o responsável por fazer do inglês Neil Gaiman um autor mundialmente conhecido ao longo da década de 1990.

Em poucas linhas, pode-se dizer que "Sandman" é uma série de história em quadrinho com nada menos que 75 números publicados entre 1989 e 1996, todos roteirizados por Neil Gaiman contando com vários outros gênios para dar os contornos de desenhos, cores e letras.

domingo, 5 de julho de 2015

Top 10: Melhores Livros de 2015.1

Já é tradição, em Julho, seguindo o ideia do Luciano do .Livro, faço a lista dos dez melhores livros do semestre. Segundo ele mesmo disse, essa post é um ode ao "tempo que não para".

Sobre a lista, ela foi feita seguindo a ordem da conclusão de cada livro e não de preferência. Os livros citados aqui se equivalem em questão de qualidade. Como não escrevi resenha para cada um deles, optei por comentar cada um deles.


"Ratos e Homens" de John Steinbeck, o Luciano foi o responsável por colocar John Steinbeck no meu mapa afetivo. Em fins de 2014 vi a resenha desse livros no .Livro, o interesse foi imediato. Steinbeck é um observador atento e um contador de histórias consciencioso, a história de todos os personagens é contada de uma forma ou de outra e no final... no final não tem como não se emocionar. "Ratos e Homens" tem peso emocional, nele conhecemos o cotidiano de trabalhadores rurais temporários, homens que vagam de lavoura em lavoura trabalhando muito para ganhar pouco.


"Universo Desconstruído: Ficção Científica Feminista" é trata-se de uma coletânea de contos de diferentes autores e autoras com uma abordagem feminista. Quem me conhece sabe que sou feminista, consequentemente atormentada consciência de que mulheres são seres humanos plenos em possibilidades de ser e está no mundo. Navegar pelas histórias contidas nesse livro é uma experiencia deliciosa, inquietante, instigante e diferente, devo a ele uma resenha completa, sei disso. Por hora, você podemo conferir a opnião da Sybylla lá no Momentum Saga, o e-book é gratuito.


"Morte: Edição Definitiva" de Neil Gaiman. Morte dos Perpétuos tem sido minha personagem preferida do universo de "The Sandman" desde o primeiro encontro. Foi uma realização pessoal ter em mãos todas as suas histórias em um volume. E sim, a caneca da foto foi um presente do Alexandre. Como não amar pessoas que respeitam meu gosto por essa personagem conscienciosa, empática, amorosa e fiel aos seus princípios e responsabilidades?


"Mentirosos" de E. Lockhart, ganhei esse livro em um evento promovido pela Editora Seguinte aqui em Recife. De cara classifiquei ele como "drama dos muitos ricos" e rejeitei por longo tempo. Mas, um dia o livro chamou o meu nome, respondi e me deparei com uma autora surpreendente. E. Lockhart é uma mestre contadora de histórias, certeira, não desperdiça palavras, nos faz caminhar em sua história sem que sintamos o peso dos passos e então nos oferece um desfecho inacreditável do tipo "só lendo para saber".


"Kiki de Montparnasse" de Catel e Bocquet. Aaah como não amar a história da simpática Kiki de Montparnasse? Só de pensar nessa HQ me vem um sorriso ao rosto. Kiki viveu no inicio do século XX em meio a boemia francesa, foi uma mulher dona de si e de seu corpo com um coração enorme capaz de inspirar vários artistas tanto no terreno da pintura quanto no da fotografia. Ela foi uma mulher livre, viveu segundo suas normas e desfrutou da experiencia de exercer sua liberdade. A forma despretensiosa, quase zombeteira, com a qual ela sustenta a si nos quadros e fotos já me inspirava antes de conhecer sua história.


"Violent Cases" de Neil Gaiman e Dave McKean. Minha coleção de Neil Gaiman só cresce, assim como minha sensação de intimidade ao adentrar nesse mundo despretensioso, porém cativante criado por ele. Em "Violent Cases" um homem rememora um episódio de sua infância onde o osteopata de Al Capone, festas infantis e situações de violência se encontram. A proposito, o produto da soma "Gaiman + McKean" tende a ser algo levemente perturbador.


"Precisamos Falar Sobre o Kevin" de Lionel Shriver: por esses dias um rapaz entrou em uma igreja americana e matou várias pessoas. Tal fato causou comoção, o próprio presidente Obama esteve no velório das vitimas, citou cada uma delas pelo nome, entoou um cântico espiritual com os parentes e amigos das vitimas. Me arrepiou a situação, me arripa a recordação. Situações assim parecem ser dolorosamente comum nos EUA e Lional Shriver se propõe a refletir sobre como esse tipo de jovem é gestado ao contar a história de Kevin Khatchadourian, 16 anos – autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no ginásio. Quem narra a história é a mãe dele, sempre o réu principal no tribunal social no qual são distribuídas as culpas.


"Azul é a Cor Mais Quente" de Julie Maroh. Pensando nesse livro me pergunto se houve algum momento na história do Ocidente no qual a homoafetividade fosse tão discutida e os homossexuais brigassem com tanta coragem por seus direitos. Uma das personagens de "Azul é a cor mais quente" é militante nessa batalha, mas o HQ não é sobre isso. Ele é sobre amor, solidão, dor, desamparo. Como disse o Rafael, em raro momento de lucidez: "Não é uma história de amor, é um drama!". Mas também não é só drama, é belo, humano, cálido e inesquecível. Obrigada Rafael!


"A Vida Privada das Árvores" de Alejandro Zambra. Pense em um texto no qual não sobra uma misera palavra, virgula ou adjetivo. Pensou? Pois eu também, e a minha resposta imediata foi: "A vida privada das árvores". Esse chileno escreve com lirismo, atenção ao cotidiano e economia de palavras. Em um mundo cada vez mais prolixo, onde é comum usar muitas palavras para dizer "pouco e menos ainda", ler um texto assim é um refrigério para a alma, uma lição de escrita também.


"O Príncipe dos Canalhas" de Loretta Chase, esse livro foi quase um alivio cômico em um "TOP 10" onde reinaram dramas. A Loreta Chase é divertida, tem escrita leve e um pouco fora do comum. Ri muito lendo "O príncipe dos canalhas", me apaixonei pelo Lord Belzebu, estou pedindo mais dessa autora para a minha vida. Como ela escreve bem e é humorada!



Menções Honrosas: nesse primeiro semestre de 2015 tive o prazer de reencontrar dois velhos e queridos amigos. Eles estava com roupas diferentes das usadas em nossos encontros anteriores, mas não menos honrosas. "O Amante" de Marguerite Duras veio em forma de e-book e "Stardust: O Mistério da Estrela" de Neil Gaiman em formata de livro ilustrado. Esses livros são velhos amigos, com os quais é bom reencontrar pois trazem consigo tanto novidades como histórias inesquecivelmente acolhedoras, reler é como reencontrar consigo mesmo em tempos diferentes.

Ponderações sobre as leituras a partir da lista:
  • O kobo me conquistou, possui um grande espaço em minha rotina de leituras. Metade de meu top 10 ser composto de e-books denuncia isso;
  • Neil Gaiman pode não ser meu autor preferido, mas é mais lido. É o único autor com 2 livros na lista;
  • HQs é definitivamente um dos meus gêneros textuais preferidos, dos 5 livos físicos, 4 são HQs; e
  • Nossa como teve drama nesse "TOP 10", ao menos 4 livros tiveram essa pegada, para o próximo semestre mais amor por favor!
Para conferir a lista do Luciano, clique na imagem abaixo!


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Top 10 Livros do Primeiro Semestre de 2014

Nos seis primeiros meses de 2014 consegui o feito de ter lido o dobro da quantidade de livros de 2013. Então, imitando descaradamente o Luciano do .Livro, resolvi fazer uma lista dos meu "Top 10 dos Livros Mais Marcantes Livros de 2014.1". Esse vai ser um post longo.


"Nebulosidade Variável" de Carmem Martin Gaite - 372 páginas - Companhia das Letras

Esse livro é daqueles inesquecíveis, ele me fez companhia ao longo dos dois últimos anos. Nele Carmem Martin Gaite nos apresenta um romance epistolar no qual se conta a história de duas amigas de infância (Sofia e Mariana) cuja vida separou durante anos e tratou de unir novamente. Através da escrita de suas cartas Sofia e Mariana repensam suas vidas e encontram coragem para tomar novos rumos, ajeitar a vida e nos convidam a fazer o mesmo. Uma hora eu me identificava com Sofia em outra com Mariana e atualmente está difícil devolver o livro a Vaneza. Quando fui fazer a imagem para colocar no post juntei tudo o que o livro representa para mim, coisas do presente, do passado distante ou recente e projetos para o futuro, lembranças doces e amargas, sonhos realizados, não realizados e por realizar. Vou levar essa história comigo para sempre.


"A menina do fim da rua" de Laird Koenig - 193 páginas - Círculo do Livro

Esse com certeza é um dos livros mais sintéticos, limpos, bem escrito e coeso que já li. Incrível como Laird Koenig consegue escrever sem deixar nem mesmo um pronome sobrar. Denso sem ser pesado, nele se conta a história de Rynn, uma menina de 13 anos, leitora voraz, independente, auto-suficiente e cheia de mistérios. Junto com o garoto Mario, um magico, vamos descobrir o que ocorre no primeiro ano do resto da vida dela.








"Sushi" de Marian Keyes - 574 páginas - Bertrand Brasil.

Como o gênero "chick it" convida a supor, esse é um livo leve. A Marian Keyes é despretensiosa em sua escrita, divertida, prolixa até não mais poder. Mas, brincando e nos fazendo ri, ela acaba discutindo vários dilemas práticos femininos do século XXI, ela faz algo muito parecido com o que Jane Austen fez no inicio do século XIX. Devia ser legalmente proibidos aos homens lerem Marian Keyes. Me identifiquei até não mais poder com a Ashling e estou louca para reler "Sushi". Mi, obrigada obrigada obrigada, três vezes, porque 3 é um número magico para mim, por trazer a Marian para a minha vida.






"O Oceano no Fim do Caminho" de Neil Gaiman - 208 páginas - Intrínseca

Há quem diga que esse livro é uma fábula, o Rafael Castro garante ser ele um conto de terror, alguém pode dizer que é uma história fantástica, mas eu digo: o livro é um fio, uma ponte. Ao contar a história de como um garoto viveu uma experiencia fantástica conhecendo os limites da vida e da morte Gaiman teceu um fio através do qual qualquer pessoa de boa vontade pode ser levado até as suas memórias de infância. Não foi sem choque que percebi o quanto me identifico com o garoto da história.

Mais sobre esse livro em: Sobre "O oceano no fim do caminho" [Desafio Calendário Literário"]



"Ex-Libris" de Anne Fadiman - 162 páginas - Jorge Zahar 


Se você viveu aventuras com os livros, ama os livros, tem histórias sobre livros a contar, se permita conhecer as histórias da Anne Fadiman, você vai ri muito, arregalar os olhos, se enternecer bastante. E, se for uma leitora voraz do tipo romântica, vai sentir uma inveja danada da mulher, afinal ela conseguiu alguém disposto a juntar seus livros aos dela para compor uma biblioteca fantástica. Se você já encontrou alguém para juntar os livros dele aos seus então você vai sentir uma grande empatia com ela... #IndicoDemais

"Turma da Mônica: Laços" de Vitor Cafaggi, Lu Cafaggi - 84 páginas - Panini.

Esse foi um dos mais lindos Grafic Novel que já li. Impressionante como os irmãos Vitor e Lu Cafaggi conseguiram capitar a essência da "Turma da Mônica" e escrever uma história cheia de ternura, carinho, lirismo e bons sentimentos. Em "Laços" eles contam a história de como o cachorro do Cebolinha some de casa e toda a turma se junta para ir atrás dele. Na história está em destaque as principais características de cada personagem da turma, a saber: a capacidade criativa do Cebolinha para criar personagens e planos infalíveis, o temperamento explosivo da Mônica, o jeito tranquilo e precavido (especialmente em relação a comida) da Magali e a forma como o Cascão consegue reaproveita/reciclar qualquer coisa. É um orgulho ver um trabalho assim escrito em língua portuguesa.

Mais sobre esse livro em: " Resenha 082 - Turma da Mônica: Laços"

"Os Pequenos Perpétuos" de Jill Thompson - 52 páginas - Brain Store.

Esse livro foi presente do Rafael, uma memória material de nosso encontro. Nele Jill Thompson resgada os personagens clássicos do quadrinho "The Sandman" de Neil Gaiman e constrói uma história super fofa na qual a protagonista é a Delírio, a mais nova dos irmãos Perpétuos, e o seu cachorro Barnabas. Pense em um texto delicioso e encantador. Pensou? Pois é, esse é o que a Jill escreveu aqui. Indico muito, a crianças de todas as idades.

Ah, em tempo, "Os Perpétuos" são Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio, eles sintetizam os principais aspectos da vida, existem desde a aurora dos tempos e moldam a realidade em todos os mundos.



"Sailor Moon #1" de Naoko Takeuchi - 240 páginas - JBC.

Quando finalmente abri e li o tão aguardado volume 1 da "Sailor Moon", mal consegui conter a emoção, faltou pouco para chorar. Foi um tipo de presente da mulher que sou a menina que fui. Bastou ver o Tuxedo Mask e a Usagi para sentir uma onda de amor e ternura invadindo meus olhos, coração e alma. Foi como voltar no tempo e ser novamente uma garota. Eu amava o Tuxedo, Endymion, Mamoru, Endymion... E sei lá o nome dele, só sei que olhando assim acho que ainda amo.

Tem coisas da infância que nos acompanham para sempre! Que bom!



"Jogos Vorazes" de Suzanne Collins - 397 páginas - Rocco - Jovens Leitores.


"Jogos Vorazes" é classificado como infanto-juvenil e certamente a Suzanne Collins construiu um texto com linguagem simples e definitivamente seus personagens são adolescentes. Porém a forma como ela abordou questões de sobrevivência, relações humanas e a influencia da mídia na sociedade do espetáculo na qual vivemos cruzando tudo com uma trama de ficção cientifica elevou o seu texto a qualquer coisa que exige comprometimento e atenção levando o leitor a um grande nível de envolvimento afetivo. Sua leitura me deixou com uma ressaca literária monstro e eu digo sem medo de ser feliz esse é um livro épico da introdução a conclusão!


"Quando Tudo Volta" John Corey Whaley - 224 páginas - Novo Conceito.

John Corey é um autor de escrita fácil, fluida, ele escreve como se estivesse conversando com você. Nesse livro ele conta a história de algumas pessoas que viveram um verão muito estranho na cidade de Little no interior do Estados Unidos. Litter é o tipo de lugar tranquilo do qual os pós-adolescentes anseiam fugir, para qual os jovens costumam voltar e os velhos se conformam em se deixar ficar. Mas em um verão desses se levanta a hipótese de que um animal extinto reapareceu na cidade e tudo muda por lá. Uma agitação percorre o ar. Mas, o que movimenta a trama da vida cotidiana de Cullen Witter, o protagonista dessa história, seu melhor amigo Lucas e sua família não é o aparecimento desse animal e sim o sumiço de seu irmão caçula.

"Quando tudo volta" é uma leitura que convida a desacelerar, a pensar. a ponderar.... Os seus personagens são tão humanos em seus limites, virtudes e fraquezas que nos cativam. Foi fácil me senti a amiga de Cullen, Lucas, Mena e até da Ada. Deixá-los após a 220ª página entregues a continuidade de suas vidas chegou a ser doloroso, esse é o tipo de livro cujos personagens permanecem comigo muito tempo depois do fim da leitura, talvez até para sempre.

Mais sobre esse livro em: "Resenha do livro " Quando Tudo Volta " de John Corey Whaley"

Bem, essa foi minha lista, nem acredito que já se foi o primeiro semestre de 2014, como disse Cazuza, "o tempo não para" e você que passa por aqui, qual foram os melhores livros lidos esse ano? 

terça-feira, 4 de março de 2014

Destino guarda bem seus segredos [Citação 004]

"Caminhe por qualquer trilha no jardim do Destino e você será instado a escolher. Não uma, mas muitas vezes.
As trilhas se bifurcam e se dividem. A cada passo você faz uma escolha, e toda escolha resulta em trilhas futuras.
No entanto, no fim de uma vida de caminhadas, você pode olhar para trás e ver apenas uma única trilha se estendendo ás suas costas; ou olhar para frente e ver apenas as trevas.
As vezes, você sonha com os caminhos de Destino e reflete sem propósito algum.
As tilhas divergem-se, ramificam-se e reconectam-se. Dizem que nem mesmo o próprio Destino realmente sabe aonde qualquer caminho há de levá-lo, para onde cada guindada ou mudança de direção apontará.
Porém, mesmo se Destino pudesse lhe dar a resposta, ele não o faria.
Destino guarda bem seus segredos.
O Jardim do Destino, você o reconheceria se pudesse vê-lo.
Afinal, há de perambular por ele até morrer.
Ou até muito depois.
Pois as trilhas são longas e, mesmo na morte, não se encerram."
[Neil Gaiman_ Estação das Brumas: um prólogo_The Sandman, Ed. Definitiva, vol. 2, p. 13]
No dia 28 de fevereiro, depois de um longo período de espera, chegou a minha casa o volume 2 da Edição Definitiva de "The Sandman", quadrinho de sucesso do querido Neil Gaiman. Meu plano secreto era ler ele inteiro durante o Carnaval.


Mas não deu! É muita coisa misturada, mitologia cristã, mitologia nórdica e algumas discussões existenciais sutis do tipo que gritam no seu ouvido coisas como: "PARE E PENSE!". Então, depois de ler "Estação das Brumas" eu cedi ao apelo e parei!


Daqui a uns seis meses volto a Sandman e descubro o que se reflete nos "Espelhos Distantes".


P.S.: Rafael, será que no Livro de Destino nosso encontro na Páscoa já foi escrito?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Homem de Ébano - Da série "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram."

Eu tenho um sonho recorrente, mas fazia tempo que ele não acontecia. Porém noite passada ele voltou e eu lembrei da frase da personagem de Neil Gaiman, Rose Walker, em "The Sandman": "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram.". resolvi tentar escrever sobre ele como tentativa de tira-lo do meu catalogo de sonhos inoportunos.

Desculpem companheiros que se dão ao trabalho de ler as leseiras que escrevo, mas o meu sonho é o que tem para hoje!

Pois bem, sem mais delongas, em meu sonho inoportuno, eu acordo em uma grande cama do tipo que só existe em livros ou filmes antigos e diante de mim há um homem de ébano de costas para mim olhando através de uma janela gigante uma cidade antiga ou recente que repousa sob um céu no qual uma Lua reina como um tipo de divindade antiga.


No fundo da minha mente eu sinto que a criatura que contempla a Lua tem alguma importância para mim e a reciproca é verdadeira.  É como se eu soubesse algo de sua história, dos seus segredos, dos seus medos ou como se ele fosse outra parte de mim... Sei lá, talvez seja, talvez Freud explique...

No entanto, o certo é que de repente eu não consigo mais ficar parada contemplando apenas e o vento quente que chega pela janela me incomoda no meio de tanto pano e então me remexo na cama incomodamente grande e é o que basta para o outro se volta para mim...

E o "se voltar para mim" do outro é o que basta para o sonho se desvanecer... levando embora o quarto saído de um conto árabe, a Lua, a noite e o próprio homem de ébano... E ai é o de sempre: acordo, abros os olhos, confiro a hora no celular, desligo o ventilador, um dos incomodo necessário a quente noite recifense, levanto, escovo os dentes, tomo um banho, visto a roupa, tomo um café, faço a digestão de meu mau humor matinal e comunico ao mundo, nem que seja através de uma rede social, que "sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram".

domingo, 21 de outubro de 2012

Meme literário de um mês 2012: Dia 21 - Cite 3 personagens literários favoritos.

Salve a imaginação!
(Barbara de S. Araujo, 07.2012)
Cá está outra pergunta complicada. Você cita um personagem e os outros podem ficar com ciúmes. Enciumados começam a fazer barulho e quem controlará essa algazarra mental criada por essa trupe?

Complicado, muito complicado escolher apenas três personagens literários favoritos quando se acumula ao longo da vida vários personagens literários favoritos.

Além do mais, eu sou geminiana, ou seja, eu troco de personagem favorito como quem troca de ideia... E olha, eu troco de ideia com uma facilidade!!! rsrsr....

Mas, vamos tentar... Que nenhum dos meus fofos personagens se sinta ofendido ou desmerecido, se ano que vem eu for participar novamente vou tentar adicionar a lista mais três personagens diferentes.

Quando penso em personagem favorito a primeira coisa que vem a cabeça é a Vovó Cera do Tempo, personagem criada por Terry Pratchett e que aparece em vários livros da série Discworld a bruxa mais incrível que já conheci através dos livros. Quando estiver velha quero ser como ela simples assim. Tem personalidade, foco, força, instinto.

Eu sou super fã dela especialmente porque, com eu, ela detesta tudo que torna as pessoas menos que humanas.

"Ela odiava todas as coisas que predestinassem as pessoas, que as fizessem de bobas, que as tornassem pouco menos que humanas." (Terry Pratchett)

Outro personagem inesquecível é a Elizabeth Bennet de "Orgulho e Preconceito". Fiquei batendo a cabeça na parede por não ter colocado esse livro entre os três +, mas não vou deixar Austen de fora da lista dos favoritos de jeito nenhum.

As vezes as pessoas dizem que eu pareço com a Lizze, mas o fato é que eu li tantas vezes "Orgulho e Preconceito" e gosto tanto da personagem que parte da minha personalidade e forma de perceber e interpretar o mundo foram apreendidas do texto de Austen e Elizabeth Bennet é uma inspiração.

E por fim, excluindo totalmente os personagens masculinos dessa lista kkkk, não posso deixar de incluir a Death de Neil Gaiman. Ela é a encarnação antropomórfica da Morte mais fofa da literatura, sem contar que é uma grande irmão mais velha.

Sou fã do seu estilo, do seu jeitinho de levar a vida, pode parecer mórbido  mas curto demais esse personagem e algumas de minhas amigas sempre que vem ele nos face, blog e orkut dizem que ela é a minha cara, ta que algumas delas não conhece Sandman, mas tudo bem néh!!!

O Meme Literário de Um Mês 2012 é uma ideia saída do Happy Batatinha!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 05 – Você costuma ler graphic novels e/ou gibis?

Eu amo HQs, gibis, mangás, e derivativos!!!

Há quem diga que são coisa de criança, mas e não ligo muito, acho uma delicia e uma forma maravilhosa de se contar uma história.

Alias, curto tanto Gibis e derivativos que as imagens que geralmente costumam ilustrar meus perfil saem de HQs, como Death, saída do Universo de Sandman. 

Aliás, porque eu to dizendo isso a vocês? É claro que todo mundo que passa por aqui sabe que eu gosto de HQs!!! Tá na cara rsrsrs...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

"Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram." - Parte 3

Pois é, (toda vez que começo um post com "Pois é" pode espera leseira) já que esse é o terceiro post que escrevo com esse titulo, posso dizer que estou construindo uma série baseada na afirmação da Rose em Sandman???

Talvez, pode até ser... já que quanto mais fujo das artes produzidas sob a inspiração do universo onírico mais elas parecem me perseguir. Devo ter um imã para isso e o melhor da história é a capacidade que essas obras, por mais leves que sejam, tem de promover uma sutil bagunça na frágil organização do meu próprio mundo onírico.

O ultimo livro que andei lendo "O sonho de Eva" um romance brasileiro com elementos de suspense e ficção cientifica, que chegou a mim através da Saleta de Leitura, me fez uma vez mais refletir sobre o que mostram e escondem os sonhos...

Até cometi a temeridade de anotar um sonho e pensar a respeito, exercício que não gosto mesmooooo com muitooosss "ooos".

Enfim, para, com pleonasmo e tudo, "botar para fora" todas as lembranças que "entraram para dentro" durante a leitura resolvi fazer um post falando sobre as obras que mexeram com os meus sonhos e mexem até hoje.

A primeira produção que falava de sonhos e me fez questionar os limites e possibilidades do mundo onírico foi o filme Vanilla Sky com Tom Cruise e Penélope Cruz. O drama de David, personagem principal do filme, e o desenrolar de toda história me fez esgotar todo meu estoque de lágrimas, quase fiquei desidratada. Foi através dessa história que descobri a criogenia.


Assistir Vanila Sky não mudou minha vida, mas colocou inúmeros "e ses" na minha cabeça por muito tempo e até hoje quando digo que "Queria ter nascido gato!" lembro de Penélope Cruz dizendo: "Te vejo em outra vida quando formos gatos.".


Outro que balançou as estruturas e me fez pensar nos sonhos foi obviamente o Senhor dos Sonhos, Morfeu, popularmente conhecido como Sandman. Conheci essa obra de Gaiman primeiro pela net, só bem depois consegui adquirir parte do material impresso referente a esses quadrinhos de fins da década de 1980 a de 1990.


É impressionante como Gaiman pega referencias dos mais diversos lugares e sintetiza nessa obra: Mitologia Cristã, Psicanalise, Shakespeare, Mitologia Grega, nem mesmo a África foi esquecida em seus escritos.



Os Perpétuos formam uma família para lá de interessante, de certa forma eles são os filhos e os pais da humanidade.


Nesse ritmo outra obra que me fez refletir sobre sonhos foi o popular e recente A Origem, com o Léo DiCaprio muito fofo, interpretando o obstinado Dom Cobb.


Já assisti esse filme umas trocentas vezes sozinha e também com meu irmão, excelente cúmplice para qualquer tema e em especial os existenciais. Sempre termino desejando firmemente que ele tenha resolvido suas demandas e encontrado seu final feliz, mas, não consigo convencer a mim mesma dessa hipótese. Na minha opinião "A origem" é um filme que não acaba quando termina.


Por fim,  a coisa mais louca que já vi produzida a partir do que se pensa sobre sonhos foi o filme Waking Life.


Assisti parte desse filme sozinha, parte com meu irmão e tive a impressão que juntaram todas as conversas loucas que tivemos na madrugada e mais as de inúmeras outras pessoas e colocaram em um único lugar. Muito louco, as vezes confuso, ao mesmo tempo interessante e diferente.

Admito que grande parte das produções que vi ou li sobre sonhos foram interessantes, as vezes até emocionantes como Vanilla Sky.

Contudo, de maneira geral, com exclusão apenas para um certo sonho com Centauros, acho muito correta a fala de Rose Walker: "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram.".