quinta-feira, 31 de março de 2022

Dias cheios que passaram e eu senti

Sentei para escrever uma resenha de um dos livros do projeto "40 Livros Antes dos 40", "Sempre Vivemos no Castelo" da Shirley Jackon, para não zerar o mês de março sem nenhuma postagem e me dei conta de quantas coisas aconteceram dentro dos 31 dias de março e resolvi trocar o tema da postagem e falar sobre esses dias cheios que passaram e eu senti. Esse post pode ficar enorme, não se sintam obrigados a ir até o fim.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Romeu e Julieta de William Shakespeare [40 Livros Antes dos 40 Anos/05]


Comecei a ler Shakespeare na adolescência com uma versão adaptada de "Sonhos de Uma Noite de Verão" e não gostei muito, porém, nada como um dia depois o outro somando anos para trazer juízo a pessoa. Passar a vida toda sendo leitora e ignorando o Bardo do Avon é muita desonra! Ao longo dos anos acabei me pegando lendo "Macbeth" e no segundo encontro foi amor, acabei decidindo ler tudo dele... e estou fazendo esse exercício ao longo dos anos. Já foi "Hamlet: o Príncipe da Dinamarca", "O Rei Lear", "A tempestade", uma releitura de "Sonho de Uma Noite de Verão" e em Setembro de 2021, finalmente, um dos livros mais famosos da história da Literatura: "Romeu & Julieta".

sábado, 19 de fevereiro de 2022

O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë [40 Livros Antes dos 40/4]

Li "O Morro dos Ventos Uivantes" no final de 2021, passei pela estante, avistei ele e me perguntei: "Quantas vezes vou precisar ler esse livro para decidi se gosto ou não dele?". Quanto mais as leituras se somam umas as outras mais me absurda a genialidade feroz da Emily Brontë e sua capacidade de descrever a perfeição a crueldade, intensidade, passionalidade e imprevisibilidade das pessoas moldadas por relações abusivas, desconhecem outra forma de sociabilidade e em grande medida rejeitam e desprezam qualquer coisa longe disso.

Mesmo agora não consigo definir com clareza meus sentimentos em relação a Catherine & Heathcliff. Dentro do meu coração "O Morro dos Ventos Uivantes" permanece sendo um conto de terror mais sombrio, oposto simétrico do conto de amor mais luminoso contido em "Orgulho e Preceito". Assim como Jane Austen, Emily Brontë é seminal em minha trajetória de leitora, parte do Yin Yang de minha personalidade construída em torno de aproximações de opostos.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

"No útero não existe gravidade" de Dia Nobre


"No útero não existe gravidade" interpolou minha lista de livros a serem lidos. Em um momento nem sabia da existência dele, no outro estava agarrada com ele madrugada a dentro mergulhando na narrativa abrasiva da Dia Nobre, graças a uma amiga com olhos de lince para livros divergentes.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

O entardecer é um momento muito sereno...

 

No fim de semana passada estive, novamente, em Lagoa do Ouro, a ocasião foi o aniversário da sobrinha de Claudineia, Nick. Não desgosto de festa, mas em geral chega um momento no qual eu preciso da uma pausa, fugir e respirar. Minha pausa, foi nos fundos da casa de Diane, a mãe de Nick, e naquela altura do Planalto da Borborema, sentada no batente quase rente ao chão, contemplando o horizonte no fim do dia, me ocorreu pela milésima vez: o entardecer é um momento muito sereno.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

"Bestiário" de Julio Cortázar

 

"Bestiário" foi meu primeiro encontro com a escrita de Julio Cortázar e me encontro bastante impactada. O livro trata-se de uma coletânea de oito contos é de leitura fácil e prazerosa, demorei uma semana lendo por ter optado por ler um conto por dia, mas basta uma tarde preguiçosa ou uma noite livre para da conta da leitura desse livro absurdamente gostoso.

Para mim um bom conto não precisa ser curto ou longo, um bom conto precisa saber fisgar a atenção nas primeiras linhas criando uma atmosfera de tensão que nos faça avançar rapidamente para o último paragrafo, pois o conto é um texto para ser lido em um folego só. Então, dentro dos meus parâmetros, todos os contos de "Bestiário" são perfeitos, carregados não só da tensão primordial como de mistério e com altas doses de fantasia ou o famoso "realismo fantástico" associado aos autores e autoras da América Latina.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Cidade de Bonito - Pernambuco

Não sei se foi uma decisão prudente, mas bem me vi com as três doses no braço e já fui topando viajar nas férias escolares. O destino foi a cidade de Bonito localizada nas Superfícies Retrabalhadas que compõem o mar de morros que antecede o Planalto da Borborema ou simplesmente no interior do Estado de Pernambuco entre a Zona da Mata Sul e o Agreste. Como o nome já anuncia, é uma cidade cheia de belezas naturais, boa para fazer trilhas, boa para quem gosta de banho de cachoeira e prefere destinos menos urbanos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Enquanto Recife foi se tornando um lugar de passagem...


Falhei, confesso! Estamos em vésperas de Natal e falhei no objetivo era manter o blog atualizado ao longo do ano inteiro e não consegui esse feito. Novembro, por aqui, passou em branco, um grande hiato de coisas não registradas. A correria de aprender a cuidar de uma casa sozinha, lidar com as coisas de minhas dez turmas de História do Fundamental 2, minhas amigas e amigos tentando me ajudar com as coisas de minha mudança, a nova rotina com meus pais, a dolorosa ausência cotidiana do meu gato e vê minha cidade natal, Recife, se tornando um ponto de passagem.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

O Velho e o Mar de Ernest Hemingway

 

Sou uma pessoa leitora bastante colecionista, gosto de ler e de ter o objeto livro. Não só compro muitos livros como ganho e, não raro, livros comprados ou recebidos de presente ficam anos na estante esperando para serem lidos. "O Velho e o Mar" do Ernest Hemingway é um desses livros que ganhei e ficou anos na estante esperando para ser lido. E não, dessa vez não foi a Ana Seerig a responsável por trazer o livro a minha vida, esse foi presente de Tia Helena em Julho de 2007, nessa época eu ainda morava em Recife, na casa dos meus pais em Nova Descoberta e cursava o 5º Período do curso de História na UFRPE.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Aluguei Uma Casa, Saí Da Casa Dos Meus Pais

Aluguei uma casa, finalmente. Na verdade, não foi uma casa e sim um apartamento, mas acho que a palavra casa sintetiza melhor a ideia por trás das minhas pretensões com esse ato, a saber: a construção de um espaço de liberdade e proteção no qual eu possa viver plenamente a experiência de ser uma pessoa adulta.