quarta-feira, 17 de abril de 2013

6º BookCrossing Blogueiro e as Vantagens do desapego


Faz um tempo, que li um comentário da Tita, conhecida também como Dona Coisinha, sobre doações de livros para bibliotecas lá no blog do Christian, o "Escritos Lisérgicos", e guardei para usar em um post sobre o BookCrossing Blogueiro, 6ª edição.

As vantagens da doação:

- treinar o desapego (mais fácil começar com objetos)
- disponibilizar para todos algo que ficaria restrito a mim

Algumas vantagens egoístas mas que valem também:

- desocupar espaço na minha casa;
- não precisar tirar pó dos livros;
- ter os meus livros organizados por uma bibliotecária (um luxo);
- ter meus livros disponíveis e facilmente localizáveis se eu resolver ler (bom para pessoas bagunceiras que nunca lembram onde guardaram as coisas);
- deixar na estante de casa somente o que realmente me interessa no momento;
- ir na Biblioteca pra pegar "meu" livro emprestado para reler e acabar descobrindo outras coisas maravilhosas.


Esse espirito de desapego é uma ideia legal, como diz minha mãe, caixão não tem gaveta e daqui a gente não leva nada, nem mesmo os livros, no máximo, talvez, levemos a memória das leituras... Mas isso é apenas um talvez no infinito conjunto de "talvez" que povoa nossa vida.


Como comentei com a Luma em outro contexto, quando leio um livro e gosto minha primeira reação ainda é guardar para ler de novo, mas me propus aprender a desapegar e estou alcançando algum sucesso nisso. Não um sucesso indiscutível (Luma, sobre seu comentário no post dos 200 anos de "Orgulho e Preconceito" eu tentei, mas ainda não tenho coragem de deixar meus Jane Austen para outra pessoa), tenho muito a aprender na arte de ser menos acumulativa e mais compartilhativa, mas isso é um caminho, uma filosofia de vida, algo a ser construído passo a passo e as vezes correndo.

Para quem está em seu primeiro bookcrossing e sofrendo, falo de minha experiência pessoal: cada doação torna a próxima mais fácil, no meu primeiro bookcrossing sofri tanto para doar que hoje até acho graça.

E vamos aos livros escolhidos para o bookcrossing abril de 2013, o primeiro a ser escolhido foi o livro "O herói perdido", volume 1 da "Série Os heróis do Olimpo" do Rick Riordan foi escolhido para ser deixado em um lugar público por ser um livro leve, divertido, tem uma interpretação interessante dos mitos gregos e uma narrativa envolvente desde a página 1.


Deixei ele em um dos bancos do terminal integrado da Macaxeira e corri para meu ônibus. Deu tempo de ver uma pessoa se aproximar meio desconfiada, pegar o livro, sentar e começar a ler... Espero que ela tenha gostado, que tenha sido um bom encontro.

Também desapeguei da minha edição de "P.S Eu te amo" que veio através de uma de minhas parcerias com o Luciano do .Livro.

Desapegar desse livro foi o grande desafio do bookcrossing desse ano por todas as coisas pelas quais passei enquanto lia essa história, por isso decidi enviar a um destino certo. Mandei pelos correios para uma pessoa super querida que eu sabia ter vontade de ler o livro. Espero sinceramente que ela goste da história e que seja uma boa leitura.

Também escolhi um livro para ficar em um ônibus, e este vai ser o vol. 1 do livro "O conde de Monte Cristo" do Alexandre Dumas. Foi escolhido porque elementos dessa história estão sendo utilizados na novela das seis da Globo e eu li em algum lugar que Revenge também é uma adaptação dele.

Acho impressionante como as tramas de Dumas conseguem continuar populares até hoje. Amo essa característica do texto dele e decidi deixar um pouco dele pela minha cidade na esperança que livros também se tornem populares como Dumas.

Enfim, é isso gente! Esse foi meu bookcrossing blogueiro vol. 1 de 2013, em novembro tem mais bookcrossing e durante o resto do ano a prática continua, sempre que possível desapegue.

Ah, li isso em algum lugar, dizem que é do Caio Fernando Abreu, eu não sei ao certo, mas gostei da ideia:

"E se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo... preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo!" 

(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Despedida da Trilogia do Mago Negro, Podcast sobre Quadrinhos.

Oláááááá! Tem alguém por ai?!?!


Sei que já faz um tempinho que não posto e acho que essa não é necessariamente uma postagem de verdade, me desculpem... Esse post vai ficar mais para convite/aviso/registro que post de verdade.

E vamos a eles:

1 - Despedida da Trilogia do Mago Negro: Hoje o Luciano está me recebendo pela quarta vez lá no seu blog, o .Livro, estou falando sobre o volume 3 da Trilogia do Mago Negro, o livro "O Lorde Supremo" da Trudi Canavan.

Como ler essa trilogia foi uma experiência significativa precisei registrar aqui e interrompo minha pausa para convidar a quem quer que ainda esteja por aqui para conferir.

"O Lorde Supremo, Vol. 3 da Trilogia do Mago Negro"


2 - O podcast sobre Quadrinhos: A Mi (Michele Lima para os não intimos), prefeita querida do PodCast das Meninas dos Livros me pediu para avisar aqui sobre o novo cast, nele falamos a respeito de algumas de nossas histórias em quadrinhos favoritas (Hana Yori Dango, Turma da Mônica, Yu Yu Hakusho e Aya de Yopougon). Dessa vez eu não arenguei (briguei) com ninguém (#Milagre) e eu convido todos a ouvirem nosso papo literário e compartilharem conosco suas opiniões, criticas e sugestões.





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E já que estou aqui, vou aproveitar para adicionar ao post alguns fanarts dos meus personagens favoritos da Trilogia do Mago Negro, acrescidos por comentários. Levei mais de seis meses lendo essa história... E como se diz em português não-formal "a gente se apega".

Sonea, protagonista da série com seu visual fim de série, no começo ela é uma adolescente magricela que se veste de menino para evitar o assedio dos homens enquanto faz entregas na cidade. O que ocorre para transforma a menina magricela nessa mulher segura só lendo para saber.

Imagem daqui

Dannyl e Tayend, por sua inteligencia, perspicácia e tenacidade, o Tayend se tornou um dos meus amores literários, é um personagem muito digno, bem resolvido, corajoso e cativante. Não a toa o casal é frequente e muito bem representado nos fanarts.

"Palavras são mais afiadas que espadas, elas só não destroem a mobília"
(Tayend, In: CANAVAN, Trudi. A Aprendiz. p. 377)





Akkarin, Lorde Supremo do Clã dos Magos: se ele é vilão ou não só lendo até o volume final para saber.


Imagem daqui

Rothen e Dorrien: não privilegiei muito ambos nas resenhas, mas foram marcantes também. Rothen é o melhor professor que um aluno poderia ter e Dorrien é um profissional e tanto, se todo médico fosse como ele as pessoas sofreriam menos.

Imagem daqui

Cery e Savara: na verdade queria uma imagem só do Cery, mas na falta dela vai ele com a Savara mesmo, ela não é um personagem dos menos cativantes, vou dar um credito. Mas ambos estão muito infantilizados nessa imagem, Savara é uma mulher feita, sexy, segura, poderosa e o Cery também é mais seguro.

Imagem daqui
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No mais, se demorar mais um mês para aparecer atualizações aqui... continuem não estranhando...

quarta-feira, 13 de março de 2013

Pausa...

Eu não gosto realmente de dizer isso... 
Mas não estranhem se demorar a aparecer novas postagens...

quinta-feira, 7 de março de 2013

Especial CLAMP 4: Sakura Card Captors

Em Sakura Card Captors, conhecemos Sakura Kinomoto, uma menina de dez anos que ao libertar por acidente um conjunto de cartas mágicas chamadas Cartas Clow, recebe do guardião das cartas, Kerberos, uma criatura pequena parecida com um bicho de pelúcia, a missão de capturar todas as cartas que estão perdidas, transformando-se assim em uma Card Captors.

A genialidade das mangakás da CLAMP está no fato de que além da sugestão yaoi que Touya Kinomoto, irmão de Sakura, e o melhor amigo dele Yukito Tsukishiro tem uma relação amorosa, todas as crianças de Sakura Card Captors estão apaixonadas platônicamente umas pelas outras, independente do sexo biológico de cada uma.

Como são crianças que ainda não estão na pré-adolescência, a sexualidade delas ainda é latente, ou seja, que ainda não se manifestou por completo e portanto o amor que elas sentem entre si, é puro e casto.

Sakura tem uma paixão por Yukito, mas Sakura também ama Tomoyo Daidouji, a melhor amiga dela, e também ama Syaoran Li, um menino que é um Card Captors rival de Sakura no início. E por sua vez Tomoyo também ama Sakura e Syaoran além de amar Sakura, também tem uma paixão por Yukito.

E é esse sentimento amoroso e puro que faz com que todos os personagens de Sakura Card Captors se arrisquem uns pelos outros e também se doem incondicionalmente. O leitor ao ver todo esse amor e amizade sem limites, se identifica totalmente com a obra e ao mesmo tempo deseja que esse tipo de relação também possa existir na vida real. Obra máxima da CLAMP, Sakura Card Captors é inspiração de amor e amizade para todos aqueles que lêem a sua estória.

O filósofo grego Platão, em sua teoria platônica da alma, afirma em seu diálogo "O Banquete": Amar alguém ou alguma coisa é amar sua alma e não o envoltório grosseiro e mortal que é o seu corpo. A alma ama as formas ou ideias. Ela deseja a formosura. Ama a perfeição.

Com esta citação do filósofo grego Platão, termino este breve ensaio em que procurei definir as idéias e os conceitos que se encontram nos mangás criados por Ageha Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi, o grupo CLAMP. Após venderem mais de 100 milhões de volumes de seus mangás e serem aclamadas por todo o público e por toda crítica, os mangás da CLAMP podem ser considerados obras de arte, porque mantêm constância em seus temas e mostram evolução em seus trabalhos, tendo atingido assim o conceito do que é clássico, ou seja: obras que inspiram e educam toda a humanidade.

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E o ciclo de postagens especiais falando sobre a CLAPMP vai chegando ao fim.
E eu vou agradecendo a página Japanholic's Hyperdimension por ceder os textos para a publicação aqui no blog. Foi um prazer para mim.
Espero  que as pessoas que andam acessando os textos estejam satisfeitas com o conteúdo que tem encontrado, eu ao menos estou.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Músicas para a segunda...

Não, esse não é um post tipo "como a segunda é promissora!". Esse não é um blog focado em alto-ajuda, quem me conhece sabe que eu e a segunda-feira não temos uma tradição de amizade, amor e respeito, seria muita falta de franqueza pousar de otimista... Ainda mais agora quando me encontro atormentada por minha coluna e por meu ombro esquerdo eternamente danificado.



É sério a segunda não gosta de mim!
Tudo bem, eu também não gosto dela e a reciproca é verdadeira!

 

É aquela coisa, eu já começo a segundo pedindo graça a Deus, porque se ele me der força eu mato um! 


Mato quando eu chegar na parada de ônibus e a quitadeira me avisar que o ônibus continua não descendo e eu vou ter que subir no sol quente! 



Mato quando eu chegar na integração e encontrar aquela habitual desordem, os poucos ônibus para os muitos passageiros e a necessidade de ser selvagem!


Mas sinceramente, não importa muito o motivo o mal humor é latente na segunda e parece que ele atrai... #TristeIsso

Mas... recentemente a Dona Ana Seerig me apresentou duas canções que conseguem amenizar o meu mal humor de segunda e hoje, faço feito o Garfield faz com o ursinho e só para não partir de mal humor começo o dia ouvindo-as!



1º) Datemi Un Martello da fofissima Rita Pavone, que está preciosamente inspiradora nesse vídeo cantando toda serelepe uma música um tanto quanto psicopata, mas bem adequada para meu mau humor. Aaah se eu arrumo um martelo e a oportunidade de dar umas marteladas na cabeça de alguns vereadores donos de empresas de ônibus que se reúnem no silêncio da noite para aumentar o preço da passagem sem melhorar a qualidade do transporte urbano!!!!


2º) A lirica canção de titulo nada sugestivo "Eu só quero acabar com você" do grupo Validuaté. Ela é também meio psicopata, mas quem nunca nem por um minuto teve uma vontadezinha de desejar a alguém  como o prefeito mentiroso, o dono da empresa de transporte público, os prefeitos hipócritas que não cuidam dos problemas de urbanidade da cidade e a algumas pessoas mais que:

"...Tomara que sempre chova em todas as tuas festas.
Tomara que tu tropeces em todas as pedras.
Tomara que tu sempre enfrentes filas enormes.
E mesmo morrendo eu não quero mais que tu retornes...."



Enfim, na segunda eu me permito não jogar o jogo do contente...
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A parte o meu mau humor segundistico (essa palavra existe?) registro aqui uma coisa boa que aconteceu no fim de semana e me alegrou por demais... A Sheilinha querida do meu coração lá do blog "Cozinha de Mulher" fez um post com um prato nordestino e dedicou a minha pessoa.


Quem quiser conferir uma culinária nordestina tipica de Pernambuco, sinta-se convidado, todo mundo tende a ser recebido bem nessa cozinha!!!



Obrigada Sheila pela lembrança!!!




quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Uma festa e dois selos...

Sim, esse blog e esta blogueira estão em festa! E o motivo é que a linda, querida e amada Erica Ferro do Sacudindo Palavras tirou uma boa nota nos exames do ENEM e se tornou a mais nova estudante de biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas.

Como sei o quanto ela se esforçou, sofreu e tudo o mais para conquistar essa vaga estou super feliz e não consigo deixar de registrar aqui todo os meus parabéns a Dona Ericona!!!

Como a Erica também é uma super paratleta, campeã de natação, desejo que os próximos anos dela sejam assim:


Feita festa, vamos aos selos...

Por esses dias andei recebendo selos relacionados a leitura e hoje é o dia de aderir as brincadeiras! Começando pela ordem de recebimento

"Selo de Incentivo a Leitura", que recebi da Aleska do Entre Livros e Sonhos e da Nádia do Palavras em Movimento.


As regras do selinho são:

- Indicar 10 blogs (é expressamente proibido oferecer a quem quiser pegar sem indicar seus blogs antes Não sei quem fez a regra, mas se tu quiser pegar, pega na cara de pau mesmo e  se alguém questionar diz que fui eu que mandou pegar.).

- Avisar aos blogs escolhidos.

- Colocar a imagem no blog para apoiar a campanha.

- Responder a pergunta:


"Qual livro você indicaria para uma pessoa começar a ler?"

Não consigo pensar pensar em um único livro capaz de agradar a diversidade de pessoas não-leitoras com potencial para vim a ser leitoras. Mas, posso citar alguns livros com os quais tive experiencias de sucesso: para uma pessoa que tem um grande vinculo afetivo com o pai e uma mãe durona, porém querida, é boa ideia oferecer o belo "A menina que roubava livros"; para pessoas que amam a natureza "O jardim secreto" pode ser uma boa escolha; livros como "A viuvinha" e "Cinco Minutos" de José de Alencar podem aquecer o coração de uma alma que tenha um romantismo menos moderno e "As crônicas de Narnia" podem ser o primeiro amor de alguém que cresceu em um lar evangélico ou católico.

O segundo selo é o "Leia Sempre" que ganhei da Calú do blog "Fractais da Calú", da Jussara do "Palavras Vagabundas" e do Alexandre do blog "Do que eu quero".


As regras são:

1 - Citar o nome e o link de quem te enviou: Já citei acima.


2 - Indicar 2 livros (no mínimo) que leu em 2012 e gostou (não há limite máximo).


3 - Listar 3 livros (no mínimo) que deseja ler em 2013 (não há limite máximo)

Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes
Os miseráveis de Victor Hugo
O mal estar na cultura de Freud
Jane Eyre de Charlotte Brönte
Fernando Pessoa: uma quase auto-biografia de José Paulo Cavalcanti Filho
O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago
Emma de Jane Austen

4 - Oferecer para mais 10 pessoas ou blogs e avisá-los:

Gostaria de ver essas pessoas queridas do meu coração (sente a pressão psicológica on) respondendo:

Luciano Santos do .Livro
Mamis do Filial de Marte
Irene do M@myrene
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P.S.: Vaneza com Z, eu senti vontade de te indicar esses selos, mas como já te constrangi pedi educadamente para você participar da blogagem coletiva de aniversário, vou deixar essa passar em brancas núvens... #TeAmo

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Um casamento e dois chás de fralda - Uma das madrinhas da noiva!

Eu tenho uma teoria, alimentada por excesso de filmes e livros americanos, de que uma pessoa sabe que anda estabilizada e confortável em uma vida de solteira grau 10.000 quando começa a ser demasiadamente convidada para chás de fralda e casamentos.

Pois é, depois de em menos de dois meses ser comparecido para um casamento e dois chás de fralda eu começo a me convencer que sou uma pessoa orgulhosamente estabilizada em uma vida de solteira e para chegar a perfeição só falta sair de casa e ir morar sozinha.


A parte essa reflexão de inicio de post, eu sou apaixonada por minhas amigas e por meus sobrinhos e sobrinhas então não poderia deixar de registrar aqui esses capítulos de meus vinte e poucos anos. Como eles fazem menção a uma considerável gama de acontecimentos, decidi  contar a história do casamento de Claudineia e Iran do qual eu fui madrinha.

E a proposito, antes que eu fale sobre o casamento de Clau, é bom dizer que essa não vai ser a primeira vez que ela aparece aqui. Clau é a minha amiga ninfa sobre a qual falei em maio do ano passado e também é a amiga que me proibiu de contar de como "Fui a Garanhuns, não fiz nada do que queria fazer, mas ganhei uma coca-cola grátis".

Acompanhei alguns capitulo do namoro e do noivado de Clau, então quando ela decidiu casar achou justo me convidar para ser uma das madrinhas.

Como não sou uma pessoa habituada a me arrumar para ocasiões formais, o casamento de Clau representou uma verdadeira operação de guerra para mim começando pela coisa mais obvia do mundo, alugar o vestido, passando por fazer uma viagem de 4 horas para Garanhuns, até chegar ao dia da festa no qual eu tive que acordar as sete da manhã porque era o único horário disponível na manicure.

O problema é que ninguém me avisou que quando uma das madrinhas da noiva se hospeda na casa na qual a noiva mora ela tem que trabalhar duro e o resultado foi que, enquanto a noiva corria para resolver os detalhes de última hora do casamento, a madrinha aqui teve que receber metade da família do noivo, ir no mercado, colocar o almoço no fogo para uma pequena tropa e lavar pratos estragando as pobres unhas que a fizeram acordar as sete hora da manhã. Se não tivesse sido cômico, divertido e gratificante teria sido trágico.

Na verdade ter ajudado a Clau fez do dia do meu dia de madrinha algo pra lá de inesquecível e fiquei até bonitinha de madrinha. Valeu muito o esforço para está na festa e conhecer a família de Clau inteira, incluindo a sobrinha dela, coisa mais fofa do mundo. Geralmente não me dou muito bem com meninas, mas há exceções.


O casamento da minha amiga ninfa foi perfeito, o vestido dela foi digno de uma ninfa. Feito pela mãos da mãe dela, fez com que aos meus olhos ela parecesse ter saído de um conto de fadas e na hora da valsa eu me sentia olhando o baile da Cinderela do lado de dentro do desenho. Minha amiga estava tão linda que só de lembrar me emociono.


A minha foto não ficou das melhores, mas o sentimento para o qual ela me leva é o melhor do mundo, foi tirada um pouco antes do momento no qual os padrinhos e madrinhas se juntaram a ela na valsa... Nunca tinha dançado nada na vida antes, meu companheiro de valsa foi um par maravilhosamente tolerante, eu só fazia ri e estava embriagada de emoção.

Eu e meu companheiro entrando na Igreja, ficou muito elegante essa imagem!
E como se não fosse suficiente, na hora de jogar o buquê eu quase peguei o danado! Pois é, para minha surpresa o danado veio em minha direção, eu olhava e não acreditava, parecia um delírio sonho...



Aliás, delírio sonho foi o que eu vivi nos 15 milésimos de segundo nos quais o buquê voou para mim e meus dedos chegaram a tocar nas flores. Juro que esses breves milésimos de segundos foram tempo suficiente para que eu me vice toda vestida de noiva correndo em uma praia deserta na direção de um cara empalitosado muito parecido com o Terry Crews (se é que não era o próprio), mas...


Quando eu estava prestes a chegar nele... Catabum... Raquel pegou o buquê e detonou com meu delírio sonho! Se eu não gostasse muito da Raquel, e ela não formasse um par muito fofo com o Rodrigo, eu teria ficado um pouco mais que emocionalmente abalada pela destruição precoce do meu delírio sonho de contento com o lindo Tery Crews! Para ninguém dizer que estou mentindo, deixo a imagem do momento do abraço entre Raquel e Clau, demonstrou bem a alegria dela, acho que foi maior do que o meu desalento...


Ah, o post vai acabando por aqui, mas se vocês pensam que a festa de casamento acabou ai estão enganados... No outro dia ainda houve espaço para mais festa no sítio no qual minha amiga cresceu com direito a um novo bolo, muito mais comilança e chororó dobrado porque se não tivesse muitas lágrimas não poderia ser uma história na qual a Clau é a protagonista e eu sou parte do elenco.


Enfim, o casamento de minha amiga ninfa foi uma das experiências mais significativas desse início de 2013, dessa faze da minha vida, depois dos 25 antes dos 30, e talvez do conjunto dos meus dias. Desejo a ela toda a sorte, felicidade, amor e o mesmo tipo de presença de espirito que fez ela escolher como detalhe do look de casamento um sapato rosa de salto impossível.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

200 anos de Orgulho e Preconceito!


"O maior clássico de Jane Austen, e um dos meus livros preferidos, fez 200 anos e eu não fiz nem um postizinho a respeito disso!"

Acordei constatando isso e me senti profundamente envergonhada! Como pode? Onde esse mundo vai parar desse jeito? Que absurdo dos absurdos! Preciso mudar esse quadro catastrófico e me redimir com Mr. Darcy, Elinor Dashwood, Elizabeth Bennet, Fanny Pride, Anne Elliot, Emma e toda a turma.

E foi com o intuito  de me redimir de tamanho crime fui remexer em minha coleção de tralhas relíquias Austerianas e é impossível não sentir uma sensação gostosa de familiaridade, nostalgia e beleza.


Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Mansfield Park me levam  para muitas das melhores lembranças de minha adolescência só de ler o primeiro paragrafo.


Adquirir as séries da BBC foram uma das maiores satisfações do meu inicio de vida adulta. Na minha opinião, outras adaptações podem vim a ser feitas nos próximos duzentos anos, mas dificilmente elas poderão superar em capricho e qualidade o trabalho dos autores, pesquisadores, roteiristas, direção de arte e derivativos responsável por essas produções.


E claro, além dos livros e séries, tem os sem número de produtos feitos a partir da poderosa inspiração de Jane. Por mim eu teria uma amostra de tudo o que sai de qualidade inspirado em Orgulho e Preconceito & Cia. Maaaaas, por hora, eu me conformo apenas com o fofo filme "Clube de Leitura de Jane Austen" e "O diário de Bridget Jones" e alguns marcadores fofos que a Irene me enviou da última bienal de São Paulo.


E para concluir, sem concluir, pois sei que cedo ou tarde vou novamente querer escrever algo sobre Austen aqui ou em outros espaços, deixo um trecho final da matéria escrita por Raquel Sallaberry Brião e publicada na revista "Conhecimento Pratico Literatura" n. 39, cuja copia colorida a Ana Seerig me enviou pouco antes de viajar para a Alemanha e fez a minha alegria por dias.


Para ler Jane Austen 

Jane Austen é para ser lida com prazer. A começar por Orgulho e Preconceito, o "mais leve, luminoso e cintilante", segundo as palavras da própria autora. É fácil encantar-se com Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, e se divertir a valer com Mr. Collins. A seguir, apaixonar-se sem medidas junto com Marianne Dashwood, com o sempre amoroso apoio de Elinor, com plena Razão e sentimento. E, sem susto, prosseguir viagem até A Abadia de Northanger, pois o senhor Tilney garantirá o riso. A próxima anfitriã é ninguém mais do que Emma, disposta a nos fazer felizes, nem que para isso cisme em nos casar. Para repousar dessa maratona e meditar sobre a vida, nada melhor do que o silêncio de uma propriedade rural e a companhia da amável Fanny Price, em Mansfield Park. Mas não se enganem! O campo também pode ser movimentado com os irmãos Crawford!

Ainda não se convenceu a ler Jane Austen?

Só me resta a Persuasão de Anne Elliot, perfeita conhecedora do coração de homens e mulheres.

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Raquel Sallaberry Brião edita o site Jane Austen em Português e a sua matéria sobre Jane Austen pode ser encontrada clicando AQUI

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Um momento com Clara Trueba diante do Feminismo...

Clara Trueba é o nome de uma das personagens de um dos livros mais especiais que já li na vida: "A casa dos espíritos" escrito pela brilhante Isabel Allende.

Quem me apresentou esse livro foi a Jussara através de uma resenha linda lá no Palavras Vagabundas. Depois de ler o texto da Jussara não demorou muito para que eu corresse para uma das mais marcantes experiências literárias por mim vivenciadas até o momento.

O livro da Allende é para ri, chorar, se emocionar e refletir bastante não só sobre  vida familiar e História com H maiúsculo. Até hoje eu não sei se Allende escreveu um capitulo da história do Chile usando como pano de fundo a saga da família Trueba ou se ela escreveu a saga das família Trueba usando como pano de fundo aquele capitulo da história do Chile.

Depois de tudo só me restou duas certezas: Isabel é uma contadora de histórias fantástica e suas palavras e personagens caminharão comigo até o fim dos meus dias.As personagens de Allende são daquele tipo que vem a memória quando eu menos espero e falam comigo, implicam ou me ajudam a constatar o obvio em algumas situações particulares. Loucura néh?!?! Pois é!

Por esses dias tive um desses momentos com a Clara Trueba e achei que merecia um registro.

De uns tempos para cá me tornei mais simpática do que nunca as demandas levantadas pelas feministas (da net, da rua, da faculdade e do mundo) e olhando imagens postadas nos corredores das redes sociais, conversando pelos corredores da faculdade, pelos ônibus e derivativos a Clara me veio a memória.

Ela também teve muitos encontros com as feministas do mundo e possibilidades de avaliar suas demandas, sua mãe foi uma rica senhora que apesar de ocupar uma confortável posição social, ou justamente por ocupar uma confortável posição social, era sufragista - feminista- no Chile e a levava desde pequena para suas ações nas fabricas e cortiços da cidade. Foi a impressão de Clara a respeito desses momentos que me veio a mente e eu não consigo resistir ao impulso de registrar aqui a passagem do livro tal e qual foi escrita:

"As vezes Clara acompanhava sua mãe e duas ou três de suas amigas sufragistas em visitas a fabricas, onde subiam em caixotes para arengar às operárias, enquanto, a distância prudente, os capatazes e patrões observavam, zombeteiros e agressivos. Apesar de sua pouca idade e completa ignorância das coisas do mundo, Clara percebia o absurdo da situação e descrevia em seus cadernos o contraste entre sua mãe e suas amigas, com casacos de pele e botas de camurça, falando de opressão, igualdade e direitos a um grupo triste e resignado de trabalhadoras, com toscos aventais de algodão cru e as mãos vermelhas de frieira. Da fabrica, as sufragistas se dirigiam a confeitaria da Praça das Armas para tomar chá com bolinhos e comentar os progressos da campanha, sem que essa distração frívola as afastasse nem um segundo de seus inflamados ideais.  Outras vezes sua mãe levava-a às comunidades marginais e aos cortiços, aonde chegavam com o coche carregado de alimentos e roupa que Nívea e as amigas costuravam para os pobres. Também nessas ocasiões, a menina escrevia com assombrosa intuição que as obras de caridade não eram capazes de mitigar essa monumental injustiça."
(Isabel Allende_ A casa dos espíritos_91-92)

Depois de rever essa reflexão da Clara me ocorreu que realmente a história é feita de rupturas e continuidades. As feministas cuja ação venho observando ainda são mulheres muito semelhantes as observadas por essa garota silenciosa de intuição assombrosa que saiu de algum lugar das memórias de Isabel Allende para a minha...

Link  para a resenha da Jussara: "Clara, Branca e Alba": A casa dos Espíritos de Isabel Allende

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Do que se diz sobre quem não ler...

É engraçado, o Brasil definitivamente não é um país de leitores. Sim, eu quero que o Brasil venha a ser um país com mais leitores, luto por isso, faço campanha, divulgo idéias e tudo e tal.

Acredito na ideia de ser a leitura um jeito interessante de adquirir conhecimento e cresce como ser humano. Desde os sete anos sou apaixonada pela leitura e isso é tão central que minha mãe lembra minha primeira palavra lida e não lembra a primeira palavra falada.

MAS...

Eu me pergunto todos os dias se para exaltar as possibilidade da leitura é preciso mesmo desqualificar, desvalorizar, ridicularizar, menosprezar e classificar como menor toda e qualquer cultura que não seja escrita.

Me perdoem, mas eu não consigo deixar de me irritar quando vejo coisas como:


Ou:


Sinceramente, o habito de ler em si não nos torna mais humano que uma pessoa que não ler.

Gostar de ler não nos torna superiores a nenhum outro ser humano na terra.

Manipular a norma culta como se tivesse engolido a gramatica não nos torna seres elevados, nobres e justos.

Pessoas que não leem pensam sim e como pensam, sentem, lutam, constroem coisas lindas, reflexões lindas.

Analfabetos não são idiotas feitos para serem enganados, pessoas letradas também são enganáveis, manipuláveis, vulneráveis em vários sentidos.

Sinceramente [2] o lugar no qual eu conheci o maior percentual de pessoas altamente letradas foi também o local no qual eu conheci mais pessoas traiçoeiras, mesquinhas, dadas a falsidade, sem nenhuma capacidade de ter empatia com o outro e nada confiáveis.

Eu DETESTO esse suave desprezo que as vezes percebo nas pessoas letradas em relação as iletradas.

E nesse meu momento de mal humor reafirmo algo que já disse antes:


"Eu não acho que ler apenas expulse do espirito de alguém a ignorância.... Conheço tanta gente altamente letrado, com títulos e mais títulos que é um poço sem fundo de ignorância.

Conheço gente que ler tanto e não tem caráter, humilha, massacra com uma facilidade tremenda pessoas que não tiveram acesso a uma formação igual a sua.

Ler é bom, alarga os horizontes, eu não sei o que seria de mim sem a leitura, MAS, existem coisas que os livros não ensinam.

Limites, empatia e senso de responsabilidade por exemplo, nenhum livro me ensinou isso.

Quem me ensinou limites foi meu pai que não foi além do primeiro colegial e aprendeu a ler motores, rodas e estradas e não livros.

Empatia, essa coisa que te faz cuidar dos mais frágeis quem me ensinou foi Voinha que era analfabeta.

Senso de responsabilidade foi Dona Gilda, Mãe, quem me ensinou e nunca a vi com livro algum.

E a suavidade de um beijo, a força de um abraço, a alegria de ouvir uma voz querida a de ser ouvido por alguém foi minha mãe quem me ensinou e ela apenas terminou o ensino fundamental e desde que se tornou mãe abandonou os romances da Nova Cultural."