Faz um tempo, que li um comentário da Tita, conhecida também como Dona Coisinha, sobre doações de livros para bibliotecas lá no blog do Christian, o "Escritos Lisérgicos", e guardei para usar em um post sobre o BookCrossing Blogueiro, 6ª edição.
As vantagens da doação:
- treinar o desapego (mais fácil começar com objetos)
- disponibilizar para todos algo que ficaria restrito a mim
Algumas vantagens egoístas mas que valem também:
- desocupar espaço na minha casa;
- não precisar tirar pó dos livros;
- ter os meus livros organizados por uma bibliotecária (um luxo);
- ter meus livros disponíveis e facilmente localizáveis se eu resolver ler (bom para pessoas bagunceiras que nunca lembram onde guardaram as coisas);
- deixar na estante de casa somente o que realmente me interessa no momento;
- ir na Biblioteca pra pegar "meu" livro emprestado para reler e acabar descobrindo outras coisas maravilhosas.
Esse espirito de desapego é uma ideia legal, como diz minha mãe, caixão não tem gaveta e daqui a gente não leva nada, nem mesmo os livros, no máximo, talvez, levemos a memória das leituras... Mas isso é apenas um talvez no infinito conjunto de "talvez" que povoa nossa vida.
Como comentei com a Luma em outro contexto, quando leio um livro e gosto minha primeira reação ainda é guardar para ler de novo, mas me propus aprender a desapegar e estou alcançando algum sucesso nisso. Não um sucesso indiscutível (Luma, sobre seu comentário no post dos 200 anos de "Orgulho e Preconceito" eu tentei, mas ainda não tenho coragem de deixar meus Jane Austen para outra pessoa), tenho muito a aprender na arte de ser menos acumulativa e mais compartilhativa, mas isso é um caminho, uma filosofia de vida, algo a ser construído passo a passo e as vezes correndo.
Para quem está em seu primeiro bookcrossing e sofrendo, falo de minha experiência pessoal: cada doação torna a próxima mais fácil, no meu primeiro bookcrossing sofri tanto para doar que hoje até acho graça.
E vamos aos livros escolhidos para o bookcrossing abril de 2013, o primeiro a ser escolhido foi o livro "O herói perdido", volume 1 da "Série Os heróis do Olimpo" do Rick Riordan foi escolhido para ser deixado em um lugar público por ser um livro leve, divertido, tem uma interpretação interessante dos mitos gregos e uma narrativa envolvente desde a página 1.
Como comentei com a Luma em outro contexto, quando leio um livro e gosto minha primeira reação ainda é guardar para ler de novo, mas me propus aprender a desapegar e estou alcançando algum sucesso nisso. Não um sucesso indiscutível (Luma, sobre seu comentário no post dos 200 anos de "Orgulho e Preconceito" eu tentei, mas ainda não tenho coragem de deixar meus Jane Austen para outra pessoa), tenho muito a aprender na arte de ser menos acumulativa e mais compartilhativa, mas isso é um caminho, uma filosofia de vida, algo a ser construído passo a passo e as vezes correndo.
Para quem está em seu primeiro bookcrossing e sofrendo, falo de minha experiência pessoal: cada doação torna a próxima mais fácil, no meu primeiro bookcrossing sofri tanto para doar que hoje até acho graça.
Deixei ele em um dos bancos do terminal integrado da Macaxeira e corri para meu ônibus. Deu tempo de ver uma pessoa se aproximar meio desconfiada, pegar o livro, sentar e começar a ler... Espero que ela tenha gostado, que tenha sido um bom encontro.
Desapegar desse livro foi o grande desafio do bookcrossing desse ano por todas as coisas pelas quais passei enquanto lia essa história, por isso decidi enviar a um destino certo. Mandei pelos correios para uma pessoa super querida que eu sabia ter vontade de ler o livro. Espero sinceramente que ela goste da história e que seja uma boa leitura.
Também escolhi um livro para ficar em um ônibus, e este vai ser o vol. 1 do livro "O conde de Monte Cristo" do Alexandre Dumas. Foi escolhido porque elementos dessa história estão sendo utilizados na novela das seis da Globo e eu li em algum lugar que Revenge também é uma adaptação dele.
Acho impressionante como as tramas de Dumas conseguem continuar populares até hoje. Amo essa característica do texto dele e decidi deixar um pouco dele pela minha cidade na esperança que livros também se tornem populares como Dumas.
Enfim, é isso gente! Esse foi meu bookcrossing blogueiro vol. 1 de 2013, em novembro tem mais bookcrossing e durante o resto do ano a prática continua, sempre que possível desapegue.
Ah, li isso em algum lugar, dizem que é do Caio Fernando Abreu, eu não sei ao certo, mas gostei da ideia:
"E se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo... preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo!"
(Caio Fernando Abreu)