Essa semana quando abrir o Facebook me surpreendi com o fato de que os desenhos animados invadiram o perfil de todo mundo. Achei o máximo!
Claro que a muito tempo desenhos animados ilustram minha vida virtual e fazem parte da minha vida real, os animes fazem parte do que sou. Sem exageros, da mesma forma que os homens constroem os seu bens materiais e os bens materiais constroem o homem, eu construí meu gosto por animes e os animes construíram meu gosto por muitas coisas e são em parte responsáveis por diversos valores e atitudes diante da vida que eu aprendi a ter.
Talvez por isso eu insista em implicar com certos desenhos animados que os pais deixam seus filhos assistirem livremente sem parar para analisar que valores os ditos passam para os pequenos.
Enfim, a questão é que ver tanto desenho animado junto me fez pensar em meus desenhos animados favoritos de criança e sim, que saudades eu sentir de sentar e assistir Sailor Moon!
Serena, foi o primeiro personagem que pensei quando vi a proposta do Face. Putz! Sailor Moon é uma heroína super atrapalhada, desastrada, sempre quebrando e se quebrando, mas é a princesa da Lua. E sim, eu fui uma criança e uma adolescente destrambelhada e desde pequenininha que sei (embora as vezes esqueça) que Jaci é a Lua dos tupi.
E sim, as meninas amavam atores, eu era perdidamente apaixonada por Darian ou Taksido Max, naquele dia 11 de Setembro que ninguém esquece, eu estava assistindo Sailor Moon na Eliana, não era mais criança, assistia só porque valia a pena relembrar!
Outro anime que marcou foi Guerreiras Mágicas de Rayearth, esse eu assistia de manhã... Assisti várias vezes, também li o mangá.
Nesse anime eu me identificava fortemente com a Luci, pequena, cheia de irmãos, no meu caso eu tinha meu irmão, meus primos e meus tios e, como toda menina, um grupo de amigas.
Eu confesso, não tenho a mínima ideia de quem era o ator, cantor que enchia a cabeça das meninas de sonhos em fins da década de 90 do século XX, porque quem enchia minha cabeça junto com Darien era Lantis.
Também tinha Lengue a Rainha Nala, de Shurato, a única das guardiãs que era menina... Gostava dela por causa da força, mas confesso que fisicamente sou uma droga, quem me dera ser forte. Sempre fui muito mole para brigas. Minha força se concentra mesmo na minha língua.
Outro desenho que encheu e marcou minha infância foi o clássico Cavaleiros do Zodíaco, mas eu nunca consegui me decidi entre Marin ou Shina... Nunca me identifiquei ou desindentifiquei com nenhuma das duas especificamente de forma definitiva.
O que não aconteceu com outro clássico, Yu Yu Hakusho, que tinha uma gama de personagens enormes para se identificar, amar e odiar a vontade.
Mas, eu gostava mesmo era da Botan, por ser independente, por nunca ter ficado barrada nas aventuras, ter profissão e claro voar!
Muito fofa e independente, não era uma guerreira, mas uma das grandes amigas do Urameshi, uma personagem para frente.
De certa forma quando sai da adolescência e comecei a enfrentar o mundo dos adultos procurei me construir como uma pessoa assim, independente, o mais livre possível e divertida.
De muitas formas, a Botan é sempre algo de mim que tento trazer a tona para viver a vida social, tento guardar as melancólicas Luci e Lengue bem fundo, protejo com ferocidade a Serena/Sailor Moon que vive e vai sempre viver em mim, porque ela é emocionalmente muito frágil. Para enfrentar o
bramido das grandes ondas e os poderosos vagalhões do mar nada melhor que algo que te ajude a voar e o bom jeito Botan de ser.
E para concluir, deixo um das minhas músicas favoritas da trilha de Yu Yu Hakusho.
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P.S.: E sim, minha gratidão a quem inventou a história do Face, me deu a desculpa perfeita para falar de animes sobre os quais quero falar a mais de ano.
P. S. [2]: Ainda dentro do sentimentos de infância, está acontecendo essa semana no Em quantos o sorteio de um livro do Charlie Brown, Snoopy e sua turminha, o sorteio será amanhã, vale a pena ir lá da uma conferida.