terça-feira, 11 de outubro de 2011

Saudades....

Dia das crianças chegando... Reflexões sobre o tempo e eu lembrando das coisas boas da educação infantil... Aaaaahhh...

Outro dia sonhei que estava na creche colocando as crianças para dormir, foi um sonho tão bom eu estava ninando as crianças e chega dava para sentir aquela pele deliciosa, aquela paz, o silêncio... Acordei na mesma posição que costumava ficar e me bateu um peso tão grande no coração... Odeio sonhar...

Sei que Educação Infantil tem lá suas mazelas, são tantos problemas que eu poderia escrever um livro com eles, dois, três... Mas, nesse momento só lembro as coisas boas... Os bebês gostosos, os amigos, os sonhos de futuro melhor que nós geramos enquanto cuidamos desses filhos que não nasceram de nosso ventre mais também são nossos.























domingo, 9 de outubro de 2011

Cronos...

Cronos - Brenand, 2011.

A mitologia grega nos conta que Cronos, o Tempo, foi o primeiro Titã, filho do Céu, Úrano, e da Terra, Gaia. Temeroso de ser vencido um de seus filhos comia cada um deles sempre que nasciam. Talvez os gregos pensassem ser o tempo um assassino em potencial!

Os judeus também nos contam sobre O Tempo, dizem ser ele uma criação divina e o livro de Gêneses em seus primeiros versículos se encarrega de contar como no Principio Deus criou o tempo:

"No principio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro."
(Gêneses 1; 1 ao 5)

Neil Gaiman, um dos meus autores favoritos, uma vez escreveu algo sobre ele que nunca esqueci:

"... foram felizes juntos. Não para sempre, pois o Tempo, esse ladrão, acaba levando tudo para seu deposito empoeirado..."
(GAINAN, Neil. Stardust: O mistério da Estrela, pg. 224.)

O tempo é um ladrão com um grande deposito empoeirado onde guarda a infância dos jovens e a juventude dos velhos.

Os historiadores adoptaram para si a ampulheta como símbolo e um historiador famoso, cujo nome eu não lembro, disse/escreveu certa vez que:

"A história é ciência que estuda os homens no tempo."

O tempo seria o lugar onde ocorre a História, onde os homens nascem, crescem, morrem, casam, amam, sonham, sofrem, constroem e colocam a baixo casas, cidades, nações, civilizações. Algumas vezes do dia para noite com os Norte americanos na Segunda Guerra, como os Romanos enquanto construíam seu poderoso Império, como eu e tantos mais em sonhos...

Há os que temem esse titã que nos leva a juventude, os que não gostam de pensar em quão rápido ele passa, no tanto de coisas que leva consigo, há também os que gostam de observar sua passagem e acumulam a tão louvável (e útil?) experiência.

Talvez nada na vida seja de graça, talvez tudo tenha um preço, talvez o preço da maturidade seja a juventude que se escoar como areia na ampulheta de Cronos. A maturidade deve ser aquilo que preenche o vazio deixado pela areia que cai rapidamente da ampulheta do velho titã.

Navegando pelo Em Quantos, esse espaço que a Sônia me ensinou a amar, reencontrei a postagem da Lúcia sobre o Tempo... Essa foi a postagem que me fez pensar sobre o tempo.


"O tempo nos traz à vida.
O tempo determina nossa idade, nossas rugas.
O tempo nos traz o amor.
A inexorabilidade da morte.
O tempo pode ser cruel ou amigo.
Passar devagar, ou depressa demais."
(Lúcia Soares) 

Vale a pena conferir a postagem da Lúcia é só passar lá no
Em quantos...

Oração ao Tempo
Powered by mp3skull.com
__________________

Como prometi, cáh está o resultado do sorteio do livro "Snoopy: assim é a vida", realizado entre os que comentaram e manifestaram o desejo de participar do sorteio lá no Post do Em quantos: "A sorte das pipas"



Dessa vez a colaboração foi do meu irmão do coração, Renato!


Parabéns Cacá!!! Obrigada aos que participaram, amigos queridos que viajam nas minhas viagens e voam comigo pelo caminhos do pensar! :)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desenhos que marcaram a infância!

Essa semana quando abrir o Facebook me surpreendi com o fato de que os desenhos animados invadiram o perfil de todo mundo. Achei o máximo!

Claro que a muito tempo desenhos animados ilustram minha vida virtual e fazem parte da minha vida real, os animes fazem parte do que sou. Sem exageros, da mesma forma que os homens constroem os seu bens materiais e os bens materiais constroem o homem, eu construí meu gosto por animes e os animes construíram meu gosto por muitas coisas e são em parte responsáveis por diversos valores e atitudes diante da vida que eu aprendi a ter.

Talvez por isso eu insista em implicar com certos desenhos animados que os pais deixam seus filhos assistirem livremente sem parar para analisar que valores os ditos passam para os pequenos.

Enfim,  a questão é que ver tanto desenho animado junto me fez pensar em meus desenhos animados favoritos de criança e sim, que saudades eu sentir de sentar e assistir Sailor Moon!

Serena, foi o primeiro personagem que pensei quando vi a proposta do Face. Putz! Sailor Moon é uma heroína super atrapalhada, desastrada, sempre quebrando e se quebrando, mas é a princesa da Lua. E sim, eu fui uma criança e uma adolescente destrambelhada e desde pequenininha que sei (embora as vezes esqueça) que Jaci é a Lua dos tupi.


E sim, as meninas amavam atores, eu era perdidamente apaixonada por Darian ou Taksido Max, naquele dia 11 de Setembro que ninguém esquece, eu estava assistindo Sailor Moon na Eliana, não era mais criança, assistia só porque valia a pena relembrar!


Outro anime que marcou foi Guerreiras Mágicas de Rayearth, esse eu assistia de manhã... Assisti várias vezes, também li o mangá.


Nesse anime eu me identificava fortemente com a Luci, pequena, cheia de irmãos, no meu caso eu tinha meu irmão, meus primos e meus tios e, como toda menina, um grupo de amigas.


Eu confesso, não tenho a mínima ideia de quem era o ator, cantor que enchia a cabeça das meninas de sonhos em fins da década de 90 do século XX, porque quem enchia minha cabeça junto com Darien era Lantis.


Também tinha Lengue a Rainha Nala, de Shurato, a única das guardiãs que era menina... Gostava dela por causa da força, mas confesso que fisicamente sou uma droga, quem me dera ser forte. Sempre fui muito mole para brigas. Minha força se concentra mesmo na minha língua.


Outro desenho que encheu e marcou minha infância foi o clássico Cavaleiros do Zodíaco, mas eu nunca consegui me decidi entre Marin ou Shina... Nunca me identifiquei  ou desindentifiquei com nenhuma das duas especificamente de forma definitiva.


O que não aconteceu com outro clássico, Yu Yu Hakusho, que tinha uma gama de personagens enormes para se identificar, amar e odiar a vontade.


Mas, eu gostava mesmo era da Botan, por ser independente, por nunca ter ficado barrada nas aventuras, ter profissão e claro voar!


Muito fofa e independente, não era uma guerreira, mas uma das grandes amigas do Urameshi, uma personagem para frente.

De certa forma quando sai da adolescência e comecei a enfrentar o mundo dos adultos procurei me construir como uma pessoa assim, independente, o mais livre possível e divertida.

De muitas formas, a Botan é sempre algo de mim que tento trazer a tona para viver a vida social, tento guardar as melancólicas Luci e Lengue bem fundo, protejo com ferocidade a Serena/Sailor Moon que vive e vai sempre viver em mim, porque ela é emocionalmente muito frágil. Para enfrentar o bramido das grandes ondas e os poderosos vagalhões do mar nada melhor que algo que te ajude a voar e o bom jeito Botan de ser.


E para concluir, deixo um das minhas músicas favoritas da trilha de Yu Yu Hakusho.

Yu Yu Hakusho - A carta

Powered by mp3skull.com
_________

P.S.: E sim, minha gratidão a quem inventou a história do Face, me deu a desculpa perfeita para falar de animes sobre os quais quero falar a mais de ano.

P. S. [2]: Ainda dentro do sentimentos de infância, está acontecendo essa semana no Em quantos o sorteio de um livro do Charlie Brown, Snoopy e sua turminha, o sorteio será amanhã, vale a pena ir lá da uma conferida.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Melhor que ir é só voltar...

Como é bom estar de volta! No último domingo começou lá em Natal - Rio Grande do Norte a 34ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, a ANPEd e lá fui eu para Natal, foi uma viagem curtinha, fui no Domingo e ontem (quarta-feira) já cheguei em casa.

Mas, apesar de ter sido uma viagem curta, foi ótimo! Natal é linda! Eu já tinha ido lá em outra ocasião, aliás, quem viajou comigo da ultima vez foi a Elaine Canha do Casinha de Taipa. Nós ficamos em uma pousada super fofa, com um ambiente bem acolhedor e foi ótimo também.

Inclusive, data dessa viagem uma da minhas fotos favoritas, tiradas pela Elaine, toda vez que vejo essa foto me divirto, saca só minha cara de abusada e o bico rsrs...

Dessa vez fiquei em uma pousada mais modesta, mas foi igualmente bom.

A ANPEd é uma evento onde o Olimpo dos pesquisadores em Educação se reúne e ir lá é uma experiência no mínimo didática.

E sim, a parte os detalhes profissionais da viagem, o que quero registrar são alguns momentos lúdicos... Aqueles em que nos descontraímos, sorrimos, aproveitamos a paisagem, o vento... a alegria dos vinte anos...

Então, vou as fotos:

A chegada, eu adorei essa foto:


Eu na abertura do Evento, usando um vestido sem mangas, algo raríssimo:

A paisagem de Natal com a quail convivi durante o evento, Ponta Negra #Perfeita:



O evento foi durante o dia então praia só a noite, as minhas fotos preferidas desse momentos foram as que ficaram meio embaçadas...




Ah, fui com mais duas amigas da pós, na praia não tinha quem tirasse foto de nós três juntas, aqui está a solução para juntar nós três em uma foto:


Sim, para não dizer que só deixei aqui fotos desfocadas:


A feira de livros que fiz, tenho até medo da fatura do cartão:


A foto na feira, sim, eu pedi para minha colega de viagem tirar ela assim mesmo, não foi natural #TôGordinha:


E por último, a lembrança de Natal:

domingo, 2 de outubro de 2011

Dialogos entre a Caixa e o Em quantos...

Sim, essa postagem também é para dizer, como faço já tradicionalmente que hoje eu estou lá no Em Quantos... com a postagem:


A sorte das Pipas


Mas, não só para isso, a postagem também é para dizer que levemente inspirada pela Ana Seerig que fez de Setembro um mês para falar de seu estado, Rio Grande do Sul, no Alguma coisa a mais pra ti ler eu pensei em fazer um Outubro com especial aqui na Caixa, mas não vou falar de Pernambuco, vou fazer de Outubro o mês especial de "Diálogos entre a Caixa e o Em Quantos".

E vamos em frente com nossas alegrias e tristezas!

E sim, também quero lembrar:

A Primavera só está começando!

Pescando na primavera, Ponte de Clichy - Van Gogh, Vincent (1887)
________________________

Ah, para não deixar passar, deixo aqui o registro que, enfim, depois de meses de vai não vai, eu cortei o bendito cabelo, meio contra a minha vontade, meio por vontade de mudar algo... Ele já estava longo demais passando da cintura... E sim, agora só me falta o príncipe rsrs...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma nota...

Acabei de chegar em casa e me sinto determinada a fazer essa nota nesse espaço que é meio blog meio diário, e lentamente começo a perceber que fosse ele apenas diário seria bem mais fácil gravar nessa página em branco o que intento gravar.

Mas, ainda assim vou lá, vou tentar, sei que pode não ser do interesse das pessoas ler esse tipo de coisa, sei que isso pesa e o que vi hoje, apesar de ser chocante, pesado e cabível de reflexão, não vai estampar páginas de jornal ou ser manchete na TV, logo é algo que facilmente ser perde na multidão de memórias.

Enfim, hoje no meio da tarde, quando eu estava no meio de uma aula, falando sobre um historiador marxista que escreveu sobre os trabalhadores ingleses e de como se constituíram e foram constituídos uma classe de repente uma sirene de ambulância interrompeu nossa concentração e a noticia de que uma moça havia pulado do Centro de Filosofia e Ciências Humanas.

Como eu fiz todo o meu curso de História na Federal Rural, quando algo assim acontecia na Federal chegava a mim apenas por eco...

Agora não, estando na Federal isso chega a mim em forma de experiência. Aqui esse tipo de evento parece fazer parte da vida acadêmica da gente, de repente você está em aula e uma sirene toca, de repente você sai do prédio e tem uma menina jovem estirada no chão, de repente você chega na parada e o único assunto entre todos é esse, de repente os que estão ali a mais tempo parecem achar isso simplesmente natural e o eco começa a se espalhar entre os universitários da cidade...

E eu estou escrevendo no meu blog/diário essa experiência tão estranha... Uma nota apenas, com um sabor muito amargo misturada a algumas lágrimas que não tem nenhum sentido de ser, afinal, não era nenhuma das minhas... Mas poderia ou pode vir a ser... Eu não sei!

Engraçado, ontem mesmo estava lendo e reflectindo sobre a Morte com o Rafael, e não, a Morte, ela não pareceu sorrir para os passantes que estarrecidos fitaram seu rosto nessa tarde quente e ao mesmo tempo tão fria...



Powered by mp3skull.com