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terça-feira, 18 de março de 2014

Vamos Brincar com a Chica?

Vi na Calu a ideia da Chica, abracei a brincadeira pois ela me lembrou uma das cenas da semana passada que por um golpe de sorte eu pude registrar \o/


"Ler também pode ser uma boa brincadeira!

domingo, 16 de março de 2014

O oceano no fim do caminho [Desafio Calendário Literário]

Eu estou aqui tentando lembrar em qual mares de literatura li pela primeira vez a frase: "O menino é pai do homem.". Estou tentando resistir a tenção de consultar ao google e força a memória... Mas Deus sabe que quando tudo está a um clique de distancia tudo é mais difícil. Acho que foi Machado de Assis, desconfio que foi em "Memórias Póstumas", quase tenho certeza que no capitulo ele fez desfilar diante de meus olhos absurdados os moldes terríveis da educação das crianças da elite imperial. Mas a certeza mesmo é, independente de quem [onde e com qual propósito] tenha cunhado a expressão, ela me parece ser muito verdadeira agora.

domingo, 2 de março de 2014

Das agitações de Fevereiro e de como conheci o "Centro Cultural Rossine Alves Couto" [Desafio 12 Lugares - 02]

Fevereiro foi um mês bem corrido para mim, pois é a época de inicio do ano letivo e para minha alegria e pena, além de enfrentar os sabores e dessabores da educação infantil, resolvi enfrentar os sabores e dessabores da docência em História. Não é que tudo seja uma grande bolha de enfado e cansaço, ambos os trabalho possuem seu lado bom, mas é que eles também cansam bastante, e irritam, e tiram a força da gente para passear em fins de semana.

Ah, mas para dizer que não falei de flores deixo algumas cenas do minha rotina na educação infantil [trabalho que mais amo no mundo].

Criatura fofa e dengosa que foi com minha cara de primeira e tem pulado em cima do meu colo em qualquer oportunidade, mas não faz parte do meu grupo e quase compensa uma das crianças do meu grupo que não vai com minha cara mesmo kkk...

"Tava chorando, mas sentei no colo da tia e parei!"

Inicio do trabalho com leitura e contação de história:


Existe coisa mais fofa que  pé de criança?


Menina mais inteligente do mundo fazendo dengo!


Vamos construir castelos?


Pois é, devido a intensidade dos trabalhos de fevereiro quase não consegui cumprir o de "Desafio 12 Lugares" e conhecer um lugar diferente esse mês. No entanto, aos 43 do segundo tempo, precisei ir ao centro do Recife no dia 28 de fevereiro [véspera do carnaval], vivi uma grande frustração, tive um ataque de choro sentido [TPM MONSTRO] e no meio do ataque de choro sentido me lembrei do desafio, respirei fundo e me peguei olhando em volta em busca de um lugar público no qual eu ainda não tivesse posto os pés. Encontrei no meio desse olha o "Centro Cultural Rossine Alves Couto" na Rua do Hospício.


Confesso que já tinha curiosidade por esse espaço, pois ele abriga o "Núcleo da Diversidade do Ministério Público de Pernambuco" e ao mesmo tempo é vizinho dos templos centrais de diversas denominações de igrejas evangélicas do Recife, as quais não são bem símbolos de tolerância a diversidade. A parte esse detalhe, no centro funciona uma biblioteca e foi ela o objeto de minha exploração.

Recife é uma cidade na qual o Carnaval é vivido livremente. Aqui a festa é de rua, congrega todo tipo de pessoa possível e imaginária e a sexta-feira [28/02/2014] foi o dia anterior ao Sábado de Zé Pereira e dia da abertura dessa festa. Ou seja, enquanto mundo chamado Recife mergulhava em um caos quente com metade das pessoas fugindo do centro e da festa e outra metade vindo para o centro e para a festa e eu mergulhando no silêncio de uma biblioteca. Terry Pratchett disse uma vez "bibliotecas são buracos negros que pensam", para mim, ele tem razão.

O "Centro Cultural Rossine Alves Couto" é um órgão ligado ao Ministério Público de Pernambuco, logo o acervo da sua biblioteca é quase totalmente voltado para a área do Direito Civil. Enquanto eu andava no meio daqueles calhamaços nos quais homens e mulheres explicam como podemos nos defender dos vilipêndios cotidianos eu esquecia da vida, da morte, do carnaval e dos problemas.

Foi terapêutico, especialmente porque lembrei que tenho direitos e me peguei com vontade de vez em sempre da uma pausa na vida e me da ao trabalho de conhecer melhor meus direitos. Afinal os livros estão lá super acessíveis a qualquer pessoa capaz de por eles se interessar, não são propriedade exclusiva dos advogados do Brasil.

 



Ah, lá também tem alguns documentos interessantes sobre a história de Pernambuco, para quem interessar possa:


E alguns poucos livros de outras áreas do conhecimento:



Acabei escolhendo folhear alguns dos livros da biblioteca e o meu preferido foi o "Titãs da Literatura", relembrando um velho exercício que eu costumava fazer nos meus anos de biblioteca escolar.


Alguns dos autores citados:


Em tempo, Rossine Alves Couto foi promotor público da cidade de Cupira, semiárido do estado de Pernambuco. Ele foi assassinado em 10 de maio de 2005, enquanto almoçava em um restaurante em frente ao fórum da cidade. Na época foram realizados vários atos públicos com o intuito de não deixar a morte brutal e precoce dele passar em brancas nuvens como é comum no Brasil, mas tenho minhas duvidas se os reais responsáveis pela morte do jovem promotor sorridente das fotos foram realmente punidos.

Infelizmente o Brasil e o brasileiro ainda tem um caminho a percorrer no sentido de fazer os direitos civis se tornarem uma realidade cotidiana. Eu não sei, porém suspeito, conhecer as leis pode fazer  pate desse caminho.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Questão de gentileza? Eu topo!


"Gentileza gera gentileza" essa é uma boa máxima... As vezes eu esqueço no meio do tumulto ou da raiva, mas ai vem alguém me faz recordar... E as vezes esse alguém é daqui da blogosfera mesmo.

Então no meio de um sábado a noite, desses nos quais gente como eu que não tem namorado ou amigos disponíveis para uma boa farra gasta blogando dei de cara com um post la no Fractais da Calu: "Campanha da Delicadeza - Eu topo".

Bem, trata-se apenas de um iniciativa da Silvana do Meus Devaneios Escritos, a qual é explicada ai abaixo:

EU TOPO

"Para começar este ano com amor, estou participando de uma iniciativa: as 5 primeiras pessoas que comentarem "Eu topo" vão receber de mim uma surpresa em algum momento deste ano. 
Qualquer coisa; pode ser um livro, uma visita, algo feito por mim, um cartão postal, uma bijoux, cosmético, qualquer coisa - será uma surpresa! 
Isso vai acontecer a qualquer momento, sem avisos. 
Mas...

ATENÇÃO Válido apenas para os 5 primeiros comentários mencionando a frase EU TOPO!!!

Estas 5 pessoas devem fazer o mesmo no seu blog e distribuir alegria. É só copiar e colar este texto no seu blog e assim formaremos uma rede de gentilezas. 
Vamos fazer coisas mais legais e amáveis uns para os outros em 2014, sem outro motivo que não seja fazer o próximo sorrir. 
Estes são os votos para um ano mais agradável, amigável e cheio de amor!"

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Romances Históricos [Desafio Calendário Literário]

Reza a lenda literária ter o gênero "Romance Histórico" nascido no século XIX e, assim como a própria ciência História, influenciado pelas forças do pensamento positivista, foi um instrumento ideológico usado amplamente para fortalecer os "Estados Nação". Através dele autores como Walter Scott e Alexandre Dumas davam a saber a população leiga certo conhecimento sobre o passado de seus países possibilitando a elas se identificar, construir empatias e até mesmo justificar situações do presente.

Tanto o Walter Scott quando o Dumas são objetos do meu amor, isso não é segredo para ninguém, várias vezes falei de um e de outro nessa caixa.

Alexandre Dumas e Walter Scott

E o romance histórico é um gênero com o qual desde sempre estou apegada, graças a uma grande sorte, um dos primeiros livro que li na vida foi o "Ivanhoé" de Sir Walter Scott [em janeiro de 2011 contei essa história aqui] e desde 2011 o Lord Dumas faz parte de minha vida [em dezembro de 2011 contei essa história aqui]. Assim, nem precisava de Teoria da História para saber o quanto um romance histórico fala mais sobre o presente do que sobre o passado.


Não por acaso o Walter Scott, do Reino Unido no qual até hoje sobrevive uma monarquia, aborda a realeza, a Idade Média e a cavalaria com grande respeito até o ponto de me fazer desejar ter nascido na Idade Média. Enquanto Dumas, em uma França pós-revoluções, republicana [uma França que degolou uma Rainha e vários nobres] tenha para com a realeza um olhar de deboche e critica sempre e constantemente reafirmados até me fazer ter vontade de voltar no tempo sentar com ele para longos papos debochados, falando mal de tudo e de todos.

Mas, vou contar a vocês, apesar de saber o quanto de presente tem no passado dos romances históricos, me dar nos nervos perceber quão pouco os autores de hoje pesquisam sobre o passado para escrever suas histórias, quão pouco se interessam por algo mais além de um romance meloso.

Misericórdia!!! Desse jeito os ossos de Scott e Dumas devem ficar se debatendo em suas tumbas com as danações feitas com o passado pelos autores do nosso presente!!!

As vezes, sabendo o quanto os autores só respondem as demandas do público, eu me pego questionando: "Jesus, será que nós somos mesmo tão fúteis assim?". Nessa horas quase chego a escutar o Todo Poderoso respondendo: "São!".

No entanto, nem toda futilidade na qual mergulha o gênero é capaz de me fazer desgostar dele. Sou louca por um bom romance histórico! Quando Fevereiro chegou e vi meu "Calendário Literário" anunciar a hora de ler o segundo volume de uma série escolhi "A Rainha Estrangulada" de Maurice Druon, volume 2 da Série "Os Reis Malditos".

A Série "Os Reis Malditos" conta alguns capítulos da história da realeza francesa a partir do reinado de Felipe, o belo, lá pelas bandas do século XIII. No fim da Idade Média, esse monarca junto com o ministro Enguerrand de Marigny conseguiu fortalecer o poder central do Rei, deslocou o papado de Roma para Avignon [de onde podia melhor controlar Papa e Cardeais], desmembrou o poder dos senhores feudais, aboliu a servidão, instituiu moeda única para todo o reino, acabou com o direito de guerra dos senhores feudais e por último, mais de crucial importância, destruiu o poder bélico e financeiro da lendária "Ordem dos Templários". Bem, daí imaginem que ele quase não fez inimigos néh?!?!

Phelipe IV, o Belo.
Quando um homem como Felipe IV morre, símbolo de todo um conjunto de políticas econômicas, sociais e culturais, a primeira coisa a ocorrer, quando ele não deixa um sucessor a altura, é um desmembramento de toda a sua obra.

E bem, seu filho, "Luís X", o Turbulento, não fez em vida outra coisa senão destruir a obra de seu pai. Em "A Rainha Estrangulada", Maurice Druon a titulo de contar a respeito das coisas ocorridas após a morte do Rei de Ferro, nos conta também como a oposição uma vez no poder minar a obrar de uma gestão anterior.

Sou apaixonada por Druon desde o lirico "O menino do dedo verde" e aqui ele não me decepcionou em nada. Como autor experiente que foi, conseguiu construir uma narrativa redonda, na qual a História e a ficção se cruzam e se completam de forma enxuta, sem enrolação e blá... blá... blá... Não há em Druon uma palavra sobrando.

Uma delícia de se ler um texto assim! Nada chato, sem heróis ou vilões, "A rainha estrangulada" nos apresenta um século XIII de homens e mulheres dos mais diversos estratos sociais e culturais, preparados ou não para a felicidade e a tragedia, vivendo e morrendo suas vidas e suas paixões. Druon conseguiu, na minha opinião, equilibrar o romantismo de Walter Scott com a ironia de Dumas e trouxe a luz uma trama deliciosa e, como se isso não fosse suficiente, ainda mostra que para ser bom um autor não precisa escrever verdadeiros calhamaços ou sopas de pedras, "A Rainha Estrangulada" não tem mais 250 páginas.

Esse post faz parte do "Desafio Calendário Literário",
proposto pelo blog "Aceita um leite".


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Meu primeiro encontro com a Distopia [Desafio Calendário Literário]

Uma vez a Dama de Cinzas, disse: "Eu não estou concorrendo ao concurso da coerente do ano!" e eu adorei essa frase. Obviamente ela só poderia ser dita por uma geminiana e nela está contida uma sabedoria que só geminianas entendem. E, cito ela para introduzir a informação de que, depois de tudo, eu resolve abraçar uns desafios para 2014, e o escolhido foi o "Desafio Calendário Literário" proposto pela Lu Tazinazzo do "Aceita um Leite?".

O desafio do calendário literário consiste em ler um livro que corresponda a um tema, o de Janeiro é "Um livro de um gênero nunca lido antes" e para decidi qual seria o livro eleito bastou olhar na minha pilha de livros a serem lidos nas férias e ver o livro "A Seleção" da Kiera Cass.


A Mi, (amiga, minha alma gêmea e parceira no O que tem na nossa estante), me perguntou se eu leria essa trilogia, e como a resposta foi sim, enviou os dois primeiros livros da Kiera para mim em forma de empréstimo. Provavelmente ela tem um plano secreto por trás desse empréstimo #Oremos

Voltando a questão do desafio, a história da Kiera tem sido classificada como um tipo de "distopia adolescente" ou "feita visando o público adolescente" com personagens no máximo pós-adolescentes. Bem, esse é um gênero com o qual ainda não tinha tido nenhum encontro, então, aproveitando a oportunidade, adiantei a fila literária e li "A Seleção" da Kiera Cass.

Anteriormente já tinha lido livros hoje classificados como distopias, os lindos, fofos e inquietantes: "Admirável Mundo Novo" do Aldous Huxley e "1984" do George Orwell. Ambo foram livros capazes de mexer muito com minha cabeça aborrecente e deram uma significativa colaboração para a forma como a pessoa que sou hoje ler e interpreta o mundo e seus acontecimentos.

Capas das edições que li.

Vendo essa grande leva de distopias surgindo no horizonte literário do mundo me perguntei se elas não podiam ter um efeito semelhante. Mas lendo "A seleção" fiquei pensando que os autores de distopias feitas sob medida para adolescentes fazem com o futuro o mesmo que os autores de romance de banca fazem com o passado, ou seja, apenas usam como uma ilustração, uma forma de não colocar a história no presente colocando ela no presente.


Não é que eu não tenha gostado de ler "A Seleção", eu gostei bastante. O livro é bom, é leve, bem escrito, os personagens são cativantes [ao menos a mim cativaram] e o romance tem sido desenvolvido a contento. Me apaixonei pela America, aliás eu me identifiquei muito com ela, uma protagonista responsável, combativa [arengueira pra chuchu], tempestuosa, não esquece de seus irmãos, sabe ser amiga, ama seus pais e briga muito com um deles. O Maxon e o Aspen, rapazes entre os quais ela divide sua afeição me ganharam lindamente, não sei qual dos dois levaria para casa [será que dava para ficar com os dois?]. Se ela brigasse com o pai, fosse baixinha, gordinha e usasse óculos era uma replica minha na idade dela.

A Kiera foi, na minha opinião, competente no quesito construir personagens cativantes capazes de te levar a ler o livro 2 e o 3. Porém, no quesito construção de um futuro para o nosso presente ela não foi nada bem, a história tem muitos furos e é tão rasa a ponto de nas estradas do Brasil existirem poças d´água mais profunda que essa distopia.

Quando você pensa que ela vai problematizar alguma coisa em relação aquele futuro, ela simplesmente da um passo para trás e foca nos problemas românticos da America;  é uma autora quase ingenua na forma de abordar como as sociedades e culturas se constroem e se transformam ao longo do tempo, ou como as pessoas reagem a esses movimentos e transformações; e, por fim, ela nem de longe, muito longe, longe mesmo, flerta com a ficção cientifica, coisa no minimo fundamental para quem constrói uma história no futuro do nosso presente.

Eu estou aqui tentando descobrir o pior: surtar com romances históricos nos quais o passado emerge como um tipo de presente vestido com roupas velhas e sem internet ou distopias nas quais o futuro emerge vestido com roupas mais velhas ainda e também sem internet? E o que esperar do steampunk? Será que vou ter dois troços lendo steampunk? #QuestõesExistenciaisDeLeitora #EstouSendoChata

Comparado com o século XIX e a primeira metade do século XX, na minha opinião, os autores desse inicio de século XXI tem deixado muito a desejar em relação ao dialogo com o passado e o futuro, apesar de temos infinitamente mais recursos tecnológicos e possibilidades de obter informações. Sinceramente [odeio admitir isso], começo a pensar na possibilidade de meu pai está certo quando diz: "Para que carrão se um fusca resolve.". E como diria o Seu Calisto de "O cravo e a rosa": os ossos dos pais da ficção cientifica e da distopia devem está batendo em seus túmulos a cada lançamento desses.

Será que todas são iguais?
Bem, talvez eu esteja sendo precipitada no meu julgamento, talvez deva experimentar mais o gênero, mas, aparte isso, cá está minha participação no "Desafio Calendário Literário de Janeiro, abordando "Um livro de um gênero nunca lido antes" proposto pelo blog "Aceita um leite?"



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

7º Bookcrossing Blogueiro 2013

Sinceramente eu procrastinei tanto a escrita desse texto sobre o 7º Bookcrossing Blogueiro que comecei a achar que nem ia mais escrever, mas ai lembrei que eu não gosto de quebrar tradições por motivos vãos e resolvi registrar aqui como sempre minha participação nesse projeto.


Esse ano pedi ajuda a minha irmã para fazer faxina na estante para tirar o maior número possível de livros para o desapego e o resultado foi esse:


Esse ano também teve o Bookcrossing Blogueiro Kidsdo qual eu só decidi participar de forma efetiva aos 45 do segundo tempo.


Tive mais dificuldade de desapegar dos infantis que dos adultos e confesso que não houve nenhuma nobreza no meu desapego, só desapeguei do "Igor. O Rei Leão" porque fiquei me dizendo: "Jaci, você não tem desculpas para ficar com esse livro, na creche onde você trabalha tem mil edições dele, se você PRECISAR pode usar os de lá! De 2010 para cá você releu ele quantas vezes??? Você não precisa desse livro! Você não é criança! Você não precisa desse livro!". E o da "Foz do Iguaçu" e "Nassau e o boi voador" da Flavia Maria Peixoto eu tenho 2. #ProntoConfessei

Dos livros adultos, meu primo separou alguns para levar para o trabalho dele  para dar aos amigos e eu levei alguns dos outros para a creche na qual trabalho.


Na prorrogação do segundo tempo voltei da porta de saída de casa e tirei meu vol. de "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen e o meu "Oldar: da guerra da traição" do Rondinelli Fortaleza e mais duas edições de revistas cientificas e coloquei na lista. Jane Austen tirei porque achei que faltava entre os livros doados algo que tivesse muito significado para mim e Oldar porque para um autor independente interessa mais ter seu livro circulando, mas confesso: estou com saudade dos dois, foram bons amigos.

Ah, o pessoal da creche não pegou todos os livros então juntei ele a outra família de livros e os levei para uma escola pela qual passo toda noite e na qual cursei a 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Fundamental. Deixei eles no refeitório. Os alunos noturnos do Estado de Pernambuco e da Prefeitura do Recife costumam lanchar antes das aulas começarem então na quarta além do arroz doce alguns deles encontraram livros. Espero que tenham gostado!

Por fim, achei os  quatro primeiros volumes do mangá Utena de Chiho Saito um tipo de literatura que interessa a um público muito especifico [o tipo que pode ser confundido com macumba - leiam o post da Aleska no Entre Livros e Sonhos "O que leva uma pessoa a confundir um livro com macumba?"
e compreendam a referencia]. Então em vez de simplesmente libera-los em alguma esquina de Recife ou escola preferir pedir a Michele que sorteasse no blog dela "Um pouco de shoujo" com condições mega, ultra, plus simples para os que se interessassem.


Ah, ainda estou com alguns aqui em casa para deixar nos ônibus urbanos da cidade. Gosto desse exercício e não abro mão dele. O ônibus para mim é uma espaço especial de desapego.

domingo, 29 de setembro de 2013

Desapegando...


Relendo sua passagem favorita
Ponderou
Respirou fundo
Buscou coragem
Chegara hora de libertar o livro
Ele iria ao encontro do próximo leitor


_____________

P.S.: Sim, eu até liberto livro da prisão da minha estante, mas é sempre um momento difícil. Atualmente decidi desapegar de três livros de uma vez só lá no "O que tem na nossa estante", apesar de realmente ter achado o fim da história de Eragon bem dãh, não tá sendo fácil desapegar. Me pego paquerando os bichinhos com saudades antecipadas.




sábado, 28 de setembro de 2013

Época das Crianças - Parte 1: Cosme e Damião

Era uma vez, há muitos séculos atrás em um lugar fértil e feliz do grande continente hoje conhecido como África dois irmãos muito sapecas, inteligentes e extremamente amados por seus pais e por todos os outros membros da aldeia como todas as crianças devem ser. Eles eram chamados de ibejis, por nasceram os dois juntos em uma noite estrelada da qual ninguém jamais esqueceu.

Em uma tarde de primavera, os dois irmãos decidiram tomar banho no rio próximo a sua aldeia. Pediram a sua mãe para lhes acompanhar, ela não pode pois muitos eram os seus afazeres; recorreram ao seu pai, ele também não pode assim como suas tias e até mesmo seus coleguinhas cujo sol diminuía muito o desejo de percorrer a distancia entre a aldeia e o rio correndo o risco de serem duramente advertidos por seus pais quando voltassem.

Contrariados com aquelas negativas os dois irmãos decidiram segui o caminho do rio sozinhos e assim fizeram. Com satisfação venceram aquele caminho e se deleitaram nas águas refrescantes do riacho brincando como só as crianças sabem e podem fazer até o momento no qual uma catástrofe ocorreu: um dos meninos se afogou.

O outro, imediatamente após o ocorrido mergulhou em busca de seu irmão, mas para seu desespero já era tarde demais... Seu irmão já habitava o corpo, sua alma partira rumo ao desconhecido, seu irmão morrerá e ele conheceu pela primeira vez em sua curta vida a terrível dor da solidão e em meio a agonia recém descoberta ele ergueu a sua voz e pediu a Ólorum piedade, que ele não lhe separasse de seu irmão.

Ólorum, do alto do Orum, via silenciosamente todos os acontecimentos experimentados pelos homens, mulheres e crianças no Aiê e resolveu atender ao pedido do menino. Imediatamente transformou os corpos das crianças em estatuas de madeiras enquanto a essência de ambos eternamente cristalizada em sua infância transformou em algo maior conhecido, festejado e amado até os dias de hoje por quem conhece e não conhece essas história.


________________________

Essa história é toda baseada no Itan "Os Ibejis são transformados numa estatueta" contado no livro "Mitologia dos Orixás" do Reginaldo Prandi. Eu li no livro, mas vocês podem ler nesse LINK.

Escolhi conta-la pois não sei, porém suspeito ser a festa dos santos gêmeos "Cosme e Damião" esse grande acontecimento ligado a infância resultado direto da força cultural incrível dos homens e mulheres vindos da África. Reza a lenda que os Ibejis já no período colonial, foram no Brasil associados aos santos Cosme e Damião, médicos mortos por volta de 300 d.C.

Gente no ano 300 depois de Cristo nem pediatria tinha, para mim está claro que a gente só oferece doces a crianças nessa data por causa dos Ibejis. Se eu não me engano, faz parte do cerimonial dos cultos de matriz africana oferecer as divindades - orixás - comidas.

Acredita-se que em troca da comida as divindades oferecem aos homens o axé, a força da vida. Cada orixá tem sua comida especifica, a comida dos orixás crianças é doce, guloseima e claro, nas festas além das divindades as pessoas também comem. Pierre Verger em seu livro "Orixás" apresenta a hipótese do culto a essas divindades derivar do culto a ancestral primitivos, os quais anualmente recebiam ofertas de comida.

Bem, eu não sei até que ponto a hipótese do francês fofo se confirma hoje, mas acho muito legal essa ideia de seres humanos transformados em divindade através de traumas emocionais, amo os itans e se Cosme e Damião em outro lugar do mundo também for comemorada com doces me conta porque ai minha hipótese pode não ser tão acertada.

E essa é a primeira de uma série de 6 postagens sobre "criança e a infância" em comemoração do que a Aleska chamou de "época das crianças", o período de 27 de setembro a 12 de outubro... Pronto, mais uma ideia da Ideia da Aleska posta em prática.

sábado, 24 de agosto de 2013

As paredes do banheiro


Quando conheci o inevitável
Passei a aceitar
Às silenciosas ofertas de proteção e cumplicidade
Contidas nas paredes do meu banheiro.
_______


quarta-feira, 31 de julho de 2013

"Veneno" - Participação na Blogagem Coletiva "Continue a estória..."

Amanda ficou olhando para a tela de seu PC sem entender o porquê alguém escrevera aquilo, com que intuito? Queria poder entender o que faz uma pessoa ser tão amarga e cruel cometer tamanha violência em escrever palavras tão duras e sem coerência. Será que era uma pessoa conhecida ou meramente passara por ali e resolvera descarregar todo seu ódio e dor em uma única pessoa que teve a infelicidade de estar em seu caminho virtual. Pensou ser uma figura feminina pela maneira de escrever talvez estivesse enganada. Ela e seu único amigo que fizera no curso de psicologia ficavam analisando as pessoas em segredo, não profissionalmente e sim por pura diversão. A muito queria deixar o curso por não se adaptar, não era o que sonhara para sua vida, porem o que queria realmente não importava. Ter um diploma em mãos seria o maior orgulho para seus tutores. Voltou a se fixar na tela, sempre se distraia quando lembrava no quanto estava infeliz, será que a intenção daquela pessoa cruel era acabar ainda mais com seus dias?

Resolveu deletar as mensagens. Não adiantaria ficar ali remoendo ninharias, absolvendo intriga, absolvendo infâmia como bucha a absolver água suja. E em um clique, deletou aquelas palavras ofensivas em mais três fechou as abas abertas, desconectou da rede e desligou o computador. Muita coisa esperava por ela naquele dia, o tempo urgia, a vida chamava do lado de fora de sua casa com mil problemas clamando por solução nenhum deles ia ser resolvido com a angústia gerada por aquele veneno destilado.

Veneno... Enquanto fazia o caminho do seu quarto a porta de saída de sua casa experimentou a sonoridade dessa palavra: Veneno... As vezes a rotina dos seus dias parecia um veneno para a sua alma, se submeter ao desejo alheio por vezes envenenava os seus dias, o seu tempo, os pensamentos e desejos... Ela tinha boa vontade, se dedicava, compreendia a natureza da cobrança que sofria, mas ainda assim tudo parecia um veneno... Definitivamente sua rotina já estava suficientemente envenenada por suas necessidades imperiosas para que ela dedicasse qualquer grama de pensamento para palavras ditas por sabe-se lá quem.

Embriagada por tais pensamentos Amanda fechou a porta de casa, colocou sua mochila nas costas, seguiu para o ponto de ônibus rumo a mais um dia de aula. Cada dia era menos um dia e enquanto o veneno não matava lhe fortalecia... Da mesma forma que aquelas palavras também lhe fortaleceram de alguma forma maluca. Breve, muito em breve, seu diploma estaria em suas mão, seus tutores estariam satisfeitos e ela ainda teria a vida inteira pela frente e em seu peito pulsava a certeza de que seria uma vida muito bem vivida.

O ônibus chegou, ela fez sinal, ele parou, ela subiu, logo ao entrar, no primeiro olhar lançado ao interior do veiculo ela vislumbrou seu melhor amigo, seu único amigo, seu irmão de alma, sorrindo seu melhor sorriso, lhe olhando com o olhar mais cúmplice do mundo... Nem tudo em sua vida era veneno e no balanço do ônibus misturado ao responder a voz familiar de seu amigo pode enfim esboçar o primeiro sorriso do dia que certamente não seria o ultimo...
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Esse texto é a minha participação na Blogagem Coletiva "Continue a estória..." da Verinha do Blog "Eternamente VV".

A proposta dessa blogagem consistia em continuar o texto a partir da palavra "... Resolveu..." achei interessante e tentei fazer esse exercício de escrita. Sempre tive vontade de escrever em parceria com alguém, essa blogagem me possibilitou isso. Espero que tenha ficado bonitinho!

Outras participações confira  AQUI

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Uma questão de resiliência!




"Resiliência ou é um conceito oriundo da física, se refere à propriedade que alguns materiais possuem de acumular energia quando são submetidos a estresse sem se romperem. O elástico, o bambu e a vara de salto em altura são exemplos de materiais resilientes."

Em momentos de crise coisas estranhas costumam vim a memória. Quando a moça loira sentada no degrau pintado de cal da escadaria saiu de casa pela manhã, se alguém perguntasse a ela qual o nome de seu professor de física ela forçaria o fundo de suas memórias e não ia conseguir encontrar essa informação. Mas, naquele momento difícil, como um trovão inesperado que cruza o céu noturno de cima a baixo, lhe veio a memória a lembrança da voz grave do professor falando sobre resiliência, elástico, bambu e vara de salto em altura.

Se pegou calculando quanto tempo havia passado entre aquela aula e esse momento... Nove, dez, onze... quinze anos. Meu Deus! Como o tempo passou rápido! Parece que foi ontem que a bolsa que ela segurava era uma grande mochila azul repleta de livros didáticos, seu tênis um all star customizado com borboletas e o sonho de ser médica era apenas um sonho.

Naquela época ninguém lhe contou sobre a gravidade da sensação do fracasso após cada perda. Todos só lhe diziam o quanto era nobre ser médica e quantas vidas ela salvaria.

Ninguém lhe avisara também do quão pernóstico um diretor de hospital, um governador e presidente poderiam ser e no bojo das lembrança escolares lhe veio a mente a professora de português descrevendo o significado da palavra:

Pernóstico; adjetivo e substantivo masculino. Informal. Característica de algo ou de alguém que é afetado, pretensioso, presumido ou pedante. Informal. Algo ou alguém que é atrevido; que responde ou que resmunga. Brasil. Indivíduo utiliza termos incomuns, que geralmente não conhece, para aparentar certa cultura que não tem.

Sorriu sozinha em meio ao desamparo, mesmo com a distancia imposta pelo anos, ela podia ver o rosto rechonchudo da professora, ouvi-la falando daquele jeito explicadíssimo dos professores de português e sentir em seu olhar aquela ternura paciente mesmo nos piores momentos de sua turma pouco comprometida com os significados das palavras.

Não! De repente lhe ocorreu que não era paciência o que havia no olhar de sua querida professora. Era pura RESILIÊNCIA, com letras maiúsculas e coragem reforçada.

A professora, era o tipo de pessoa que podia até ser dobrada, mas nunca quebrada... Houvesse o que houvesse ela sempre voltava e tornava voltar a sala de aula... Dia após dia, ano após ano, até finalmente chegar o dia da formatura no qual ela entregava  o diploma, o abraço e os parabéns aos seus alunos.

Ainda em meio as emoções das memórias a moça loira sorriu de si para sim mesma, aprumou a postura, respirou fundo, levantou e seguiu em frente... Ela também era resiliente!
_________

Essa foi a minha participação na 2ª Edição do desafio de escrita "Momentos de Inspiração" proposto pela Irene Moreira, a querida M@myrene.

Atualmente minha palavra de ordem tem sido "Resiliência" e é isso que desejo a todo mundo. Isso não é blog de auto-ajuda, eu detesto segundas-feiras, como sei que a vida não é fácil desejo "Que possamos ser resilientes, que possamos envergar, esticar, dobrar, mas não quebrar! E se quebrar que encontremos uma boa cola no caminho e uma boa semana para tod@s nós!"




sábado, 8 de junho de 2013

Espelhos e reflexos...


Sempre é fácil quebrar
encantos,
sentimentos,
sonhos...
espelhos.
Nunca é fácil quebrar
dúvidas,
angústias,
medos...
reflexos.

_________________

Essa é a minha participação na 10ª Edição do projeto "Uma imagem, 140 caracteres".
De todas as imagens do 140 caracteres, essa foi a que mais me soou familiar, quase intima.
Foi difícil desabafar.
Mas não escrever necessariamente.
Quebrar espelhos é tão fácil.
Deveria ser igualmente fácil se livrar das imagens que eles refletem.
Odeio espelhos!
Eu e minhas fragilidades...

domingo, 2 de junho de 2013

As velhas fotos...


Abrindo a velha caixa
Encontrei aquela foto
Ri sozinha
Lembrei do Quintana
"O tempo não para!
Só a saudade faz as coisas pararem no tempo."

Essa postagem faz parte do desafio: Uma imagem, 140 caracteres - 9ª Edição,
Uma proposta do blog Escritos Lisérgicos
  

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Agradecimentos e resultado do sorteio!!!

Passado o momento da blogagem coletiva vem o momento de agradecer a todos e todas que me deram a honra de participarem da brincadeira e claro, divulgar o resultado do sorteio!

Agradeço aos que participaram fazendo as postagens e compartilhando conosco um pouco do seu universo infanto-juvenil e aos que não participaram mais leram algumas das postagens e comentaram enriquecendo ainda mais a experiência.

Foi muito bom contar com vocês e espero que novas blogagens e novas experiencias virtuais venham a se somar a essas amanhã, nas próximas semana, meses, anos...

E em especial eu não posso deixar de agradecer ao Alexandre do blog "Do que eu quero" a ele eu só posso dizer: "Foi muito bom está com você nego!!! Espero que possamos ser parceiros em várias outras experiencias virtuais e concretas!!! Obrigada por ter feito o banner e pela parceria!!!"


Agora vamos aos sorteios!



Sorteio 1: o livro "Enquanto alguns dormem" do Christian V. Louis escrito em parceria algumas blogueiras que vai para:

O número 9 dos textos da blogagem corresponde a: Lane Lee do blog "Flor D'Lane".


Sorteio 2: o livro "Um pouco de nós" construído a partir do concurso de contos promovido pela Elaine Gaspareto vai para:



O número 12 corresponde a Michele Lima do blog "Notas de Rodapé"

Parabéns as meninas que ganharam!


E sim, antes que eu conclua o post, um obrigada especial a Irene, minha querida Mamyrene pelo selo muito fofo!!!


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P.S.: Na hora de criar a lista de participantes no Add Your Link eu cometi um erra então para que os links dos participantes ficassem visíveis eu tive que alongar a página, mas passada a blogagem vou fazer o blog voltar ao normal.