Amanda ficou olhando para a tela de seu PC sem entender o porquê alguém escrevera aquilo, com que intuito? Queria poder entender o que faz uma pessoa ser tão amarga e cruel cometer tamanha violência em escrever palavras tão duras e sem coerência. Será que era uma pessoa conhecida ou meramente passara por ali e resolvera descarregar todo seu ódio e dor em uma única pessoa que teve a infelicidade de estar em seu caminho virtual. Pensou ser uma figura feminina pela maneira de escrever talvez estivesse enganada. Ela e seu único amigo que fizera no curso de psicologia ficavam analisando as pessoas em segredo, não profissionalmente e sim por pura diversão. A muito queria deixar o curso por não se adaptar, não era o que sonhara para sua vida, porem o que queria realmente não importava. Ter um diploma em mãos seria o maior orgulho para seus tutores. Voltou a se fixar na tela, sempre se distraia quando lembrava no quanto estava infeliz, será que a intenção daquela pessoa cruel era acabar ainda mais com seus dias?
Resolveu deletar as mensagens. Não adiantaria ficar ali remoendo ninharias, absolvendo intriga, absolvendo infâmia como bucha a absolver água suja. E em um clique, deletou aquelas palavras ofensivas em mais três fechou as abas abertas, desconectou da rede e desligou o computador. Muita coisa esperava por ela naquele dia, o tempo urgia, a vida chamava do lado de fora de sua casa com mil problemas clamando por solução nenhum deles ia ser resolvido com a angústia gerada por aquele veneno destilado.
Veneno... Enquanto fazia o caminho do seu quarto a porta de saída de sua casa experimentou a sonoridade dessa palavra: Veneno... As vezes a rotina dos seus dias parecia um veneno para a sua alma, se submeter ao desejo alheio por vezes envenenava os seus dias, o seu tempo, os pensamentos e desejos... Ela tinha boa vontade, se dedicava, compreendia a natureza da cobrança que sofria, mas ainda assim tudo parecia um veneno... Definitivamente sua rotina já estava suficientemente envenenada por suas necessidades imperiosas para que ela dedicasse qualquer grama de pensamento para palavras ditas por sabe-se lá quem.
Embriagada por tais pensamentos Amanda fechou a porta de casa, colocou sua mochila nas costas, seguiu para o ponto de ônibus rumo a mais um dia de aula. Cada dia era menos um dia e enquanto o veneno não matava lhe fortalecia... Da mesma forma que aquelas palavras também lhe fortaleceram de alguma forma maluca. Breve, muito em breve, seu diploma estaria em suas mão, seus tutores estariam satisfeitos e ela ainda teria a vida inteira pela frente e em seu peito pulsava a certeza de que seria uma vida muito bem vivida.
O ônibus chegou, ela fez sinal, ele parou, ela subiu, logo ao entrar, no primeiro olhar lançado ao interior do veiculo ela vislumbrou seu melhor amigo, seu único amigo, seu irmão de alma, sorrindo seu melhor sorriso, lhe olhando com o olhar mais cúmplice do mundo... Nem tudo em sua vida era veneno e no balanço do ônibus misturado ao responder a voz familiar de seu amigo pode enfim esboçar o primeiro sorriso do dia que certamente não seria o ultimo...
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Veneno... Enquanto fazia o caminho do seu quarto a porta de saída de sua casa experimentou a sonoridade dessa palavra: Veneno... As vezes a rotina dos seus dias parecia um veneno para a sua alma, se submeter ao desejo alheio por vezes envenenava os seus dias, o seu tempo, os pensamentos e desejos... Ela tinha boa vontade, se dedicava, compreendia a natureza da cobrança que sofria, mas ainda assim tudo parecia um veneno... Definitivamente sua rotina já estava suficientemente envenenada por suas necessidades imperiosas para que ela dedicasse qualquer grama de pensamento para palavras ditas por sabe-se lá quem.
Embriagada por tais pensamentos Amanda fechou a porta de casa, colocou sua mochila nas costas, seguiu para o ponto de ônibus rumo a mais um dia de aula. Cada dia era menos um dia e enquanto o veneno não matava lhe fortalecia... Da mesma forma que aquelas palavras também lhe fortaleceram de alguma forma maluca. Breve, muito em breve, seu diploma estaria em suas mão, seus tutores estariam satisfeitos e ela ainda teria a vida inteira pela frente e em seu peito pulsava a certeza de que seria uma vida muito bem vivida.
O ônibus chegou, ela fez sinal, ele parou, ela subiu, logo ao entrar, no primeiro olhar lançado ao interior do veiculo ela vislumbrou seu melhor amigo, seu único amigo, seu irmão de alma, sorrindo seu melhor sorriso, lhe olhando com o olhar mais cúmplice do mundo... Nem tudo em sua vida era veneno e no balanço do ônibus misturado ao responder a voz familiar de seu amigo pode enfim esboçar o primeiro sorriso do dia que certamente não seria o ultimo...
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Esse texto é a minha participação na Blogagem Coletiva "Continue a estória..." da Verinha do Blog "Eternamente VV".
A proposta dessa blogagem consistia em continuar o texto a partir da palavra "... Resolveu..." achei interessante e tentei fazer esse exercício de escrita. Sempre tive vontade de escrever em parceria com alguém, essa blogagem me possibilitou isso. Espero que tenha ficado bonitinho!
Outras participações confira AQUI
A proposta dessa blogagem consistia em continuar o texto a partir da palavra "... Resolveu..." achei interessante e tentei fazer esse exercício de escrita. Sempre tive vontade de escrever em parceria com alguém, essa blogagem me possibilitou isso. Espero que tenha ficado bonitinho!
Outras participações confira AQUI
Pandora:
ResponderExcluirTivemos uma "interpretação" parecida.
No meu caso, converti o "veneno" em antídoto pra que Amanda pudesse resolver seu problema e seguir em frente.
Bjs.:
Sil
Que linda inspiração e final! Certamente muitos sorrisos vieram!
ResponderExcluirbeijos, tudo de bom,chica
Oi Pandora!!
ResponderExcluirSua participação complementou bem,
do ponto de vista literário, a estória começada pela Verinha.
Abração
Jan
Olá, querida Pandora
ResponderExcluirFechar o micro quando temos outras prioridades maiores e sensatas do que beber veneno é de tamanha sabedoria...
Vc deu um final bem inteligente ao texto iniciado...
Que morram as sucuris pelos venenos próprios!!! rs...
Bjm de paz e bem
Olá Pandora.
ResponderExcluirImagine minha alegria em te-la nesta blogagem e que continuação maravilhosa, realmente quando não estamos bem os amigos fazem toda diferença.Um lindo desfecho para Amanda terminar sorrindo apesar dos pesares. Como sempre digo os problemas não duram para sempre e ao menos ela estava fazendo algo que no futuro renderia alguns frutos. Parabéns por sua participação, obrigada por aceitar o convite e estar nesta festa.
Valeu mesmo. Beijinhos.
Pandora, gostei do seguimento que você deu à história, não faço disso uma unanimidade, mas é bom quando elas acabam bem ;)
ResponderExcluirDois abraços e boa sexta-feira!
Pandora, lindo final cheio de esperança e amizade para Amanda.
ResponderExcluirBeijinhos de Luz!
Ana Maria
Oi, Pandora!!
ResponderExcluirO seu exercício da escrita ficou muito bom e longe da teia de aranha que o pessimismo teima em imperar para aqueles que recebem "críticas" verdadeiras ou não.
Bom fim de semana!!
Beijus,
Pandora, Amanda teve a atitude mais sensata acerca do mundo virtual e seus ofensores. A maior parte das vezes tais anônimos são pessoas desconhecidas, que mal sabem metade das histórias de vida de quem julgam e agridem e usam o "veneno" como um antídoto a si próprios.
ResponderExcluirNão acredito que qualquer pessoa que esteja bem consigo mesma tenha este tipo de atitude, mesmo que afirme ser por diversão, não o é. A própria Amanda é a prova disto quando colocava-se a analisar as pessoas junto com seu único amigo por "diversão". Era um modo de espairecer da insatisfação, solidão e frustrações que possuía em sua vida real.
O desfecho ficou muito bom, com um pessimismo (que eu chamaria de realismo) na medida certa. Tudo na vida tem um lado positivo e negativo, por vezes, pessoas insistem em enxergar somente o negativo em uma autossabotagem e por esta razão, há tanta gente insatisfeita, desferindo o mal sobre os outros, muitos que nada têm a ver com seus problemas.
Parabéns!
Abraço e bom domingo.