Eu lembro que ano passado quando eu acompanhava as transmissões da Copa do Mundo eu ouvia muito os repórteres dizendo: "Os africanos são parecidos com os brasileiros."!
Assim, néh por nada não, mas por uma questão de ordem, pensemos: o brasileiro é resultado de uma mistura, mestiçagem, de africanos, portugueses e dos povos que já viviam aqui antes da chegada dos portugueses genericamente chamados de índios. Logo por uma questão de ordem primeiro venho o africano e só depois o brasileiro de maneira que não são os africanos que são parecidos conosco, somos nós que somos parecidos com eles.
Assim, néh por nada não, mas por uma questão de ordem, pensemos: o brasileiro é resultado de uma mistura, mestiçagem, de africanos, portugueses e dos povos que já viviam aqui antes da chegada dos portugueses genericamente chamados de índios. Logo por uma questão de ordem primeiro venho o africano e só depois o brasileiro de maneira que não são os africanos que são parecidos conosco, somos nós que somos parecidos com eles.
E eu estou falando isso só pq quero comentar a minha mais recente aquisição, que demorou tanto a chegar que eu comecei a pensar que Belo Horinte deve ficar do outro lado do mundo ou que o livro era de rosca.
"Literaturas africanas e afro-brasileiras na prática pedagógica" é resultado de um curso de aperfeiçoamento em História da África e das Culturas Afro-brasileiras oferecido pela UFMG, através dele nos somos inseridos de uma forma muito didática no mundo das Literaturas Africanas de língua portuguesa e Afro-brasileira. É um trabalho introdutório a esse universo literario, as autoras começam discutindo a Lei 10.639/63 que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e História da África e dos Africanos nas escolas públicas e privadas do Brasil. "Qual a importância dessa Lei? O que ela trás de novo?" "Pq ela é importante para a nossa sociedade?" São os primeiros temas abordados pelas autoras, só depois que estamos situados, começa realmente o trabalho sobre Literaturas Africanas e Afro-brasileiras e o processo do redescobrir.
"Literaturas africanas e afro-brasileiras na prática pedagógica" é resultado de um curso de aperfeiçoamento em História da África e das Culturas Afro-brasileiras oferecido pela UFMG, através dele nos somos inseridos de uma forma muito didática no mundo das Literaturas Africanas de língua portuguesa e Afro-brasileira. É um trabalho introdutório a esse universo literario, as autoras começam discutindo a Lei 10.639/63 que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e História da África e dos Africanos nas escolas públicas e privadas do Brasil. "Qual a importância dessa Lei? O que ela trás de novo?" "Pq ela é importante para a nossa sociedade?" São os primeiros temas abordados pelas autoras, só depois que estamos situados, começa realmente o trabalho sobre Literaturas Africanas e Afro-brasileiras e o processo do redescobrir.
Estudar a Literatura Africana, especialmente a de língua portuguesa, tem sido uma aventura onde a redescobrimento predomina, é incrível como me descubro como herdeira de uma África que vai muita além da visão exotica que as pessoas gostam tanto de divulgar.
O universo literário africano é profundo, revoltado, quente, angustiado, guerreiro e esperançoso em relação a possibilidade de um mundo melhor para todos nós. Um universo simbólico rico ao qual estamos definitivamente ligados, como algúém me disse uma vez entre os meus caminhos e descaminhos virtuais: "A África é o berço da humanidade e no caso do Brasil, ela é o útero, o leite e a alma".