Mostrando postagens com marcador meros devaneios tolos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador meros devaneios tolos. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de agosto de 2017

Entre livros...


Ultimamente ando monotemática. Meu tema batido e rebatido é livro. Vai lá, vem cá, me pego em uma livraria, entre estantes, falando do conteúdo delas. Depois de todo movimento, agitação, angústia e tudo o mais da vida docente, do transito, da família, de meus próprios bichos, o silêncio e o conforto oferecido por um livro parece ser tudo que vem a calhar.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Vai ver em outra vida fui um girassol...

"Vai ver em outra vida fui um girassol..."
Me ocorreu esse pensamente hoje de manhã durante o caminho do trabalho quando, propositalmente, me sentei no lado do sol para ver e sentir seu calor e luz se espalhando pela cidade.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

AohaRaido: A Primavera de nossas vidas


"AohaRaido" ou "Ao Haru Ride" é uma série de mangás em 13 volumes. Io Sakisaka é a autora e no Brasil quem publicou foi a Panini com o selo Planet Manga. Através dos 13 volumes acompanhamos a história de como a garota Futaba Yoshioka e o garoto Kou Mabuchi enfrentam os desafios e delicias de atravessar a adolescência lindando com traumas familiares, vida escolar, amor e amizade.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Não há palavras [Citação 013]

"Não é verdade que há palavras para tudo. Também não é verdade que sempre se pensa em palavras. Até hoje há muitas coisas que não penso em palavras, não as encontrei, não no alemão do vilarejo, não no alemão citadino, não no romeno, não no alemão oriental ou ocidental. E em nenhum livro. Os meandros interiores não coincidem com a linguagem, eles nos levam a lugares onde as palavras não podem permanecer. Muitas vezes é o decisivo, sobre o que não se pode dizer mais nada, e o impulso de falar a respeito é bem-sucedido porque ele passa ao longe. A crença de que falar destrincha os emaranhados só conheço do ocidente. Falar não concerta nem a vida no milharal e nem aquela sobre o asfalto. Também só conheço do ocidente a crença de que não se pode suportar o que não tem sentido." (Herta Müller)

terça-feira, 4 de abril de 2017

Vazia...

Houve uma época na qual eu me sentia mais preenchida, então era mais fácil escrever. Agora me sinto meio vazia então é mais difícil simplesmente chegar e transformar ideias em palavras, frases, parágrafos inteiros.

As vezes também me ocorre de pensar sobre a correção das palavras, dos sinas, da pontuação, da concordância, coesão, coerência etc e isso me afasta mais ainda dos exercícios de escrita.

Sempre me embananei com pontuação, erres, esses, cedilhas e o escambau. Sempre fui de cometer erros de fazer rir e chorar, porém nunca antes minhas deficiência de escrita pesaram tanto. Nem mesmo quando eu escrevia páginas e páginas a mão nas provas imensas do curso de história.

Nessas provas era convidada a dissertar sobre isso e aquilo a luz desse e daquele autor e minha compactor 07 deslizava sobre o papel pautado com uma fúria deliciosa. Eu tinha confiança, amava aquelas provas imensas que demoravam quatro horas de relógio para serem construídas... Hoje me pergunto se seria capaz de fazer esse tipo de coisa e duvido seriosamente.

Eu também já fui amiga das cartas longas... muito longas... páginas e páginas... Nunca fui econômica com nada na vida então não via motivos para economizar palavras e escrevia e escrevia... Faz tanto tempo que não escrevo uma carta que já me causa vergonha. Faz nove meses que tento escrever uma carta para uma amiga e não consigo... escrevo uma página e jogo fora então recomeço... e recomeço... parece mentira, mas é verdade... já tive que comprar um caderno novo porque o esforço dessas reescritas levou um embora.

As vezes acho que perdi a segurança e a substancia... Ainda escrevo resenhas, mas só Deus sabe quanto trabalho cada paragrafo demanda... E o quanto olho as resenhas publicada sentindo que faltou algo e me perguntando o quanto o editor precisou intervir para o texto não ficar de dar vergonha alheia ou vergonha minha.

Eu tento me preencher das coisas aqui e ali, não perco chances de viver uma experiencia nova e quando ela surge vou lá viver... ver... andar... ler... provar... mas as vezes pareço um poço sem fundo. Nada me preenche completamente e o fluxo das palavras no papel, no blog, nos cadernos, nas cartas não anda e me sinto em divida e vazia...

Se isso for um tipo de fase, que fase difícil que é!

Digo a mim mesma "isso também passa", mas tenho dificuldades de me ouvir. Me pego, aliás, descobrindo fascinada o encanto de não ouvir minha própria voz... Uma sensação estranha para quem fala sozinha.

E sim, esse é um daqueles textos confusos que uma pessoa em sã consciência não publicaria, mas eu não mantenho um blog há tanto tempo para posar de pessoa com sã consciência.

Preciso desabafar! Estou desabafando, afinal o silêncio nunca me ajudou a tomar decisões e quebrar a banca. Sou do tipo que precisa gritar, nunca se sabe se alguém está passando pela beira do poço e de repente... sei lá o que pode ocorrer de repente... 

quinta-feira, 16 de março de 2017

Pequeno dialogo...


Hoje, sentada nos bancos de pedra do espaço próximo a piscina onde venho praticando natação, olhei para minha companheira de aula e disse:

"Sinto que a melhor parte da minha rotina atualmente é sentar aqui depois da aula nesse vento com essas árvores."

 Ela respondeu:

"É a melhor parte da minha também."


Só queria registrar isso mesmo...

quinta-feira, 9 de março de 2017

A copa das árvores: uma nota sobre gratidão


Estou apaixonada pela experiência de sentar em um banco de pedra, olhar para cima e observar a copa das árvores e o azul do céu além delas.

Quando o vento ou a briza passa e bate em mim, nas folhas, nos galhos e em tudo o mais sinto uma gratidão por tudo e por nada.


Nesses momentos sinto uma alegria tranquila por existir, uma sensação de equilíbrio no meio do meu desiquilíbrio cotidiano.

Estando assim, nesse animo sereno, um pé dentro e outro fora do devaneio, é muito fácil acreditar na probabilidade do milagre, da magia ou até evolução humana. Quem sabe o que raios esses ventos carregam ou quais segredos as árvores sussurram através de suas folhas?!?!?

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Ainda há coração

É engraçada essa coisa chamada vida adulta. Ao longo dela deixamos coisas e mais coisas para trás e chegamos a ter certeza, jurar de pé junto, o quanto tudo que ficou para trás por nossa livre e espontânea vontade não tem mais a minima importância...

Porém, em um susto, quando menos esperamos, em um movimento inesperado do vento, do rosto, da página, do clique descobrimos absurdados de espanto o quanto nos enganamos. Como canta o Alceu Valença, "a gente se ilude dizendo já não há mais coração".

Atualmente a música Coração Bobo tem embalado vários momentos da minha vida. A constatação do obvio contida em sua letra misturada com os sons da orquestra e da voz do Alceu me dão uma sensação de alivio e ainda me fazer mexer a cabeça hahaha \o/ 


segunda-feira, 30 de maio de 2016

30 anos e ainda quero ser Sindbad...


Sinbad foi uma ícone da minha infância, símbolo de liberdade e aventura ele era tudo o que eu queria ser ser: naufrago, viajante, navegante, desbravador de mundos desconhecidos!

Em suas viagens ele se mete em mil e uma confusões, aporta em uma ilha que na verdade é uma baleia, acende uma fogueira perde tudo... Ganha tudo no próximo porto... Cavalga em cavalos feitos de minerais preciosos, encontra cidades incríveis... Ganha tudo... Perde tudo... Cai em um ninho estranho, testemunha a morte e nascimento da Fênix... Voa, nada... ganha... perde... Aventura... Desbrava.... 

Quando eu lia o livro eu era Simbad, Sindbad, quando eu terminava queria ser e então voltava a ler... Voraz, desorganizada, pouco cuidadosa o livro derreteu em minhas mãos com os anos e recentemente adquiri uma edição nova, brilhante... mas ler essa edição me trás a sensação de sempre.

Hoje completo 30 anos no dia 30, um evento único, não podia deixar de tirar um pouco das teias de aranha desse blog e registrar o fato absurdo de que aos 30 anos ainda quero ser Sindbad, ainda quero acampar numa ilha que é uma baleia, cavalgar cavalos misticos, encontrar cidades encantadas, ver a Fênix morrer e renascer... voar... perder... ganhar tudo de novo e no fim não terminar... no fim sentar e contar minhas histórias... Eternizar minha vida em letras.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Eu e meu blog


Na primeira postagem escrita nesse blog usei os versos de Fernando Pessoa:

"Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."

Escolhi esse texto pois era meu sentimento em relação aquela página em tons de marrom. Ela seria uma janela e tanto me possibilitaria olhar para o mundo externo a mim quanto mostrar o meu universo interno a quem desejasse olha-lo.

Criei o blog porque estava meio completamente atordoada com o fim de um namoro sério com o rapaz com qual pretendia casar e ter filhos... Eu já imaginava como seria meus filhos... e tudo deu errado... e me vi sozinha e enchi o saco de todos com lamurias e queria me lamuriar mais um pouco e sentia vergonha e vi Renato e Júnior criando um blog e quando eles recuaram sentir ter a minha chance.

E sim, troquei todas as  virgulas do paragrafo acima pelo conectivo "e" para dar carga dramática a confissão. #Loka hahaha

Antes de ter um blog costumava jogar online, quando fui escolher um nome para jogar não quis usar Jacilene, meu nome é muito regional, queria algo clássico... E se era clássico tinha que ser algo vindo da Grécia e se viesse da Grécia tinha que ser Pandora. Também flertei com Perséfone, mas algo me fez recuar e eu só descobrir bem depois o motivo, afinal havia outra pessoa com esse nome que iria se tornar muito central na minha vida. A parte isso, experiência de jogar online foi ótima, talvez por isso carreguei para cada canto da virtualidade esse nickname auspicioso.

Meu primeiro ano de blog, 2008, foi meio silencioso, como em tudo na vida a principio sou arredia. Lia muito, escrevia, mas não publicava. Sentia medo das pessoas lerem. Porém, numa bela noite o medo passou, abri as abas da Caixa e tenho deixado as coisas saírem de forma regular ou irregular, aos borbulhões ou as borbulhinhas, depende da hora, da cor e do cheiro.

Esse blog é um caderno de notas pessoais.
Ele é o maior reflexo do meu mundo particular.
É onde mastigo minha história e faço a digestão de minhas experiências boas e más.
É a continuação do habito infantil de escrever diários.
Ele me colocou em contato com pessoas incríveis que se tornaram centrais em minha vida.
Sou apaixonada pela experiência de escrever nele.
Gostaria de escrever com mais frequência, mas abrir os abas da Caixa nem sempre é simples para as Pandoras da vida.
Eu lamento!
Mas estou tentando!

Obrigada a todos e todas que passam por aqui, leem, escrevem algum comentário... Me escutam e falam comigo. Minha vida seria bem menos interessante sem você.

Essa postagem faz parte do "1º Concurso Cultural: Eu e Meu Blog" proposto pela Mi F. Colmán.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

"O mal-estar na cultura" & "Coisas Frágeis"

Comecei a me interessar de forma definitiva pela obra de Sigmund Freud por causa de um amigo, coincidentemente, algo parecido aconteceu com Neil Gaiman. Também foi um amigo, dessa vez  da faculdade, a me fazer ter interesse pelo autor, aliás ele até mesmo me emprestou "Stardust". O tempo passou e hoje leio tanto Freud quanto Gaiman por gosto, curiosidade e talvez até por paixão.

Ambos são autores de sinceridade incomum, sempre tenho a impressão de a titulo de desvendar a psique humana para um e contar histórias para outro, eles desvendam a si mesmo e se desnudam. Ambos possuem a coragem para expor seus ideais e isso de muitas formas me cativa como leitora e ser humano.

Nesse dia de Natal decidi escrever sobre esses dois autores, ou melhor, sobre livros desse autores porque nessa manhã acabei de ler os volumes 1 e 2 do livro "Coisas Frágeis" do Neil Gaiman e ao longo de toda leitura desse livro pensei muito em "O mal-estar na cultura", um livro de Freud cujo tema tem me inquietado nos últimos tempos.

sábado, 4 de outubro de 2014

Pausa não intencional!

Eu não estava pretendendo dar pausa na escrita desse blog - quase diário. Amo escrever, amo a dialética viver e narrar, narrar e viver. Mas, aconteceu, já faz mais de um mês que não sento para digitar/contar nada por aqui....

E para minha surpresa, mesmo hoje, mesmo agora, a vontade de escrever não vem...

Poderia dizer que é falta de tempo, ideia, excesso de trabalho, problemas e derivativos, mas honestamente enquanto se está vivo precisa-se trabalhar e enfrentar problemas então sei que não é isso.

Enfim, sem blá... blá... blá... Só passei para registrar que desde Agosto e agora em Setembro esse blog tem vivido uma pequena pausa. Honestamente espero que não dure, afinal há os desafios da Lu sobre os quais preciso falar e talvez hajam outras coisas mais...

Abraços, beijos e cheros aos transeuntes da internet que por aqui passam e até nosso próximo encontro, aqui ou em qualquer parte!

sábado, 23 de agosto de 2014

Escreva [Citação 009]

"Estou pedindo que escrevam cartas, que incluam acontecimentos, coisas que tenham percebido, como a mudança das estações afeta vocês ou o cheiro das flores. Imaginem morar na Índia com um macaco. Expressem a alegria de beber uma simples limonada em um dia quente. Finjam ser estranhos em sua própria casa, onde acabaram de notar uma rachadura no teto. Seria uma passagem para um cômodo oculto? Escrevam cartas para alguém que vocês viram em um restaurante. Talvez uma pessoa famosa, viva ou morta. Ou talvez para seus personagens favoritos de um livro ou filme! Perguntem coisas sobre a vida deles, as escolhas que fizeram... Sejam curiosos e libertem a sua mente de abreviações."

(Professor Wistler, Claros Sinais de Loucura, p. 34, Karem Harrington)


__________

Não consegui evitar de da um pulo aqui madrugada a dentro e registrar as palavras do Professor Wistler. Também escrevo, amo escrever, gosto do que escrevo e  faço minhas as palavras dele.

"Claros sinais de loucura" da Karen Harrington, tem uma pegada de literatura infantil terna, delicada, sensível. A protagonista é a Sarah Nelson, menina de 12 anos com um passado delicado. Ela escreve diários, gosta de ler, de procurar o significado das palavras no dicionário e ocasionalmente criar seus próprios significados para as palavras, enquanto procura em si mesma sinais de loucura.

Me identifico muito com ela, aos 12 anos também costumava procurar em mim sinais de loucura. Hoje procuro sinais de sanidade, mas continuo escrevendo diários, gostando de ler, de procurar palavras no dicionário e criar meus próprios sentidos para elas.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Centro Cultural Correios – Recife [Desafio 12 Lugares #6]

Se eu fosse uma blogueira mais disciplinada, hoje deveria ser o dia no qual se falaria sobre o lugar número 7 do "Desafio 12 Lugares", proposto pela Lu Tazinazzo do blog "Aceita um leite?"Mas como eu sou como eu sou¹ vou falar sobre o lugar número 6, a saber: "O Centro Cultural Correios - Recife", localizado na Av. Marquês de Olinda, 262, centro antigo da cidade, uma área tombada pelo IPHAN, considerada Zona Especial de Proteção Histórica desde 1997.


O centro funciona em um prédio é uma construção do início do século passado e foi adquirido pelo ainda "Departamento de Correios e Telégrafos – DCT" em 1921 e tornou-se sedo dos Correios em Pernambuco. Como muitas coisas no Brasil foi vitima de um bom período de deterioração de uma reforma superfatura [uma micharia de 5 milhões], mas em julho de 2009 foi devolvido a população com direito salas de exposição, auditório, restaurante (bistrô), agencia postal e uma históricas permanentemente aberta a visitação gratuita.



O lugar por mim visitado foi justamente a "Sala Histórica", nela estão guardados todos os tipos de objetos antigos relacionado a história das comunicações no Brasil, consistindo assim em um prato cheio para mim, uma historiadora de profissão.


Como estava com tempo e sem ninguém para me apressar, passei uma boa parte da minha tarde explorando com paciência e calma a sala inteira e seus objetos. Os historiadores cujo objeto de estudo é a cultura material, costumam dizer: "o homem faz o objeto e o objeto faz o homem".


Os objetos preservados nessa sala falam de uma época na qual as coisas eram feitas mais lentamente e a vida não corria como corre hoje. Não que não houvesse pressa, mas é que não havia a possibilidade de se comunicar com os extremos do mundo com a velocidade que temos hoje, era preciso ter paciência para esperar as cartas chegarem através de profissionais que não usariam avião ou carras velozes.







Os objetos também falam da ânsia constante do ser humano em diminuir suas esperas consolidado na figura do telefone e outros aparelhos.



O telefone, assim como o computador não reduz distancias, mas nos possibilitam a divina dadiva da comunicação, o que não é pouco definitivamente. Ah, bom notar também o quanto esses aparelhos são sólidos, falando de um tempo quase pré-industrial no Brasil no qual objetos como esses eram feitos de forma quase artesanal. 





Observando a solidez desses aparelhos, que parecem ter saído de obras steampunk², [obviamente é o contrario, eles inspiram os autores desse gênero] penso nessa época na qual não se produzia ferozmente produtos descartáveis. Eu entendo os autores de steampunk, é fabuloso pensar em tempo no qual os objetos eram feitos para atravessar gerações e havia tanta esperança na ciência e sua potencialidade para criar coisas capazes de melhorar nossa qualidade de vida.

A segunda metade do século XIX e o inicio do século XX foi uma época de muitas expectativas e esperanças. Basta olhar para a ficção cientifica da época. Os olhos sensíveis dos escritores desse gênero anteviam grandes descobertas e a possibilidade da melhora da qualidade de vida de uma parcela significativa das pessoas do mundo, o ideal positivista estava no auge, havia fé na potencialidade da humanidade evoluir para o mais e o melhor.

Nossa época não costuma produzir muitas coisas capazes de durar até a próxima geração, talvez seja mesmo verdade a máxima "o homem faz o objeto e o objeto faz o homem". Nós costumamos nos perguntar se haverá uma próxima geração, então para que produzir coisas solidas? Há guerras, pragas, fome e crianças morrendo gritando no momento no qual escrevo esse texto e possivelmente no momento no qual alguém o ler... Quem não olha para suas crianças e sente medo atire a primeira pedra! Talvez não haja nem humanos no planeta daqui a 100 anos, não há mesmo sentido em produzir coisas duradouras.

E como o pessimismo tomou conta de mim, eu vou me  jogar nele com fé. Sempre que visito o passado anterior a década de 1930 através dos vestígios por ele legado a nós eu vejo por toda parte tanta esperança, tanta fé em qualquer coisa chamada humanidade e então me recordo de duas guerras mundiais, uma bomba atômica, o rastro de doença, fome e peste deixados pelos europeus durante da descolonização da África e da Ásia e as catástrofes do presente me sinto em uma pavorosa distopia.
_________
¹ Essa expressão foi tirada de um post da Lu Tazinazzo

²A Sybilla responde muito bem a pergunta "O que é steampunk?"

Essa foi a minha participação no Desafio 12 Lugares do blog "Aceita um leite?"



terça-feira, 15 de julho de 2014

Sou voadora mesmo [Citação 007]


"Reconheço que não gosto da realidade, que jamais gostei. Acatei como pude quando já não havia mais jeito de esquivar-me de suas leis, mas o texto dessas leis - que além do mais, são tantos - não entra na minha cabeça. Mal o retenho com um alinhavo precário, e de uma hora para outra o esqueço. Vou de sobressalto, desfazendo os nós confusos que atrapalham a tarefa, e sempre fico em dúvida se os desfiz direito." (Carmen Martin Gaite, Nebulosidade Variável, p. 105)
Fonte da Imagem:
Supercalifragilisticexpialidocious, Pockets Comix #142

terça-feira, 1 de julho de 2014

Choque de realidade: sobre ser professor/professora.

Pessoas que escolhem a profissão docente de certa forma são como "os escravos cardíacos das estrelas" do poema "Tabacaria" de Fernando Pessoa:
"Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido."
Hoje meu semestre acabou, deixei as cadernetas preenchidas na escola, esvaziei meu arremedo de armário, peguei os itens mais queridos desse primeiro semestre de 2014.


Segui para minha rotina na educação infantil, cheguei em casa no inicio da noite, terminei de assistir o jogo "Bélgica X Estados Unidos" com meu pai e finalmente abrir o computador.... Foi quando fui esbofeteada por um choque de realidade em forma de matéria. Descobrir que um professor de história foi confundido com um ladrão, foi espancado, escapou de ser assassinado e ainda está respondendo a processo.

Cá está o link da matéria para quem quiser entender melhor a situação: "Professor ‘dá uma aula’ de Revolução Francesa para não ser linchado".

Uma vez eu disse a Suelem, minha estagiaria da educação infantil, em meio a uma crise de frustração docente, que pessoas capazes de escolher essa profissão mereciam levar uma pisa. Como ela não é de meias palavras, respondeu na lata:
"Mas vocês levam! Você leva uma surra todo dia Jaci!".
Ela chamou isso de "choque de realidade".

Nunca pensei que daria tanta razão a ela. Me sinto surrada agora, usando as palavras de meu irmão:
"Todos são inocentes ate que se prove o contrário. Mas isso só vale se você tiver muita grana ou for político corrupto. Pobre, preto, prostituta, professor e homossexual são culpados até que se prove a inocência, isso depois de muita humilhação." (José Rafael Jr.)

sábado, 21 de junho de 2014

Incertezas, pular em abismos, cair para cima ou da criação das asas...

Disponível Aqui

Várias vezes eu tenho dificuldade em olhar em volta ou deixar o botão realidade ligado por muito tempo. Mesmo hoje, mais de vinte oito anos após minha forçada chegada aqui, ainda me sinto deslocada, inconveniente, equivocada, perdida, dividida entre a suave impressão de ser insuficiente para as tarefas a mim atribuídas e a sensação de ainda não saber bem o que raios devo fazer aqui.

Um dia, em meio a um rito de passagem qualquer para a vida adulta me bateu na rosto um impacto de certeza que desceu ao coração. Mas essa certeza fugiu do meu coração, correu de mim. Eu tentei segui-la. Ela foi mais rápida, saiu enveredando por uma curva e depois outra e mais outra... Nunca fui famosa por meu senso de direção e no labirinto das ruas superpopulosas e intransitáveis das ideias perdi a frágil certeza.

Restou a dúvida.

Quando a única certeza que te sobra é a dúvida viver é algo como pular no abismo...

E de repente, não mais que de repente me veio a memória uma história que li na infância. A história contava de uma aldeia cujas mediações eram próximas a um abismo gigantesco do qual soprava em noites de inverno ventos poderosos. Uma das lendas da aldeia dizia que quem tivesse coragem de se jogar no abismo seria erguido de volta pelo vento.

Será que no abismo da dúvidas há vento?

Ou será que há apenas tempestades?

Em Recife os ventos são fortes o suficiente para inclinar os coqueiros, esvoaçar saias, embaraçar os cabelos e colocar pensamentos sensuais em cabeças desapercebidas do tempo... Desconfio que ele é insuficiente para impedir qualquer queda...

No entanto...
... como resistir a tentação do pulo?

E como é de costume já estou devaneando, sonhando acordada...
Já passa da meia-noite e estou lembrando de versos...

"Um pouco mais de sonho para aquecer a alma, 
Para alegrar os abismos do espírito.
Para dar à meia-noite as cores de uma tarde quente,
Enquanto não cessa  o cortante hálito gelado do inverno."

E em meio aos sonhos me ocorre que talvez pulando no abismo das dúvidas meu corpo finalmente pode "optar por cair pra cima"... Sempre se pode flutuar ou criar asas e improvavelmente no "por entre as nuvens" encontrar qualquer coisa de memorável "sentada no teto do mundo".

Talvez Ray Bradbury esteja certo ao aconselhar:

"Vá até a beira do abismo e pule.
Construa suas asas na descida."

_______________

P.S.: Obrigada a @Sybylla_ do Momentum Saga por ter cedido a imagem. Mas de boas citações podem ser encontradas na fan page do Momentum: https://www.facebook.com/Momentum.Saga

Obrigada também ao Sahge (Luiz Carlos) por ter cedido os versos de "Dente de Leão no Vento" que foram utilizados no texto. Mais dos textos dele no => "Psicodellias"

domingo, 15 de junho de 2014

Minha estranheza, as tatuagens não feitas e a difícil tarefa de conciliar aparência e essência.

Eu sou uma pessoa estranha, isso é fato conhecido por todos e eu não me envergonho de minha estranheza. Na universidade os meus colegas me chamavam carinhosamente "Esquisitinha!", mas recentemente uma amiga me deu o titulo de "bizarramente contraditória" e foi um elogio. Realmente eu faço metáforas malucas, escrevo e falo duas vezes antes de pensar. Fico mal humorada na segunda-feira. Detesto todas as coisas que predestinam as pessoas, as fazem de bobas e as tornam pouco menos que humanas. Sou cristã, feminista e geminiana. Mudo de ideia vez em sempre, há consenso entre meus amigos de que não sei brincar. E claro que tudo isso é culpa de Sagitário, afinal ele é que faz bagunça no meu mapa astral.

Eu cheguei a um ponto de estranheza gritante a ponto de uma de pessoa me dizer que não pareço com a pessoa que sou. Ou melhor, que a minha aparência estética não releva a pessoa que sou. Eu, honestamente, fiquei me perguntando com constância constante como as pessoas acham que eu deveriam parecer. Recentemente cheguei a uma resposta aproximada quando meu irmão falando sobre uma amiga dele disse que ela, com seu lindo cabelo verde vibrando e tatus mais lindas, ainda fazia tudo que eu queria fazer e não tinha coragem. Nunca pensei que meu irmão achasse que a ausência das tatuagens e a manutenção da cor original do meu cabelo fosse resultado de uma covardia. Talvez não seja.

Na verdade eu gosto da cor do meu cabelo com excesso de comprimento e amo o quanto é fácil cuidar dele, se eu aplicasse tintura nele não poderia me dar ao luxo de passar meses lavando apenas com sabão amarelo sem comprometer seu brilho e sedosidade. Antes de aplicar azul de metileno no cabelo preciso me comprometer espiritualmente com hidratações regulares e uma rotina de cuidados com as quais não estou habituada e não sei se quero está a curto e médio prazo. Em síntese, meu cabelo não é azul eu sou preguiçosa.

Já as tatuagens, aprendi com a Bíblia que algumas coisas, verdades ou desejos profundos devem ser escritos dentro de nós. No livro dos Provérbios está escrito: "Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração." (Provérbios 3:3). Tenho a impressão que em minha alma há mais coisas escritas que no interior das Piramides de Gize, algumas tão difíceis de decifrar quanto os hieróglifos e eu gosto disso. Em síntese, gosto de ter minhas minhas palavras dentro de mim e não fora.

De certa forma essa imagem de crente acentua mais a minha estranheza e eu tenho um enorme fraco por ela, estou habituada a ela, e de quebra me da o beneficio da duvida. Com esse jeito de irmãzinha tanto passo despercebida quanto posso observar as pessoas que me interessam e escolher se vou me aproximar ou não delas. Claro, também aprecio a ironia, é divertido demais deixar as pessoas tontas com minhas contração bizarra.

Mas, apesar da ironia, da comodidade e de gostar dessa aparência, não por acaso, só pensar em como preguiçosamente mantenho essa imagem de irmãzinha me vem à memória a Tita me dizendo o quanto é boa ideia de deixar de vestir essa roupa confortável, essa farda, e assumir a imagem do que sou, conciliar a aparência com minha essência.

Só de pensar nisso, um velho soneto de Fernando Pessoa que escrevi há mais de uma década na minha alma começa a queimar como se tivesse sido escrito ontem. Repentinamente compreendo o quanto conciliar aparência e essência, no meu caso, tem haver com abdicação e abdicar pode ser até libertador, mas não é fácil de começar.

Atualmente, tal como Fernando Pessoa, embora talvez em graus mais modestos, "atravesso uma daquelas crises a que, quando se dão na agricultura, se costuma chamar "crise de abundância"¹ e me sinto como se estivesse a caminho de casa atordoada com um perigo de uma chuva que está por vim. E, talvez, meu irmão esteja certo, e eu ainda não tenha encontrado a coragem para abdicar de certas coisas e dizer tal como Fernando Pessoa disse em 1913:

"Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho... eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia."

________________________

¹Carta de Fernando Pessoa ao amigo Mário Beirão, em 01 de Fevereiro de 1913  "Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação", Ed. Ática. Disponível em: http://www.insite.com.br/art/pessoa/misc/carta.mbeirao.php

sábado, 17 de maio de 2014

Notas escritas em uma noite de sexta...

É uma noite de sexta qualquer e de repente sinto-me como em um enlevo... Não a toa me refugiei no quarto do meu irmão, abri a janela, escuto os sons da ruas e aprecio o momento degustando damasco seco.  Até mesmo meu cabelo com seu gritante excesso de comprimento está solto.

Nem mesmo lembro quando foi a ultima vez que soltei meu cabelo, talvez em outra vida. Estou feliz e felicidade não rima com rima com cabelo preso.

Se um gênio da lâmpada me aparecesse agora, eu pediria apenas uma garrafa de chá gelado sabor pêssego e bastaria isso para o momento ser perfeito.

Me vendo assim, relaxada, escrevendo esses desvarios e leseiras a toa, não se diria que ontem quase cheguei ao pânico. A greve dos PMs teve o dom de libertar o pior dentro de tantas pessoas que em um minuto o mundo pareceu ultrapassar o limite do meramente inseguro...

Quando o pânico ultrapassou o limite do imaginável eu estava na escola na qual trabalho pela manhã e vi pais e mães chegarem um após outro, desesperados e alarmados, para levarem seus filhos e filhas para casa.

Quase liguei para o meu pai ou para algum de meus tios. Não o fiz. Não sou criança. Simplesmente me obriguei a pegar minhas coisas e ir para meu próximo destino: a creche. Chegando lá tratei de convidar os responsáveis pelas crianças para pega-las mais cedo... No final da tarde, enquanto providenciava o jantar das crianças cujos pais são costumeiros retardatários, invejei a sorte delas... Talvez não seja de todo ruim ser responsabilidade de alguém vez ou outra, ter alguém para providenciar jantar e segurança.

Enquanto escrevia essas linhas o relógio me contou da passagem da sexta para o sábado, meu irmão me expulsou do quarto dele e eu me abriguei na sala na qual gozo da companhia do gato e da cachorra irritante e tudo isso parece está bem longe... Mesmo não estando...

Claro que não está. Violência e medo nunca estão longe, não nesse mundo ou nessa vida. Nem por isso coisas boas deixam de ocorrer...

Ontem uma companheira de virtualidade me convidou para participar de um projeto adorável dela. Hoje pela manhã tive um sonho maravilhoso com uma amiga minha, estávamos na Grécia. Uma notificação do celular me avisou que o pequeno presente enviado a um amigo chegou, parece que ele gostou. Descobri que perdi alguns quilos e as saias que não mais cabiam em mim voltaram a entrar e, pelo prazer da incoerência, resolvi fazer pizza para comemorar. Enquanto o cheiro do queijo com orégano se alastrava pela casa, ouvi meu irmão ler um conto de Allan Poe.

Há qualquer coisa de reconfortante em ouvir meu irmão lendo em voz alta. Aliás, não só lendo, mas modelando. Na quarta-feira, ele voltou depois de um longo tempo a moldar o velho monte de massa de abandonado por meses.

A arte de meu irmão não é de uma beleza clássica, nem sempre, quase nunca, ele retrata coisas doces, mas me passou pelo corpo todo uma sensação agradável ao ver um dos trabalhos dele finalizado... Na sexta havia outro e hoje a tarde me peguei levantando a cabeça por cima do livro que lia e vendo ele moldar... Há algo certo numa cena na qual eu apareço lendo qualquer coisa enquanto ele molda... Vez ou outra falamos alguma coisa um com o outro enquanto cada um faz o que gosta de fazer...

A vida segue... e eu poderia ficar aqui muito tempo mais...

Poderia contar como foi finalmente tomar meu primeiro porre... De como fiquei bêbada de wiski e simplesmente amei a sensação da embriaguez...
Poderia falar das desventuras e venturas do ensino de história, de como ganhei um rato de borracha, um desenho da Sailor Moon e uma bolada que doeu fisicamente, mas sobretudo moralmente, no meio da aula de geografia.
Poderia contar como não me imagino não trabalhando como educadora infantil, das minhas estagiarias ótimas e do andamento das contações de história.
Ou ainda de minhas ultimas leituras, dos planos para o futuro, dos sonhos, do amor platônico que, graças a Deus ou não, morre a cada dia...

Poderia escrever muito mais... se... somente se... eu não tivesse que ir trabalhar amanhã....

Ninguém deveria ser obrigado a trabalha no sábado pela manhã, todavia não me sinto tão infeliz com essa possibilidade. Estou em paz, ainda que momentaneamente...

Acho que vou guardar alguns desses damascos para amanhã, deixar todas as reticências exatamente onde estão e, como o gênio da lâmpada não apareceu até a presente hora, vou dormir sem meu chá gelado mesmo, amanhã talvez eu mesma me dê essa dádiva...

Aos que chegaram até aqui nesses devaneios, deixo minha gratidão e cumprimentos...
Até nosso próximo encontro amigos!

domingo, 13 de abril de 2014

Mais Macho...


Hoje acordei ouvindo Luiz Gonzaga. Já passava das nove da manhã e meu irmão decidiu escutar algumas músicas do velho mestre. A música responsável por me fazer atravessar a barreira entre o sono e o despertar chama-se "Paraíba masculina" e mal abri os olhos, minha mãe sorriu para mim e entre o riso jogou um "Olha Rita!". Voinha Rita era paraibana, minha mãe me acha parecida com ela psicologicamente e emocionalmente e semana passada eu fui, após uma reunião tensa, honrada com o titulo de "Mais Macho...". Então já acordei sorrindo para a nova semana.

Não me escapa que atribuir a uma mulher capaz de enfrenta uma situação desafiadora com burrice mal-calculada coragem o titulo de "macho" e a um homem covarde o titulo de "mulherzinha" evidencia o imenso machismo da cultura pernambucana. Mas, é reconfortante ser associada a Dona Rita, ela era autentica e corajosa. Autenticidade e coragem são coisas das quais ando precisando. Não tenho um sertão para atravessar carregando meus sete filhos, mas tenho desafios a enfrentar e eles me dão medo.

Aliás, meus últimos tempos tem sido demasiado marcados pelo medo. Tenho repensado constantemente minha escolha profissional pela docência e até que ponto essa foi uma escolha acertada. Não tenho me sentido uma boa professora! Tem sido difícil enfrentar dia após dia algumas turmas! Eu sinto como se estivesse me afogando e não há quem me ajude a respirar! Acho que vou sumir ou desaparecer! Fazia tempo que eu não ouvia tanto Duvet...

Investi tanto de mim, minha força, tempo, sono, atenção e cuidado nessa profissão que tenho dificuldades em acredita que escolhi errado. E se escolhi errado, preciso de uma nova escolha... Mas qual? Eu não tenho medo do escuro, mas me pego pedindo "por favor deixem as porcarias da luzes acesas". Queria muito ter certeza de que tudo não foi simplesmente "Tempo Perdido".

Talvez por tudo isso, mesmo não ignorando o machismo, ser adjetivada como "mais macho...", me fez feliz. Me fez crer, por alguns instantes, que talvez eu não esteja tão fragilizada quanto penso. Ainda tenho folego para "ser" qualquer coisa de resiliente e decidida.

Ah, falando de decisões, é preciso lembrar de não esquecer algo fundamental: dia 16 começa mais uma edição do Bookcrossing Blogueiro. Novamente um grupo de pessoas estará espalhando literatura por alguma esquina, curva, banco de praça, ônibus ou derivados. Se passou aqui, leu esse desabafo, mas não conhece a ideia, clica na imagem e confere como funciona. Você corre o risco de gostar!