segunda-feira, 28 de maio de 2012

Entre os livros de minha mãe, Lisbela e Eu!!!

Maio é o mês das mães e eu percebo que ele está indo embora e eu ainda nada falei sobre esse tema e hoje mexendo em meus livros me deparei com minha já nascida velha coleção de romances, foi impossível não sorrir complacente para eles e ter vontade de escrever essa postagem.


Mainha e eu nos tornamos ao longo de minha infância e adolescência grandes amigas, sempre compartilhamos nossos segredos, sonhos, passado, presente e expectativas para o futuro.

sábado, 26 de maio de 2012

Minha amiga ninfa!


Eu vi a Wikipédia essa definição para ninfas:

"Muitas vezes, ninfas compõem o aspecto de variados deuses e deusas... as ninfas seriam fadas sem asas, leves e delicadas... Ninfa deriva do grego nimphe (Νύμφε), que significa "noiva", "velado", "botão de rosa", dentre muitos outros significados. As ninfas são espíritos, habitantes dos lagos e riachos, bosques, florestas, prados e montanhas."

Essa é a definição corriqueira, nós também encontramos uma definição semelhante nos manuais de história e derivativos, mas eu confesso que minha definição de ninfa passa pela minha definição de Claudineia. Pessoa querida, fofa, amiga para qualquer hora, inclusive para as horas de angústias existenciais e dramas mexicanos, minha especialidade néh amiga?!?!


Bem, hoje é o dia de minha amiga ninfa, Claudineia completar mais uma primavera e eu não quis e nem posso deixar de registrar aqui meus votos a ela!

"Amiga, que todos os seus sonhos se realizem, que haja paz em sua casa, que você possa ser feliz, e que mesmo em dias de tempestade você consiga enxergar A luz, que nossa amizade ultrapasse os portões da eternidade."


"Amiga, Deus te revelou a mim
Leva o meu coração contigo
Guarda o meu coração amigo"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tempestade...


Não sei ou sei porque ando com um humor um tanto quanto melancólico, com aquela sensação de dever não cumprido de coisas a fazer e uma grande enorme incapacidade de fazer o que quer que seja...

Acho que estou com muita vontade de usar essa página do blog para ficar de mimimimimii, tempestade em copo d´água, desabafar angústia, sei lá, nem que seja só por hoje... preciso de um Momento Desamparo...

E bem, não quero sair por ai postando em redes sociais, conversar com família tá fora de questão.... Ligar para minhas amigas nem pensar.

Todos que me são próximos parecem e tem grandes problemas no momento... Pensei em ligar para alguém, escrever algum e-mail ou algumas cartas...

Mas não quero usar palavras minhas para exprimir o que sinto... só piso e repiso palavras alheias enquanto desejo sumir do mapa como se nunca tivesse existido nele, sem causar transtornos a ninguém, sem deixar nenhuma lembrança que "arda que fira ou que mova"...

E nessas horas... passa um desfile de textos pela minha mente...


"Ó meu coração, torna para trás.
Onde vais a correr, desatinado?
Meus olhos incendidos que o pecado
Queimou! o sol! Volvei, noites de paz."

Fernando Pessoa

"O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso."

Sahge:

"Como morrem os anjos?
Como abraçam o vazio os homens alados, cujos sonhos voam?

Morrem como morrem todos os homens,
Sozinhos e com medo, antes que a cortina caia.
Lançando no eterno a esperança de alcançar o mar infinito
O verde e o campo onde caminhariam para sempre."

Carlos Pena Filho:

"São trinta copos de chope,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrado.”

Salomão:

"Vaidade de vaidade diz o pregador, vaidade de vaidade! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volata ao seu lugar de onde nasceu
...
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir."
(Eclesiastes 1. 2 ao 5, 8)

E sim, é um drama só... uma tempestade em copo d'água...


Ah, no final quando fui ver uma imagem para o post dei de cara com essa tempestade e não resistir... Me lembrei do Sr. Tio Verden que confessa vez ou outra ser dado a lamúrias... É tio, sou mesmo sua sobrinha, ainda que adotada! Menos mal, pois já diz o ditado "Quem sai aos seus não degenera!".


E depois dessa vou dormi que meu mal também é sono...


"Se eu fosse a Bela Adormecida, espetaria novamente o dedo na roca de fiar e dormiria por mais cem anos." (Gabriela)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os Vingadores, o filme!


Hoje estou lá no blog da Michele Lima Notas de Rodapé e, como de praxe, convido a quem se interessar a passar lá e conferir minhas impressões sobre o filme "Os Vingadores" clicando no link:


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sobre "O pequeno Príncipe", o ato de cativar e a Responsabilidade!


"O Pequeno Príncipe" é um livro lindo, daqueles que a gente nunca esquece, e eu me apaixonei por ele, como quase todo mundo que já leu essa velha história.

Essa semana uma prima minha me mandou essa imagem com essa frase pelo orkut, é aquela coisa: a mensagem é linda, poética e tudo e tal, mas... de repente, não mais que de repente me ocorreu um pensamento estranho. Me peguei pensando que esses dois, Raposa e Príncipe são um bom par de gente "sem noção".

Vê só:

"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o Príncipe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho."

O Príncipe não só conversa com uma perfeita desconhecida como convida ela para brincar com ele. Não, ele não tem noção do perigo! Obviamente a mãe dessa criança nunca disse a ela que não se pode falar com desconhecidos. Isso para não falar que ele leva um belo fora e ainda pede desculpas.

Mas, não, não é apenas o Príncipe que é dado a atitudes "sem noção" nessa história! A raposa é uma tola em potencial. Francamente se deixar cativar por pessoas que a gente convive e conhece já não é uma coisa muito segura, visto que pessoas tendem a ser traiçoeiras, malvadas, egoístas e cruéis inclusive com seus entes queridos, imagina o nível de insegurança que existe em se deixar cativar por uma pessoa vinda sabe Deus de onde? Eu ia dizer que ela é temerária, mas temerária pra ela é pouco.

Olha o dialogo:

"- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...

Mas a raposa voltou a sua idéia: 

- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...

A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:

- Por favor, cativa-me! disse ela."

Outra coisa que me ocorreu é essa coisa de responsabilidade. Sempre digo que quem me ensinou sobre RESPONSABILIDADE foi minha avó materna, Mãe. Com Mãe aprendi que ser responsável pelo outro não é uma tarefa fácil, pois isso tem haver com está presente, com amparar, cuidar, vez ou outra custear.

Responsabilidade é algo que as pessoas não gostam de ter em relação ao outro, porque isso enfada. Desconfio que ninguém consegue ser responsável o tempo todo, acho que nem mesmo as mães podem ser constantemente responsáveis por seus filhos.

Refletindo sobre esses trechos do Pequeno Príncipe e a forma arriscada através da qual a Raposa e ele constroem seu vinculo de amizade percebo que no mundo de hoje, no qual a virtualidade se tornou uma forma de relacionamento, todos nós desenvolvemos a tendencia de nos portarmos como esses dois.

De repente nós esbarramos em um desconhecido pelos mares de facebooks, orkuts, blogs, yahoo perguntas e respostas, olhamo-nos sem nos ver ou nos vemos sem nos olhar, e decidimos nos tornar amigos daquela pessoa que nós nunca vimos tão gordas ou tão magras em nossas vidas. A despeito do nosso total desconhecimento sobre essas pessoas, nós nos envolvemos com elas, abrimos nossa intimidade sem medir as consequências e não paramos para perceber que a história do Pequeno Príncipe pode ser muito lirica, mas a realidade por vezes não tem lirismo nenhum.

E brincando de pensar começo a ponderar que talvez seja uma boa ideia exercitar a prudência e deixar de sair por ai dando uma de Raposa em um mundo no qual faltam Pequenos Príncipes.

E sim, a proposito de toda essa reflexão tortuosa, especialmente para alguém como eu dada a abraçar calorosamente qualquer um que me abrace, sempre considero valida a observação do bom e velho Saint Exupery, só consigo conhecer o que cativo e o preço de uma amizade é sempre a perpetua responsabilidade.

"- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade. - Disse a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. 'Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.'."
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P.S. 1: Enquanto estava terminando de escrever esse texto em Agosto de 2011 comentei com mainha essas ideias e ela disse que eu "só falo, penso e faço besteiras" kkk... É verdade.

P.S.2: Resolvi tirar esse texto da gaveta e acrescentei a ele outras reflexões depois de um pequeno debate com o Christian V. Louis, um de meus companheiros de virtualidade, a cerca de prudencia em relação as amizades construídas a partir dos mares da virtualidade.

P.S. 3: Hoje Mainha não diz mais que "só falo, penso e faço besteira". Ela se sente menos desconcertada com minhas opiniões sobre a vida e eu também sou mais generosa comigo mesma... O tempo ajusta muita coisa.