quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Meu primeiro encontro com a Distopia [Desafio Calendário Literário]

Uma vez a Dama de Cinzas, disse: "Eu não estou concorrendo ao concurso da coerente do ano!" e eu adorei essa frase. Obviamente ela só poderia ser dita por uma geminiana e nela está contida uma sabedoria que só geminianas entendem. E, cito ela para introduzir a informação de que, depois de tudo, eu resolve abraçar uns desafios para 2014, e o escolhido foi o "Desafio Calendário Literário" proposto pela Lu Tazinazzo do "Aceita um Leite?".

O desafio do calendário literário consiste em ler um livro que corresponda a um tema, o de Janeiro é "Um livro de um gênero nunca lido antes" e para decidi qual seria o livro eleito bastou olhar na minha pilha de livros a serem lidos nas férias e ver o livro "A Seleção" da Kiera Cass.


A Mi, (amiga, minha alma gêmea e parceira no O que tem na nossa estante), me perguntou se eu leria essa trilogia, e como a resposta foi sim, enviou os dois primeiros livros da Kiera para mim em forma de empréstimo. Provavelmente ela tem um plano secreto por trás desse empréstimo #Oremos

Voltando a questão do desafio, a história da Kiera tem sido classificada como um tipo de "distopia adolescente" ou "feita visando o público adolescente" com personagens no máximo pós-adolescentes. Bem, esse é um gênero com o qual ainda não tinha tido nenhum encontro, então, aproveitando a oportunidade, adiantei a fila literária e li "A Seleção" da Kiera Cass.

Anteriormente já tinha lido livros hoje classificados como distopias, os lindos, fofos e inquietantes: "Admirável Mundo Novo" do Aldous Huxley e "1984" do George Orwell. Ambo foram livros capazes de mexer muito com minha cabeça aborrecente e deram uma significativa colaboração para a forma como a pessoa que sou hoje ler e interpreta o mundo e seus acontecimentos.

Capas das edições que li.

Vendo essa grande leva de distopias surgindo no horizonte literário do mundo me perguntei se elas não podiam ter um efeito semelhante. Mas lendo "A seleção" fiquei pensando que os autores de distopias feitas sob medida para adolescentes fazem com o futuro o mesmo que os autores de romance de banca fazem com o passado, ou seja, apenas usam como uma ilustração, uma forma de não colocar a história no presente colocando ela no presente.


Não é que eu não tenha gostado de ler "A Seleção", eu gostei bastante. O livro é bom, é leve, bem escrito, os personagens são cativantes [ao menos a mim cativaram] e o romance tem sido desenvolvido a contento. Me apaixonei pela America, aliás eu me identifiquei muito com ela, uma protagonista responsável, combativa [arengueira pra chuchu], tempestuosa, não esquece de seus irmãos, sabe ser amiga, ama seus pais e briga muito com um deles. O Maxon e o Aspen, rapazes entre os quais ela divide sua afeição me ganharam lindamente, não sei qual dos dois levaria para casa [será que dava para ficar com os dois?]. Se ela brigasse com o pai, fosse baixinha, gordinha e usasse óculos era uma replica minha na idade dela.

A Kiera foi, na minha opinião, competente no quesito construir personagens cativantes capazes de te levar a ler o livro 2 e o 3. Porém, no quesito construção de um futuro para o nosso presente ela não foi nada bem, a história tem muitos furos e é tão rasa a ponto de nas estradas do Brasil existirem poças d´água mais profunda que essa distopia.

Quando você pensa que ela vai problematizar alguma coisa em relação aquele futuro, ela simplesmente da um passo para trás e foca nos problemas românticos da America;  é uma autora quase ingenua na forma de abordar como as sociedades e culturas se constroem e se transformam ao longo do tempo, ou como as pessoas reagem a esses movimentos e transformações; e, por fim, ela nem de longe, muito longe, longe mesmo, flerta com a ficção cientifica, coisa no minimo fundamental para quem constrói uma história no futuro do nosso presente.

Eu estou aqui tentando descobrir o pior: surtar com romances históricos nos quais o passado emerge como um tipo de presente vestido com roupas velhas e sem internet ou distopias nas quais o futuro emerge vestido com roupas mais velhas ainda e também sem internet? E o que esperar do steampunk? Será que vou ter dois troços lendo steampunk? #QuestõesExistenciaisDeLeitora #EstouSendoChata

Comparado com o século XIX e a primeira metade do século XX, na minha opinião, os autores desse inicio de século XXI tem deixado muito a desejar em relação ao dialogo com o passado e o futuro, apesar de temos infinitamente mais recursos tecnológicos e possibilidades de obter informações. Sinceramente [odeio admitir isso], começo a pensar na possibilidade de meu pai está certo quando diz: "Para que carrão se um fusca resolve.". E como diria o Seu Calisto de "O cravo e a rosa": os ossos dos pais da ficção cientifica e da distopia devem está batendo em seus túmulos a cada lançamento desses.

Será que todas são iguais?
Bem, talvez eu esteja sendo precipitada no meu julgamento, talvez deva experimentar mais o gênero, mas, aparte isso, cá está minha participação no "Desafio Calendário Literário de Janeiro, abordando "Um livro de um gênero nunca lido antes" proposto pelo blog "Aceita um leite?"



sábado, 11 de janeiro de 2014

Fazendo turismo na própria cidade.

Existe uma lenda urbana que diz: "Todo recifense é bairrista!". Particularmente eu não sei se essa lenda é verdadeira ou falsa, mas sei de uma coisa: eu sou bairrista. Então, desfrutando das minhas férias não podia deixar de separar um dia para fazer turismo nos espaços disponíveis aos turistas no Marco Zero da minha querida "Veneza Pernambucana".

Então junto ao Alexandre, embarquei na aventura de ir ver a exposição "Marianne Peretti - 60 anos de arte" na Caixa Cultural Recife. Nessa exposição a gente pode ver pequenas obras da autora e inúmeras fotos, tiradas originalmente para o livro da artista com destaque para a sequência de imagens da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como a Catedral de Brasilia, porque a Marianne foi uma das pessoas que se envolveram no projeto da capital do Brasil junto com o Oscar Niemeyer.

Sei lá, se um dia eu poderei ir a Brasilia, na dúvida ao menos queria conhecer algo sobre a cidade sem ir a cidade e não me arrependi nem um pouco.





Eu não sou bem uma especialista em arte, mas adorei as curvas que existem em tudo que a Marianne Peretti criou e estavam expostas ali.




Além da exposição da "Marianne Peretti", estava exposto a videoinstação "Insustentável Leveza" da Giovana Dantas e claro que algo feito tendo como referencia o meu muito amado Milan Kundera não poderia deixar de ser lindamente visitado por minha pessoa. A videoinstalação é composta por sete trabalhos que fazem uma metáfora da relação peso e leveza coexistindo na vida cotidiana. A Giovana tentou explorar os movimentos produzidos pelo vento e água em objetos e me encantou. De alguma forma ela enxerga o mundo através de um filtro com o qual me identifiquei.

Até meu amado Van Gogh estava lá, só para da uma ideia do nível de identificação.

Van Gogh e o vento, animação da obra "Le Moulin de la Galette" de Vicente Van Gogh

Tem um vídeo mostrando o balançado de um tecido que cobre um prédio em construção. Quantas vezes em minha vida não me peguei parada observando esse tipo de coisa solitária no meio do caos do Recife... Essas pedras evoluídas construídas com a força de pedreiros suicidas pesam com o peso do mundo, mas o véu que as cobre é leve e flutua com vento de um dia nublado. #Amei

Insustentável Leveza II

E o que dizer de um vídeo com as sombras do rodar das elicies de um cata-vento no qual um jogo de luz mistura a nossa própria sombra?

DESIGUAL-EM-SI: ALGO SOBRE O TEMPO
Enfim,  adorei como a Giovana brincou com a "Insustentável Leveza" que há nas coisas pesadas. Ela conseguiu provocou inúmeras reflexões.

E para completar o passei, eu o Alexandre aproveitamos a beleza da Praça do Marco Zero de Recife.



Fachada do Caixa Cultural Recife

 

Meu querido Ascenso Ferreira



Está escrito: "Deste Marco Partem as distancias para todas as terras de Pernambuco", mas deveria está "do mundo".

Aproveitando demos uma passada "Centro de Artesanato de Pernambuco no Recife", um espaço no qual o artesanato tem um preço salgadinho, mas tem a vantagem de ser climatizado, organizado e oferecer peças "realmente artesanais" se é que vocês me entendem. Inclusive todas as peças vem com o nome do artesão ou artesã, telefone e derivados e isso compensa o preço nada camarada.


Ah, o que comprei no Centro de Artesanato foi para presente e já foi embrulhado, mas deixo a fotinho das coisitas que eu e o Alexandre acabamos resgatando na livraria e o catalogo da exposição da Giovana Dantas.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

E a música afagou meu ego...


Um fato conhecido entre todas as pessoas com as quais tenho alguma afinidade é: não sou um ser musical. Já transcendi a vergonha de admitir isso. Sou ruim de ritmo, de ouvi e até de cantar com as crianças. Muito dificilmente alguém escolhe essa linguagem para me comunicar qualquer coisa em tempos bons ou de crise.

Alias, só para constar, a ultima vez que alguém tentou me comunicar algo através da música foi um completo fracasso. Eu juro por Deus que não sabia qual o verso que vem depois de "A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos." e o resultado é que mais de 10 anos depois eu ainda não sei se morro de ri ou choro quando escuto o Renato Russo cantando a belíssima "Tempo Perdido". Bem, não sei se compensa, mas hoje eu sei ela inteira.

Mas, por esses dias, eu estive conversando com um amigo sobre mil e uma coisas, ou melhor, eu estive desabafando mil e um problemas, como as vezes é bom fazer com os amigos ou com aquele amigo em especial. No final, quando chegou a hora boa dos amigos oferecerem de graça aquela mensagem motivadora, meu amigo trocou muitas palavras pela indicação de uma música da Pitty.

Confesso, a principio não curti muito a proposta, lembrei imediatamente do causo de "Tempo Perdido", e logo a Pitty?!?! Não tinha uma cantora gospel não?!?!? #Ingrata

Mas, não sempre e nem constantemente, mas apenas as vezes, é bom confiar nos amigos e a confiança , não sempre e nem constantemente, mas apenas as vezes, nos traz surpresas agradáveis. E, ao chegar em casa, quando corri para procurar a canção da roqueira baiana com fama de arretada, tive uma grata surpresa.

Não só não me arrependi, como agora me pego rememorando o fato e pensando, nessa madrugada insone na qual eu deveria está escrevendo sobre uma coisa completamente diferente, realmente "não é minha culpa a projeção que as pessoas fazem de mim".

Enfim, aproveitando o embalo vou baixar essa música, copiar em meu celular e guardar para escutar no volume máximo especialmente naqueles momentos da vida nos quais eu estiver para mais para baixo, pois, tenho certeza, essa música sempre vai afagar o meu ego.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Homem de Ébano - Da série "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram."

Eu tenho um sonho recorrente, mas fazia tempo que ele não acontecia. Porém noite passada ele voltou e eu lembrei da frase da personagem de Neil Gaiman, Rose Walker, em "The Sandman": "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram.". resolvi tentar escrever sobre ele como tentativa de tira-lo do meu catalogo de sonhos inoportunos.

Desculpem companheiros que se dão ao trabalho de ler as leseiras que escrevo, mas o meu sonho é o que tem para hoje!

Pois bem, sem mais delongas, em meu sonho inoportuno, eu acordo em uma grande cama do tipo que só existe em livros ou filmes antigos e diante de mim há um homem de ébano de costas para mim olhando através de uma janela gigante uma cidade antiga ou recente que repousa sob um céu no qual uma Lua reina como um tipo de divindade antiga.


No fundo da minha mente eu sinto que a criatura que contempla a Lua tem alguma importância para mim e a reciproca é verdadeira.  É como se eu soubesse algo de sua história, dos seus segredos, dos seus medos ou como se ele fosse outra parte de mim... Sei lá, talvez seja, talvez Freud explique...

No entanto, o certo é que de repente eu não consigo mais ficar parada contemplando apenas e o vento quente que chega pela janela me incomoda no meio de tanto pano e então me remexo na cama incomodamente grande e é o que basta para o outro se volta para mim...

E o "se voltar para mim" do outro é o que basta para o sonho se desvanecer... levando embora o quarto saído de um conto árabe, a Lua, a noite e o próprio homem de ébano... E ai é o de sempre: acordo, abros os olhos, confiro a hora no celular, desligo o ventilador, um dos incomodo necessário a quente noite recifense, levanto, escovo os dentes, tomo um banho, visto a roupa, tomo um café, faço a digestão de meu mau humor matinal e comunico ao mundo, nem que seja através de uma rede social, que "sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram".

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Questão de desafio!!!

Imagem "Estante Seletiva"

Com a chegada de 2014 parece que toda blogosfera começou a criar mil e um desafios. Bem, eu sou uma leitora meio bagunçada, indisciplinada e maluca, em síntese, eu até paquero os desafios, mas topar já outros quinhentos.

No entanto, observando o meu Skoob dei de cara com uma lista de 10 livros na tag "Lendo" e isso me soou como o cumulo da indisciplina literária.

mi

Então separei esses livros, empilhei, encostei no canto ao alcance da mão e vou começar o ano novo tentando zerar essa essa pilha, na qual não se encontra "O festim dos corvos", pois esse lerei em e-book. Vamos ver se eu consigo terminar ao menos 1 por semana.



Ah, antes que eu me esqueça, os livros da pilha são:

"O príncipe e o mendigo" do Mark Twain
"O mal-estar na cultura" de Sigmund Freud
"Sushi" da Marian Keyes
"Nebulosidade Variavel" de Carmen Martin Gaite
"O livro de Ariela", vol. 2 da Série A guerra das sombras do Jorge Tavares
"Dom Quixote" de Miguel de Cervantes
"Gabriela, Cravo e Canela" de Jorge Amado
"A magia de Holy Wood" de Terry Pratchett
"A seleção" de Kiera Cass
"O festim dos corvos", vol. 4 do "As crônicas do Gelo e Fogo" do George R. R. Martin


E você, em quais desafios se meteram nesse inicio de 2014?
Conseguiram cumprir os de 2013?
Será que consigo zerar essa lista?
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Obs: "O mal estar da cultura" eu terminei de ler em 21 de Janeiro de 2015 kkk sou terrível com metas! :'(

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Das coisas de 2013 e dos desejos para 2014!

Eu mal acredito, mas é fato: 2013 está chegando ao fim! Ele não foi um ano tão difícil quanto 2012, o ano no qual nada aconteceu, mas também não foi ótimo como eu esperava que tivesse sido. Na verdade, coisas ocorreram em 2013, mas eu não ocorri, não aconteci como esperava, não dei um passo a frente, na verdade tenho a impressão que em 2013 dei um passo atrás em minha vida.

É duro admitir isso, mas se não der para admitir esse tipo de coisa em um blog pessoal onde mais vou admitir? Ao menos posso dizer: no próximo ano vou tentar mais e melhor, fazer o possível, me esforçar e tentar acontecer.

No mais, deixando as divagações com tendencia a melancolia extrema [mimimimi] houveram coisas boas em 2013 e é bom lembra-las, sim esse vai ser um post com algumas fotos, porque bem aqui é o meu diário então...

Bem, houve em Janeiro, só para começar, o casamento de Claudineia




Teve o nascimento dos minhas sobrinhas e os chás de bebê (o que significa que 2014 vai ser um ano de muitas festas de 1 ano).

Eu escrevi e defendi uma dissertação.



Colei grau de Mestre em Educação pela UFPE! Bem, não basta um titulo dado por uma federal da vida para ser algo como mestre, minha mãe é muito mais mestre em tudo nessa vida, porém, ainda assim, eu fico feliz por ter realizado esse desejo.


E falando em desejos, também realizei o desejo de conhecer a Mi (Michele Lima) e a Aleska em São Paulo e foi uma das melhores aventuras dessa vida.


E claro, houve um bom desempenho nas atividades pedagógicas na creche, apesar das muitas, muitas, muitas mesmooooooo dificuldades inconfessáveis em uma vitrine como essa. Mas, além do inferno, eu vivi o céu naquela creche esse ano.

Eu e o L.D.

O L. D. é uma criança que conversa... conversa... conversa... conversa muitoooo... mas muito mesmoooooo... Ele costuma dizer que é o Batman, um dia desses ele disse que eu era a Mulher Maravilha "porque a Mulher Maravilha é amiga do Batman tia". Tudo bem que eu preferia ouvir algo como "porque a Mulher Maravilha é bonita tia!", mas o amiga foi infinitamente mais significativo e tem sabor de missão cumprida.

Ah, essa foto foi tirada pelo J. P., ele me atormentou tanto, pediu tanto, me subornou tanto de todas as formas inimagináveis... que eu dei o meu celular para ele brincar... kkk... Olhem só o olhar satisfeito dele...



E claro, houveram os livros. Graças a Deus, que não nos abandona, existem essa coisa maravilhosa chamada literatura. Ela é capaz de enternecer, sacudir, despertar amor, ódio, aflição ou simplesmente me transportar para outro mundo no qual posso organizar ou reoganizar meu mundo caótico.

Segundo o Skoob li 21 livros esse ano, mas como ele excluiu "Passarinha" da Kathryn Erskine, "O momento mágico" do Jeffrey Zaslowda da lista, todos os mangás, HQs e livros infantis, não confio nele. Posso ter lido mais de 21 um livros, certamente li 23.

No entanto, realmente eu não tenho um ritmo desenfreado de leitura tipo 1 livro por semana.



Eu já pensei em fixar metas de leitura ou aderir a desafios literários, mas sempre volto atrás, pois gosto do meu ritmo de leitura meio capenga, lendo milhares de livros ao mesmo tempo, levando um ano para ler um livro e dois dias para ler outros. Olhando para minha lista reduzida de livros lidos percebo que gostei de ler todos eles. E mesmo os que chegaram através de parcerias foram escolhas acertadas.

Se eu fosse destacar 10 entre eles seriam os representados na imagem abaixo:


Como eu passei tantos anos sem conhecer Isaac Asimov? Como a Trudi Canavan conseguiu escrever uma trilogia tão politizada? Como a leitura de "Fale!" e "Passarinha" foram tão capazes de remexer minhas entranhas? Como alguém consegue ser tão hilária quanto a Marian Keys? Como o Hig conseguiu se tornar meu melhor amigo? Como os professores que escrevem os livros didáticos do Brasil igonoram o André Rebouças lindamente? E, por fim, como a Charlote Bronte conseguiu ser uma mulher tão perspicaz sem perder a fé em Deus? #QuestõesExistenciaisProfundas

Ah, quase esqueço, deixo meu obrigada a Irene Moreira da Saleta de Leitura pela parceria, ao Luciano do .Livro pela parceria e pela excelente indicação, e a Michele Lima por ter me indicado e emprestado Melancia.

E por fim 2013 teve um pequeno milagre de Natal... Por um milagre eu ganhei um sorteio lá no blog da Lu Tazinazzo o "Aceita um leite?" e o prêmio chegou bem no dia 24 de Dezembro.


Enfim, que em 2014 Deus me der força para continuar testemunhando a felicidade de minhas amigas, fazer boas viagens, superar meus infernos, viver meu céu e ler meus livros... E desejo o mesmo a todo mundo!

Bons livros, bons filmes, boas festas, muita força para superar as dificuldades e muita luz para vive os momentos bons e faze-los durar uma pequena eternidade. Feliz Ano Novo meus amados e queridos companheiros e companheiras de virtualidade.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pequenos registros a respeito de dezembro de 2013.

Muita coisa ocorreu em Dezembro e eu creio que até 2013 acabar muitas coisas mais podem ocorrer e eu preciso anotar ao menos meia duzia delas por aqui... 

Para começar a Cristiane Castro, uma professora de português que conheci no curto período no qual trabalhei na Escola Municipal Nilo Pereira me convidou para palestrar na Primeira Feira Literária da Escola Nadir Colaço cujo tema foi "A literatura e os direitos humanos: (re)leituras de Solano Trindade".

Eu topei de cara, sou fã de Solano Trindade, de sua história, de sua poesia e muito especialmente de sua postura politica na denuncia e enfrentamento dos terríveis problemas sociais do Brasil. Ele é um poeta que cantou a fome, a desigualdade, o racismo, a censura e o desejo de liberdade, igualdade, fraternidade... Enfim, da para ver que eu padeço de um amor incondicional pelo poeta néh?!?!

A experiencia de palestrar em uma escola municipal com uma pessoa como Inaldete Pinheiro (acadêmica, escritora, militante negra e ex-dirigente do Instituto Solano Trindade) em uma escola publica de uma periferia da minha cidade não tem dinheiro no mundo que pague. Eu fui no céu e voltei com presentes do tipo livros e canecas, além do certificado.


Esse foi o acontecimento mais impactante do mês lindamente... Graças a pessoas como Solano e Inaldete hoje eu posso apresentar as minhas crianças livros nos quais uma diversidade enorme de tipos de seres humanos aparecem, nos quais a África emerge como um continente plural e diversificado e nos quais elas podem se identificar e identificar sua família. Eu nunca na minha infância li um livro no qual eu vice uma menina com um pai negro como o meu e na minha escola se dizia que beje é cor de pele coisa que não aconteceu com minhas crianças.

Livros meus e do acervo da Creche na qual trabalho

Mas, não é a única coisa que quero registrar. Hoje, o ano letivo finalmente acabou para mim oficialmente com crianças, por algum motivo infame, indigno e medíocre ainda terei que dar o ar da graça na creche nos dias 23, 26 e 27 de dezembro sem crianças.

Tradicional Foto de Fim de Ano!

Porém preciso registrar mais uma vez o fato de meu projeto particular de trabalhar a leitura com as crianças ter dado muito certo mesmo. Para o sucesso desse projeto foi fundamental ter apresentado a eles realmente livros de todos os tipos, tamanhos, formas e conteúdo. Do melancólico "A flor do lado de lá" ao hilário "Sou a maior coisa que há no mar", de livros enormes como "O que cabe num livro" ao pequeninho "O gatinho e a borboleta"... Da Eva Funari ao Caulos.


O povo ta certo, não existe pessoa/criança que não gosta de ler. Existe pessoa/criança que ainda não foi devidamente apresentada ao livro certo. Há, antes que eu me esqueça, sempre falo dos meninos, mas preciso registrar o fato desse ano ter sido o ano de libertar os cachinhos das meninas... Honestamente eu não sou fã de menina com cabelo solto na creche/escola [piolho], mas as vezes é bom dar esse gosto a elas. #FicouALição




E falando em meninas, finalmente eu concluir a leitura de todos os mangás de Sakura Card Captors, os quais me foram presenteados pelo querido Alexandre no último BookcrossingBlogueiro, aproveite para tirar ela do boxe improvisado feito pelo Alexandre e coloquei na estante com a Sakura para os proteger de pessoas curiosas. Mas, confesso que agradeceria aos céus se um dia eu pudesse vim a oferecer a coleção a uma de minhas sobrinhas do coração em especial... #Sonhos


Ler qualquer coisa da CLAMP sempre me convida ao riso e ao sonho. Sakura é um mangá muito doce e bonito. Eu me apaixonei novamente pelo Yukito e fui conquistada novamente pelo Syaoran Li. E o Toya, irmão mais velho da Sakura, é muito parecido com meu irmão, já começa o dia provocando e irritando.

"Ah, já acordou monstrenga!"

No mais, aproveitei o embalo e embarque na leitura de X-1999. A CLAMP realmente é um grupo de mangakas com o qual eu tenho uma empatia fenomenal.


Nesse mangar o meu preferido continua sendo o Arashi, tenho vontade de colocar ele em um potinho, mas confesso que alguém devia inventar um Sorata Arisugawa para mim.


Enfim, a parte todos os registros, eu deixo para todos vocês queridos e queridas companheiros e companheiras de virtualidade um grande cheiro, um abraço e o meu desejo de Feliz Natal!!! Que os sinos toquem anunciando boas novas e os anjos digam amém!!! Quero voltar a escrever antes do Ano Novo, nem que seja para desejar "Feliz Ano Novo!".

Feliz Natal!