sábado, 11 de janeiro de 2014

Fazendo turismo na própria cidade.

Existe uma lenda urbana que diz: "Todo recifense é bairrista!". Particularmente eu não sei se essa lenda é verdadeira ou falsa, mas sei de uma coisa: eu sou bairrista. Então, desfrutando das minhas férias não podia deixar de separar um dia para fazer turismo nos espaços disponíveis aos turistas no Marco Zero da minha querida "Veneza Pernambucana".

Então junto ao Alexandre, embarquei na aventura de ir ver a exposição "Marianne Peretti - 60 anos de arte" na Caixa Cultural Recife. Nessa exposição a gente pode ver pequenas obras da autora e inúmeras fotos, tiradas originalmente para o livro da artista com destaque para a sequência de imagens da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como a Catedral de Brasilia, porque a Marianne foi uma das pessoas que se envolveram no projeto da capital do Brasil junto com o Oscar Niemeyer.

Sei lá, se um dia eu poderei ir a Brasilia, na dúvida ao menos queria conhecer algo sobre a cidade sem ir a cidade e não me arrependi nem um pouco.





Eu não sou bem uma especialista em arte, mas adorei as curvas que existem em tudo que a Marianne Peretti criou e estavam expostas ali.




Além da exposição da "Marianne Peretti", estava exposto a videoinstação "Insustentável Leveza" da Giovana Dantas e claro que algo feito tendo como referencia o meu muito amado Milan Kundera não poderia deixar de ser lindamente visitado por minha pessoa. A videoinstalação é composta por sete trabalhos que fazem uma metáfora da relação peso e leveza coexistindo na vida cotidiana. A Giovana tentou explorar os movimentos produzidos pelo vento e água em objetos e me encantou. De alguma forma ela enxerga o mundo através de um filtro com o qual me identifiquei.

Até meu amado Van Gogh estava lá, só para da uma ideia do nível de identificação.

Van Gogh e o vento, animação da obra "Le Moulin de la Galette" de Vicente Van Gogh

Tem um vídeo mostrando o balançado de um tecido que cobre um prédio em construção. Quantas vezes em minha vida não me peguei parada observando esse tipo de coisa solitária no meio do caos do Recife... Essas pedras evoluídas construídas com a força de pedreiros suicidas pesam com o peso do mundo, mas o véu que as cobre é leve e flutua com vento de um dia nublado. #Amei

Insustentável Leveza II

E o que dizer de um vídeo com as sombras do rodar das elicies de um cata-vento no qual um jogo de luz mistura a nossa própria sombra?

DESIGUAL-EM-SI: ALGO SOBRE O TEMPO
Enfim,  adorei como a Giovana brincou com a "Insustentável Leveza" que há nas coisas pesadas. Ela conseguiu provocou inúmeras reflexões.

E para completar o passei, eu o Alexandre aproveitamos a beleza da Praça do Marco Zero de Recife.



Fachada do Caixa Cultural Recife

 

Meu querido Ascenso Ferreira



Está escrito: "Deste Marco Partem as distancias para todas as terras de Pernambuco", mas deveria está "do mundo".

Aproveitando demos uma passada "Centro de Artesanato de Pernambuco no Recife", um espaço no qual o artesanato tem um preço salgadinho, mas tem a vantagem de ser climatizado, organizado e oferecer peças "realmente artesanais" se é que vocês me entendem. Inclusive todas as peças vem com o nome do artesão ou artesã, telefone e derivados e isso compensa o preço nada camarada.


Ah, o que comprei no Centro de Artesanato foi para presente e já foi embrulhado, mas deixo a fotinho das coisitas que eu e o Alexandre acabamos resgatando na livraria e o catalogo da exposição da Giovana Dantas.


9 comentários:

  1. Oi Pandora!
    Fazer turismo na própria cidade é muito bom... ainda mais quando se vive numa cidade que oferece tanto, como Recife.
    Mas, vc está enganada rsrsrs... o "marco zero" DO MUNDO deveria estar em Campo Grande/MS (onde nasci) ou em Curitiba/PR (onde moro atualmente)... ;-)


    Abração
    Jan

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  2. É algo que poucos fazem - o turismo na própria cidade.
    E quantas boas surpresas! Conhecer um pedacinho de outra cidade na sua própria, Van Gogh, e eu adorei o tecido que cobre a construção. São tão feios, mas ficou tão poético.
    Júlia está lendo a culpa é das estrelas e eu já pedi emprestado.

    Já ia esquecendo que gostei muito da estátua de Ascenso. Se não me engano, numa postagem anterior em que falou dele, faltou a foto.
    Tudo lindo, incluindo vocês! Beijo.

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  3. Oi, Pandora! Reflexões lindas, levam de fato à reflexão. Estou lendo "A culpa é das estrelas", um enredo diferente do usual.
    Também sempre me pego observando cosas que aos olhos das outras pessoas parecem passar despercebido. Um abraço!

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  4. Gostei do seu passeio, eu gosto de passear na minha cidade. Aliás eu adoro a sua cidade.
    bjs
    Jussara

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  5. É ótimo ser turista em nossa própria cidade porque por causa da correria de cada dia não temos tempo para apreciar o que temos de melhor. Conheço Recife e sei que é linda.

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  6. A sua cidade é linda, eu tiraria até uma semana para conhece-la, rsrsrs. Muito linda mesmo! É impressionante como, muitas vezes, moramos em lugares que nem mesmo conhecemos.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  7. Bom dia minha linda..
    Li seu post e de início me senti envergonhada.. srs
    Eu moro no Distrito Federal, mas dificilmente faço turismo por Brasília.. e o pior, se te disser que nunca na minha vidinha entrei na Catedral, você não acreditaria né? rsrs
    Jesus!! Eu sempre passo perto, olho.. acho linda.. mas nunca entrei..
    Me deu uma vontade de qualquer dia desses fazer um tour pelos pontos turísticos daqui srs

    Adorei.. aliás esses passeios assim são fantásticos né?

    Um beijo minha linda.. e um dia mais que especial viu?

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  8. Eu não suporto calor, não mesmo, eu tenho inclusive dor de estômago em climas mais quentes, por isso, nunca tive essa coisa de ir para o nordeste. Eu sei, eu sei, mas eu realmente fico doente de calor e qualquer coisa acima dos 23º me derruba (inclusive, ultimamente São Paulo tem feito cosplay de Nordeste).

    Mas fiquei morrendo de vontade de visitar Recife! Primeiro que o nome da cidade é um dos mais bonitos do Brasil, segundo que dá gosto ver esse marco zero todo limpo e bem cuidado, muito diferente do nosso centro de São Paulo todo mal cuidado, destruído, sujo e onde você se sente mais inseguro do que num terremoto.

    E que exposições lindas! Adorei a proposta da segunda, eu também viajo muito nos tecidos de construções. Lindo lindo lindo!

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  9. Oi, Pandora!
    Como não ser bairrista com tanta coisa bacana que a cidade oferece? Em boa companhia, melhor ainda!! Fiquei super curiosa com a exposição de Marianne Peretti. Sou fã de Niemeyer e tive a chance de conhecê-lo. Marianne fez trabalhos lindos - eu lembro dos vitrais qjue vi em Brasília e tenho alguns fotografados. Ah, ela conheceu Albert Camus. Que honra! Acho que ela ilustrou algumas capas de livros no passado... Não posso afirmar!
    Aproveite bastante Recife, por mim!! :D
    Beijus,

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