domingo, 27 de novembro de 2011

Entre uma segunda e uma rosa...

Segundas-feiras tendem a não ser dias bons para mim e depois de ter feito dois posts sobre ela, pelo número de acesso que eles tem do domingo para a segunda, sei que não sou a única que sofre nesse dia.

Enfim, estou tão atolada de coisas para fazer, de coisas que não consigo fazer, minha cabeça parece que vai explodir... E não, a consciência da consulta com o dentista marcada para amanhã, decididamente, NÃO AJUDA, eu apenas morro de medo de dentista...

Mas, dessa vez não vou começar minha semana reclamando... dessa vez vou começar a semana  com minha postagem no Em Quantos falando de...



sábado, 26 de novembro de 2011

Veio pelos correios...


Alegria! Alegria! Hoje os correios, além da conta do falecido cartão de credito, me trouxeram também um pouco dela!

Acabou de chegar as minhas mãos, meus novos livros vindos a partir do Troca-troco, sobre o qual já falei  aqui e que considero importante registrar já que foi uma experiência com a virtualidade.

Mas, confesso que a alegria maior veio com a carta da minha muito querida Menina Velha Ana Seerig...

Aaaahhh.... Como é bom receber mais que contas pelos correios...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Palavras...


"Na palavra faz-se a criatividade humana: o encontro entre nossa capacidade de ler o mundo que aguarda nossa leitura. Na linguagem concebemos, conhecemos, compreendemos.

A palavra é adensadora de sentido. Na palavra, desenhamos o perfil dos âmbitos de realidade que são, a princípio, difusos. Antes de dizer "eu te amo", o amor é esboço, possibilidade talvez remota, talvez ilusória. O vínculo interpessoal ganha densidade no momento em que expresso o amor que pressinto e sinto (e que desejo sentir como reposta por par parte de quem amo). Na frase "eu te amo" torna-se patente para mim e para quem eu amo que o amor não é mero propósito, quem sabe irrealizável. O campo amoroso entre mim e a outra pessoa precisa ser explicitado, patenteado, comprovado. Os sentimentos, nebulosos, querem definir-se na palavra viva e convincente, ativa e ativadora.

(...)

A palavra literária é autenticamente palavra quando, trazendo luz verdades fulminante, livra-nos do vazio abissal, do tédio mortal, da encapsulação, da asfixia existencial, desse nível infracriador a que somos rebaixados, e no qual passamos a ser, menos do que pessoas: objetos, e objetos de não amor."

(PERISSÉ. Gabriel. Literatura e Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, pág. 14, 15 e 18.)
______________

P.S.: Estava lendo esse Literatura e Educação, pensei nos meus livros... pensei  em suas histórias tão amadas... Em como são um lugar onde encontrar refugiu... Pensei também na blogosfera, talvez os nossos blogs sejam nossa literatura, aquele espaço onde guardamos nossas palavras... E por isso sejam sempre tão importantes não só para que possamos sobreviver, mas para que possamos viver nesse mundo que tantas vezes nos parece tão estranho, tão cheio de objetos de não amor!

sábado, 19 de novembro de 2011

Troca-troca: Recicle, doe, desapegue e sofraaaaa um pouquinho no processo!

A Vanessa do Fio de Ariadne inventou uma história em Agosto desse ano, um tal de Troca-troca de livros entre blogueiro, saca só a proposta indecente que ela fez: 


"Este modesto bloguinho, editado por alguém que gosta muito de livros, completará 6 anos no próximo dia 31. Por conta disso resolvi comemorar agitando um pouco as coisas por aqui.
Hoje eu começo convidando os leitores a dar uma faxinada nas estantes.
Tem livro lido encostado por aí? Quer trocar por um outro?
Proponho então um troca-troca entre blogueiros amigos. Sim, essa brincadeira é só pra blogueiros."
  
Resultado, eu não resistir e inventei de participar da aventura, fui na minha estante e procurei dois livros, não foi uma tarefa muito fácil, uma vez que eu, como muitas blogueiras apaixonadas por livros, não herdei biblioteca, ou seja, todos os livros que tenho ou comprei ou ganhei...

Cada um desses livro tem uma história comigo, de como chegou aqui, de como foi que li, de como eu gostei muitoooo, mais ou menos ou não gostei... E até pelos que não gostei tenho apego! (#LocaInterna).

Ainda assim eu escolhi dois filhotes livros: o "Nariz de Vidro" do Mário Quintana e o "Final de Verão" da Danielle Steel.


O "Nariz de Vidro" é um livro cheio de poesias lindas, tão ternas... Falando de adolescência, essa fase onde

"A vida é tão bela que chega a dar medo.
Não o medo que paralisa e gela
estátua súbita,
mas
esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz
o jovem felino seguir para a frente farejando o vento
ao sair, a primeira vez da gruta."
(Mário Quintana) 

Falando de uma certa menina que dança... Seria ela eu? Claro que sim... Sempre...


"A menina dança sozinha
por um momento.
A menina dança sozinha
com o vento, com o ar, com
o sonho de olhos imensos."
(Mário Quintana)

Ah, os poemas... eles

"são pássaros que chegam
Não se sabe de onde e pousam no livro que lês" 
(Mário Quintana)


Poemas são como (isso me lembra alguém em especial...):

"... um gole d'água bebido no escuro... 
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza."
(Mário Quintana)

E se deixar eu vou longe falando dessa obra de arte de beleza gigante que é o Nariz de Vidro... E isso que era para ser um Bilhete onde diria baixinho que amo...


Vira uma carta onde deixo a "Inscrição para uma lareira":


A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas.
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!

Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
(Mário Quintana)

O outro livro é da americana Danielle Steel, que reza a lenda, é autora de vários best sellers. Acho que dessas autoras de best sellers internacionais ela é a única que eu leio realmente por gosto e não por implicância.

Danielle me lembra minha adolescencia, foi durante essa época que conheci seus livros, Lembro que meu professor de história (levemente marxista) costumava implicar com ela, dizia: "Esse tipo de leitura não te acrescenta nada!" rsrs... É, talvez eu goste de Steel também por implicância!


Porém, é inegável que ela tem uma narrativa que flui sem problemas, tem um toque de drama (sempre choro lendo seus livros), seu final feliz nunca é aquele geometricamente perfeito e ela me lembra muitas coisas boas... E sim, eles acrescentaram coisas a minha vida...

Aliás, as heroínas dela podem até ser lindas, mas não são de uma beleza comum, e perfeitas, nem tanto. Elas sofrem mais que Isaura para conquistarem seu final feliz e eu aconselho a quem vai receber esse filho meu que se prepare com um lencinho porque essa história de superação emocional, de conquista de independência, de amor simples e lindo é de fazer chorar.

Ah, eu li esse livro no final de Verão de 2009 em Petrolina... Embora seja um livro velhinho, editado em 1986, tem uma história sempre emocionante, e começa assim:

Ponte que liga Petrolina a Juazeiro ou Juazeiro a Petrolina.

Final de Verão
Danielle Steel

O verão chegou
como um sussurro
dançando
nos cabelos dela,
desejando que ele
se importasse
e sonhasse
e parasse
o carrossel
até ouvir
a verdade dela
risonha
aos seus olhos,
ela queria que ele
se desse conta de que
ela o amava
ainda
até
tarde demais...
mas o tempo
jamais
esperaria,
jamais pararia...
e ela estava livre
para castelos de areia
e sonhos,
os planos de verão
tão doces
tão novos
tão velhos...
depois da história contada,
os céus
se fundem
o amor continua a viver
até
o fim do verão.

Espero sinceramente que as pessoas que vão receber esses livros gostem deles, que eles lhes interessem tanto quanto me interessam. Não estou dando algo que não gosto ou que não quero mais, estou oferecendo bens tão preciosos que desejo compartilhar. Mas, ainda que nesse momento eu esteja saudosa de meus livros também estou alegre, afinal, nas palavra da Vanessa:

"... outros livros novos virão!"

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Transparente...

Me disseram mais uma vez que sou uma pessoa transparente!


Então de repente me ocorreu que as vezes as pessoas em torno de mim parecem saber mais sobre o que posso ser,  fazer, pensar, amar, esperar e sonhar que eu mesma...

Parece que todos sabem tudo sobre mim antes de mim...


É como está nua...
Isso me soou tão assustador!

 Alguém me arruma uma mascara por favor?


Eu não quero está nua...

Isso pode ser perigoso...