quarta-feira, 22 de junho de 2011

A questão Freud: isso é uma perseguição!!!

Pois é, quando eu começo um post com "pois é" pode ficar crente que lá vem Lesera braba... Mas nessas horas só o "pois é" me socorre!

Pois é, isso já ta tomando ares de perseguição, eu preciso dizer aos deuses que colocam os livros e as pessoas na minha vida que eu sou historiadora em formação e não psicóloga, psicanalista ou derivativos em formação. Um dia, em um passado remoto, eu pensei em ser psicóloga, mas isso passou, foi, era... Desisti, não deu!

Parece que as ideias dos psicanalistas me perseguem... Jesus, tou lá eu no conforto da minha madrugada cultivando minhas olheiras, quer dizer, estudando sobre Cultura e Educação, dois objectos caríssimos a história, e eis que, sem ser convidado, quem aparece? Ele mesmo, o Freud, e cheio de importância, como pessoa que promoveu umas "das cinco grandes mudanças da forma de se fazer ciência", alias ele é o segundo dessa lista, Marx é o primeiro: "a descoberta do Inconsciente mudou os rumos do fazer histórico possibilitando a existência de estudos que tratam da história de coisas subjectivas como o amor, a morte, o medo".

Eu mereço isso? Até Certeau, um dos meus teóricos favoritos, dedica uma seção inteira do  "A escrita da História" para trata da colaboração do veio ranzinza ao fazer histórico, uma seção INTEIRA para os "Os escritos Freudianos" poxaaa... eu mereço[2]? E isso para por ai não violão, ainda tem Carlo Ginzburg que vai nos ensinar a pegar emprestado o método da psicanálise para nos auxiliar na pesquisa em história em "Mitos, emblemas, sinais:morfologia e história", eu mereço[3]???

E, para conclui sem conclusão, depois do episódio da Formação continuada e do papo de psicóloga eu comecei a implicar com as ideias de Freud aplicadas a crianças, porque o veio ranzinza nunca tratou crianças pelo que me consta, e porque eu gosto de implicar com qualquer coisa, vivia perguntando se por algum acaso nos últimos 100 anos ninguém pesquisou nada relacionando criança e psicanálise, então, para minha alegria e pena, eis que eu acabei de ganhar o livro da Julia Kristeva, falando sobre Melanie Klein, psicanalista austríaca responsável por lançar as bases e desenvolver a técnica da análise de crianças, pós-freudiana... Opa, isso responde a minha pergunta!?!?

Tá bom, eu desisto!!!!! Não, não vou largar a história para me dedicar a psicologia!!!! Vou apenas começar a ser mais seria em relação a Freud, implicar menos e ler mais!!!
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PS [1]: Tentei colocar algumas imagens nesse post, mas o blog não está colaborando!
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P.S. [2]: Depois que escrevi o post fiquei pensando na forma que me relaciono com alguns autores que gosto, quando topo com Fernando Pessoa pelos caminhos da vida e da história digo que "me encontrei" quanto topo com Freud digo que "estou sendo perseguida" rsrsrs...
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P.S. [3]: O povo acha que eu tou brincando quando digo que o veio ranzinza do Freud me persegue, mas até a Cris, lá de seu CaFoFo me mandou a foto do divã do home!!!Sentiu como nem querendo, desabafando, sofrendo eu escapo? E o Senhor Verden ainda diz que meu problema é sexual, rsrs... Ah, que eu sempre desconfiei disso kkk......


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Recife de muitas faces...

Recife é uma cidade de muitas faces, tantas que as vezes eu fico tonta e sem rumo no meio do caos barulhento do transito, das idas e vindas, dos absurdos, das dicotomias, das diferentes paisagens e lugares... Cidade cheia de paradigmas, de sonhos e sombras diferentes, dilemas, segredos, lugares a mostra, lugares escondidos.

Como diria Zé Ramalho, uma cidade cheia de pessoas que fazem parte...
  
"... dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber...
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer




 Cidade que como na letra da Nação Zumbi: 

"sobe morro, ladeira, corrego, beco, favela"




Que nas palavras de João Cabral de Melo Neto... 

"é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão,
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão." 


 

Com subúrbios tão diferentes dos que falou Carlos Pena Filho:

"Nos subúrbios coloridos
em que a cidade se estende,
em seus longos arredores,
onde, a cada instante nasce
uma rosa de papel,
caminham as tecelãs.
Restos de amor nos cabelos
que ocultam por ocultar,
levam a noite no ventre
e a madrugada no olhar
e em esqueletos da sombra,
onde a luz chega filtrada,
as tecelãs vão parar.
Adeus lembrança de amores,
adeus leve caminhar.
Agora resta somente
um desencanto sereno:
o gerente e as botinas,
magoando o silencio pleno."

Os subúrbios hoje não são tão coloridos, eles são verdes, pretos e tão íngremes que é impossível não pensar que estamos próximos do céu.






Mas que apesar dos pesares tem o céu mais azul do mundo, tanto que olhando para ele eu não consigo deixar de lembrar de Fernando Pessoa:

"Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
[...]
Ó mágoa revisitada, Recife de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!"




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Os lugares das fotos são espaços que fazem parte das minhas andanças diárias...  por isso todas  foram tiradas com celular fraquinho, há quem não goste da forma como as fotos saem, imperfeitas, pouco fiel, embaçadas... mas penso que a foto NUNCA nunca é a verdade, é apenas um olhar sobre a verdade, por mais clara que ela seja nunca é REALMENTE CLARA... Minha visão é uma foto de celular... sempre meio desfocada... sem obrigatoriedade de ser precisa, assertiva... Sou fã da lente desfocada do meu celular então não peço desculpas pelo desfoque, ele é totalmente proposital.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Festa: meu prêmio chegouuuuuuuuuu \o/ E meus presentes também \o/

Alegria... muita alegria porque sim, ganhar presente é tudooooo de bom \o/.  Maio foi meu mês de aniversário, mas tradicionalmente quem costuma me presentear sempre deixa para fazer isso ao longo de Junho, uma mania que só Freud explica, mas que eu adoro e esse ano até a blogosfera entrou no clima de me da presente em Junho : -)

Sim, acabou de chegar o meu prêmio da Rifa Solidária feita pela Luci em parceria com a Elaine Gaspareto e um monte de blogueiras solidárias, um projeto lindo do qual participei com muito orgulho, porque é de verdade, porque as meninas não brincam em serviço elas fazem acontecer e eu sei (modestamente falando) o que é sentir a necessidade de fazer algo por outrem e ter que pedir a terceiros ajuda, não é fácil pode acreditar, imagino as dificuldades que a Luci enfrenta.

Mas, voltando a festa \o/, meus presentinhos lindos meu amor \o/:


Luci, adorei o coraçãozinho e a caneca \o/
Amei tudo \o/


Deixo para quem quiser conferir a ideia da Luci o link da nova campanha no
Blog Solidário!


E não foi só isso, vou contar algo que pode soar divertido e pode deixar alguém constrangido, no entanto creio que para bom entendedor meia palavra basta, de maneira que registro também que por falta de um namorado eu tenho dois maridos, é você leu correctamente, eu não sou Dona Flor, mas tenho dois maridos rsrsrs... Explico, tenho dois amigos com os quais estudei, trabalhei, viajei, sorrir e vivi tantas aventuras econômicas, sociais e afectivas que acabamos nos considerando casados uns com os outros, somos: Marido-Marido-Esposa! :-)

Olha só meu presente discreto de Aniversário que foi dado próximo ao dia dos namorados, se propositalmente eu não sei e se você acha que estou me exibindo, você não viu como desfilei com isso na rua
\o/

Agora os meus amores maridos:

Eu e Luiz atravessando o São Francisco!
No começo eu confesso que morria de ciúmes dele com Gustavo, mas hoje...
É esse amoooorr... Mais ainda rola umas brigas feias rsrs... para não perder o costume rsrs...

 Eu e Gustavo em Belém: é amor para a vida inteira!!!
 Adoro essa foto... levei o maior susto, mas acabou virando um Momento Único!

Cartão lindo \o/ 

Não importa que ventos soprem sobre nós três, amor verdadeiro dura através do tempo!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meus encontros e desencontros com Fernando Pessoa

Quando abrir o Google entre ontem e hoje por volta da meia noite dei de cara com o Fernando Pessoa, um choque, um prazer e uma saudade, tudo ao mesmo tempo e misturado, Fernando Pessoa foi meu primeiro poeta favorito, sou apaixonada por ele desde os dias da adolescência e lá pelos idos dias de Abril de 2009, quando eu pouco sabia sobre blogs e blogagens coletivas... Era uma inocente em matéria de tudo no mundo digital, eu escrevi um texto sobre Fernando Pessoa e meus encontros e desencontros com ele...

Reposto hoje só pelo prazer de me juntar ao google na comemoração do aniversário do poeta que mais marcou minha vida.... Sempre citado, sempre amado...

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MEUS ENCONTROS E DESENCONTROS COM FERNANDO PESSOA

O mundo as vezes nos parece muito grande, na verdade enorme, outras vezes nos parece um pequeno ovo de tão minúsculo e onde pessoas improváveis se encontram e se desencontram para novamente se encontrarem.

Falar de encontros e desencontros não me parece uma coisa fácil, e na verdade não é, nesse tema podemos falar de mil coisas diferentes, faz um mês mais ou menos que tento decidir de que falar e no limiar do momento da escrita, eu penso que não há ninguém melhor para que eu fale agora do que meu querido poeta preferido Fernando Pessoa.

Eu encontrei Fernando Pessoa em um momento de fúria adolescente no meio de uma Enciclopédia:

"Não quero nada
Já disse que não quero nada
Não me venham com conclusões
A única conclusão é morrer"

Huhu... poema perfeito para uma adolescente em crise com a família, com o Estado com tudo. Quem nunca teve vontade de dizer "vão para o inferno sem mim/ ou deixe-me ir sozinha para o inferno/ para que havemos de ir junto..." que me atire uma pedra.

Mas esse momento de crise passou, sempre passa, a gente não sabe aos 13 anos que passa, mas aos 22 a gente já sabe, se bem que há quem diga que ainda há muito mais para se saber, e sim eu vou descobrir.

No entanto, depois desse primeiro encontro houveram muitos outros, quando eu tive meu primeiro amor e no final das contas o menino dos meus sonhos foi embora e nem mesmo a lembrança de um beijo me deixou eu tive um reencontro com Fernando para aprender a lição que o rapaz apaixonado deu a Lídia:

"Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quise'ssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o obolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Hoje penso que foi melhor assim, afinal o meu primeiro amor não me arde, não me fere e nem me move, sua lembrança me é suave a memória, e eu lembro dele assim: "pagão triste e com flores no regaço.".

Depois disso eu posso dizer que me perdi do poeta, eu me desencontrei dele no meio da confusão habitual da adolescência, foram muitas confusões, mas amigos sempre se reencontram e eu me reencontrei com Fernando novamente quando chegou o momento de me afirmar como "pessoa livre/independente" e eu usei mais uma vez suas palavras para expressar meus sentimentos:

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

E ainda mais que isso, no momento de declarar meu incoformismo com certas coisas que me ocorreram:

"Queriam-me casado, cotidiano, fútil e tributável?
Queriam-me o contrário disso, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!"

Até hoje eu tenho a impressão de que queriam-me o contrario de qualquer coisa, mas eu aprendi com a pessoa do Fernando que sendo assim como sou as pessoas tem que ter paciência!!!

Enfim, foram muito encontros e desencontros, O "Eu profundo e os outros eus" é ao lado da Bíblia, e guardada as devidas proporções, uma vez que vejo a Bíblia como verdade absoluta e etc e tal...,  meu livro preferido, o que mais me toca o que leio e releio.

E vou fechando esse texto com uma poesia do livro Mensagem, meu último encontro com Fernando Pessoa foi através desse livro, me encontrei com ele estudando a História Ibérica. Mensagem conta toda a saga portuguesa em versos, um livro encantador, que devia compor as aulas sobre o descobrimento, o mundo Ibérico e derivados e de fato vai compor as minhas aulas, afinal néh eu sou apaixonada pelo homem, de todas as poesias do livro Mensagem a que mais se adequa ao meu último encontro com o poeta, sem duvida é o poema "Mar Português".

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

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Nos últimos anos houveram muitos outros encontros com Fernando Pessoa e os seus vários eus... e sim, jamais pretendo perde-lo de vista...


Ah, minha vaidade não resiste e eu tenho que adicionar isso ao post, ainda há pouco uma amiga minha no msn e meu deu os parabéns, quando perguntei porque ele disse: "porque hoje é aniversário do seu poeta favorito, vi no google e lembrei de você!" Aaaahhh... Nem queria, mas um afago desse tenho que registrar \o/

sábado, 11 de junho de 2011

Um blog para virar livro!

Desde que eu me tornei blogueira percebi que existem blogs para todos os gostos e desgostos, blogs para artesanato, blogs para reflectir, para falar de politica, de esporte, de comida, blogs para falar de blogs... Blogs para falar de nada, sim existem blogs cujo conteúdo é uma mistura de nada com coisa nenhuma que dá até dor no ovário.

E despeito de muita gente dizer por ai que a virtualidade vai fazer sumir as páginas impressas, nos últimos dias veio a luz da blogosfera um blog feito para virar livro.
E sim, estou falando do blog do:


O blog do Concurso Conto Vidas foi idealizado pela Elaine Gaspareto, que promoveu um concurso de contos com o mesmo nome, inicialmente a ideia era publicar todos os contos, mas a quantidade de contos excedeu as expectativas da Elaine e acabou que foram seleccionados 18 contos que foram reunidos nesse blog que vai virar livro... Ufaa...

E sim, estou falando do blog e do Concurso Conto Vidas porque essa foi uma das mais interessantes experiências de virtualidade que eu já experimentei... Fazer parte de um espaço virtual que vai virar espaço material é uma coisa que eu jamais cogitaria quando comecei na navegar pelos mares virtuais.

As blogueiras e blogueiros que participaram falaram dos mais diversos assuntos desde aquele sonho que algumas meninas nutrem em relação ao casamento, como a Vanessa Anacleto em Nina e o Sonho, passando por histórias divertidas como a que a Iram Matias contou em A história de um celular, chegando a história de amor e de sofrimento como as que a Iara Gonçalvez e a Patricia Daltro contaran em Ana Luiza e Oito Anos, chegando até a história da Irene contou em A estação de trem tão real que eu me identifiquei de cara, quem nunca chegou arrasada de tão cansada a uma estação de trem ou terminal de integração da vida ein?!?!?!

Foram histórias para ri e para chorar também, que eu sou mole e vou logo dizendo que chorei  muito com  a história da Ana Luiza que eu não sou de prender lágrimas... essa história sempre vai caminhar comigo, assim como o campo de tulipas que o Tailor Soares em Aniversário, a Boneca quebrada da Ana Beatriz e Os sonambulos de Erika Freire.

Cada conto desse blog me deixou uma marquinha, um sorriso, uma dor, uma esperança ou uma indagação... Sempre vou me orgulhar de ter feito parte disso, de esta entre autores experientes como o Cacá que sabe brincar com as palavras e construir a graça de conto que é Júdice.

Essa semana a Elaine abriu a votação para os três contos e eu lembrei que não posso deixar de falar sobre essa aventura, sobre esse prazer, sobre a emoção que foi vê meu conto escolhido para o blog, participando da votação para os melhores.

 

Nunca tinha escrito um conto antes, escrevi num ato de sei lá, foi coisa de momento... em três tempos inventei uma história para a Marianna e mandei para a Elaine de uma vez só para não me arrepender rsrs... No momento seguinte me arrependi... fiquei com medo, sofri, mas depois fiquei orgulhosa \o/ tanto que convido a quem se interessar para conhecer a história que eu sonhei para a Mariana e que virou o conto "Querendo se manter honesta".

E sim, a Elaine, aos super jurados que ela convocou e aos que comentaram lá no blog o meu conto, deixo o meu:

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Educação em tempos pós-modernos: isso deprime!







By Quino.
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Ia postar outra coisa, mas cheguei em casa e ao abrir meu e-mail dei com essa gracinha, já é a terceira vez que um amigo meu me envia essa reflexão... Bem, é um sinal dos céus... Compartilho com vocês essa angústia, cada vez mais me vejo em um mundo de valores muito malucos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um convite surpreendente.


Domingo passado eu recebi um convite surpreendente e não, não foi para uma festa de casamento, um chá de bebê ou uma festa de aniversário.

O convite que recebi foi para integrar a equipe do "Em Quantos" e sim, confesso, tremi... Afinal as pessoas que integram esse espaço não são de brincadeira não violão.

Lá escreve a Sônia Cristina que conta a História de Santhiago e contando essa história nos ensina como se pode viver a vida mesmo quando essa nos prega grandes peças.

Também tem a Beth Lilás, a Mãe Gaia.

O Cacá, do Uaí, Mundo? O blog do Cacá, um escritor certeiro, cujo livro eu ganhei lá na Elaine! \o/

A Silvia Cristina, do Meu lado contido, blogueira que além de escrever muito bem obrigada, ainda saca tudo dessa tecnologia que faz o blog funcionar.

O poeta Moacir Eduão, uma pessoa singular, que se permite não ter perfil, ele diz apenas que:

"A única coisa que desloca o meu rosto é uma imagem poética.
Meu perfil, portanto, é tudo que eu fito.
E nada que eu fito me conhece, ou me faz alvo."

A Giuliara Martinelli a dizer "o indizivel ao se chocar com os limites da linguagem.".

E agora também eu me junto a essa equipe que é o "Em Quantos", lembrando que:

"Em quantos rima com cantos, contos, talentos e encantos...
Assim nasce este blog, da união de alguns sonhadores, dispostos a dividir sonhos, idéias, arte, amor, sentimentos e sobretudo a vida na mais pura essência, na sua forma simples porém verdadeira de ser."

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Engraçado, nos últimos dias eu ando precisando dá um tempo na actividade diária de blogar, não por tristeza ou melancolia, que se eu fosse deixar de fazer algo por esse motivo eu ia está perdida (mais do que já sou usualmente), mas por falta de tempo mesmo... Ai a Sônia vem e me faz um convite desse... rsrsrs...

Ironia da vida... Sou um caso perdido... 1000 a Zero para a blogosfera \o/ Perdi \o/

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quando não fugi para Pasárgada...

Acho que vez ou outra todo mundo tem vontade de sumir, ser engolido pela terra, deixar tudo por fazer... evaporar... e não é apenas uma questão de querer fugir de uma situação, as vezes eu quero mesmo fugir de mim... o que também não me parece algo muito incomum.


São momentos em que tudo o que eu queria era poder fugir para algum lugar onde houvesse mais paz externa de maneira que a paz interna tivesse alguma chance de aflorar... Talvez algum paraíso perdido, um Edén, algo tipo a Tir na nóg dos irlandeses, onde não há velhice, nem dor, nem doenças, uma Jerusalém, em cujas ruas "se ouve o som da harpa de Davi" ou mesmo a boa e velha Pasárgada, afinal já dizia Manuel Bandeira:

"Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização"

MAS, no meio das confusões que me fazem querer desaparecer dei de cara com um sujeitinho diferente de tantas coisas que eu já vi; Entre a multidão de livros, artigos e textos a ler eu encontrei com Ovídio Martins, um poeta cabo-verdiano arretado que lutou pela independência de Cabo Verde e faz qualquer um vibrar com versos algumas vezes até agressivos de tão diretos. Ovídio Martins me sacudiu quando encontrei com ele nas linhas e curvas da história que a literatura desenha, de maneira que faço coro com ele, me agarrarei as pedras e ervas e não vou a lugar nenhum, nem mesmo para Pasárgada.

Anti-evasão
Ovídio Martins

Pedirei
Suplicarei
Chorarei
Não vou para Pasárgada
Atirar-me-ei ao chão
E prenderei nas mãos convulsas
Ervas e pedras de sangue
Não vou para Pasárgada
Gritarei
Berrarei
Matarei
Não vou para Pasárgada

 
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Mais sobre Ovidio Martins: