domingo, 23 de janeiro de 2011

Ponte JK, em Brasília, é interditada!

Essa semana vi essa matéria no Jornal Nacional, confesso que foi meio que sem querer, não sou o que poderíamos chamar de telespectadora, mas vi essa matéria e fiquei devidamente chocada.

Fatima Bernardes e William Bonner informaram mais ou menos isso:  

"A Ponte JK, em Brasília, interditada desde o início desta manhã, devido a um desnível no piso, foi parcialmente liberada no final da tarde para veículos leves, como carros de passeio e motos. Além disso, a velocidade permitida enquanto persistir o problema será de 40 quilômetros por hora (km/h)."

No site do Globo tem uma matéria sobre o assunto cujo texto resume muito bem o que foi dito na matéria divulgada pela televisão que seguiu o padrão do jornalismo global, aquele que não tem como prática problematizar demais certas realidades, informam daquele jeito pretensamente imparcial.

Quanto a mim estou falando sobre isso por não poder resistir a tentação, estou eu aqui escutando Lenine  na minha paz doméstica e eis caiu na canção "A PONTE", onde Lenine e Gog contam a deliciosa história dessa LINDA, UTIL E BARATA ponte, enfim, eu gosto de histórias, não resisti a tentação de registrar essa por aqui.
 

A ponte
(Lenine e Gog)

(Eu canto pro rei da levada
Na lei da imbolada, na língua da percussão)
Lenine, mestre e inspiração
Eu já atravessei a ponte do Paraguai
Um filme inspirou a ponte do rio que cai
É sucesso em campinas e na voz dos racionais
Mas a ponte da capital é demais
Projetada pra aproximar
Do centro o São Sebastião, o Lago e o Paranoá
Desafogaram o tráfego na região
Visitantes de chegada, nova opção
Fique ligado, acompanhe passo a passo
Condomínios luxuosos de todos os lados
O congresso e o planalto colados
"Aqueles barraco alí ó, vão ser retirados"
A ponte é luxo, nada é mono, só estéreo
Mil e duzentos metros, louco visual aéreo
Quem sobe só pra regular a antena
Reforça as pontes-safena
A ponte começou depois mas terminou
Bem antes que as obras do metrô
Quem mora fora do avião
Bate palma, aplaude, apoia, pede diversão
A ponte é muito, muito iluminada
O pôr-do-sol numa visão privilegiada
O povo quer passar, vê nela algo místico
A ponte virou ponto turístico
(esse lugar é uma maravilha,no horizonte, no horizonte)
A ponte é um vai e vem de doutor
Tem ambulante, tem camelô
Olha pra baixo, vê jet-ski e altos barcos
Olha pra cima, lá estão os três arcos
A ponte saiu do papel, virou realidade
Novo cartão postal da cidade
Um quer transformar ela em patrimônio mundial
Um outro num inquérito policial
Então, então, então na sua opinião, Lenine,
Tá normal ou existe crime?
Se souber o caminho de rocha, me aponte
É...a ponte simboliza união
No nosso caso, Brasília e o Sertão
(a ponte não é de concreto, não é de ferro, não é de cimento)
É do vermelho, é do azul é de cada elemento
Leva o nome de JK
Que transferiu a capital do litoral pra cá
Lenine, te peço mais um favor (diz aí)
Cante a origem deste preto que se apresentou
(nagô, nagô, na Golden Gates...)
(quem foi?)
O projeto é do arquiteto Alexandre Shan
(comprasse, pagasse?)
Todas as contas foram aprovadas pelo TCU
(me diz quanto foi)
164 milhões de reais

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ivanhoé!

A Wikipédia tem uma definição interessante para o Ivanhoé, ela diz que: 

"Ivanhoé é um romance do escritor britânico Walter Scott, publicado em 1819. Narra a luta entre saxões e normandos e as intrigas de João sem Terra para destronar Ricardo Coração de Leão.  Primeiro romance de enredo histórico. O livro, que conta a história de  um cavaleiro da época em que João Sem-Terra havia usurpado o trono do  irmão Ricardo Coração de Leão, deu origem a um seriado de televisão, filmado em 1958 e 1959, e exibido no Brasil na década de 1960, cujo personagem principal era interpretado por Roger Moore" 

Roger Moore como Ivanhoé!
Bem, eu não tenho uma definição melhor, mas Ivanhoé é um pouco mais que isso, reza a lenda que Walter Scott foi o criador do romance histórico, esse gênero que nos encanta até hoje... Inclusive nosso igualmente clássico José de Alencar me lembra muito os escritos de Scott, e Ivanhoé é um clássico que merecia bem mais que um paragrafo na Wikipédia!

Miniaturas do Instituto Ricardo Brennand.
É um trabalho lindo, a partir dele a moderna identidade inglesa começava a ser construída discursivamente, ele narra em suas linhas mais do que as venturas e desventuras do caveleiro deserdado e sim as venturas e desventuras dos que romanticamente falando formariam o povo inglês.

Do acervo do Instituto Ricardo Brennand
Carregada de romantismo, dos ideais da época em que foi escrita e antes de falar da Idade Média dos homens e mulheres dessa época eu acho que Ivanhoé fala do século XIX e de como a Idade Média era vista nessa época. Ajuda a entender porque esse povo se sentia o último biscoito do pacote, os donos de todos os dons morais e intelectuais, prontos a levar civilização e ordem para os quatro cantos do mundo, se já eram capazes de tão grande nobreza durante os idos tempos medievais o que se diria de suas capacidade durante o glorioso século XIX?

Mas quando eu li Ivanhoé aos nove anos em uma versão adaptada cheias de ilustrações do tipo tapeçaria medieval eu nem sonhava com essas ideias e ele era meu livro favorito e eu adorava todos os personagens, o Cavaleiro Deserdado, tão nobre, o Cavaleiro Negro, Ricardo Coração de Leão, Robin dos Bosques e até aquele cavaleiro templario Brian Gilbert.

Eu imaginava a Idade Média a luz de Ivanhoé, um tempo que se lutava em nome de Deus, da  Honra e do Rei, era meu mundo ideal, o mundo dos sonhos dos meus sonhos infantis com homens e mulheres nobres vencendo o mal, ganhando as batalhas no último momento... Um mundo onde o fraco justo vence o forte injusto, onde a pelica vence o aço.

Várias armaduras do instituto Brennand!
Meu personagem favorito era a júdia Rebeca, ela era apaixonada por Ivanhoé que por sua vez morria de amores por uma loira aguada, a Lady Rowena, mas nem por isso Rebeca deixava de auxiliar Ivanhoé. Uma mulher a frente de seu tempo, nobre, justa, inteligente, destemida, reflexiva e termina solteira, voltando para Jerusalém para trabalhar como enfermeira dos cruzados feridos... Mil vezes aff... Mas, nem por isso Rebeca deixa de ser "A MELHOR!".

A judia Rebeca, minha heroína de infância.
Ah, outro personagem pelo qual eu nutria um amor meio que recalcado era Brian de Bois Guilbert, inimigo mortal de Ivanhoé, eu não achava ele muito nobre, justo, ou coisas do gênero, mas eu gostava dele porque ele reconheceu o valor de Rebeca, era apaixonado por ela, mesmo sendo um Cavaleiro Templario... Algumas vezes ele pisa na bola geral, mas ainda assim tem um chame e tanto \o/.

Brian de Bois Guilbert, com cara de garoto mau.
Foi doloroso quando meu professor de história chato, ranzinza e marxista esclareceu a todos nós que durante a Idade Média os nobres cavaleiros de nobres não tinham nada, que eles não tomavam banho, exploravam os camponeses e viviam uma vida de fartura e opulência enquanto os camponeses sofriam a amargura do frio, da penúria e da fome, morrendo de velhice antes dos 30, morando em taperas, vivendo oprimidos e que mesmo as mulheres nobres não passavam bons bocados não... Vigiadas, normalizadas, punidas, Rebecas não teriam sobrevivido ao fogo ou ao claustros. Ele acabou com minha Idade Média em três tempos e tchau para meu castelo medieval onde Brian de Bois Guilbert se redimiam e viviam felizes para sempre com Rebecas que deixavam de ser otárias.
Clio é a musa da história.
Eu lembro bem dessa aula que provalmente meu professor esqueceu na multidão de aulas que ele já deu. Nessa época fiquei com a impressão de que a História é uma dama muito cruel e que não existe compaixão no coração dela, rsrsrs... Hoje já sei que a História não é uma dama cruel, é apenas melancolica e cansada., afinal se detem na tentativa de compreender um mundo que nunca foi um lugar fácil de se viver, não existe Idade de Ouro e Gloria para a História.

Sir Walter Scott, Monumento, Edinburgh.
Mas, afinal o que é a Glória para que eu a deseje néh? Como já questionava  a minha sempre querida Rebeca de seu longínquo lugar em uma Idade Média sonhada, ou mesmo da pena de um autor sonhador do século XIX: 

"- Glória?... É ela a ferrugenta armadura pendendo sobre o esquecido e triste túmulo do guerreiro? A inscrição apagada que o monge mal sabe traduzir para o peregrino que o interroga? Serão estes os prêmios, correspondentes ao sacrifício de todas as afeições, para se viver uma vida de sofrimento, fazendo os demais sofrerem? Ou será que há tanto mérito nas toscas limas dos bardos errantes, para se porem de parte amores, afeições, paz e felicidade, para nelas se ser mencionado por menestréis vagabundos, cantando-as em tavernas para os bêbados?"
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P.S.: As imagens do acervo do Instituto Ricardo Brennand que ilustram a postagem cada uma delas sozinha daria uma postagem e muito mais, estão aqui pq ilustram muito bem a idéia de Idade Média que eu tinha durante a adolescência, foram todas tiradas por mim durante as visitas que fiz ao Instituto.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu falo pernambuquês e vocês???_ Até rimou!!!


Só quem é pernambucano entende

Botão de som é pitôco;
Se é muito miúdo é pixototinho;
Se for resto é cotôco;
Tudo que é bom é massa ;
Tudo que é ruim é peba;
Rir dos outros é mangar;
Já faltar aula é gazear;
Quem é franzino (pequeno e magro) é xôxo;
O bobo se chama leso;
E o medroso se chama frouxo;
Tá com raiva é invocado;
Vai sair, diz vou chegar;
"Caba" (homem), sem dinheiro é liso;
A moça nova é boyzinha;
Pernilongo é muriçoca;
Chicote se chama açoite;
Quem entra sem licença emburaca;
Sinal de espanto é "vôte";
Quem tem sorte é cagado;
Pedaço de pedra é xêxo;
Quem não paga é xexêro;
O mesquinho ou sovina é amarrado, muquirana, mão de vaca, pirangueiro;
Quem dá furo (não cumpre o prometido ou compromisso) é fulero;
Sujeira de olho é remela;
Gente insistente é pegajosa;
Meleca se chama catota;
Catinga de suor é inhaca;
Mancha de pancada é rôncha;
Briga pequena é arenga;
Performance ou atitude de palhaço é munganga;
Corrente com pingente é trancilim;
Pão bengala é tabica;
Desarrumado é malamanhado;
Pessoa triste é borocoxô, macambúzo;
"É mesmo" é "Iapôis";
Borracha de dinheiro é liga;
Correr atrás de alguém é dar uma carrera;
Fofoca é fuxico;
Estouro aqui se chama pipôco;
Confusão é rolo;
É assim que acontece, visse?
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Eu achei esse texto nos descaminhos da net, achei interessante, além de verdadeiro... Só faltou emendar que pernambucanos não mandam beijos, eles mandam chero!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Minha Declaração de Amor"

A vida de uma guerreira está completando um ano e para comemorar a proposta é que se faça um Blogagem coletiva declarando o amor a alguém, algo... Sei lá... Cada um escolhe o objeto de seu amor...


Bem, quanto a mim desde o primeiro momento soube do que falaria... e a quem declararia meu amor... sobre o amor de quem faria declarações.

Minha declaração eu deixo a minhas amigas, aquelas pessoas que são tão frequentes em minha vida, que ligam para o meu celular 5 vezes seguidas porque sabem que a probabilidade de serem atendidas na primeira é vaga; que me dão aqueles presentinhos legais, tipo ursinhos de pelúcia; que lembram que eu adoro ler e me dão livros; que são constantes; que aguentam a TPM; que aguentam meu jeito bruto de dar afeto: cheiro, abraço, beijo e ocasionalmente mordo; que riem dos meus enganos; que corrigem quando escrevo quase ou quiser com z ou alma com u (isso só amiga faz); que me dão chocolate na semana dos namorados; que me dão doces em qualquer semana; que não me elogiam quando eu emagreço de repente; que perguntam se eu almocei; que pegam no pé para que eu coma direito; que mentem que eu sou bonita, mentiras sinceras me interessam; que conversam comigo no ônibus; deixam recados no orkut; sobem a escadaria para virem me visitar mesmo com a coluna doendo; sobem a escadaria para virem me visitar de qualquer jeito; levam frutas para o trabalho pq sabem que eu gosto, mas só oferecem depois que eu como pelo menos a metade do almoço (aff!!!); que entendem quando faço drama; que escutam eu falando de história, mesmo sem terem o mínimo interesse no assunto; que choram comigo; que oram comigo; que riem comigo; que fazem doação de confeito/cola/papel/qualquer coisa que eu peça para a escola dominical, mesmo sem serem cristãs; que fazem as lembrancinhas (centenas delas) comigo ou até sozinha só por amor; que me dão sobrinhos lindos; que enchem os meus dias e que me mandam poesias (até rimou)... Que passam pelo blog de vez em quando ou de vez em sempre e comentam ou não, mas vem aqui, que não olham o blog pq não curtem isso, mas ponderam minhas esquisitices... Que perdoam quando eu erro, firo, falo demais, esqueço, lembro demais, adoeço por imprudência e tudo o mais...

A essas meninas, a todas elas, deixo minha declaração de amor e minha gratidão!