A idéia de fazer essa blogagem coletiva não foi minha, essa idéia foi da Aleska, mas eu topei pq o tema me interessa, ia escrever um texto e falar sobre uma das pessoas que mais amo no mundo, uma menina linda de 18 anos que luta muito pela vida, a Thalita, que é mais que é uma prima, ela é minha amiga .
Thalita é uma pessoa incrível, ela é uma heroína, tem dificuldade para andar, falar e alguma dificuldade cognitiva também, mas ela é dura viu, vence todo dia um leão e pratica esporte (capoeira), faz fisioterapia, fono, estuda na escola formal e enfrenta os preconceitos sem perder a ternura.
Outro dia alguém da minha família questionou: "Pra que essa menina vai a escola?". Bem, a resposta óbvia é também curta: é porque é direito dela, não é um favor, ela tem direito a educação de qualidade condizente com as necessidades dela!
E sim o que a Adriana do "CAIXINHA DA ADRI" escreveu expressa bem o motivo pelo qual eu defendo a pertinência da educação especial, por uma questão de sorte eu tive contacto com o texto antes do dia da postagem e pedi a ela para postar aqui hoje, nele ela fala sobre o exemplo do "Eduardo" que serve muito bem para dizer que ser portador de necessidade especial não tem nada haver com ser incapaz.
Sucesso, apesar da deficiência: é possível?
Antes de casar e morar fora do Brasil eu queria dar um novo rumo à minha vida e comecei uma segunda faculdade, a de Direito. Havia um colega que fazia apenas algumas disciplinas, mas cuja presença era marcante; vou chamá-lo de Eduardo, para preservar a sua privacidade. Ele era deficiente físico: sua mãe teve problemas no parto e ele nasceu com uma deformidade nas pernas, mas o seu intelecto era perfeito.
As pessoas o olhavam com um misto de pena e distanciamento, pois o seu aspecto, à primeira vista, assustava realmente. Ele não podia se locomover sem a ajuda das muletas e a maioria das suas provas tinha de ser feita oralmente, pois não coordenava bem o braço direito.
Com o tempo, fui conhecendo-o melhor já que, pela sua dificuldade em copiar as matérias, ele pedia os meus cadernos emprestados. Conversávamos sobre diversos assuntos, então fiquei sabendo que era filho único, que o pai os havia abandonado, que a mãe o criara sozinha, com muita dificuldade, fazendo serviço doméstico, e que ele cursava somente 3 matérias das 6 da grade curricular porque era o que podiam pagar. Era admirável o modo com que lidava com tudo isso, sempre sorridente, e de bom humor! E, como se não bastasse tudo isso, ele era letrista de músicas folclóricas! Tanto humanismo em um corpo tão frágil!
Quando li a proposta de postagem das donas do blog entrei em contato e perguntei se poderia escrever sobre uma pessoa que, para mim, foi um exemplo de vida. Já que não tenho mais nenhum contato com deficientes físicos nem com seus cuidadores. Elas concordaram, então aqui compartilho com vocês a bela história do Eduardo. Não tive mais notícias dele, não sei continua a faculdade, mas, com certeza, ainda não a concluiu. Porém, nem isso o incomodava pois, em suas próprias palavras, “É só uma questão de tempo, eu vou devagar, mas vou, um dia desses eu chego lá!”
Um abraço,
Adri
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Recife, 08 de Julho de 2011.
Na época dessa blogagem eu era uma pessoa inexperiente com
blogagens colectivas, ainda sou, mas era mais, então não coloquei todos os links dos posts das pessoas que participaram dessa aventura comigo!
Eu sei, pode me chama de burra, eu mereço!
Agora estou tentando fazer esse esforço, lentamente vou buscando post por post para deixar aqui o linck:
ESCOLA VIRTUAL PARA PAIS
CURSO LIBRASNET
SONHOS, TEORIAS E PALAVRAS: PARTE 1 e PARTE 2
DESCONSTRUINDO A MÃE
LOST IN JAPAN
M@MYRENE