sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dança do Quaquito

Eu não digo que as coisas estão diferentes no reino dos evangélicos...  Na minha época essa Dança do Quaquito dentro da Assembleia de Deus jamais aconteceria. Mas, graças a Deus a minha época passou, tanta austeridade é uma fonte inesgotável de neuroses e não, não desejo educar crianças neuróticas.

Não quero apresentar a meus educandos um Deus punidor e castigativo, quero que elas cresçam conhecendo O Deus que ama, liberta, que oferece um sentido para a vida e que não está sempre preparado para castigar e sim para perdoar, compreeder e nos mostrar possibilidades novas... e enquanto procuro formas de educar as crianças de maneira livre e feliz a Equipe de Louvor se diverte coreografando a música de Aline Barros e me dando trabalho de última hora.
Sem problema, todo trabalho é valido para que tudo saia o melhor possível. Sempre melhor  possível para que essas crianças tenham as melhores experiências dentro da "Casa do Senhor" (nome carinhoso que damos a Igreja).

  O meu Quaquito, para ilustrar a coreografia!!!
Composição:Beno César e Solange de César

Ele é artista
Louva ao criador
Ele está bombando
Toca até tambor

Um pato falante
Saindo do ovinho
Desengonçadinho
Pra pular, pra correr
Pronto para dançar

Esse é a dança do quaquito
Vem com esse andar de bambolê
Eu na cintura ele no bico
Quê quê rê quê quê

Essa é a dança do quaquito
Ele inventou o padedê
Cisca de ladinho batendo as asas
Quê quê rê quê quê



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os crachas da EBF!

Fica ai registrada a idéia e o cracha desse ano!
 
Reta final, da reta final, milhares de coisas para serem feitas ainda... Como tanta coisa pode ficar para última hora eu não sei, mas sempre fica muita coisa para ultima hora e o relogio segue com seu tic tac assustador, a EBF já é sexta-feira... Milhares de problema a serem resolvidos, telefonemas e mais telefonema a serem dados, meu celular está ligado 24 horas por dia o tempo todo, isso é uma raridade... e acima estão os crachas da sala dos adolescentes.

Esse ano o tema da EBF é o "Brasil" e cada sala tera um cracha para os alunos e professores e formato do mapa do Brasil. Cada sala tem sua cor e como são cinco salas, uma delas ficou com todas as cores da bandeira. Achei que os crachas ficaram lindinhos.

Fica ai registrada a idéia e o cracha desse ano!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mentira, nem acredito... Hoje é dia do Rock!!!

Vagando pela net vi isso... nem sabia que para o rock tinha dia, mas achei interessante... Ia  escrever sobre algo totalmente diferente, nada haver com esse tema, mas acabei vendo isso e a torrente de problemas usuais que são parte da minha rotina deu lugar a boas recordações... Muito boas aliás... da minha adolescencia, quando eu escutava muito rock, até doer os ouvidos...

Bem, não é que eu seja uma fã desse estilo de música, não, eu não sou!!! Mas os meus amigos dessa época, por incrível que pareça, eram fãs do estilo e todos os nossos encontros para falar besteira e ri da vida eram regados e muito regados ao som de algo que eu chamo genericamente de rock,  hoje eu nem sei se é isso mesmo... 

Como estou feia de dizer, música para mim nunca foi algo de suprema importância, então não era o fim do mundo para mim escutar Slipknot, KoЯn, Ozzy Osbourne (um dos meninos chamava ele de vovô Ozzy), Linkin Park... tinha outras também... a maioria com nomes estrangeiros, algumas brasileiras... lembro que um dos meninos ouvia Ratos de Porão, acho que ele tinha um pé no ideário punk... kkkk... ah, quando tinha festa na Igreja eles iam... se escutavam a mensagem eu não sei, mas respeitavam...

Hoje passou essa fase, os meninos continuam sendo os meninos com seus gostos musicais bem definidos e eu continuo sendo eu... a vida corre e não temos mais o habito de nos reunir, agora só pelo msn e nada de  música nesse cardápio... Graças a Deus!!!

Engraçado, há alguns anos eu era considerada estranha na escola pq era evangélica e meus amigos curtiam rock e assumiam, como muitos adolescentes fazem na escola, uma estética caracteristica desse grupo, gostavam de usar camisas com o nome de suas bandas preferidas e coisas do gênero e era barra para mim, olhares críticos por toda a parte para mim e outra amiga que também fazia parte do grupo...

A união de dois grupos tão diferentes, com estilos de vida e gosto tão diferente é coisa que só na escola mesmo, são experiências que a gente leva para a vida toda e que não pode deixar de ocorrer nesse mundo tão misturado e diverso que é o universo escolar. Penso que talvez os professores devessem respeitar mais esse momento dos educandos e não expressar tanta critica em relação a mistura de grupos diferentes, a escola é um ambiente onde estremos se encontram e podem ter contato, cabe aos educadores fazer o máximo para  que esse contato seja bom para todos e não um exemplo de como a sociedade pode ser preconceituosa e agreciva. Que desafio enorme!!! Que coisa tão difícil!!!

Ah, na minha época uma adolescente ouvir rock na minha igreja local era impraticavel,  hoje os adolescentes da minha Igreja tem suas bandas de rock favoritas e entre nós "haja saco viu!". Ninguém merece uma irmã adolescente que começa o dia com o som ligado e as vezes ela ainda pede minha opinião, já disse a Rafa que já  escutei minha cota de barulho por toda a vida, devo ter escutado mesmo, não me importo com o que ela escuta, mas opinar requer atenção e atenção não dá!!!

Embora sempre me surpreenda com os gostos da minha irmã e das minhas adolescentes (ninguém merece[2]!!!), hoje os cristão parecem não pensar mais que o diabo é o pai do rock, parecem aceitar o gênero e eu não vejo nada de mal nisso, acho ótimo que esses preconceitos se desconstruam. Só que francamente, ninguém merece chegar em casa morta de cansada, acabada, cheia de coisas na cabeça e ainda ter que escutar Amy Lee, isso é convite a depressão e francamente eu não preciso de mais depressão em minha vida, já disse a minha irmã, que Evanescence a noite não dá, mas ela diz que se eu não prestar atenção não me afeta!!!

Ah, sempre que eu escuto Nação Zumbi, e outras coisitas mais, minha irmã diz: "E a barulhenta da família sou eu néh?!?", nesses momentos eu lembro dos teóricos da história que  dizem que o lugar social é determinante em nossa vida e que não podemos fugir dele de forma alguma, não posso fugir do que vivi. Certas coisas sempre vão me trazer boas recordações, nunca vou repudiar guitarra, bateria e nem vocais violentos e inteligíveis, que são os elementos que mais associo ao rock pq foram os que mais tive contato enquanto escutava esse tipo de música com alguma frequência, de certa forma eles estão em minha memória afetiva como coisas boas, por mais que não seja fã, que não estude o ritmo, que não me aproprie dessa cultura, nunca vou repudiar o que venha disso... Não posso fazer nada a respeito!!!

domingo, 11 de julho de 2010

Continuação da EBF...

Na reta final dos eventos da Igreja a gente sempre percebe o quanto falta para terminar. São tantas coisas que faltam ser feita, tantas coisa a se trata. E se a ajuda surge de toda parte, na mesma medida que a ajuda chega, chega também os problemas. Lidar com tantos problemas é um desafio continuo, mas muito gratificante. Não tenho do que reclamar, embora tenha muito com que me preocupar.

Na reta final resta registrar os visuais que estão sendo pintados para a historinha... usei tudo o que tenho, que não é muito: cola colorida, cola relevo, lápis de cera e um lápis de cera que brilha... e vamos que vamos... e se dentro da escola secular a educação é laica, dentro da Igreja essa educação é totalmente direcionada para os valores cristãos, para que as crianças conheçam os preceitos dessa forma de fé, se elas vão querer isso para si ou não é outra questão... O que sei é que amo cada uma dessas crianças e que independente de suas escolhas religiosas elas sempre vão poder contar com essa tia, que não é perfeita, mas que sempre vai fazer o melhor por elas na medida do possível...

Visuais Pintados!!!

Fernando Pessoa_ Alvaro de Campos

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Como fui desenhada..

Nos últimos dias tenho mexido bastante nas artes do meu irmão, não que eu não conheça a produção dele muito bem obrigada, mas tem épocas que eu olho mais tem época que eu olho menos... acho que é pq tem época que ele produz mais e época que ele produz menos...

Mexendo eu reencontrei comigo mesma, claro que faz um tempão que eu peço para ele fazer um desenho meu, claro que eu queria um desenho mais parecido com o que ele faz das amigas dele, claro que ele não fez... a principio eu fiquei abusada... mas bem depois eu descobrir que ele tinha feito o meu desenho bem antes que eu pedisse, quando vi estava lá e claro, gostei do titulo, embora eu continue querendo um desenho no qual eu apareça sorridente e tão natural como um copo de  Kisuco, eu me reconheço nessa imagem como não me reconheceria em uma imagem colorida.

Ah, como sou do tipo que considera a arte uma representação da realidade, sempre acho curioso que meu irmão tenha me representado dessa maneira... mas sempre fico orgulhosa de que ele considere o meu desenho o melhor!!!! A gente briga mas a gente se ama...


O melhor (Jaci no paint)

Mechendo nas coisas do meu irmão...

Cê sabe que as canções são todas feitas pra você
E vivo porque acredito nesse nosso doido amor
Não vê que tá errado, tá errado me querer quando convém 
E se eu não tô enganado acho que você me ama também

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Como ele diz: todo mundo gosta da dualidade, então pq eu seria diferente? Gosto dessa dualidade, acho curiosa a forma como os discursos se encontram de uma forma ou de outra... e a arte segue representando as infinitas formas de se viver!!!

sábado, 10 de julho de 2010

Doce Manuela: uma história deliciosa!!!


Júlio José Chiavenato diz algo interessante:

"Abomino esse negócio de literatura "infanto-juvenil". Literatura é ou não é. Existem as gradações, ninguém nasceu Machado de Assis. Mas literatura é ou não é."

Eu concordo amplamente com ele, literatura é ou não é, e Doce Manuel, um pequeno romance escrito por Chiavenato só pode ser classificado com um livro delicioso, me apaixonei por ele a primeira vista, logo na primeira linha: "Nem cravo nem canela. Pretinha." (pg. 7).

Foi amor a primeira vista, em um país onde chamar alguém de negro é ofensa, pq o negro está simbolicamente associado a tantas coisas não tão boas que o próprio negro não gosta de se reconhecer como tal e comumente se embraquece  de várias formas e é muito comum que homens e mulheres de cor prefiram ser morenos e morenas, mestiços, mulatos, qualquer coisa menos negros e negras é muito lindo ver um autor começar a descrever o seu personagem como pretinha e a partir daí construa um personagem incrível, maravilhoso, realmente doce! Realmente é muito dificil colocar defeito nessa obra!

E se já é tempo de desconstruir essa imagem de que o negro é feio e de que ser negro é ruim, tudo bem que se pode dizer que no Brasil a essa altura do campeonato ninguém é realmente preto ou branco, azul ou vermelho, nós somos misturados demais, mestiços mesmo.

Mas, seria hipócrisia gravissima dizer que não existem preconceitos de cor no Brasil,  que não há diferença entre ter a pele negra e a pele branca e a começar por minhas experiências pessoais, passando pelas experiencias de amigos e amigas e terminando com as leituras feitas na area, posso ver claramente que  existe muita diferença entre ser branco e ser negro no Brasil.

E se essa relação entre homens e mulheres negros e negras e homens e mulheres de cor clara é marcada por diversos preconceitos, que começam nos descaminhos da história e culminam com práticas sociais, Chiavenato dá com Manuela mais um passo para desconstruir no Brasil a ideia de que ser negro é ruim. Se homens e mulheres de cor tem uma história de dificuldades, trabalho e sofrimentos junto com essa história de opressão existe uma história de resistência, sobrevivencia, lutas e vitórias nos mais diversos lugares da vida social...

Se houve opressão houve também resistência e entre o Zumbi e o Pai João, homens e mulheres de cor viveram uma história da qual todos podemos nos orgulhar, uma história que a personagem Manuela encarna muito bem, uma história que é de todos nós.

Ao compor sua personagem o que Chiavenato mais faz é fugir de alguns estereótipos, Manuela é inteligente, possui um raciocínio rápido, é determinada, trabalha duro e estuda pesado todos os dias... Ela encara a vida de frente, enchegar uma oportunidade e se esforça para aproveitar essa oportunidade. Ela tem força e ternura e apesar das dificuldade que passa em sua rotina, que não são poucas, vai lutando e conquistando espaços.

Ela estuda em uma escola pública que tem uma caracteristica peculiar, pela manhã estudam na escola os filhos da "burguesia", crianças de classe média, e a tarde as crianças da periferia. Por uma sucessão de acasos e coisas do gênero Manuela acaba indo estudar no horário da manhã, então ela se torna "a negra da manhã" (pg. 18), e ela segue estudando de maneira que "Dez anos depois, com um metro e oitenta e oito, está no segundo colegial. Já não a estranham. Só que Manuela sabe 'Eles me aceitam, tudo bem, mas sou a negra da manhã." (pg. 18). E essa menina, ao contrario do que alguns pensam não é traumatizada, afinal, nas linhas do pensamento da própria Manuela, "Pobreza não é trauma... Se morre alguém, fico triste, mas não me abalo. O que me angustia é viver como bicho. Pior que bicho, tem cachorro que... A miséria é que deprime." (pg. 8,9).

A menina é forte, perdeu a mãe, trabalha para sustentar o irmão, estuda, cuida de uma tia velha, leva a vida como pode, é orgulhosa, firme, mas também se abate e tem um ponto chave da história que a menina leva um tombo da vida e desse tombo nasce uma queda que quase leva nossa pequena heroína de todos os dias a quase desistir, mas não final das contas ela recebe a ajuda bem quista, a ajuda necessária. Ninguém consegue vencer a miséria sozinho, não existem super-humanos e não é o caso dessa heroína, ela não é uma super humana, acima do bem e do mal, se ela não é um Pai João manso e conformado, também não é uma reencarnação de Zumbi lutando com a força dos orixás acima do bem e do mal.

No final das contas, Doce Manuela é um livro escrito por alguém muito antenado com as discussões a cerca da história do Negro no Brasil, da História e Cultura Afro-brasileira e da própria realidade brasileira, muito bem escrito, muito bem pensado, carregado de várias discussões super interessantes, tais como: o papel da escola na vida dos sujeitos, o papel do professor, o peso do discurso jornalistico na sociedade, a importância da prática de algum esporte dentro da escola, as leis, o comportamento do poder publico e etc... tudo isso em um livrinho de 125 páginas... Fiquei tão apaixonada quanto absurdada com essa história... tanto que vale um post, dois, três...

E embora o livro esteja classificado como literatura infanto-juvenil, ele realmente é LITERATURA e faz tudo que um livro tem que fazer, ele nos convida a pensar o mundo que nos cerca, a nossa realidade e o que a sustenta fazendo um convite intelectual a nos posicionar-mos a tentar-mos mudar, nos reinventar... A história de Manuela é a história de tantas meninas e meninos, negros e brancos, é uma história encantadora, não tem o final de novela das oito, não é uma epopeia... é apenas uma história linda, sem fins dignos de princesa da Disney e nem de heroína global, aqui não temos uma Helena.

E sobre Júlio José Chiavenato, sobre o qual eu poderia escrever muita coisa também, que é jornalista,  auto-didata e que escreveu o livro "Genocídio Americano - A Guerra do Paraguai" (Brasiliense), questionando a história oficial do conflito, um livro de 1979, ou seja, já foi amplamente criticado, mas que oferece uma visão alternativa do conflito na qual nós não somos heróis, sobre ele deixo as palavras dele e quem quizer saber mais o linck de uma materia da Folha Online:
"... sou uma Manuela da vida. Apenas não tive a sorte de fechar o set, fazer o ponto final. Taí: é horrível escrever sobre a gente. Deu a entender que espero um vitória, uma conquista. Nada disso.
O que espero é um mundo em que o amor e a esperança vençam. Isso não depende da literatura, nem que eu ou você fechemos o set. Depende de toda uma mudança das estruturas, e tome etc., etc. e etc."
 (pg. 128).

Referencia:

CHIAVENATO, Júlio José. Doce Manuela. São Paulo: Moderna, 2003.

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PS.: Quase esqueci de agradecer a Go por ter me emprestado o livro: Valeu, adorei a leitura!!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A arte é uma representação da realidade e meu irmão sabe representar a realidade muito bem!!!

No coração das trevas estou
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Sempre admiro a arte do meu irmão, quando ele está com algo na cabeça ele consegue transformar  imagens perdidas em algo encontrado... Incrível... esse desenho nasceu de uma mancha na parede(e de algo mais, na minha opinião pessoal)... Ah, assim que vi essa imagem lembrei de uma música de Nação Zumbi que diz: "o vermelho ainda é a cor que incita a fome", mas  a essência azul que existe em todas as coisas sempre está lá para  equilibrar  as coisas, afinal "ninguém quer saber o gosto do sangue"

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Reta final nos preparativos da EBF

Correria geral, sai do trabalho corre para a casa das meninas, reunião... reunião... reunião, faz material, refaz materia... escreve, recorta, cola... corre mais... meus dedos estão quase todos cortados, eu cortei minha mão com papel, isso mesmo o papel cortou meus dedos... Isso parece mentira, mas sempre corto meus dedos com papel e com meu próprio cabelo... É uma coisa séria!

Na reta final estamos fazendo a faixa de divulgação:

E outros cartazes mais:

Cartaz para para a sala dos meninos e meninas de 09 a 10 aninhos.

Cartas para a sala dos pimpolhos e pimpolhas de 07 as 08 aninhos.