terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A beira do Rio...

Mergulhada no universo de lirico de várias pessoas diferentes de repente lembrei-me dessa poesia de Fernando Pessoa!!!


Vez ou outra encontro com uma "Lidia" em minha vida e tenho vontade de convidar esta pessoa a se juntar comigo a ver o rio da vida e enlaçar as nossas mãos enquanto apreciamos a visão, mas repentinamente me ocorre o mesmo que ocorreu ao poeta quando escreveu essa poesia... persebo que é melhor não enlaçar as mãos... afinal de toda forma o rio passa e mais vale saber passar socegadamente...

Mas, será mesmo que mais vale ver o rio passar sossegadamente??? Será que não vale a pena se deixar inflamar pelo fogo da paixão, por ódios, amores e sabe Deus o que??? Hummmmm... Vai Saber?!?!?!

A única coisa que tenho certeza é que a vida passa tal como o rio...


Deixo, a quem interessar possa, a dita poesia, do dito Fernando Pessoa:

VEM SENTAR-SE COMIGO LÍDIA, À BEIRA DO RIO

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Fonte: www.instituto-camoes.pt

domingo, 7 de fevereiro de 2010

40 coisas que seu filho deve fazer antes dos 7 anos!



1. Brincar, brincar, brincar.
2. Acampar na sala com você.
3. Ter segredos gostosos com o pai e com a mãe, separadamente.
4. Tomar banho de esguicho.
5. Plantar uma árvore ou um pezinho de feijão no algodão, dá na mesma.
6. Fazer biscoito, bolo, comida, se sujando e sujando a cozinha toda. Depois, comer aquela gororoba e ter dor de barriga.
7. E ganhar colinho. Ganhar colinho sempre, mesmo quando o colo fica pequeno. Aliás, existe colo pequeno? Que conversa estranha… Colo é colo!
8. Ter uma festa de aniversário legal – isso não tem nada a ver com gastar dinheiro e, sim, com reunir a família, comemorar e estar feliz.
9. Esperar o coelho da Páscoa. E ver as pegadas dele no chão…
10. Viajar “sozinho” – com os amigos, a escola, o acampamento…
11. Esperar Papai Noel chegar. E entender que aquele presente escondido no armário dos pais é outra coisa, nada a ver com Papai Noel.
12. Fazer misturinha. Sabe o que é? É poder, quando ir ao restaurante, misturar no copo de água tudo que aparecer na mesa: a bebida dos outros, açúcar, sal, pimenta, azeite, farelo de pão…
13. Ir para a escola, ser alfabetizado.
14. Ficar deitado na grama vendo estrelas e o desenho das nuvens
15. Escrever na parede – e levar bronca. Faz parte, mas uma coisa não invalida a outra.
16. Aprender a amarrar o tênis. E se sentir importante por causa disso.
17. Sentir-se importante. Porque, de fato, é.
18. Inventar história. Em todos os sentidos. Inventar.
19. Aprender a comer o básico. Porque o básico é básico.
20. Dormir bem e na hora. Em silêncio, limpinho, na própria cama.
21. Ir dormir tarde de vez em quando, porque é uma delícia.
22. Dormir na cama da mãe e do pai e fazer farra ou esticar a preguiça.
23. Faltar na aula sem motivo, num dia de chuva, por exemplo, e ficar em casa de pijama, brincando.
24. Ir à escola e aprender. Aprender até que faltar na aula é um prejuízo danado…
25. Fazer uma viagem pra longe. Disney. Esquiar. Acampar. Pantanal. Mudar de ambiente. Sonhar, delirar.
26. Descobrir que voltar pra casa é muito bom. E que nossa casa é um mundo, o universo.
27. Aprender a nadar, andar de bicicleta, ficar em pé no balanço.
28. Ter tido, estar pensando em ter ou ter freqüentado uma casinha na árvore. Vale só desejar, também. Aliás, desejar é muito bom, sempre. Motiva.
29. Ter ido a um concerto ou a um balé clássico ou uma ópera. E a um show de rock e a muitas e muitas e muitas peças infantis.
30. Fazer um espetáculo. Aquele de balé, do final do ano. Aquele da escola. Um show com os amigos, improvisado. Valem todos.
31. Ter coleção. De revista, de figurinha, de meleca, de mosquito morto, de minhoca, de carrinho, o que for.
32. Fazer besteira e não contar pra ninguém.
33. Dormir na casa dos avós, curtir com os avós, aproveitar os avós.
34. Ter medo e correr pro colo do pai e da mãe. E descobrir que, assim, o medo passa.
35. Aprender a comer comida japonesa ou thai, ou qualquer uma, assim, “diferente”.
36. Cantar.
37.Ter um amigão ou amigona de verdade, não invisível.
38. Ter falado o que gosta, ouvido o que não gosta, respondido o que não devia e pedido desculpa.
39. Ter conversado muito, muito, com o anjo da guarda.
40. Ter sido criança. Todos os dias. Aproveitando isso. Sem ninguém atrapalhar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O amor é um filme!!!

Hoje a tarde eu estava jogada no sofa, tentando estudar, acabei desistindo e resolvir continuar minha leitura do romance de Jane Austen: Razão e Sensibilidade... suspiros poeticos e saudades, enfadei-me do livro e liguei a televisão, na televisão me deparei com "Lisbela e o Prisioneiro", um filme muito terno, com uma trilha sonora linda.



Pronto, Inglaterra do século XIX e um filme ambientado no interior de Pernambuco... fiquei romantica e para completar me deparei com uma música do Cordel do Fogo encantado!!!

Faz tempo que não vivo um amooooorrrr, então fiquei lembrando gostosamente de um amor adolescente, da felicidade, da dúvida, da alegria franca de esperar ele passar todos os dias para que eu pudesse correr desesperadamente a escadaria da minha casa e me encontrar com ele para ir a escola... Que bonitinho... um amor se abuletando em mim... faz uns cinco anos que não vejo esse menino magricela... outro dia ele me mandou um recado pelo orkut, está noivo, isso não me doeu... porque a parte o amor não ter vingado foi tão bonitinho, tão docinho... foi um amor filme: bom de lembrar até aqui!!!

Cordel Do Fogo Encantado - Lirinha - O Amor É Filme

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O Amor É Filme

Cordel Do Fogo Encantado
Composição: Lirinha

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

Um belo dia a a gente acorda e hum...
Um filme passou por a gente e parece que já se anunciou o episódio dois
É quando a gente sente o amor se abuletar na gente tudo acabou bem,
Agora o que vem depois

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

É quando as emoções viram luz, e sombras e sons, movimentos
E o mundo todo vira nós dois,
Dois corações bandidos
Enquanto uma canção de amor persegue o sentimento
O Zoom in dá ré e sobem os créditos

O amor é filme e Deus espectador!

"- A gente devia ser como o pessoal do filme, poder cortar as partes chatas da vida, poder evitar os acontecimentos!
Num é?!?!"

domingo, 24 de janeiro de 2010

"Mulher Despida" de Martha Medeiros




Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço strip-tease mais sedutor.

Martha Medeiros

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Arte de perder

Se equilibrar depois de uma perda é dificil algumas vezes, mas não impossivel, é possivel se equilibrar no meio do caos existencial dolorido, encontrei esse poema por ai, fala sobre a arte de perder, "perder é uma arte?", eu pensei olhando o título e fui ao texto, achei o texto todo adoravel...

Respiro fundo e deixo aqui essa pérola delicada: "Arte de Perder" de Elisabeth Bishop.






Arte de perder


A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia.
Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita.
Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe.
Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas.
E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles.
Mas não é nada sério.

– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada.
Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério

Elisabeth Bishop

O morro dos ventos uivantes...


"Certo é que ali em cima sopra um ar puro e salubre em qualquer estação. A força com que o vento norte passa por aquele cimo é provada pela excessiva inclinação de alguns enfezados abetos plantados num extremo da casa e por uma aléia de magros espinheiros, que estendem os galhos de um lado só, como se implorassem uma esmola de sol. Felizmente o arquiteto teve o cuidado de fazer uma construção sólida. As janelas estreitas estão profundamente cravadas na parede e as esquinas protegidas por largas pedras salientes." (BRONTE: 1982, pg. 8)

Sempre acho difícil falar sobre esse livro, mas não é difícil dizer que Emily Bronte é brilhante, com sua escrita solida, ela conta uma história densa e complexa cheia de violência, paixão e tragédia com uma carga emocional enorme que chega a assustar, mas que não esquece de cativar quem ler, ou pelo menos a mim cativou.

É um livro que suga o leitor para dentro de si, um livro que das duas vezes que li me tirou do calor do sol e me jogou dentro de uma charneca, no meio do vento, do inverno e do inferno emocional que é a vida de alguns personagens da história desse livro.

Em minha opinião é uma história sem heróis e sem vilões, ou onde o vilão é o herói, sei lá, no meio do texto me pego totalmente condoída pela dor de um homem cruel e sanguinolento como Heathcliff e torcendo para ver o fleumático Linton indo para o inferno, embora também sinta muita pena dele... Meu Deus, a pena é o sentimento mais triste que alguém pode sentir... Sinto pena de Linton e compaixão por Heathcliff e me sinto perdida, enquanto penso onde deixei minha moralidade cristã rsrsrs!!!

Mas, por mais cruel que Heathcliff seja, a mim ele parece eternamente um menino roubado e um homem perdido e isso sempre me deixa triste, não consigo ficar indiferente as dores dele, mesmo achando que ele de coitadinho não tem nada, sendo eu Nely faria o impossível para ajuda-lo e protege-lo até o limite de minha força, acho sempre imperdoável a forma como ela não se liga a ele, mesmo tendo visto ele crescer, tendo cuidado dele durante uma doença. Como alguém pode ser tão indiferente a uma pessoas que ela viu crescer? Se fosse um desconhecido acho que a atitude dela seria facilmente justificada, mas em se tratando de alguém que deveria ser tão próximo penso que ela era uma mulher fria...

Já Catharina, "fala sério!", ela não é poço de virtude, está longe de uma heroína romântica “pálida e pálida, amorosa e mole”, a mulher é o cão, um gênio ruim capaz de atormentar qualquer um, mas ao qual eu também não consigo ficar indiferente. Como poderia ficar indiferente a alguém tão fiel a seus afetos ao ponto de ser capaz de morrer de amor?!?!?!

De resto, a história não tem muito lirismo romântico e, na minha opinião nada especializada, trata-se de um conto um tanto sombrio, complexo, triste, mas que se completa com um final feliz onde um casal, politicamente correto, descobre o lado menos lodoso e sombrio da charneca... aos personagens de moral mais duvidosa resta a morte, o que me lembra que afinal de contas "a única conclusão é morrer"!

Referência:

BRONTE, Emily. O morro dos ventos uivantes. São Paulo: Abril, 1982.
___________

P.S.: Pensei que essa postagem fosse de rosca, já faz mais de dois meses que ela está escrita, havia me esquecido dela, mas fatores externos me trouxeram ela a memória... e lá vai... como não sou especialista em literatura, deixo apenas minha impressão sobre as obras que gosto...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Avatar... uma aventura incrivel!



Desde julho do recem acabado ano que escuto, ou melhor leio, pelos corredores da net coisas e mais coisas sobre esse filme, eu ouvir tantas e tantas coisas sobre o filme que cheguei a pensar em não ir assisti-lo só por birra... Mas, sabe como é, sempre tem alguém que te conhece de longas datas, sabe que vc adora esse estilo de filme e mal vê o anuncio no jornal e já te convida.

Pois é, minha amiga nem gosta desse tipo de filme hehe... mas ela me chamou para assistir logo a estreia e ora... ora... eu amei!!!

Assistir Avatar foi uma aventura incrível, uau o filme é um milagre da computação gráfica ou seja lá o que for que se chame os recursos utilizados para criar esse filme!!!

Meu Deus!!! O mundo de Pandora é incrível, as texturas são incríveis, os personagens, tudo, não há limites para o cinema, faz pensar que realmente não há mais nada que não possa ser levado com uma alto grau de realidade para a tela dos cinemas.

A década que levou para ser criado, os mais de 400 milhões de dólares que consumiu em produção, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e marketing é como disse Érico Borgo no site Omelete, simplesmente superlativo, “como um triunfo visual e de design”.

O filme é realmente tudo o que diziam que ele seria, tudo o que cerca o mundo de Pandora parece ser surpreendentemente real, cada árvore, cada animal, o conjunto, tudo é tão lindo... feito com tanto primor, os detalhes parecem não ter sido ignorados...

Bem, a história que o filme conta pode até não ser a história mais original de todos os tempos, o desenrolar dos fatos pode também não ser a coisa mais surpreendente de todos os tempos, mas a maneira como a história é contada, bem, ao menos na minha opinião, não deixa nada a deseja, o show visual do filme e a história que o show visual quer mostrar dialogam graciosamente diante de nossos olhos...

Eu amei assistir esse filme, valeu muito a pena, meus olhos ficaram satisfeitos e eu fiquei tão feliz que decidi até pesquisar um pouco sobre esse filme e depois escrever algumas poucas linhas.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso... Uma pequena mensagem de FIM DE ANO...

Aos meus amigos, ao que não são fabulosos desconhecidos passando por esse espaço e aos que são também, essa é minha mensagem de fim de ano!!!


Pois é, todo mundo tem dias difíceis, e quando eles se tornam rotina as coisas começam a parecer piores do que realmente são... Mesmo no clima do fim de ano essa última semana tem sido bem difícil e ficar feliz mesmo com muito esforço tem sido uma tarefa bastante complicada!

Mesmo com determinação, as vezes, manter um sorriso no rosto, ficar ok... encarar a rotina dentro de casa, superar os problemas com as pessoas que vivem próximas a nós, aguentar a família, engolir os problemas com algumas relações complicadas que só a Internet consegue produzir e tudo o mais parece uma missão impossível, uma meta inalcançável, um caminho rumo a lugar nenhum.

Mesmo tentando muitoooooooo ficar otimista, alegre, fazer piada, não usar de ironia, não ser mordaz, tudo isso cansa e esse negócio de não deprimir se torna algo tão chato de se fazer... uma coisa que dá muithu trabalho (muito com th que é para dar ênfase) que se entregar a depressão acaba se tornando uma opção incrivelmente tentadora, um negócio simplesmente muitoooo mais fácil de se fazer... quem nunca se sentiu tentado a simplesmente deprimir?????? Quem nunca deprimiu por pelo menos um tempo???

E aliás, quem nunca se sentiu tentado a deprimir, mas se decidiu firmemente a não se deixar deprimir??? E dá uma de homem ou mulher forte!!! Ser forte é um troço fácil de dizer e difícil de ser, eu tenho ganas de ser fraca, mas o contexto não me permite, que saco!!!

Pois é, voltando ao ponto, ficar deprimido é mais fácil que ficar feliz, adoecer é mais fácil que ficar saudável, engorda é mais fácil que emagrecer (bem se vc acha fácil emagrecer certamente não tem um metabolismo lento como o meu), mas ainda assim amanhã cedo tem mais uma festa de fim de ano, alguns terão mesmo que comandar a festa (quem foi que disse que ser popular é legal??? Alguém que nunca foi popular com certeza!!!), amanhã cedo haverão pessoas que carecem de nosso sorriso afável, haverá uma mãe que precisa de um filho, filhos que precisam de uma mãe, um amigo que precisa de um abraço, um trabalho que precisa ser iniciado, outro que precisa ser começado e um terceiro que precisa ser concluído! Amanhã é outro dia e novamente pessoas irão está em torno com seus sorrisos e lágrimas e mesmo que a depressão ou a tristeza sejam uma opção fácil, talvez ela não seja a mais viável, ficar na cama até o fim do dia parece uma opção tentadora, mas certamente não é uma boa idéia! Ou será que é uma boa ideia, mas não é uma opção???

Talvez arrumar alguém ou algo onde se possa desabafar as magoas seja uma boa ideia e uma opção tentadora ao mesmo tempo, despejar as ideias em um diário, escrever um pouco no blog, fazer um desenho melancólico, escrever uma poesia que fale de morte, lavar uma pia de pratos enorme, ensaboar as paredes do banheiro, tomar um banho frio, dormir cedo, comer um doce, ler um romance bobo com final feliz, desses que a gente já sabe o final na hora que ler o titulo, não acho boa ideia atacar um romance trágico nesse momento, embora eu esteja com uma vontade terrível de fazer isso... dar um jeito de extravasar os males para voltar a vida cotidiana com suas tragédias e comédias é algo que tem que ser feito de toda forma, fugir não é uma coisa boa, e isso já é meio que senso comum eu acho!!!

Qualquer coisa é uma opção, mesmo que seja tão difícil ficar feliz, sou da opinião que existem momentos em que é preciso decidir ser feliz e se esforçar na realização desse projecto... Sabe, pessoa desconhecida que um dia qualquer vai passar por esse lugar obscuro da net cheio de pequenos pedaços da vida de uma pessoa estranha que vc talvez conheça e talvez não, as vezes, apenas as vezes, eu acho que ser feliz requer esforço, mas vale a pena, vale a pena fazer da felicidade uma meta pessoal e apostar as poucas fichas que a vida nos dá nesse projecto.

E sabe de uma coisa engraçada, terminando esse texto, eu percebo que escrevi uma coisa tão óbvia que é de dar dó e deprimir mais ainda quem já está deprimido, tornei a falar uma coisa que dezenas de pessoas já falaram de uma forma mais clara, mais lírica, mas incrivelmente tocante do que eu... É deprimente como os seres humanos são repetitivos... Mas hoje eu não quero me deprimir, hoje eu quero apenas desabafar, não é culpa minha que as angústias humanas sejam sempre as mesmas e que seja tão previsível o nosso pesar e a nossa alegria, como sou humana não posso fugir do previsível. Será que isso é algo para se lamentar??? Talvez seja!!! Vai saber!!! Não nos resta opção senão viver, ao menos não para mim...

Ah..., não eu não esqueci do titulo da postagem, já pensou se alguém chegou a esse blog para pegar esse texto apenas, não vou frustra essa pessoa que queria pegar o texto na integrar... Vou deixar o texto de onde tirei esse titulo na forma em que ele me foi enviado... Um texto que também é minha mensagem de fim de ano para meus amigos e amigas que vez ou outra passam por aqui:

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...

Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

Charles Chaplin



P.S.: Isso ficou com cara de texto de alto-ajuda, deixo claro que não tenho a pretensão de fazer esse serviço, a humanidade já tem pessoas empenhadas nisso, todas elas mais competentes que eu e que erram menos na grafia das palavras também, eu só estive desabafando minhas magoas, se vc detestou ou amou pode comentar ou não!!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Inimiga da Tristeza!!!!!

Hoje eu sou uma fervorosa inimiga da tristeza, enquanto o sol brilha e aquece a todos nós, enquanto o vento sopra, eu, eu me recuso a ficar triste por qualquer motivo, acordo ergo os braços e paro no ponto mais alto que tenho acesso, deixo o sol queimar um pouco meu rosto, abro os olhos e me permito apreciar a luminosidade do dia aceitando que o vento coloque meu cabelo em desordem e tente inutilmente erguer minha sai, faço isso literalmente e guardo a lembrança pelo dia inteiro, conservando a felicidade desse momento...

Tristeza alguma vai me alcançar, ao menos por hoje...





Vou guarda a tristeza para os dias de chuva que virão, dias de sol e vento não merecem choro, cara amuada, desalento ou medo, merecem toda a minha capacidade de ser feliz a 220, me nego a ficar em 180 ao menos enquanto o Sol, o vento e a luz estiverem tão densos que quase são palpáveis...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Trapo: o dia deu em chuvoso...

É, não tem como, tem dias que mesmo ensolarados acabam dando em chuvoso, não importa o quanto a manhã esteja clara, enquanto o Sol brilha, tem dias que simplesmente dão em chuvoso e você se sente um pequeno trapo esfarelado, para dias assim nada melhor que uma poesia de Fernando Pessoa!




Trapo
Álvaro de Campos

O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...

O dia deu em chuvoso.