Mostrando postagens com marcador Momentos de Desamparo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Momentos de Desamparo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de maio de 2014

Só uma música que não sai de minha cabeça...

Pois é, fui assistir "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" porque X-Men fez parte de minha adolescência, eu amo o Wolverine e Hugh Jackman é simplesmente, incrivelmente, formidavelmente lindo.

Não esperava ser atingida por uma bomba de emoção.

Mas fui...

E como fui, não consigo tirar da minha cabeça a voz da Roberta Flack cantando "The First Time Ever I Saw Your Face"

 Eu devo está numa TMP dos infernos, louca ou sei lá o que, mas fiquei tão embevecida que o corpo nu Hugh Jackman me pareceu pouco menos que nada...

Aliás, ainda há uma lágrima em mim para essa canção... Não canso de ouvi-la... Não sei se vou cansar um dia...

E eu nem mesmo sou uma criatura musical, ou escuto músicas que abordam relacionamentos, romance, paixonites, fossa e derivativos [Roupa Nova/Los Hermanos nem sob tortura]...

Enfim... Devo mesmo está de TPM... Que passe logo...

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Como assim "Dicas de Literatura Infantil Para Crianças Negras"?

Nem sempre pensei como penso hoje... Nem sempre tive essa clareza politica-filosofica, mas hoje sinto um arrepio na espinha quando leio algo como "Dicas de Literatura Infantil para Crianças Negras".

Opaaaa... Agora existem livros específicos ideais para crianças negras, livros ideais para crianças brancas e livros para crianças japonesas... e por ai vai?!?! Isso não me soa bem... não me soa bem mesmooo. E olha que desse assunto eu, modéstia a parte, posso falar!

Tenho anos de pesquisa em "História e Cultura Afro-brasileira" e "Literatura Afro-brasileira" e por ai vai... Tenho anos de bagagem como educadora infantil em uma creche na periferia de Recife... Sou membro de uma família pra lá de mestiça... Meu pai é negro, também sou negra, com pouca tinta é verdade, mas sou! Tenho em minha estante uma coleção de livros infantis e dentro dessa coleção outra coleção de livros nos quais os personagens são negros e negras, histórias sobre a África ou se passam na África. Falo sabendo do que falo.


É preciso FRISAR, DESTACAR, ENDOSSAR:

Todos os livros são ideais para crianças negras, mesmo aqueles nos quais não há crianças negras!

 Todos os livros são ideais para crianças brancas mesmo os que não tem crianças brancas!

Eu compreendo a sede de material no qual crianças negras, homens negros, mulheres negras apareçam e sejam protagonistas das histórias que todos temos. Não ignoro a realidade dura e cruel do racismo. Não ignoro a necessidade FUNDAMENTAL de mais livros livros com príncipes, mocinhos, deuses, gênios, princesas, vilãs, elfas, ninfas negros e negras. Sei disso, estudo isso, trabalho e trabalharei com fé em Deus contra o eurocentrismo, o racismo todos os dias da minha vida.

Mas eu chego a tremer [isso não é metáfora estou tremendo de raiva] e ter coisas quando vejo pessoas querendo limitar o universo cultural das minhas crianças... Nem sempre eu entendi isso, mas é preciso compreender: para construir um mundo humanamente equilibrado não podemos criar guetos e sim desfazer guetos já construídos.

A dica para de Literatura Infantil Para Crianças Negras é

TODA LITERATURA JÁ ESCRITA NESSE MUNDO.
__________

P.S.: Esse post revoltadinho, tipo desabafo, não era para ser escrito, estamos em dias de coisas boas como o 8º Bookcrossing Blogueiro, mas ou eu escrevia isso ou morria!

domingo, 13 de abril de 2014

Mais Macho...


Hoje acordei ouvindo Luiz Gonzaga. Já passava das nove da manhã e meu irmão decidiu escutar algumas músicas do velho mestre. A música responsável por me fazer atravessar a barreira entre o sono e o despertar chama-se "Paraíba masculina" e mal abri os olhos, minha mãe sorriu para mim e entre o riso jogou um "Olha Rita!". Voinha Rita era paraibana, minha mãe me acha parecida com ela psicologicamente e emocionalmente e semana passada eu fui, após uma reunião tensa, honrada com o titulo de "Mais Macho...". Então já acordei sorrindo para a nova semana.

Não me escapa que atribuir a uma mulher capaz de enfrenta uma situação desafiadora com burrice mal-calculada coragem o titulo de "macho" e a um homem covarde o titulo de "mulherzinha" evidencia o imenso machismo da cultura pernambucana. Mas, é reconfortante ser associada a Dona Rita, ela era autentica e corajosa. Autenticidade e coragem são coisas das quais ando precisando. Não tenho um sertão para atravessar carregando meus sete filhos, mas tenho desafios a enfrentar e eles me dão medo.

Aliás, meus últimos tempos tem sido demasiado marcados pelo medo. Tenho repensado constantemente minha escolha profissional pela docência e até que ponto essa foi uma escolha acertada. Não tenho me sentido uma boa professora! Tem sido difícil enfrentar dia após dia algumas turmas! Eu sinto como se estivesse me afogando e não há quem me ajude a respirar! Acho que vou sumir ou desaparecer! Fazia tempo que eu não ouvia tanto Duvet...

Investi tanto de mim, minha força, tempo, sono, atenção e cuidado nessa profissão que tenho dificuldades em acredita que escolhi errado. E se escolhi errado, preciso de uma nova escolha... Mas qual? Eu não tenho medo do escuro, mas me pego pedindo "por favor deixem as porcarias da luzes acesas". Queria muito ter certeza de que tudo não foi simplesmente "Tempo Perdido".

Talvez por tudo isso, mesmo não ignorando o machismo, ser adjetivada como "mais macho...", me fez feliz. Me fez crer, por alguns instantes, que talvez eu não esteja tão fragilizada quanto penso. Ainda tenho folego para "ser" qualquer coisa de resiliente e decidida.

Ah, falando de decisões, é preciso lembrar de não esquecer algo fundamental: dia 16 começa mais uma edição do Bookcrossing Blogueiro. Novamente um grupo de pessoas estará espalhando literatura por alguma esquina, curva, banco de praça, ônibus ou derivados. Se passou aqui, leu esse desabafo, mas não conhece a ideia, clica na imagem e confere como funciona. Você corre o risco de gostar!

sábado, 8 de março de 2014

Voinho e Voinha

Painho sempre foi muito apegado a mãe dele, ele é aquele tipo de homem que nunca corta o cordão umbilical. Voinha também foi aquele tipo de mulher que nunca cortou o cordão. No final das contas quando ele casou comprou uma casa bem próxima a dela e graças a isso minha infância foi marcada pela presença mais que constante de Voinha, Voinho, para o mal e para o bem também.

Os dois eram evangélicos, se converteram a uns 50 anos atrás um pouco antes ou depois de chegarem em Recife vindos do interior da Paraíba  Eles foram membros quase que fundadores da Assembléia de Deus daqui de Nova Descoberta e graças a isso eu vi e vivi experiencias curiosas dentro dessa denominação.

Tenho muitas lembranças agridoces relacionadas a essa igreja. Lembro de quando o templo era bem pequeno, lembro de como a comunidade religiosa foi crescendo... crescendo.... crescendo... Do esforço para comprar um templo maior, da aposentadoria do antigo pastor, da posse do atual, de como essa denominação foi subindo os morros, ganhando respeitabilidade dentro do bairro, da cidade, do estado, se consolidando... A história da vida de Voinho e Voinha, a minha história, se confunde com a história da presença dessa denominação aqui em Nova Descoberta.

Voinha não era muito de estudar a Bíblia, ela era muito mais de observar e criticar as hipocrisias do ministério. Crescer com uma pessoa assim me faz olhar as coisas por um angulo muito particular, eu acho. Ela nunca foi amante das aparências rutilantes, sempre preferiu fazer disso piada e chiste para desespero de Voinho, um homem severo.

Só de lembrar das discussões deles eu começo a ri sozinha. Minha avó tinha um talento nato para a tiração de onda e sempre que faço um comentário jocoso, carregado de acidez, daqueles de fazer furo em chapa de aço, Mainha diz: "Eita! É Rita mesmo! É a evolução!".

As vezes eu me pego pensando em Dona Rita... Em seu jeito de ser! Ela era insatisfeita, vivia pensando nos outros, super mandona, incompreendida pelos filhos... pelos netos... por mim... Tantas coisas que eu não sabia... tanta incompreensão... Hoje eu sei... Sinto saudades de ganhar uma sombrinha e uma "irritante" repreensão "Vê se dessa vez não perde!" no meu aniversário.

Já Voinho era um estudioso da Bíblia. Comecei a ir a Escola Dominical com ele e com ele frequentava os cultos de doutrina. Na casa dele ouvia sentada no colo as histórias da Criação, Dilúvio, Torre de Babel, Moisés, Josué, Raabe, Ana, Samuel, Saul, Raquel, Davi [como eu amei Davi, como odiei Davi, como eu me identifico com Davi], Jesus, nascimento, vida, os encontros e milagres de Jesus, a Morte e Ressurreição, Paulo.

Embora a convivência nem sempre tenha sido positiva, ou fácil, tenho lembranças muito boas de meu avô. Ele foi um homem forte, sólido. Me colocava no colo, contava as histórias e ensinava a perceber o sentido delas. Era ele que me trazia para casa no colo quando eu pegava no sono antes do fim do culto e me socorria das ignorâncias de painho... As broncas não conseguiam fazer um NÃO do meu pai virá SIM, mas me dava muito prazer ver Painho ouvindo Voinho e Voinha calado (especialmente Voinha que sempre foi mais forte com painho).

Voinho tinha uma voz possante, um orgulho danado de pertencer a uma denominação tão respeitada como a Assembléia de Deus do Recife e foi muito duro ver toda essa força de titã indo embora em cinco 5 meses de sofrimento... Havia algo de muito errado em ver Voinho em cima de uma cama como um bebê super desenvolvido...

Enfim... devo a Voinha e Voinho muito do que sou... De Voinha eu herdei o temperamento... É inegável até na chatice... A Voinho a prática de ler a Bíblia e o conhecimento de seu texto... Graças a eles cresci junto aos anciões da Igreja e isso fez toda a diferença em minha vida e na forma como organizo, interpreto e pratico o evangelho.

Falar de Voinho e Voinha no passado doí demais. Talvez eu esteja sendo egoísta, afinal todos os anciões da Igreja sabem da inevitabilidade de seu encontro definitivo com Cristo e talvez até desejem esse encontro... Eles sabem da possibilidade de ver os céus abertos, descansar das dores dessa vida, ter o um novo corpo, receber um novo nome, ver a Nova Jerusalém, onde não existe Sol porque Deus é a própria luz, andar nas ruas de ouro e cristal, comer do fruto da Árvore da Vida e esperar em Deus pelo grande dia do Juízo... Mas... sinto saudades deles.

Enfim, também eles me ensinaram que a gente não morre e sim dorme no Senhor... Voinha e Voinho não estão mortos, eles apenas dormem e não dei adeus foi mais um até logo. Nós ainda vamos nos encontrar na Eternidade!
________

P.S.: Eu escrevi esse texto há mais de um ano atrás, em 21 de outubro de 2012, de repente a saudade de Voinho e Voinha me fez lembrar dele. E eu resolvi traze-lo para cá, onde é reconfortante guardar lembranças.

domingo, 2 de março de 2014

Das agitações de Fevereiro e de como conheci o "Centro Cultural Rossine Alves Couto" [Desafio 12 Lugares - 02]

Fevereiro foi um mês bem corrido para mim, pois é a época de inicio do ano letivo e para minha alegria e pena, além de enfrentar os sabores e dessabores da educação infantil, resolvi enfrentar os sabores e dessabores da docência em História. Não é que tudo seja uma grande bolha de enfado e cansaço, ambos os trabalho possuem seu lado bom, mas é que eles também cansam bastante, e irritam, e tiram a força da gente para passear em fins de semana.

Ah, mas para dizer que não falei de flores deixo algumas cenas do minha rotina na educação infantil [trabalho que mais amo no mundo].

Criatura fofa e dengosa que foi com minha cara de primeira e tem pulado em cima do meu colo em qualquer oportunidade, mas não faz parte do meu grupo e quase compensa uma das crianças do meu grupo que não vai com minha cara mesmo kkk...

"Tava chorando, mas sentei no colo da tia e parei!"

Inicio do trabalho com leitura e contação de história:


Existe coisa mais fofa que  pé de criança?


Menina mais inteligente do mundo fazendo dengo!


Vamos construir castelos?


Pois é, devido a intensidade dos trabalhos de fevereiro quase não consegui cumprir o de "Desafio 12 Lugares" e conhecer um lugar diferente esse mês. No entanto, aos 43 do segundo tempo, precisei ir ao centro do Recife no dia 28 de fevereiro [véspera do carnaval], vivi uma grande frustração, tive um ataque de choro sentido [TPM MONSTRO] e no meio do ataque de choro sentido me lembrei do desafio, respirei fundo e me peguei olhando em volta em busca de um lugar público no qual eu ainda não tivesse posto os pés. Encontrei no meio desse olha o "Centro Cultural Rossine Alves Couto" na Rua do Hospício.


Confesso que já tinha curiosidade por esse espaço, pois ele abriga o "Núcleo da Diversidade do Ministério Público de Pernambuco" e ao mesmo tempo é vizinho dos templos centrais de diversas denominações de igrejas evangélicas do Recife, as quais não são bem símbolos de tolerância a diversidade. A parte esse detalhe, no centro funciona uma biblioteca e foi ela o objeto de minha exploração.

Recife é uma cidade na qual o Carnaval é vivido livremente. Aqui a festa é de rua, congrega todo tipo de pessoa possível e imaginária e a sexta-feira [28/02/2014] foi o dia anterior ao Sábado de Zé Pereira e dia da abertura dessa festa. Ou seja, enquanto mundo chamado Recife mergulhava em um caos quente com metade das pessoas fugindo do centro e da festa e outra metade vindo para o centro e para a festa e eu mergulhando no silêncio de uma biblioteca. Terry Pratchett disse uma vez "bibliotecas são buracos negros que pensam", para mim, ele tem razão.

O "Centro Cultural Rossine Alves Couto" é um órgão ligado ao Ministério Público de Pernambuco, logo o acervo da sua biblioteca é quase totalmente voltado para a área do Direito Civil. Enquanto eu andava no meio daqueles calhamaços nos quais homens e mulheres explicam como podemos nos defender dos vilipêndios cotidianos eu esquecia da vida, da morte, do carnaval e dos problemas.

Foi terapêutico, especialmente porque lembrei que tenho direitos e me peguei com vontade de vez em sempre da uma pausa na vida e me da ao trabalho de conhecer melhor meus direitos. Afinal os livros estão lá super acessíveis a qualquer pessoa capaz de por eles se interessar, não são propriedade exclusiva dos advogados do Brasil.

 



Ah, lá também tem alguns documentos interessantes sobre a história de Pernambuco, para quem interessar possa:


E alguns poucos livros de outras áreas do conhecimento:



Acabei escolhendo folhear alguns dos livros da biblioteca e o meu preferido foi o "Titãs da Literatura", relembrando um velho exercício que eu costumava fazer nos meus anos de biblioteca escolar.


Alguns dos autores citados:


Em tempo, Rossine Alves Couto foi promotor público da cidade de Cupira, semiárido do estado de Pernambuco. Ele foi assassinado em 10 de maio de 2005, enquanto almoçava em um restaurante em frente ao fórum da cidade. Na época foram realizados vários atos públicos com o intuito de não deixar a morte brutal e precoce dele passar em brancas nuvens como é comum no Brasil, mas tenho minhas duvidas se os reais responsáveis pela morte do jovem promotor sorridente das fotos foram realmente punidos.

Infelizmente o Brasil e o brasileiro ainda tem um caminho a percorrer no sentido de fazer os direitos civis se tornarem uma realidade cotidiana. Eu não sei, porém suspeito, conhecer as leis pode fazer  pate desse caminho.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Eu, o "I ching" e algumas notas de saudade...

Hoje, enfim, o correio entregou o edição do "I ching" encomendada há duas semanas atrás. Me peguei folheando o velho sobrevivente de um antigo império asiático perdido para sempre nas brumas do tempo e tentando compreender como posso aplicar sua velha sabedoria a minha vida...
"O rojão não ruge o tempo todo. Na ocasião própria, ele fica silencioso. Da mesma maneira, o homem sábio não se desgasta com ação e luta constantes. Há ocasiões em que o repouso e a recuperação são essenciais. Se necessário adapte-se a uma situação difícil." (17. SUI Discípulos, Tui sobre Chen/Lago sobre Trovão - A imagem).
Não, eu não sei jogar o "I Chig", a Tita jogou para mim quando estávamos no ônibus a caminho de Porto Alegre e meu folhear no livro também tem haver com uma tentativa de reencontrar as palavras que ouvi naquela ocasião. E embora esta não esteja sendo uma tarefa amarga tão pouco está sendo das mais fáceis.
"O progresso a partir de uma posição inferior deve ser feito apenas para alcançar alguma coisa, e não meramente para fugir dessa posição. Não há mal na simplicidade. Trabalhe com serenidade para conseguir sucesso." (LU Conduta correta, Ch'ien sobre Tui/Céu sobre Lago - 9 na linha).
"Cordialidade", "Estagnação", "Ação Conjunta", "Seguir Adiante", "Dedicação", "Tempos de Prosperidade", em síntese, como gerir situações corriqueiras da vida, como viver estados de humor, como obter serenidade vivendo são coisas sobre as quais versa esse livro milenar. Aos meus olhos ocidentais, ele emerge como um manual pratico de como existir no mundo em meio as diversas situações nas quais um ser humano pode se meter. O tipo de coisa boa de se ler antes de se tomar uma decisão difícil ou depois de tomar uma decisão difícil.
"A água de um lago, quando evapora, pode enriquecer a montanha nua que lhe fica acima, em vez de correr borbulhando do lago, quando ela transborda. Da mesma maneira, as pessoas precisam conter seus instintos naturais e desenvolver seu interior, de forma que uma personalidade equilibrada se desenvolva." (41. SUN Deficiência, Kem sobre Tui/Montanha sobre lago - A imagem)
Como tenho a impressão de já ter dito, ele é um sobrevivente, tem experiencia de mais de mil vidas embrenhadas em suas linhas e isso da a ele uma mistura de peso e leveza com uma aura de credibilidade por cima.

Pensando bem, não a toa, foi a Tita a primeira pessoa a me apresentar esse livro... Ela também tem em si essa mistura de peso e leveza misturada a uma aura de experiencia de vida, o tipo de pessoa capaz de ser fortalecer sem enrijecer. Como a Rynn, protagonista do livro "A menina do fim da Rua", solida, inteligente e tão diferente de qualquer outra criança da literatura.

A cidade na qual a Tita mora é Gramado, sendo essa o ponto final de "minhas aventuras pelo Sul". Tal como os outros pontos de minha andança, foi ótimo conhecer a cidade mágica. Nunca tinha ido a uma cidade de contos de fadas, com as casinhas tão bonitas, as pessoas tão educadas, as ruas tão belamente asfaltadas com direito a canteiros de flores pelos cantos.








Amei a Rua Coberta, a Igreja de Pedra, ou Matriz de São Pedro Apostolo, e o Mini-Mundo...







Mas, o legal mesmo foi ficar na casa da Tita... fazer as caminhadas com ela e com o Krucho depois da novela das seis, bater papo tomando chá gelado com cuca na companhia do Krucho e das gatinhas, apreciar a arte da Dona Coisinha, a Dona Dulce Hart, exposta por vários cômodos da casa inclusive no meu quarto, abrir a janela pela manhã e contemplar as araucárias traçando arcos e ogivas, as vaquinhas pastando, o verde, as montanhas...









E o gramado da casa da Tita no qual rolei, como havia prometido fazer realizando um sonho de infância...









____________________________

P.S.: Só para constar, trouxe do sul além das memórias e das fotos, doces, mel, geleia, cucas, roupas do brecho, os livros com os quais a Ana e a Tita me presentearam:


Entre os quais abramos um destaque especial para o "Dju-Dju, a joaninha", cuja autora é a própria Tita, pense em um charme de livro infantil todo feito em madeira. Todas as pessoas para as quais eu mostro ficam maravilhadas e algumas perguntam como faz... outras até dizem que sabem como a Tita faz para fixar as imagens na madeira... mas elas não sabem kkkk...


Indico a quem gosta de literatura que de uma olhada no perfil da Tita Hart no face, vocês vão ficar babando!

Ah, antes que me esqueça, a Ana, me presenteou com uma cuia, uma bomba e um quilo de erva, ando mateando regularmente aqui em Recife... Isso vicia.

Alias, mesmo agora nesse inicio de noite no Recife, enquanto escrevo esse texto, em meio a uma bagunça terrível a minha cuia está aqui me fazendo companhia.... e me lembrando de coisas boas... Me ocorreu agora que nas minhas próximas aventuras, além de uma toalha, a Bíblia e um livro, vou levar uma cuia, uma bomba e um pouco de erva...
.

Ah, só para constar, fiz um video lá na casa da Ana, explorando a estante dela, quem quiser ver pode conferir clicando em "Vlog: O dia em que minha estante foi invadida".