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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Irmãos [Citação 008]

"Irmãos são capazes de fazer aflorar a criança de 8 anos que vive em nós." (Julia Quinn, "Os segredos de Colin Bridgerton")

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A Julia Quinn é uma autora cujos livros, do inicio ao fim, leio com um sorriso no rosto. Me divirto muito e mais ainda lendo seus textos, especialmente quando ela me faz lembrar de como a convivência entre irmãos pode até amadurecer, mas a infância sempre fica conosco.

sábado, 24 de maio de 2014

Romance Contemporâneo [Desafio Calendário Literário]

No Calendário Literário montado pela Lu Tazinazzo a ordem do mês de Maio é um romance contemporâneo, então lindamente chutei o pal da barraca literária e resolvi mês ler apenas autores atuais ou no minimo que entraram no foco do mercado editorial nessas primeiras décadas do século XXI e foi um dos melhores meses literários dos últimos tempos.

De entrada li os três primeiros livros da série de romances históricos "Os Bridgertons", escritos pela Julia Quinn.


Alguém pode dizer que tais textos não contam como romances contemporâneos pois as histórias se passam no século XIX, no entanto, eu vou ser chata e lembrar uma vez mais que romances históricos, independente da profundidade da pesquisa feita pelo autor, falam muito mais sobre o presente do que sobre o passado e essa regra vale muito para a Julia Quinn.

A autora de “O duque e eu”, “O visconde que me amava” e  “Um perfeito cavalheiro” sabe como construir um texto engraçado, leve, com uma fluidez perfeita e um toque de sensualidade no ponto, sem ser pornográfica. Fica claro o quanto ela é fã de Jane Austen, domina bem o gênero romance histórico e é competente para crescer como autora dentro dele Me tornei fã confessa da Julia, de seus rapazes apaixonados, de suas heroínas cheias de personalidade e sensualidade e do luminoso século XIX inventado por ela.

De saída terminei de ler a trilogia "A Seleção" da Kiera Cass e comecei a ler a trilogia "Estilhaça-me" da Tareheh Mafi, nada mais atual que séries cujo final estão saindo do forno.


Eu tenho inúmeras criticas a história da Kiera Cass, ela negligenciou a distopia e tem um discurso politico extremamente e irritantemente conservador, através do qual parece reafirmar a necessidade de hierarquias sociais. Honestamente considero danosas histórias infanto juvenis carregadas de conservadorismo, esses texto tem, mesmo que não seja a intensão das autoras e autores, um caráter pedagógico para os leitores em formação. Mas, eu precisava ir até o fim com "A Seleção" pois me identifiquei com a protagonista dividida entre dois amores com a capacidade única de falar duas vezes antes de pensar.

Na idade da America passei por uma situação semelhante, a diferença é que eu tinha três pentelhos no meu pé. Pois é, eu também acho um absurdo ter sido uma adolescente de alto-estima tão fragilizada. Brinquei muito ao longo da leitura da série dizendo que, se fosse a America, chutava os Maxon e Aspen e ia lutar com aos rebeldes. É claro que ela não fez isso, algumas pessoas preferem mesmo casar aos 17 anos em vez de ir a universidade, arrumar uma profissão, viajar, escrever um blog, ter sua própria renda mensal.

Eu tenho fama de ser péssima conselheira sentimental, mas ainda assim me sinto tentada a deixar aqui três avisos para a America, e qualquer menina de 17 anos a beira de se comprometer pela vida toda com um homem:
Primeiro: O príncipe pode ser o tipo de pessoa que não lida bem com rejeição e capaz de uma crueldade impressionante;
Segundo: O carinha intoxicantemente bonito, pode se revelar uma pessoa assustadoramente sem senso de limites;
Terceiro: Aquele cara que te jurou amor eterno 5 vezes [eu contei] pode 10 anos depois oscilar entre te olhar com ódio mortal e fingir que não te conhece [ainda não acredito que ele não superou essa história, a namorada dele é muitoooo mais alta, magra e bonita que eu, só não tem tanto busto, não se pode ter tudo.].
Muito mais promissora foi a experiencia de ler "Estilhaça-me" da "Tareheh Mafi". A história desse livro se passa em um futuro no qual os recursos da Terra estão quase totalmente esgotados e há uma ditadura opressora reinando no mundo. Nesse contexto pós-apocalíptico emerge a figura de Juliet, uma moça cuja vida não foi nada fácil até o momento e começa a história presa em manicômio. Ela é aparentemente uma criatura perigosa superpoderosa, capaz de criar uma grande devastação salvar o mundo.

Tareheh Mafi, tem um senso critico penetrante, é envolvente, carismática, possui um lirismo capaz de me fazer vibrar a cada paragrafo. Em um primeiro encontro, simplesmente amei a Juliet, apesar dela ser meio maluquinha, não tenho palavras para o Adan, o seu par romântico nesse primeiro livro.

Ah, se com a America eu me identifiquei de primeira com a Juliet eu fui identificada. No meio da leitura do volume um comentei com uma das minhas estagiarias sobre o "fogo da muléstias dos cachorros" da protagonista, ela ficou curiosa e me pediu para ler o livro. Agora ela tem considerado ser a Juliet parecida comigo e ainda ler trechos do livro para comprovar. Ainda não decidi se essa comparação é boa ou ruim.

E essa foi a minha participação no "Desafio Calendário Literário", do blog "Aceita um leite".