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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Propagandas fofas...

Bem, as pessoas, empresas e derivativos que fazem propagandas nem sempre são muito éticos, verdadeiros ou coisas do gênero... Isso é fato, mas venhamos e convenhamos que publicitário é um bicho cuja criatividade é difícil de contestar.

Uma vez ouvi um publicitário dizer que não é o segredo que é a alma do negócio e sim "A propaganda do segredo é que a alma do negócio!"

Hoje, tive mais uma daquelas tardes no arquivo e em meio aos documentos propícios a minha pesquisa fui observando algumas propagandas muito fofinhas.

Não resisti e fotografei algumas delas e trago-as para a Caixa porque acho uma delicia ver esses vestígios do passado nos contando que a vida já ocorreu de outras formas, que houveram outros presentes, outras surpresas... O passado não é pior ou melhor que o presente é apenas outro tempo.

Ah, antes de ir as propagandas fofas, hoje vi no face a seguinte tira do Calvin:


Bem, história pode até ser um tipo de LITERATURA, mas ficção não é não... O historiador, diferente do ficcionista é limitado pela materialidade da vida. Eles podem até fazer suposições e usar de imaginação em seus textos, mas tem por obrigação amarrar seus pés nos limites do possível enquanto o ficcionista aaaahhh, esse pode voar por mares nunca dantes navegados!

O historiador precisa de suas fontes, seus vestígios do passado, para falar o ficcionista precisa apenas de sua imaginação.

E sim, é possível conhecer, apenas não podemos achar que chegamos a verdade última. Mas o conhecimento, ainda que limitado e fracionado, é conhecimento e não pode ser desprezado antes tem que ser eternamente analisado, pensado e repensado.

E sim, agora vou as propagandas fofas encontradas no Diário de Pernambuco de 1887:

Propaganda de remédio para tosse, há quem diga que no século XIX as crianças eram vistas como pequenos adultos, as vezes eu duvido dessa ideia, e acho que apenas as crianças pobres eram vistas como mão de obra em potencial e propagandas assim me fazem pensar mais ainda nessa hipótese.


Eu não tenho a minima ideia do que vem a ser essas pilulas, mas esses cavalos me pareceram fofos.


Essa serpente saindo da taça ficou uma coisa rica, vamos lá o desenhista caprichou!!!


Aaaahhh... Essa propaganda é claramente enganosa... Mas me faz pensar que problemas com cabelo não são coisas de hoje...


Essa eu achei fofa porque mostra o cuidado com a pequena infância, a mulher cuidando do bebê!!!


Maquinas assim só me lembram da infância na casa de Mãe (avó materna), ele é costureira... Acho lindo maquina de costura!


Gente esse Óleo é praticamente o elixir da vida néh?!?! Mas o que mais me surpreendeu é que a Emulsão Scott passou do século XIX, atravessou o XX e ainda existe... Rapa, eu acho que vou começar a tomar esse óleo!


E sim, a propaganda de produtos dentais desde 1887 prometendo mundos e fundos em proteção contra caries e cura para a dor de dentes... Ah, detalhe o produto podia vim em liquido e em pó, além de em pasta.


Essa imagem não é de 1887, acho que é de 1886, acho linda por mostrar tanto um homem quanto uma mulher manejando a câmera fotográfica.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sou Fã \o/


Eu não sou uma pessoa muito imparcial, eu sou um tipo que é meio fã de muitos escritores passados, inúmeros personagens, alguns cantores, pouquíssimos atores, da minha mãe e avós, de várias tantas pessoas com as quais convivo concreta e virtualmente e atualmente eu acho que sou fã do Kevin...

E sim, claro que eu vou explicar de qual Kevin estou falando, abri esse post justamente para falar sobre ele.

O Kevin é um personagem de uma história escrita pelo jovem autor Christian V Louis, a história chama-se "Ironia do Destino" e tem uma particularidade interessante, ela não foi contada em um livro convencional, ela está sendo contada através de um blog com o mesmo nome.


Eu conheci o Ironias, durante uns dias de tensão, as vésperas de concluir minha pesquisa documental minha câmera digital resolveu quebrar, minha qualificação as portas, um nervosismo alto, sem consegui estudar. Entra em blog, sai em blog, cai nessa experiência virtual do Christian, li o prologo, gostei de cara do texto, embarquei na aventura.

Acabei lendo a história até o 10º capítulo, em menos de uma semana alcançando os leitores que acompanham desde o principio.

Detonei na leitura toda a minha tensão e virei fã do Kevin, ele deve ser o gótico mais fofo que conheci, embora eu realmente não tenha conhecido muitos góticos, é meio nervosinho as vezes, mas isso não diminui sua fofura.

Sim, a parte minha tietagem descarada com a história, tenho que dizer que o texto do Christian é organizado de uma forma muito interessante, ele me lembra as romances do séculos XIX que eram publicados nos jornais, como os livros de José de Alencar e de Dumas.

Cada capitulo/post é composto de altos e baixos emocionais sendo concluído com uma situação que deixa um sabor de quero mais, um certo suspense no ar a ser dissolvido no capitulo seguinte.

Gosto de como cada situação é trabalhada, dos diálogos dos personagens, da forma como as situações acontecem e como conseguimos visualiza-las, elas são possíveis e os personagens vão se desenvolvendo na história quase que sem pressa, naturalmente.

Acompanhar um romance capitulo a capitulo através do blog e conversar com o autor sobre o texto tem sido uma aventura deliciosa, algo inédito na minha vida blogueira. O Christian é um rapaz extremamente educado e eu já sou suspeita para falar, pois ele tem uma das qualidades que mais aprecio em amigos: ele suporta muito bem meus momentos de, nas palavras da Ana Seerig, "ataques de fofura", aquelas horas constrangedoras nas quais declaro minha afeição por ele em publico, chamo o bichinho de "Menino Velho", fofo e derivativos, a Ana foge para as montanhas...

Ah, apenas para concluir esse registro, deixo aqui minha critica ao Christian, na minha imaginação o Kevin não tem muito haver com o rapaz da foto que ele escolheu para ilustrar o blog, para mim o Kevin é um gêmeo do Kamui de X-1999.


E sim, antes que eu me esqueça, o Christian escreve o blog Escritos Lisérgicos, também é autor de 11 noites insones .

terça-feira, 27 de março de 2012

QUALIFICADA!!!

Sim, foi hoje, hoje foi o dia de apresentar o texto da minha qualificação do mestrado, o dia de apresentar o resultado do meu primeiro ano de pesquisa, leituras, angústias e tudo o mais!!!

E sim, agora sou uma pessoa QUALIFICADA a continuar com a pesquisa, compartilho aqui porque afinal de contas vocês, meus companheiros de virtualidade foram presente nesse processo... Quando me desanimei, nos momentos de falta de disposição para escrever, de desanimo e tudo mais...


Fase 1 passada, vamos a fase 2


Obrigada pelo apoio de sempre gente \o/



segunda-feira, 12 de março de 2012

Blogagem Coletiva: O que você faz de bom?



Quando a Bia do Jubiart me convidou a participar dessa blogagem coletiva, eu, uma amante dessa prática bloguistica, comecei a pensar... E pense em uma proposta que me deu trabalho... Eu me vi pensando nisso no ônibus, no banho... Olhando o por do sol, em meio a leituras acadêmicas e diante dessa pagina em branco.

O que eu faço de bom?

Se a Bia me tivesse feito essa pergunta há um ano atrás eu seria capaz de responder na lata, eu diria algo como:


"Eu não sou uma educadora assim excepcional, fantástica, mas eu me esforço para ser uma boa educadora para as crianças e para as adolescentes e isso é o que faço de bom!"

Acontece que há mais de ano eu precisei dar um tempo na Escola Dominical e estou de licença na creche me dedicando ao mestrado.

Então graças a Bia e sua pergunta capciosa eu descobrir que sem meu trabalho prático eu fiquei sem ter como me afirmar como pessoa que faz algo de bom para o  mundo e acabei me perguntando até que ponto essa falta de certeza em torno do meu atual momento profissional tem me afetado no momento da escrita acadêmica tornando ela um tormento.

Graças a Bia eu me vi questionando meu atual estado de mestranda e o que estou fazendo agora. Me perguntei se tudo isso é só por vaidade profissional, para poder assinar mestre nos meus trabalhos acadêmicos, se é para ganhar alguns reais a mais ou para dar a honrada biblioteca do Departamento de Educação mais um calhamaço para se encher de poeira ao longo dos anos.

No final, cavei em minhas memórias e meditando a noite, junto a minha cama e Deus, lembrei que em relação ao mestrado, comecei esse curso por um pouco de vaidade profissional, sim, pensando que o salário poderia ser melhor, sim. Mas não foi isso primordialmente.

O primordial, o que me deu energia, foi pensar que, após ele, eu seria uma profissional melhor, mais qualificada. Foi a certeza de que uma professora de História tem que ter a experiência de ter realizado uma pesquisa e a convicção de que conhecer a História da Educação no Brasil faria toda a diferença na minha prática pedagógica o motor responsável por mim impulsionar adiante.

Logo, me preparar para exercer minha profissão bem é o que faço de bom hoje!

A partir desse pensamento eu consigo reencontrar o foco para seguir na pesquisa e na escrita da dissertação, acho que fiquei devendo uma a Bia!!!

Mas, agora, terminando esse texto e, mesmo que respirando um pouco mais aliviada por ter reencontrado meu objetivo primordial quase esquecido, começo a pensar que se afirmar apenas a partir da vida profissional pode não ser uma coisa muito boa.

As pessoas são mais que suas profissões... E parece que minha saga com a pergunta da Bia em vez de terminar com essa postagem está apenas começando, ainda vou remoer muito essa questão...

sábado, 10 de março de 2012

Da imagem que me espantou e pequenas notas...

Há algum tempo encontrei essa imagem a partir do meu falecido face, sim, eu achei que estava sozinha nessa terra inóspita povoada por mães que não param de reclamar..


Realmente minha mãe costuma dizer que meu quarto é o Lixão da Muribeca devido a mistura de livros, xerox e roupas que se espalham por toda parte, se bem que meus lençóis eu dobro quando acordo é ótimo ver que outras são como ela, sou apenas mais uma gota no oceano de filhas bagunceiras kkkkkkkk


Agora as notas:

1. Eu tenho que agradecer a vocês que comentaram o último poste, muitooo, muitooo, muitooo, obrigada pelo apoio de sempre, pelos alertas... Tenho a teoria de que quando temos um problema o melhor a fazer é contar a pelo menos 10 pessoas, quando você escuta a 10ª seu problema já parece menor e você deixa de se sentir a última criatura do mundo. A ultima postagem foi assim, eu me sentido mal, péssima, mas depois de ouvir vocês eu sempre me sinto melhor, percebendo que não estou sozinha ou recebendo palavras de apoio que me fazem parar de mimimi e ir a luta!!!




2. Ontem foi meu dia de postar no Em Quantos e lá, como trata-se de um blog com alta concentração de historiadores, somos 3 (Cacá, Aleska e euzinha), decidi sortear algumas de minhas revistas de história,  um livro e alguns marcadores, se alguém que por acaso passar por aqui se interessar pode clicar aqui, ir lá e participar!




3. Hoje também estou lá na Saleta de Leitura falando sobre "Quando o livro vira filme", para quem curte livros e cinema a postagem pode render um bom debate, então deixo o convite a quem gosta \o/


4. A Bia do Jubiart está propondo para o próximo dia 12 de Março uma Blogagem Coletiva, sim, eu já comecei a fazer meu texto, mas vou confessar algo a vocês, tá sendo tão difícil escrever esse texto, desde que peguei a licença da creche sinto dificuldade em me afirmar como pessoa que faz algo de útil por outras pessoas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Tá complicado...

Ultimamente todo dia é assim... 


Acordar tá difícil...

Outro dia conversando com Rafael Jr., meu nobre irmão, contei a ele que tava pal acordar, ai ele me relembrou um velho versiculo que tinha escrito em um quadro na casa de Voinha:

"Eu me deitei e dormi; acordei porque o Senhor me sustentou."
(Salmo, cap. 3, vers. 5)

Nunca precisei lembrar tanto desse Salmo!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sobre vencer problemas...


"Vencer problemas nem sempre significa eliminá-los, mas saber ser feliz apesar deles."

Tudo que não desejo esquecer eu gosto de escrever, a alguns minutos atrás eu entrei no Twitter e comecei um breve papo com a Meri Pellens a respeito de um personagem lindão de uma novela global que ficou paraplégico e despachou a namorada, amor da vida dele e derivativos e tal...

Nos começamos a expressar nossa revolta em relação a isso, afinal toda vez nas novelas é assim, a pessoa fica  paraplégica, mas só consegue ser feliz quando volta a andar, quando resolve todos os dilemas e etc e tal e no meio do papo a Meri me lançou a queima-roupa esse pensamento: "Vencer problemas nem sempre significa elimina-los, mas saber ser feliz apesar deles."

Realmente nem todo problema é passível de solução, tem coisas com as quais nós temos que aprender a conviver, a enfrentar diariamente e aprender ser feliz apesar delas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A passagem aumentou, mas...

Todo Tempo!
Semana terminando, mês começando... e eu aqui fazendo as contas de começo de mês e pensando, desde que estou de licença do meu trabalho passei a ter uma nova despesa: "as passagens de ônibus", como vou quase todos os dias ao arquivo continuo a ser uma assídua cliente da Grande Recife, só que dessa vez, mesmo que pela metade a passagem sai do meu nobre bolsinho de bolsista Capes.

É incrível como aumenta o preço da passagem, mas a qualidade do transporte público em Recife continua a mesma porcaria, se deslocar de sua casa para o trabalho é uma verdadeira saga, se o arquivo for no centro se prepare para o aperto... Sete hora da madruga (a manhã só começa as 9 rsrs.. ) e o ônibus já tá pior do que uma lata de sardinha, aliás, outro dia fui dizer isso e o senhor que estava ao lado olhou pra mim bem de "cima pra baixo" e disse "na lata de sardinha tem mais espaço". #RiMuito


E se subir e seguir viagem é uma aventura, descer não fica pra trás, porque em um ônibus lotado você não desse você é vomitado para fora, aperta aqui, espreme ali... Joga, empurra, escorrega, acutuvela, machuca o ombro que doí e pluf! A pessoa é jogada fora do ônibus, só falta cair no chão de joelhos respirando desesperadamente o sagrado ar poluído da urbe \o/  #Exagerada


E esse espreme, sufoca, empurra é quando você precisa ir no centro de Recife... Quando a minha direção é outra eu faço integração e aí coisa muda, porque ai eu vou pegar o ônibus no terminal então ele sempre está vazio e eu posso sentar na minha cadeira de sempre... O  único problema é que o terminal do meu ônibus é temperamental e bipolar, ou seja, todo dia ele está em um lugar diferente, um dia o ônibus desce no outro dia não, ele fica lá em cima e quando ele não desce advinha quem tem que subir?!?!?! o/ Pois é... eu e mais mil (táh exagerei, não chega a mil rsrsrs...; ), mas é bastante gente...

Mas bem, se o lugarzinho de sempre é garantido no ônibus 1, no ônibus 2 nem pensar... O ônibus 2 é sinônimo de guerra!!!


Na hora que a porta abre todo mundo vai pra cima é o maior tumulto. Lembro que quando comecei a pegar ônibus a multidão me assustava eu morria de medo, chegava a passar 4 ônibus antes de diminuir o volume de pessoas e enfim eu embarcar... Depois de um tempo isso me cansou, o espirito da brutalidade entrou em mim e sim, hoje eu sou uma mulher diferente!


Eu não sou do time que corre assim que a porta abre, eu sou do time que respira fundo, olha a multidão em cima da porta e encara! Larguei o medo da multidão em algum lugar e não encontro mais, parei de fazer o tipo assustada, agora eu vou fundo conquistar o meu lugar, quase sempre espremida próxima a porta no meio das pessoas mais gaiatas do ônibus que fazem muita piada com a situação! #PiorQueDiverter


Ah, e não vamos esquecer o passa tempo da viagem, porque não basta subir ladeira no sol, enfrentar uma multidão para entrar no ônibus, levar cutuvelada, ter seu braço machucado, ser amassada e espremida mais que uma sardinha em lada, você ainda precisa ouvir a seguinte canção:


"Eu quero ouvir o grito só das novinhas que transa
eu... eu...
será que tem novinha aí que quer fazer amor?
eu... eu...
quando o bonde chega as novinhas dizem o quê?
quero desandar, quero desandar
hoje ninguem é de ninguem e a orgia vai rolar
a bilheteria estorou aqui ta cheio de novinha
de blush e de franjinha e de blusa decotadinha
ta tudo pegando fogo abana a checa das novinhas...
tem novinha aí que papai ainda balança
chupetinha na boca dar a maior manha
as novinhas de hoje não querem nem saber
as filhinhas de papai tão botando pra...
quando chega no brega toma wisky e red bull
desce até o chão e rebola o bum bum
chega de madruga e pula a janela
o pai dela ta dormindo... levou um boa noite cinderela"

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

No trabalho...

Janeiro terminando, aulas começando e pela primeira vez desde o dia em que decidi me tornar uma professora não tenho uma sala de aula para onde ir... Até principiou a dar uma tristeza, mas foi só um princípio, afinal meu atual trabalho não é tão ruim então tive um instante e registrei um pouco do lugar onde ando pesquisando a documentação base para a minha dissertação, a saber, a:

Fundação Joaquim Nabuco


Fundação Joaquim Nabuco é vinculada ao Ministério da Educação, foi idealizada e fundada em 1949 por Gilberto Freire com o objetivo de preservar documentos históricos-cultural de Joaquim Nabuco e do Brasil, mais especificamente do Norte e Nordeste.


Em todos os sentido é um ótimo lugar para pesquisar é muito agradável chegar lá, é diferente dos arquivos eclesiásticos nos quais estive pesquisando ano passado, mas do mesmo jeito a medida que eu vou entrando no espaço parece que vou mergulhando em um túnel do tempo do século XXI ao século XIX.


O corredor que conduz ao setor de Microfilmagens é meu túnel...


A sala onde nós pesquisamos a última parada, está vazia, mas costuma ficar cheia... Eu adoro quando ela fica cheia, mesmo que cada um de nós esteja em um passado diferente e que geralmente nós mal nos falamos, ainda é como se viajássemos em conjunto!


E começa o mergulho e minha tarde de trabalho, quase sempre uso a mesma maquina porque gosto de rotina e costumo ser uma das primeiras a chegar. 


É como se eu circulasse dentro do Recife do século XIX, naquela época o jornal era muito mais lido que hoje em dia, aliás, como o número de pessoas analfabetas era enorme ele costumava ser lido em voz alta e tratava de todo tipo de assunto então ler o jornal do século XIX é um mergulho na vida daquelas pessoas, em sua forma de falar, sentir, pensar em suas prioridades.


Eu quase escuto as vozes dos jovens estudantes de direito falando sobre a eleição de 1881, dos professores anunciando suas escolas, das pessoas lendo e comentando as notícias, as peças de teatro!!!



Eu sigo sentido falta das crianças, mas não quero lamentar ausências, vou tentar me fixar nas presenças que tenho agora e celebra-las com a mesma alegria que celebrava a creche... E que Deus me ajude... porque as vezes fica difícil...

_______________

Mas sobre a Fundação na Wikipédia

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meus agradecimentos...

Gente muito obrigada pelo apoio de vocês...
É muito bom poder desabafar, mas ótimo mesmo é ouvir as pessoas, sentir que elas se importam a ponto de tentar dizer algo que ajude...

Palavras podem derrubar e levantar alguém... Obrigada!!!



A princípio eu esqueci de colocar isso na postagem, mas "antes tarde que nunca", convido a quem curte literatura e música a conferir o penúltimo post da série de post sobre Jane Austen produzida em parceria com as blogueiras Ana Seerig, Aleska Lemos e Bruna Tavares, nele não se fala nos livros, mas nos bailes...




Especial Jane Austen: Bailes na época de Jane Austen!






quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Disposição pra escrever...


Gente, só para desabafar... Como está difícil achar o fio da meada para concluir a primeira parte de minha dissertação... Como está difícil... como está difícil... E não é nem disposição... É, nem sei o que... Eu já li os textos, li novamente, fichei... Já fui pra cima e pra baixo... E ainda estou presa... É desesperador! Ontem eu estava assim... com a cara no livro... note aberto...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Palavras de Pórtico

 

Seguindo nossa fofa Wikipédia:

"... pórtico é o local coberto à entrada de um edifício, de um templo ou de um palácio" 

Palavras de Pórtico é uma nota solta de Fernando Pessoa, escolhida para iniciar o conjunto de obras dele reunidos por Maria Aliete Galhoz em"O Eu profundo e os outros Eus", que em 1980 já estava em sua 9ª reedição,  e  justamente um dos volumes dessa reedição que está comigo desde 2002.

Vez ou outra eu topo com algum trecho dessa nota de Pessoa aqui e acula e esse encontro sempre me lembra meus dias de adolescente agarrada com esse livro para cima e para baixo, para um lado e para o outro. #BoaLembrança

Já faz uma década desde a minha primeira leitura desse livro e dessas palavras de pórtico... Me pergunto como parece ter passado tanto tempo e tempo nenhum ao mesmo tempo...

As vezes parece que os 25 anos são outra adolescencia, você é novamente velha demais para muitas coisas e jovem demais para tantas outras, está no caminho do meio, nem é a jovem de 20 anos entrando no mundo dos adultos, no início do curso universitário... querendo abraçar a vida com as pernas, trabalha-estuda-trabalha-namora-igreja, nem é a pessoa madura dos 30, que reza a lenda contada por minhas amigas balzaquianas, já sabe o que é e o que não é, o que quer e o que não quer e pode fazer o que quer \o/

A parte isso, em minha nova adolescencia observo as marcas que a velha deixou nesse livro, engraçado como os nossos livros mais antigos e queridos vão juntando dentro de si nossas histórias. Essa edição carrega uma história, não só a dos escritos do Pessoa, mas a minha vida com os escritos do Pessoa, as notas, os rabiscos, alguns marca páginas diferentes, verdadeiros moradores desse livro.

O senhor Koenma de Yu Yu Hakusho, foi feito por um amigo querido, acho que foi da época anterior ao vestibular:


Essa menina fofinha também mora no livro, não lembro dela nem de que anime saiu, mas é fofa néh?!


A flor azul que deve ter saído de alguma decoração da Escola Dominical e marca o Pastor Amoroso e algumas de minhas passagens favoritas:


"O amor é uma companhia"

"Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela
Não sei bem o que penso, mesmo dela, e eu não penso senão nela."

"Todos os dias agora acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava com sensação nenhuma: acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações,
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer coisa para eu acordar de novo.
"

Tem a marcação de Rafaela, sobre a qual eu nada sei:


E até mesmo a marcação de um amigo querido a quem emprestei o livro:


Possivelmente outras marcações se juntarão a essas, possivelmente outros marcadores/moradores se juntem a esses, espero por eles, que venham se tiverem que vim, que cheguem em tempo, que esse livro seja repleto de histórias, as mais lindas e variadas enquanto eu e os meus nos encontramos e reencontramos com Fernando Pessoa e seus muitos Eus em nossas sucessivas adolescencias... Quanto tempo mais durará esta???

Ah, deixo aqui essa nota solta dele na integra, mesmo não trazendo ela na integra para os pórticos da minha vida, deixo ela inteira porque as pessoas costumam frisar pequenas partes do que em si já é uma pequena parte de algo que a gente nem sabe o que é nem tem como saber ao certo... Essa coisa de citar de pedacinho nem sempre é algo muito justo com a pessoa do Fernando...


Palavras de Pórtico

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso."
Quero para mim o espirito [d]esta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário: o que é necessário é criar.
Não canto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torna-la grande, ainda que para isso tenha que ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torna-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o proposito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.