Mostrando postagens com marcador Cazuza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cazuza. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A música da novela que traduziu o meu momento...

Talvez por minha mãe não ser fã de novelas ou por instinto mesmo eu não me tornei uma pessoa noveleira de verdade. Apenas com a aposentadoria de painho e a descoberta de seu gosto por novelas me tornei uma pessoa que vez em sempre acompanha, ainda que de forma indisciplinada, um ou mais de um folhetim sem nenhum motivo especial.

Então hoje quando cheguei do trabalho liguei a televisão em busca de alguma novela para ver... E enquanto lia as redações feitas pelos alunos de uma escola da prefeitura para a qual ando prestando serviço ouvindo o som das vozes dos autores e levantando a cabeça vez ou outra de repente fui atingida pela voz do  Ney Matogrosso cantando algo que tinha vivido: "Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo eu acordei com medo e procurei no escuro..."

Nem sei o que escrever sobre a música... ela descreve bem meu momento... O Ney Matogrosso cantando parece compreender tão bem o sentimento... e enquanto eu o ouvia sentia como se alguém me dissesse coisas do tipo:

"Você não está sozinha!
Você não é a primeira pessoa que se sentiu assim!
Você não é a última pessoa que vai se sentir assim!
As luzes estão incrustadas em todo o túnel olhe bem em seu entorno!"

Quando terminei de ouvir a cação corri para a net, procurei por ela, ouvi mil vezes, não fiquei satisfeita e precisei escrever esse post para guardar a música em minha própria caixa de pertences compartilhados...

Engraçado, já tinha publicado o post, mas em meio a pesquisas descobri (nesse link) que a música foi escrita em 1974 por ninguém menos que o Cazuza. Reza a lenda que ele tinha 16 anos, fez o poema para a avó e quando ela morreu, anos depois dele, a família deu o para o Ney Matogrosso; o trabalho de musicalização do texto foi feito pelo Frejat.

É engraçado como eu não tenho praticamente nada em comum com o Cazuza, mas vivo sofrendo de empatia com a arte dele...

Poema
Cazuza

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim,
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O mundo é um moinho...

Não é por nada, eu naturalmente amo Cazuza. Amei ele quando li a letra de uma canção dele em um livro didáctico do meu tio, eu estava na segunda série, tinha uns 8 para 9 anos... muitoooo antes de ouvir a voz dele, muito antes de qualquer compreensão sobre o que as coisas são e não são... E agora depois de compreender uma gota do oceano que é a realidade só consigo continuar amando... Eu sei, é um gosto estranho...


E mais... ouvindo ele cantar Cartola amo ainda mais... e, na falta de alguém para compartilhar esse momento, abro um post só para guardar a beleza dessa canção...

A música na voz de Cazuza:


Cazuza- O Mundo é um moinho

Powered by mp3skull.com

E a letra de Cartola:


O Mundo é Um Moinho
Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés.

Ah... antes de terminar tão melancólico post.... recordei os versos de William Butler Yeats que encontrei no blog de um amigo, talvez tais versos contrabalancem a melancolia desse momento...

Deixo então os versos de Yeats para espantar os terrores melancólicos que a noite tem o mal hábito de trazer algumas vezes...


“Dancemos lá, junto à praia!
O rugido do vento, o barulho da água?
Para que se importar?
Sacode a tua cabeleira molhada de sal.
És jovem e ignoras a glória dos néscios,
Não sabes do triunfo dos tolos,
Pois não és antiga como o Sol.

Não sabes o que é perder um amor
Tão logo o tenha conquistado,
Nem por que morre um bom operário

Então, porque hás de temer
O monstruoso grito do vento?”

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu ando tão Down...

Ultimamente eu tenho tido dificuldades para levantar da cama... ando comendo doces demais e comida de menos.. reflectindo sobre coisas levianas... enjoada com a vida é pouco... É a popular TPM no seu topo ou sei lá o que...

Como não tenho o habito de beber só me resta Cazuza...

Cazuza-Down Em Mim
Powered by mp3skull.com


 "Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down..."
(Cazuza)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Realmente o tempo não para...

O tempo pode até não para mesmo, mas, algumas pessoas conseguem sua cota de imortalidade. Ao menos é o que penso sobre Cazuza, sei que não foi bem um exemplo, mas eu gosto de tudo o que ele produziu, e  escuto as músicas dele dia sim e o outro também.

Segundo meus irmãos são gostos assim que ameaçam meu lugar no céu. Eu não tenho tanta certeza, há uma cota de verdade tão grande no que ele canta que ignorar seria uma temeridade, hoje seria o aniversário dele, então para não deixar a data passar grifo nessa pagina e digo de mim para mim mesma que  "se você achar que eu tô derrotada saiba que ainda estão rolando os dados porque o tempo, o tempo não pára".


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cazuza!

Hoje acontece mais um aniversário de morte de um de meus poetas preferidos, dessa vez o anivessariante é Cazuza...

No meu imaginário Cazuza aparece muito mais como poeta do que com cantor, uma vez que tive primeiro contato com as letras de suas canções escritas, lidas em livros didáticos e afins. Só depois de bem crescida, quando dominei a tecnologia do computador conheci o Cazuza cantor, o que aconteceu pq eu não era uma adolescente muito dada a escutar músicas, não era mesmo meu forte, eu gostava mesmo era de ler, nunca fez muita diferença o que eu escutava, muito diferente do que eu lia, isso sim fazia toda a diferença.

E sempre que eu achava uma música de Cazuza ela se fixava a minha memória, lembro que eu costumava recitar Exagerado para Rafaela, minha irmã caçula, eu dizia a ela: "Amor da minha vida, daqui até a eternidade..." e realmente ela é o amor da minha vida... minha irmã é linda, é a coisa mais linda do mundo e enquanto era criança gostava dessas leseras...

Também gostava de Malandragem, li a letra dessa canção em algum lugar e adotei: "Quem sabe ainda sou uma garotinha..." eu gostava dela pq sempre esperava o ônibus da escola sozinha e durante um tempo ir para a escola me deixava melancólica, eu rezava baixo mesmo pedindo perdão por meio mundo de coisas más que eu pensava e coragem... Depois eu passei a caminhar da minha casa até a escola, mas não parei de pensar nessa música, fui descobrindo Cazuza aos poucos nos meus momentos de melancolia... depois conheci aquela música "Minha flor meu bebê" que conta tão bem uma história altamente boba que eu vivi. 

Houveram outras canções associadas a uma critica social e a conteúdos de história das quais eu gosto muito, porém para concluir deixo aqui, como forma de marcar a memória desse dia e não como forma de celebração, a letra de "Todo amor que houver nessa vida" que, na  minha opinião- que não é isso tudo, ficou perfeita na voz de Maria Bethania.

Todo amor que houver nessa vida
Composição: Frejat/ Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
_______________________
Ah, até pouco tempo atrás todos os meus autores preferidos formavam um celebre batalhão de mortos,  não tinha um vivo sequer, esceto os que se relacionavam a minha vida profissional!! Recentemente adicionei a essa galeria estranha alguns autores vivos, e o curioso é que muitas vezes eu me pego sentindo um estranhamento enorme em  gostar da produção de autores vivos enquanto não sinto nenhum estranhamento em gostar da produção de um  Cazuza, que viveu de uma forma tão constantemente condenada por meus pares dentro da sociedade.

sábado, 17 de abril de 2010

Minha Flor, meu bebê...


Minha Flor, meu bebê
Composição: Cazuza / Dé / Bebel Gilberto
 
Dizem que tô louco
Por te querer assim
Por pedir tão pouco
E me dar por feliz
Em perder noites de sono
Só pra te ver dormir
E me fingir de burro
Pra você sobressair
Dizem que tô louco
Que você manda em mim
Mas não me convencem, não
Que seja tão ruim
Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem pra receber
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê
Dizem que tô louco
E falam pro meu bem
Os meus amigos todos
Será que eles não entendem
Que quem ama nesta vida
Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê

___________________

Recife, 13 de Junho de 2010.

É engraçado como nós nos relacionamos com determinadas música, mesmo eu ,que não sou uma pessoa musicalizada, tenho minhas músicas que me lembram pessoas e situações especiais.

Esta canção de Cazuza, por exemplo, me lembra alguém. Alguém de quem eu realmente sinto muita falta nesse momento. Minha flor, meu bebê, ela conta a pequena história que vivi com essa criatura tão linda, que hora fica muito presente, hora muito ausente... Mas, é assim mesmo... Quando postei essa música pela primeira vez estava em um momento de profunda melancolia, uma saudade funda e dolorosa tomava conta de mim, hoje estou mais calma e decidir acrescentar essas palavras a postagem...

Ah, a imagem, ela ficou bastante adequada para ilustrar a relação... embora eu em nada me assemelhe a uma elfa, ainda assim a imagem é adequada!
_______________
Recife, 04 de julho de 2011.


Lá se vai um ano... Se em junho de 2010 eu já estava mais cauma o que se dirá hoje!?!?


É engraçado ler isso... Foi muito bom ter escrito!


11 - Minha Flor, Meu Bebê

Powered by mp3skull.com


___________
Recife, 02 de Setembro de 2011.

Toda vez que escuto essa música e volto a esse post sinto uma grande vontade de chorar... Saudades do meu bebê! 

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Blues da Piedade: vamos pedir piedade!!!!

Gosto muito das músicas do Cazuza, faço coro com os consideram ele um grande poeta. Obviamente não ignoro o estilo de vida que ele levou, um estilo estremo, facilmente criticável, mas a parte qualquer coisa, amo o que ele escreveu e devo a vida e obra de Cazuza uma pesquisa mais apurada...

Mas por hora sinto-me impelida a deixar aqui, marcado entre as coisas que gosto de ouvir, ler e pensar em meu tempo vago o incrível Blues da piedade, que foi brilhantemente cantado por ele. Me junto ao Cazuza e a todos os que pedem piedade...

Blues da Piedade
Composição: Roberto Frejat/Cazuza

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Site consultado:

http://letras.terra.com.br/cazuza/44997/ em 03/04/2009.