sábado, 18 de dezembro de 2010

Quando o sono não vem...

Pois é!!!
Cáh estou eu totalmente sem sono...
Catando coisas para fazer sem sucesso...
Não consigo ler... não consigo dormir...
Não consigo uma série de coisas...
Meus nervos a mil por hora...
Respiro fundo, penso com sem clareza nenhuma em mil coisas ao mesmo tempo...
E não resisto a tentação de fazer essa postagem nada haver...
Coisa de se colocar em diário mesmo...
Quando pego meus diários de outrora vejo várias paginas com esse tipo de anotação de gente com insônia, mas tão cansada que não consegue fazer nada de útil, nobre ou prestável...
Aff...
Vou tentar conciliar o sono...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Falando um pouco mais sobre Bullying!


Não é a primeira vez que me aventuro a falar sobre esse assunto, houve há algum tempo atrás uma postagem coletiva puxada pelo Mãe é tudo igual que se propunha a falar sobre bullying dizendo "Chega de Bullyind". Nessa ocasião o assunto foi bem tratado, bem debatido, mas não esgotado.

Podemos falar e falar sobre esse tema e ainda teremos muito o que dizer, pq  bullying, fala de coisas que estão extremamente costuradas em nosso cotidiano, acontecem corriqueiramente e por mais que se fale a respeito ainda precisamos falar mais para que de uma vez por todas possamos entender que não é normal xingar, maltratar e violentar uma pessoa por qualquer motivo que seja, onde se incluir cor, tamanho, condição financeira etc...

E já que a  Elaine do  "Um pouco de mim" me convidou, através desse selo que está ai em cima, a uma vez mais tratar desse assunto aqui vou eu novamente.

A começar falando que a questão do Bullying na escola passa pela questão dos problemas que a nossa sociedade enfrenta diariamente, é como a Jussara do Palavras Vagabundas escreveu quando falava sobre o livro "Bolofofos e finifinos de Fernando Sabino": 

"Hoje, cada vez mais, o mundo se torna intolerante e preconceituoso e isso sem medida, vale tudo. Violência contra mulher, gays, negros, gordos e porque não vesgos, gagos e só escolher a categoria. Aí saímos nós a criar campanhas contra bulling, contra a violência, dia de conscientização negra, parada de orgulho gay, dia da mulher, dia de paz no trânsito e tantas outras. Isso é necessário?  Lógico que sim..." 

Penso muito de acordo com o que a Jussara disse ao falar sobre o livro do Fernando Sabino, o mundo realmente é um lugar cada vez mais intorelarante é incrível como se olhar-mos ao nosso redor vamos vêr todo tipo de preconceito imprimindo sua marca no nosso dia-a-dia. É como se estivessemos na foz do rio da História e todos os preconceitos e tabus construídos nos últimos séculos caíssem sobre nós dolorosamente.

Rapazes são espancados e humilhados na rua em plena luz do dia apenas por serem homossexuais, mulheres sofrem violência domestica a cada minuto em nome da honra masculina, pessoas que não tem o perfil magro são motivos de chacota, homens e mulheres são tratados mal apenas pela cor de sua pele e isso acontece tão corriqueiramente que há quem ache normal que as coisas sejam assim. Bem, em uma sociedade que se move assim não é surpreendente que a experiência escolar seja marcada por situações de violência simbólica e, como disse um amigo meu outro dia, seja quase sempre traumática.

Lembro que quando participei da blogagem coletiva proposta pela Vanessa vi um comentário onde ela dizia que as pessoas que participaram colocaram na sua fala muito de sua experiência, lembro também que fme impressionei com a quantidade de pessoas que passaram por  situações violêntas na escola, violências dos mais diversos tipos e que deixam marcas dolorosas.

Seria assustador se não fosse tão coerente com a realidade na qual estamos imersos... A escola é um espelho da realidade social, é um espelho do que acontece em casa, do que vemos na televisão, do que vivemos diariamente. Ela é um espelho onde a sociedade vê seu rosto, ou seja, é um lugar chocante para se estar, aquela escola modelo Malhação/Múltipla Escolha não existe, a escola real é marcada por agitação, caos, agonia e muitas situações difíceis de administrar tanto em escolas públicas quanto em escolas privadas.

Os equilíbrios e desequilíbrios de nosso tempo estão impressos nos bancos escolares, no corpo de nossos alunos e nas atitudes deles para com eles mesmos e para com os professores. E sim, nós, professores, também somos vitimas de bullying, é como a Vaneza com Z (acho tão chic esse nome assim) do Balzaquiana com z comentou por aqui: 

"... é difícil o dia a dia... muito difícil... se você me perguntar se eu sofri bullying na infância ou adolescencia eu vou dizer que sofri... mas nunca sofri tanto enquanto adulta e já educadora. Todo o dia tenho que lidar com isso... com alunos que formam turmas para criticar os professores... se juntam aos bandos... e falam da sua roupa, do seu modo de andar de tudo. Gritam com você... certa vez um levantou a voz pra mim e como se não bastasse se levantou e me desafiou. E eu te pergunto: cadê a lei que funcionário público não pode ser destratado no seu local de trabalho? Ela não funcionada com adolescentes? Pelo visto não."

Quantas e quantas vezes nós nos vemos obrigadas a agir com rudesa com nossos alunos, com nossos pais de alunos? Infinitas vezes... Educar não é uma tarefa fácil, também não é uma tarefa para uma pessoa ou instituição social só. Não é uma tarefa que a escola possa fazer sozinha, a família é responsável tanto quanto a escola pela educação dos pequenos e dos "não tão pequenos" e não pode negligênciar isso de forma alguma.

O comportamento de nossos jovens e adultos é moldada pelo conjunto de saberes que eles aprendem tanto na escola como em casa, na rua, na televisão, nos livros, na Internet e cabe aos pais administrarem isso com atenção sem negligenciar os pequenos detalhes, afinal a vida e a personalidade das pessoas são moldadas por detalhes e detalhes bem pequenininhos. Ser pai e mãe não é fácil, mas nada na vida realmente é fácil e tudo requer trabalho, observo que inúmeras vezes os pais negligenciam o trabalho de educar seus filhos, jogam a carga nas costas da escola, uns pq pagam outros pq pensam ser a escola o único lugar do mundo onde é possivel educar alguém.

Sei que desde o século XVIII que a educação escolar é vista como uma chave para resolver os problemas da sociedade e o conhecimento que a escola se propõe a oferecer as pessoas algo capaz de iluminar os caminhos e solucionar problemas dos mais diversos tipos. Mas, porém, no entanto, as coisas não são assim tão fácil e essa é uma crença ingênua, a escola sozinha nada pode e todos os indivíduos de uma sociedade precisam está comprometidos na árdua tarefa que é educar os mais jovens.

E sim, educar para o respeito a diversidade não é fácil para ninguém, nem para a família nem para a escola,  só que é um desafio cujo enfrentamento é necessário agora, já, para ontem. Quando família e escola estiverem comprometidos em fazer da educação para o respeito a diversidade em todos os sentidos um projeto de todos nós penso que talvez esse se torne um sonho que saia do reino do idílico e chegue se não ao reino das coisas que existem ao menos faça parte do reino das coisas possíveis ou em construção.

Penso que os preconceitos da mesma forma que são construídos historicamente podem ser desconstruidos, é uma questão de existir pessoas comprometidas com essa desconstrução, pessoas que queiram se importar, que não fiquem caladas quando estão diante de uma situação de violência simbólica, que corrijam os erros dos pequenos, que alinhem as árvores, que se ocupem em dar exemplos corretos,que passem do reino do sonhar para o reino do realizar.

E citando novamente a Jussara:

"... seria tão melhor que educássemos nossos filhos para aceitar e apreciar o diferente! Porque com certeza todos nós somos diferentes, eu sou baixa, alguém é alto, outro gordo, fulano magro, sicrano vesgo e o sujeito gago, guri de olhos azuis, meninas loiras , homem careca, mulher de olhos puxados...  esta é a beleza do gênero humano. " 

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Deixo o selo para quem desejar falar um pouco mais ou muito mais sobre o assunto e agradeço a Vaneza com Z e a Jussara por terem me sedido suas palavras para que eu as colocasse por aqui! E sim, eu acho que me entusiasmei um pouquinho e acho que fugir um pouco do assunto Bullying em si e acabei falando das causas do Bullying!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pois é, eu fiz esse teste: "Que personagem de anime eu sou?"

Bem, nunca escondi de ninguém que sou fã de animes!!! Basta olhar ai do lado que vc vê minhas preferências, sem contar que atualmente no meu perfil do blog quem brilha é um personagem da CLAMP, Kishuu Arashi de X/1999. Aí quando eu encontrei pelos descaminhos da net esse teste não resisti e fiz... sei lá... fiquei até surpresa, a Rey de Sailor Moon é uma das personagens mais fortes e determinadas que já vi então fiquei levemente feliz por ser associada a ela... Quanto ao resto que esse tipo de teste signifique o que sei é que me permito amar animes, mangas e a estética oriental, acho japonês um charme, homem inteligente é tudoooo, e chinês também \o/, me acabo nos filmes de artes maciais, Jet Li é tudoooooooooooo de bom!!!!!!

E sim, então eu sou a Rey de Sailor Moon \o/ Pelo poder de Marte!!! kkkkkkk Meu Deus... Isso é que é infancia frustada!!!

Quer saber quem você é?



Você é muito madura, elegante e educada... Aliás, tem dupla

personalidade. Tem gostos, costumes e acredita em coisas

estranhas! Mais isso faz de você uma pessoa mais culta do que

as outras. É calma; só até ser atormentada, por que aí, melhor

sair de perto! No fundo, você é muito complicada! Adora pegar no

 pé da sua melhor amiga, mais é uma ótima conselheira!

 É super popular, e adorada por quase todo mundo!


sábado, 11 de dezembro de 2010

Preciso falar de fé...

Hoje eu preciso falar de fé, uma coisa tão particular, tão profunda, tão intima quanto fé é sempre um tema difícil de falar, melindroso como um cristal, mas que também pode ser firme como uma rocha, capaz de riscar qualquer coisa como o diamante, forte como as labaredas do fogo ou como o bramido das grandes ondas e os poderosos vargalhões do mar.

Fé é coisa séria, muito séria, move as pessoas e as destroe também, só para citar um exemplo eu lembro do grande empreendimento colonialista Ibérico do século XVI que desbravou a América, a África e a Índia e deu o ponta pé inicial para a construção do mundo que conhecemos hoje, tudo isso movido por homens de fé... Havia interesses comerciais, clarooooo... Mas havia sobretudo fé, a fé é uma moeda de raro poder.

Não gosto de criticar a fé de ninguém, nem de desrespeita... Não gosto de jogar na cara dos católicos a podridão que se esconde nas câmaras e antecâmaras do Vaticano, de ridicularizar o "Povo do Santo" como alguns praticantes do Candomblé costumam se denominar as vezes, não gosto de vulgarizar a crença dos mulçumanos, hindus, budistas, espíritas e afins... Gosto de conhecer a fé das pessoas, entender como ela funciona, seus caminhos e descaminhos, entender o fiel, aquele que crê e na maioria das vezes não tem muito haver com os desmandos dos grandes sacerdotes que espalham o medo e o terror sobre a terra em nome dos deuses, usando a fé das pessoas a seu favor.

O fiel apenas crê e sua crença deve ser respeitada, para quem crê tudo começa e termina com uma oração, com um choro sentido diante de um altar... tudo também termina com uma oração, uma oração de gratidão diante de Deus com D maiúsculo pq para quem crê seu Deus sempre tem D maiúsculo.

Eu tenho fé, e minha fé é a minha força, minhas grandes conquistas pessoais começaram com uma oração. As vezes com uma oração cheia de esperança e brilho de coragem no olhar, as vezes com uma oração cheia de dor e lágrimas aflitas... TUDO começa com uma oração, tudo começa com um clamor, com uma conversa, uma conversa com Deus, com o Cristo que me dar forças quando todas as forças acabam e me aponta caminhos quando todos os caminhos somem diante de mim.

Há uma canção que minha irmã escuta e que gosto, quem canta é uma famosa cantora no meio evangélico Cristina Mel, a letra é curtinha e ela conta uma história que é minha e que é de muitas pessoas que compartilham a mesma fé que eu, chama-se "Mova a mão de Deus" e ela diz em um determinado momento: 

"Seja onde estiver Deus vê,
Numa ilha esquecida pelos homens.
Quando chora mova a mão de Deus
Seu deserto se transforma num oásis.
Chora e mova a mão de Deus
Mova a mão de Deus !"

E é assim que tem sido para mim, seja onde eu estiver "eu sei"que Ele me vê, no deserto ou numa ilha esquecida. Ele me vê madrugada a dentro quando queimo minhas pupilas no pc digitando trabalhos infindáveis; quando me afogo em leituras aflitivas e as letras ameaçam se embaralhar diante de meus olhos, quando estou semi-sozinha numa sala vazia esperando pais que parecem ter se esquecido que tem filhos me perguntando sobre o destino da criança que enche meus braços as vezes sorrindo, as vezes me perguntando "cadê minha mãe?" "cadê meu pai?", as vezes ardendo em febre; quando meu salário não rende para tantas contas; quando as responsabilidades me sufocam; quando a solidão existencial bate na minha porta; quando os sonhos me afogam nas impossibilidades; quando não vejo saídas;  por fim quando me sinto o poderoso impacto que a consciência de que humanos são muito pequenos diante da vida e choro lágrimas sentidas... Nesses momentos eu sei que Ele move suas mãos e há consolo... Há provisão... Algo acontece...  Um amigo, uma luz, uma esperança... alguma coisas... Eu sei do cuidado de Deus... Eu tenho fé e a fé é minha moeda... e é como a Cristina Mel canta:

"Se já não encontra mais motivos pra continuar
Ore então, pra Deus ouvir
Se agarre nessa chama, que entre lágrimas te inflama,
Ore então, Deus pode ver.
Suas lágrimas Deus vê como sinais,
Sabe sempre um pouco mais
Do que fez você chorar assim.
Nunca deixará de te encontrar
Seja onde você for, Deus vê"

Digo que essa musica conta a história de muitas pessoas que crêem pq é assim mesmo que fazemos, quando não encontramos mais motivos nós oramos... nos agarramos na chama, oramos e cremos que Deus vê nossas lágrimas como sinais... Que Ele sabe aquilo que não podemos falar... que Ele ler os silêncios com a mesma facilidade de quem ler os gritos... A fé é um começo e um fim... é uma força antes de ser uma fraqueza... É especial... Há quem entenda, há quem não entenda... enfim... só precisava falar de fé, da minha fé e da gratidão que tenho pelo cuidado de Deus!

É como o lamentoso Jeremias disse no livro de suas Lamentações:

"As misericórdias do Senhor são as causas de não ser-mos consumidos; porque as suas misericórdias não tem fim.
Novas são a cada manhã; grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nEle."
(Lamentações de Jeremias, cap. 3, vers. 22, 23, 24)

Deixo a música também:

Mova A Mão De Deus - Cristina Mel - Eternamente

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Organizando as bagunças e relembrando livros perdidos...

Fim de ano, hora de arrumar as bagunças, sim, "as bagunças" no plural pq eu sou tão banguceira que tenho bagunças diferentes em diferentes lugares!

Uma das minhas mais elevadas bagunças é a bagunça dos livros e é incrível como sempre que vou arrumar essa bagunça especifica me pego pensando nos livros que emprestei e não recebi de volta. Geralmente eu não tenho problemas em emprestar, mas, francamente, quando paro para pensar nos livros que emprestei e nunca mais recebi de volta me da um baita aperto no coração... Sinto falta deles é como perder de vista um tipo de ente querido, fica um vazio simbólico... Aquela sensação de eu tenho e não tenho ao mesmo tempo...

Tipo, emprestei meu livro "A Revolução dos Bichos" de George Orwell. Na minha pobre opinião, uma perfeita parábola a cerca de regimes que nascem a partir de revoluções populares, como a Revolução Russa, e acabam virando regimes totalitários... tão cruéis e excludentes quanto o capitalismo, senão piores... Livro adorável, usei ele como linguagem alternativa em uma aula sobre os antecedentes da Revolução Russa, uma experiência pedagógica memorável... emprestei o danado e até hoje, nunca mais tive notícias...

 

Outro livro que adorei e que perdi de vista para nunca mais, foi "O Rei de Ferro", o primeiro livro da serie "Os Reis Malditos" de Maurice Druon. Ótimo livro, fala sobre os precedentes da Guerra dos cem anos, da um panorama massa da França naquele período de fim do Feudalismo, a consolidação do poder do Rei sobre os nobres e sobre a Igreja. O papa de grande lider passando a apenas um joguete nas mãos de Filipe o Belo, alguns dos grandes mitos históricos, como aquela questão da espoliação dos bens dos templários e a morte do líder da ordem e sua famosa maldição (que ficou mais famosa ainda pela pena de Dan Brown em seu Código Da Vinci). Maurice Druon da show nesse livro, ai sim sabe escrever ficção usando história.


Outro que foi emprestado para nunca mais, foi "O perfume" de Patrick Süskind, também ótimo livro de ficção histórica, virou até filme, eu até hoje não vi o dito, mas dizem que também é ótimo... Na desculpa de falar sobre um assassino que se orienta pelo olfato, Patrick fala sobre a França anterior Revolução Francesa, mas não vida politica e coisa do gênero, ele fala de História da Vida Privada... Amas de leite, infância, sobre como o trabalho infantil era coisa comum na ocidente de então, saúde pública, as corporações de ofícios pré-capitalistas... e tantas coisas mais, personagens históricos se mesclam a personagens fictícios e a história é ótima... e eu emprestei e nunca mais... Resultado, comprei novamente outra edição no sebo.



Outro que tive que comprar uma segunda edição foi "O passado esteve aqui" de Stella Caar, não sou bem fã dessa autora, mas gostei muito desse livro, foi um dos primeiros que comprei na vida, tinha 15 anos quando comprei esse livro, não faz tanto tempo assim... Mas a história tem valor sentimental... emprestei a minha prima, até hoje, acho que ela nem lembra onde deixou o livro. Resultado, um dia desses passei no sebo, vi essa edição e comprei... dessa vez vou pensar duas vezes antes de emprestar.


Mas, de todos os golpes do destino, de todos os empréstimos não devolvidos... O pior, o mais doloroso... foi o da "Metamorfose" de Kafka!


Pocha, ganhei esse livro de um amigo, nós participamos de uma peça de teatro juntos, durante os ensaios falávamos muito sobre livros e coisas do gênero, então pouco tempo depois da apresentação da peça ele chegou para mim e me mostrou uma edição desse livro: "Olha Jaci o que ganhei!" (professores as vezes ganham livros na escola)... Eu: "Pocha que massa! A gente tava falando desse livro outro dia não foi!?!"... Ele: "Foi, então, este eu trouxe pra tu, toma é presente!". Quase que eu choro! Ta bom... eu sou sentimental táh! Emprestei cheia de recomendações... Nenhuma delas funcionou e o livro jamais voltou para mim... As vezes até penso em comprar outra edição, mas sei lá... nunca vai ser a mesma coisa...

Foto com todos os atores da peça, menos eu, estava fazendo não sei o que... 

Já estou traumatizada com empréstimos... E se fosse continuar com a lista, ela ficaria infindável... Quase chego a dizer que hoje não empresto mais meus livros, só que isso seria uma conversa mole, eu tenho uma seria dificuldade de dizer não a quem quer que seja e como também gosto de pegar emprestado sei que vou continuar emprestando.

Outro dia um dos meus adoráveis adolescentes passou aqui em casa, estava fazendo um trabalho sobre Fernando Pessoa e precisava de material, emprestei a ele "O eu profundo e os outros eus" e "Mensagem", com o coração na mão, mas emprestei! Ele fez o trabalho, foi muito bem obrigada, demorou um pouquinho, mas devolveu... confesso que já estava de agonia... detesto me separar de "O eu profundo e os outros eus", sei lá... Me dá agonia ficar longe desse livro, mas ele ainda assim não é a Bíblia que não possa sair do meu calcanhar néh?!?!

O único dos meus livros que realmente não empresto é ela: a Bíblia... essa não sai de perto de mim de jeito nenhum... quer uma Bíblia? Eu te dou, mas a minha não empresto! E não é questão de superstição, tenho plena consciência que a Bíblia fechada é um livro qualquer, só que aberta é o livro do meu Deus néh?!?!?  Ainda assim tenho esse culete de te-la como algo pessoal e intransferível.

Os outros livros, até sofro, mas não sei dizer não e sinceramente penso que não faz sentido ter livros apenas para mim... literatura tem mesmo é que circular, que ser lida e relida pelo máximo de pessoas possíveis... Só gostaria que as pessoas lembrassem de devolver.