sábado, 2 de dezembro de 2017

"A Menina Submersa" de Caitlín R. Kiernan


Não foi um exercício fácil ler "A Menina Submersa" da Caitlín R. Kierna. Não está sendo um exercício fácil organizar as ideias para escrever sobre esse livro. Narrado em primeira pessoa, nele conhecemos Imp, uma garota esquizofrênica, com forte talento artístico e uma história familiar conturbada cuja vida se encontra afogada em histórias de fantasmas, lobisomens e sereias.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A pequena Lilith em "As luzes para ser feliz" [Literatura Infantil]


"As luzes para ser feliz" é o vol. 2 da série "Caminhos para ser feliz" da Kel Kamoezze, nele vamos conhecer a história de como a pequena Lilith, uma menina feliz filha única de um casal bastante unido e consciencioso concebe o sonho maravilhoso de conhecer Paris e pouco a pouco vai se esforçando para conquistar o seu sonho.


A história do sonho da Lilith começa quando junto a seus pais ela vai assisti a um filme de Charlie Chaplin. Automaticamente ela se sente encantada, sai do cinema animada, desejando ardentemente ir a Paris. No entanto, o sonho dela não vira realidade automaticamente, a pequena precisa aprender a poupar, esperar e construir a realização de seu sonho pouco a pouco. 

De inicio ela está bem motivada, mas o tempo passa e com ele vem as incertezas e é nessa hora que Lilith vai descobrir o sentido de ser prospera, rica e como a persistência pode nos ajudar a conquistar nossos sonhos e desejos, o tesouro no fim do arco-íris.


"A pequena Lilith em As luzes para ser feliz" é um livro infantil bem pé no chão. Ele fala sobre realização de sonhos, mas também fala sobre ter paciência, persistir e valorizar as coisas mais importantes da vida que não são compráveis ou vendíveis em um mercado. Para melhorar tudo ainda tem a arte da Juliane Engelhardt cheia de cores vibrantes e uma luz própria que enriquece a obra e alegra os olhos do leitor. Como todo bom livro infantil, é carregado de ternura e encantamento. Não tem como não recomendar.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Meu Sabrina Encardido!



Durante anos a Nova Cultural publicou seus livros no Brasil divididos em basicamente 3 categorias: Julia, Bianca e Sabrina que formavam praticamente um código para o tipo de história contada nos livros. Os Biancas eram mais engraçados, os Julias mais apimentados e os Sabrinas mais dramáticos. Meu senso de humor é péssimo, as pimentas dos Julias não me agradavam, eu era fã mesmo é dos Sabrinas.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Dois livros me encontraram: "Logout" e "Um Metro de Metrô"

Tenho lá minhas crenças extravagantes quando o assunto é livro. Acredito, por exemplo que da mesma forma que procuramos, as vezes por anos, por alguns livros outros nos procuram. Da mesma forma que achamos livros, alguns livros nos acham, nos chamam, desejam nossas mãos e olhos sobre eles, um espaço em nossas estantes.

Afinal, como explicar a forma como vez ou outra encontramos AQUELE livro no meio de vários outros em uma pilha empoeirada no Sebo? Como alguns livros simplesmente saltam aos olhos entre tantos outros e nos fazem mudar nossas prioridades de leitura? A crença na capacidade de livros terem vontade própria é uma elemento fundamental da minha mitologia pessoal. Esse ano, durante a Bienal de Pernambuco, dois livros chamaram meu nome: "Um metro de metrô" do Clivson David e "Logout" do Fred Caju.


domingo, 12 de novembro de 2017

Respirando com meus pulmões, nadando com minhas pernas e braços, preenchendo meus vazios...



Continuo vivendo a aventura de participar da educação de adolescentes, mergulhada na estranha experiência de me dedicar ao Ensino de História. Há quem diga: "a escola não educa, ela ensina". Não consigo conceber meu oficio dessa forma. Embora entenda o quão tentador é limitar minhas obrigações ao espectro do "passar conhecimento", me roubaram cedo demais a ilusão de que conhecimentos podem ser transferidos de um cérebro ao outro como se fossem mililitros d'água indo da jarra ao copo.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

As Mas Belas Fábulas, vol. 2: O Reino Oculto


"As Mais Belas Fábulas" é um spin-off da série "Fábulas" de Bill Willingham, nela a proposta é frisar a trajetória das personagens femininas. "O Reino Oculto" é volume 2 de 5 e, na minha opinião, é melhor e mais bonito dos cinco.

Em "O Reino Oculto" a protagonista é Rapunzel e tudo começa quando ela é misteriosamente visitada por uma nuvem de tsurus portadores de uma mensagem misteriosa responsável por leva-la a uma viagem ao Japão suas mais dolorosas memórias afetivas. A HQ é roteirizada por Lauren Beukes, a arte é Inaki Miranda e as cores são de Eva De La Cruz, um trio de artistas que transformou a princesa em uma heroína poderosa, totalmente Girl Power envolvida em uma aventura na qual ela procura preencher as lacunas de seu passado.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

"O Retrato da Bruxa" da Gislaine Oliveira


Já faz um tempo que acompanho a Gislaine através do seu blog Profissão Escritor no qual ela divulga seu trabalho, expressa sua opinião sobre várias coisas e publica resenhas muito sinceras sobre os livros que ler. Com uma postura sempre muito conscienciosa, a Gi é sempre muito ética e sincera em tudo que escreve e tenho me apaixonado cada vez mais pelas posturas dela. Quando li a resenha de "O retrato da bruxa" feita pela Sil do blog Prefácio não resisti e peguei o livro no Kindle e fui conferi a história.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Professora...

Faz pouco menos de três meses que comecei em uma nova escola, em uma nova cidade além dos trilhos do metro. E hoje fui recebida por um abraço apertadoooo de um aluno e um confeito do outro... É claro que o dia transcorreu como costuma transcorrer, com trancos, barrancos, aulas boas, ruins e péssimas...

Mas eu chego em casa e sei que essa é profissão que escolhi, acho que sei fazer isso acontecer, mesmo sabendo o quanto também erro.

Se quiser me ver triste, muito triste, infeliz, apenas sugira de leve, de levinho, que talvez ter me tornado professora tenha sido uma péssima ideia.

De muitas formas essa é a coisa que faço por escolha, por amor e é o que me cola quando me quebro inteira. Pensar em fazer outra coisa é como ter uma lança cravada no peito.

Sou grata a todas as crianças e adolescentes que passaram pela minha vida, me ensinaram coisas que eu não sabia e me tornaram uma pessoa melhor.

Mesmo sendo incompleta, fragmentada e limitada, me esforço diariamente para ser a melhor professora que posso ser, a melhor versão de mim mesma.

domingo, 8 de outubro de 2017

O Museu do Cais do Sertão pelos olhos de quem é do Agreste/Sertão

Em Recife existe um museu chamado "Cais do Sertão" no qual,  segundo o próprio site institucional, se pretende, com recursos de tecnologia inovadores, automação e interatividade, além da leitura generosa de cineastas, escritores, artesãos, artistas plásticos, artistas visuais e músicos de todo o país, apresentar os fortes contrastes que marcam a vida nos sertões nordestinos, proporcionando aos visitantes uma experiência de imersão nesse universo.

Em Janeiro de 2017 levei minha amiga Claudinei para visitar o espaço no qual a memória de seu povo é exposta a população de Recife e Região Metropolitana assim como a dos turistas que visitam a cidade. O resultado dessa visita está escrito abaixo em um relato desconcertante da própria Claudineia:

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Androides sonham com ovelhas elétricas?


As vezes olho meus livros lidos e absurdada percebo o quanto livros lidos há de um ano atrás parecem ter sido lidos em outra vida e o quanto alguns livros lidos há anos parecem ter sido lidos ontem. Sempre acho impressionante a capacidade que algumas histórias possuem de impregnar a mente. "Androides sonham com ovelhas elétricas?" do Philip K. Dick é um desses livros impregnantes.