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Hoje foi meu dia de Lady Garça, acordei, coloquei minha estante abaixo em busca de um livro. Eu sei que podemos comprar um livro, mas para mim só tem graça deixar um livro MEU, um pelo qual eu tenha algum apreço, que seja legal e tudo e tal, pois a proposta tem have com desapegar.
E lá fui eu, mexi, remexi, tirei, coloquei e acabei decidindo pela minha edição de Garfield em grande forma de Jim Davis.
O Tiago Ribeiro escreveu uma resenha sobre esse livro e destacou duas coisas que achei super legais sobre Garfield:
1º o fato de Jim Daves falar através de Garfield:
"...sobre o comodismo do cidadão capaz de viver sua vidinha apenas sobre prazeres que rejeitam qualquer tipo de prazer um pouco mais saudável. Alimentação regada à exageros, sonos tirados além do habitual e, ainda, a televisão como única companheira – dura realidade de pessoas que encontram apenas nas telas o seu único meio de interação, mesmo com uma família por perto – são coisinhas que fazem de Garfield um de nossos retratos."
2º a questão da:
"... inversão de papéis entre homem e animal. No caso de Garfield, a natureza toma o lugar do humano e passa-o a controlar, chegando a parecer o próprio humano através de ordens que submetem o personagem Jon a fazer tudo o que seu dono manda. Incrivelmente, seu dono é um gato."
Mas, não foi por esses dois pontos justos que escolhi pelo gato preguiçoso e folgado. Escolhi por ele pois trata-se de um livro engraçado, eu também odeio segunda-feira e achei que em plena segunda, em um ônibus habitualmente lotado, achar um livro cuja capa tem um singular "Odeio Segunda-feira!" seria uma experiencia marcante para qualquer pessoa, mesmo se não fosse uma leitora em potencial.
Ah, a menina que achou o livro, coincidentemente desceu na mesma parada que eu e tentou me devolver o livro, então eu expliquei a ela que o livro era dela e a proposta de liberar um livro. Ela me achou meio louca, mas como já tinha assistido os filmes do Garfield acabou gostando de ganhar ele de grátis.