Será que alguém consegue entrar em uma livraria e sair de mãos vazias estando de posse de uma cartão de crédito promissor? Se existe, essa pessoa certamente não sou eu, desde que dominei a tecnologia do cartão de crédito e da popular prática de dividir em três vezes minhas visitas a livrarias nunca mais foram as mesmas rsrs...
É impossível resistir! Eu entro, só pra da uma olhadinha sem compromisso... Começo a mexer... A remexer... E sempre acho coisas interessantes!
Pronto, é o que basta pra mais alguém se juntar a minha estante que já está ficando pequena para uma população tão grande. O povo aqui só faz brigar um com o outro por um pouco mais de espaço, por esses dias tive que tirar todo mundo do lugar e reorganizar, porque tinha um monte de gente desabrigada... Foi uma bagunça só... uma agonia... rolou até
post sobre os meus lindos e fofos livrinhos.
Olha só a bagunça, não resistir tive que fotografar:
Daqui a um tempo eu vou ter que sair para os livros poderem entrar. Só que mesmo assim, sem espaço, sem lugar, eu não consigo, é uma compulsão... Não posso ver um livro interessante que tenho que trazer para a minha caixa, quer dizer, estante.
Por esses dias nos descaminhos das livrarias encontrei com Aya de Yopougon e Coraline:
Decidi falar desses dois livros juntos, pq os dois falam de meninas, tenho as duas personagens principais por companheiras e o que me cativou neles, a principio, foi a forma como as obras me foram apresentadas pelos responsáveis por essa parte do livro.
Seja lá quem foi que se encarregou dessa apresentação caprichou lindamente! A atração foi imediata, tanto que vou reproduzir sim aqui a apresentação de ambos.
"Esqueça tudo o que você já ouviu sobre a África, pois este é um livro que vai mostrar uma outra visão das pessoas que vivem por lá. Em Yop City (é assim que o pessoal chama o bairro de Yopougon), na Costa do Marfim, não se ouve falar de guerra civil, aids ou fome. O que se ouve são as confusões de três amigas, Aya, Bintou e Adjoua, que vivem os mesmos dilemas de tantas outras jovens de sua geração: garotos, festas e dúvidas sobre o futuro. Esta crônica do cotidiano na costa-marfinense no fim dos anos 70 é um pouco do que a própria autora Marguerite Abouet vivenciou, contado de uma maneira sensível e cheia de humor, retratado com incrível vivacidade pelos desenhos de Clément Oubrerie. A beleza de Aya está na sonoridade, nas cores africanas e nos sabores que saltam das páginas, como o aroma da sopa de amendoim (cuja receita, aliás, pode ser lida no "bônus marfinense" ao final do livro). Uma África desprovida de clichês, um retrato social sensível, uma história de amor e amizade."
Aya eu já li, e posso dizer que realmente é tudo isso! Amei, a Marguerite Abouet arrasa. A história é real, foge de estereótipos e como eu também moro em um subúrbio quente me identifiquei nas vivências, nas amizades, nas rotinas. Sem contar que a aAya é a maior Nerd, ai é que me identifiquei mesmo.
"Desde que quatro crianças inglesas descobriram a terra encantada de Nárnia, ninguém iniciava uma viagem fantástica num simples abrir de porta. E desde que Alice seguiu o coelho, ninguém enfrentou coisas tão extravagantes e assustadoras. Você não tem que ser criança para se render ao encanto de Gaiman em Coraline. Entre por essa porta e acredite no amor, na magia, e no poder do bem sobre o mal."
A Coraline eu já não sei, ainda não li, mas conheço Gaiman de outros Carnavais:
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Pequeno flagrante do meu vizinho, adorei essa imagem, embora minha gordurinha esteja bem aparente. |
Essa coisa de Alice e Nárnia juntos me seduziu definitivamente. Agora o trabalho/prazer é ler e descobrir se realmente Coraline vai enfrentar coisas tão assustadoras quanto Alice e adentrar em um mundo tão fabuloso quanto o de Nárnia.
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#Sou viciada em blog. |