domingo, 17 de julho de 2011

Que Preguiça!

Pois é (quando começo com o "pois é", pode crê que lá vem leseira), hoje acordei com uma preguiça tão grande, mas tão grande... que mesmo com muita vontade de post sobre o livro que acabei de ler, o filme que acabei de vê, a confusão que acabei de me meter... Não consigo escrever... Hoje tou com preguiça ate de viver! Então, nessas horas, só Garfield me socorre!



Só que, a parte toda minha vontade de não fazer nada e dormir até depois de amanhã:
 
Tenho que dizer:


Mas que chatice! Só me resta pegar meu café e seguir com pijama e tudo:

Ah, só para constar, a preguiça também tem utilidade:

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O que choca minha sensibilidade cristã!

Sempre que eu vou postar no Em quantos fico pensando... pensando... pensando... como posto por lá uma vez por semana acabado tendo um tempão para pensar, mas no final das contas sempre acabo falando sobre algo corriqueiro que me aconteceu... Não tem jeito... tudo nos meus posts acabam sendo pessoal e intransferível...

Sobre o que choca minha sensibilidade lá no Em quantos...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Blogagem coletiva: Celebrando a vida com...

No últimos tempos tenho vivido experiências bem pouco agradáveis, de repente ando me deparando com a realidade de que a vida geralmente é cercada por grandes dificuldades. Não é raro chegar na frente do gol e nos depararmos com um zagueiro malicioso capaz de quebrar nossas pernas.

Difícil lidar com as voltas estranhas que a vida dá, quando pessoas que amamos se mostram pouco dignas de nosso amor, quando as coisas ficam tensas, quando a alegria do nascimento é interrompida pela tempestade da morte e somos tomados por momentos de tensão, desespero, cansaço, peso, dor, aflição, traição.

MAS, a vida, não é SÓ ISSO... E quando a Bia do Jubiart propôs essa blogagem eu pensei, apesar dos pesares em mil e uma coisas para completar a frase. 



Celebrar a vida com meus livros, que me fazem sonhar com dias melhores ou pensar nos dias que se foram:

 

Celebrar a vida com meus doces favoritos:

"Meu maior, mais idílico e mais saboroso sonho de consumo, depois de mergulhar em uma nuvem de algodão doce e nadar diariamente em uma piscina de jujubas, é construir para mim  uma  Biblioteca de Alexandria."

Celebrar a vida com a Meire e a Fê Iase cantando no msn músicas do Roberto Carlos:

"Nunca se esqueça, nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você[s]"
 (Roberto Carlos) 

Celebrar a vida com Fernando Pessoa, no café, no almoço e no jantar, com coroas de rosas, folhas breves e nunca basta... sempre quero mais...

"Coroai-me de rosas,
Coroai-me em verdade
De rosas —
Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!
Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
E basta."
(FernandoPessoa-12-6-1914)

Celebrar a vida com Solano Trindade, porque eu sei que o amanhã virá e o poema sairá:

"Eu ia fazer um poema para você
mas me falaram das crueldades
nas colônias inglesas
e o poema não saiu
(...)
perdão amada
por não ter construído o seu poema
amanhã esse poema sairá
esperemos."
 (Solano Trindade)

Celebrar a vida com um desejo continuo sempre renovado de, na impossibilidade de pintar as ruas, estar sempre pintando os meus sapatos de azul:

"Então pintei de azul os meus sapatos
Por não poder de azul pintar as ruas
Depois vesti meus gestos insensatos
E colori as minhas mãos e as tuas"

(Carlos Pena Filhos)

Celebrar a vida com meus animes, que falam da minha infância, adolescência e juventude, que divertem, convidam ao sonho... delíciaaaaaaa:


Celebrar a vida com meu amado Luiz Gama, que me inspirar a nunca desistir do sonho de uma Abolição maior que a da Lei Aurea:

"Tenho mui poucos amigos,
Porém bons, que são antigos,
Fujo sempre à hipocrisia,
À sandice, à fidalguia;
Das manadas de Barões?
Anjo Bento, antes trovões.
Faço versos, não sou vate,
Digo muito disparate,
Mas só rendo obediência
À virtude, à inteligência:
Eis aqui o Getulino
Que no pletro anda mofino."
(Luiz Gama)

Celebrar a vida com a compreensão de que meu núcleo de escuridão tão bem desenhado pelo meu irmão não é um defeito, mas apenas parte do que sou:

"Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim..."
(Lulu Santos)
Celebrar a vida com a música que te faz sonhar, seja ela o piano romântico de Clara Schumann ou o Rock alternativo de uma banda britanica, tipo Bôa, musicalizada ou não o importante é ouvi o que gosto:

Duvet_Boa_Serial Experiments Lain

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Celebrar a vida com o mar, mesmo que eu não esteja acompanhada nessa celebração, sonho e acordo desejando viver a beira do mar, vendo o sol nascer e se por, esse é meu próximo objetivo.


Pensei tantas formas de celebração que chego aqui saturada de possibilidades, sonhos e esperanças.

Celebre-mos a vida com tudo o que ela tem de pior e de melhor e que nessa celebração haja mais sorrisos que lágrimas.
Parabéns Bia, que sua vida seja repleta de celebrações sempre!

domingo, 10 de julho de 2011

Entre eu e Van Gogh

Durante os meus anos de ensino Fundamental e Médio eu estudei em uma escola um tanto quanto desorganizada, não havia muitas aulas, muita disciplina ou muitos recursos, os professores displicente em sua maioria e os alunos e alunas "meio selvagens", mas apesar de tudo isso a escola tinha uma biblioteca.

Essa biblioteca era minha toca, eu era uma rata de biblioteca e circulava melhor por aquele espaço que a própria bibliotecária o que seria óptimo se os alunos também não tivessem essa opinião e preferissem minha orientação a da bibliotecária, aliás não era raro acontecer da própria bibliotecaria me perguntar se tinha este ou aquele livro na biblioteca.(#exploração do trabalho infantil)

Muitos de meus melhores momentos na escola foram vividos nessa biblioteca, eu lembro dela como um lugar fora do mundo, uma ilha de sol, frescor e paz, minhas tardes sempre eram boas naquela lugar tão mágico, foi lá  que me encontrei pela primeira vez com Van Gogh. Acho que foi amor a primeira vista.

Se você me perguntar porque eu me apaixonei por Van Gogh eu não vou ter uma resposta definida, eu não entendo de arte, morria de preguiça de ler os textos enormes que os livros tinham explicando a vida e a obra dos autores, acho que só li o que falava sobre Da Vinci e não foi livre e espontânea vontade, uma professora da manhã teve a (in)feliz ideia de passar um trabalho sobre ele, ela inventou a moda e eu é que tive que parar de ler minhas coisas para ajudar os trocentos alunos dela na pesquisa, eles eram maioria ou eu ajudava ou não ia ter paz... aff!!!(#não foi divertido).

Foi só um dia desses que em meio a uma das minhas idas a livraria acabei encontrando com a  biografia de Van Gogh, não resistir e acabei trazendo para casa o exemplar.


Cada página tem sido uma descoberta, o amor que ele tinha pelo irmão, Theo, a alto-mutilação, a melancolia, a internação em um hospital psiquiatrico, a família protestante, o fato dele ter nascido nove meses depois de um de seus irmãos ter morrido (eu tenho algo em comum com Van Gogh lol) e todos os quadros que ninguém quis e hoje valem milhões.

Lendo sobre Van Gogh fico lembrando das minhas tardes na biblioteca, quase sinto a luz daquela sala, escuto o sons dos meninos endiabrados brincando com a bola, é como se a qualquer momento alguém fosse me interromper a leitura para perguntar onde estão as enciclopedias Barsa, os livros de Biologia ou a Coleção Vaga Lume...

Ah, como disse David Haziot, apesar do núcleo de noite das suas pinturas,

"... a obra de Van Gogh nem sempre é triste ou trágica. Ela respira as vezes uma incomparavel felicidade de existir."
(David Haziot)

Os comedores de batatas (1885)
“Terraço do café”, (1888).
A noite estrelada, 1889.
A Vinha Encarnada, 1888.
Doze girassóis numa jarra (1889).
Ponte Langlois em Arles, (Arles, Maio 1888).
Colheita em La Crau com Montmajour ao fundo, (Arles, junho 1888)
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P.S.: Depois que eu escrevi essa postagem fiquei pensando que escrevi muito, tive que ficar um tempão esperando o blog carregar essas imagens e no fundo eu só queria dizer que estou com saudades dessa época em que eu ficava na biblioteca da escola, em paz, vendo os quadros de Van Gogh nos livros enormes de História da Arte... Que eu sinto saudades desse tempo de estudo sem compromisso... De ler apenas por prazer.... Das interrupções das crianças menores e maiores (olhando assim de longe como tod@s parecemos não mais que crianças, eu já me sentia tão adulta rsrs)... Acho que sinto falta até da professora de artes que me fez passar um longo mês me dedicando a Da Vinci e seus alunos... Saudades... Saudades... Saudades... Eu era feliz e não sabia!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Solta o som_2ª Edição: Clara Schumann


Embora eu não seja aquilo que alguém poderia chamar de musicalizada ou musical, como todo ser humano eu também tenho lá minhas músicas preferidas, então já que curto muito essa história de Blogagem Coletiva, resolvi seder a proposta da Vanessa e soltar o som por aqui.

Vamos ao post, e já que é de música que vamos falar deixo logo de cara o que venho ouvindo:

Clara Schumann  Piano Concerto In A Minor, Op. 7

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Como já disse não sou muito musical, mas em Maio do ano passado através do Infinito Particular eu acabei conhecendo Mia Araújo, que pinta uma "arte pop surrealista", se inspirando em "contos de fadas, fotografias vintage, música, cinema mudo... cultura de diversos países."

Achei massa o que vi lá no Infinito e fui no blog dela. Bem no dia que cheguei lá dei de cara com o quadro da Clara Schumann, amei, me identifiquei, sonhei...


No quadro Michele narra a história de amor de Clara por Robert Schumann, com sua dose de tragédia, fidelidade e beleza... Amo esse quadro, essa história e por continuidade o piano de Clara... Impossível ouvi-la e não guarda-la no coração, mesmo meus ouvidos rudes a beleza da música são sensibilizados pela arte dela.

Pesquisando sobre Clara acabei achando um post no Organizando o Caos sobre a Biografia dela, me apaixonei mais ainda por essa personagem.

O que anda tocando em minha cabeça, e não quero que pare nunca, é certamente o piano romântico de Clara Schumann.

Clara Schumann Tres romances para violín y piano, op. 22

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P.S. [1]: Usei durante muito tempo essa imagem no meu perfil do orkut e do face(ainda uso lá), minhas amigas e amigos dizem que esse quadro é minha cara, especialmente pelo cabelão castanho e o ar sonhador... essas cenas emaranhadas nos cabelos dela... Enfim... ainda tem esse adicional grátis.

P.S. [2]: Gente eu não sou o tipo musicalizada não viu, quase não escuto música. O meu amor por Clara foi totalmente por acaso, totalmente doido, sei lá... inexplicável porque não sou uma ouvinte de música clássica ou coisa do tipo... Sei lá, acho que esse tipo de coisa as vezes acontece.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Fotografias e História...

Achei essa foto suer divertida rsrs..


A postagem de hoje está lá no Em quantos!!!

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Gosto sempre de registrar as postagens do Em quantos por aqui, afinal essa caixa ainda é um diário, mesmo que os textos que coloca aqui também seja escritos para serem lidos... Enfim, a Caixa é meu memorial, a experiência do Em quantos não podia ficar de fora dessa memória.

Alias, tem sido uma experiência muito diferente postar em um blog diferente do meu... é como sair do meu mundo para interagir com outros mundos... Muito legal!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CANSAÇO...

As vezes, não sempre nem constantemente, apenas AS VEZES, me bate um profundo cansaço... Nesses momentos só me resta roubar as palavras de Fernando Pessoa e usa-las como forma de expressão... Faço isso porque o silêncio também é uma forma de opressão e, embora eu não tenha certeza, eu suspeito que pior do que sentir o cansaço é se sentir oprimida...


CANSAÇO
Álvaro de Campos

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

domingo, 3 de julho de 2011

Na contramão...

Imagem daqui!
  "E tenho também o hábito de andar na contramão. Mas só do senso comum. Isso talvez me mate algum dia. De depressão ou de uma agonia fulminante."

(José Claúdio Adão, Cacá)

sábado, 2 de julho de 2011

"Será que se eu cortar o cabelo eu arrumo um principe?": falando sobre o mangá Private Prince

Acho que qualquer pessoa que chegue de cara percebe que eu gosto de animes e mangás (especialmente agora que a Silvia passou por aqui e deu ao blog esse fundo recheado com todos os personagens que eu amo... amo e amo...), mas no final das contas eu pouco falo sobre mangás e animes por essas paragens!

Olha a cara de pânico dela \o/

Só que viajando pelo blog da Pers, Um pouco de shoujo, acabei achando um mangá que me chamou atenção de forma especial e no final da leitura não resisto a tentação de escrever um pouco sobre Private Prince.

Segundo a própria Pers: "Private Prince não é nada complexo... é um Josei bem simples, romântico, um pouco açucarado" que conta a história de como a jovem Miyako se apaixona pelo príncipe Will, nada de mais a não ser pelas caracteristicas que fazem de Miyako quase uma copia de mim rsrs...

Não, sem brincadeira, a história começa porque a coitada da Miyako é uma mestranda em História cuja dissertação fala sobre as mulheres japonesas depois da Segunda Guerra, uma das mulheres em questão é justamente a avó do príncipe. É em busca dos documentos referentes a avó dele que ela  chega no danado...

E sim, ela está disposta a TUDO para conseguir os documentos de que precisa até a vestir roupa chique e decotada e ir a festança. Coragem \o/...
Mas, no final ela acaba dando sorte porque ela tem um par de peitos respeitáveis e o príncipe, apesar de ter a maior cara de bom garoto, tem uma super queda por bustos avantajados e é um pervertido em potencial.

A história fica engraçada porque apesar da Miyako ter um corpo bonito, ser inteligente e tudo o mais, ela é super fechada para balanço e no dia-a-dia se veste com umas roupas bem nada haver, passa longe de maquiagem... é uma bagaça total!

Ela é do tipo que esconde o corpo em meio a quilos de roupas e os sentimentos em meio a quilos de livros, é super determinada com os estudos, mas super medrosa com o amor, nesse ponto ela é insegura, cheia de traumas, sem auto-estima... uma confusão em pessoa!

Mas, no final, como Private Prince é uma história feliz, ela acaba se acertando com o príncipe Will, que é o  pervertido, tarado mais fofo do mundo. Enfim  eles conseguem encontrar soluções para seus dilemas e o feliz para sempre que lhes é de direito.

Tenho saias parecidas com essa!
Como já disse, eu tenho alguns pontos parecidos com a Miyako, sou baixinha, peituda, mestranda em História (apenas não estou em estado de desespero com os documentos ainda), altamente cheia de pequenos traumas afectivos, até me visto parecida com ela, especialmente as saias, apenas uso mais decotes, essas golas altas me sufocam... Bem, acho que um ponto que nos difere é o cabelo, o meu é longo o dela é curto de maneira que eu começo a me perguntar: "Será que se eu corta meu cabelo eu arrumo um príncipe?"

Dispenso o vestido, fico com o príncipe \o/

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Silvia, obrigada pelo charme que você deu a essa Caixa!


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Contando uma história...



Quando contemplei o infinito negror de teus olhos foi como se tivesse cruzado uma esquina, realmente foi 'como se eu fosse pra um Vietnã lutar por algo que não será meu'. Como uma mariposa, não resisti a tentação de me aproximar da luz, não resistir e me aproximei um pouco mais, queria entender! Isso realmente foi uma temeridade!

Mas, temerária ou não, em meio as minhas buscas por respostas, acabei encontrando um gigante, um monstro, um titã... Prometeu roubando o fogo para socorrer os homens, Atlas segurando os céus, Epimeteu se encantando com Pandora e esquecendo que os deuses não costumam oferecer presentes inocentes? Ou será que vi apenas um homem e me encantei com essa visão?

Agora, nesse momento em que fito o por do Sol, o azul do céu e conto os dias que temos passado juntos, olhando para você começo a ponderar sobre o quanto tenho desejado que o relógio que marca tuas horas, dias e anos voltasse, que você fosse menino, que eu pudesse te colocar no colo e entre toques, cheiros e segredos trazer novamente um sorriso ao teu rosto.

Aposto, sem medo de perder, que não seria difícil. No melhor da festa eu apertaria um pouco mais o abraço e seria apenas a senha para você pular do meu colo, desejoso de espaço, e voltaria a viver, a ser feliz.

É tão mais fácil quando os  homens são meninos... Sempre acho trágico que você não seja nem menino nem titã e que sendo apenas homem não esteja entre o leque de minhas possibilidades te trazer ao colo.

Engraçado, invoquei tantos seres mitológicos para falar de ti, acabei recordando das lendas africanas falando a respeito de homens que açoitados pelo vento, chuva, morte e dor se transformaram em divindades a quem até hoje se presta culto.

Imagino eu que se dor for a matéria-prima da qual são feitos os deuses, qualquer dia desses você vira um deles! E, enquanto vejo o azul do céu ceder lugar as cores do entardecer, me perco ainda mais em pensamentos cogitando qual seria a comida certa a oferecer para a divindade que você seria. Qual seria o preço a ser pago para receber o teu axé, essa força que esses deuses oferecem aos que tem fé?

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P.S. [1]: Quando Rafaela era criança eu costumava contar histórias para ela dormir... História que eu lia,  ouvia,  vivia ou inventava... Não sei se ela realmente gostava, sei que funcionava e ela dormia que era uma beleza... Como muita gente que gosta de ler, as vezes eu tinha vontade de escrever minhas histórias, dizem que vontade dá e passa, mas dessa vez não passou... Eu suspirei mais alto do que esperava e não resisto (graças ao apoio da Meire) a tentação de gravar aqui esse suspiro!
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P.S. [2]: Escrever isso foi como tirar um peso enorme das minhas costas...