A moradia dos pedreiros suicidas! Do lado de cá nós vemos o lado de lá, mas desconfio que do lado de lá seja muito difícil enxergar quem está cá.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Alice no país das maravilhas...
Será que o prazer de fazer uma guirlanda de margaridas valeria o esforço de levantar e colher as flores?
"Como faço para entrar? Alice perguntou de novo, mais alto.
"Mas, afinal, você deve entrar?" Disse o Lacaio. "Esta é a primeira pergunta."
(CARROLL: 2009, 69).
(CARROLL: 2009, 69).
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Empty Spaces - What Shall We Do Now? - The Wall - Pink Floyd
O que devemos usar para preencher os espaços vazios?
Onde ondas de fome urram?
Devemos atravessar o mar de rostos?
Em busca de mais e mais aplausos?
Devemos comprar uma nova guitarra?
Devemos dirigir um carro mais potente?
Devemos trabalhar a noite toda?
Devemos entrar em brigas?
Deixar as luzes acesas?
Jogar bombas?
Fazer viagens para o Oriente?
Contrair doenças?
Enterrar ossos?
Destruir lares?
Mandar flores por telefone?
Tomar um drinque?
Ir a psicólogos?
Deixar de comer carne?
Dormir pouco?
Tratar as pessoas como animais?
Treinar cães?
Fazer corrida de ratos?
Encher o sótão com dinheiro?
Enterrar tesouros?
Acumular tempo livre?
Mas nunca relaxar de forma alguma
Com nossas costas viradas pro muro
Onde ondas de fome urram?
Devemos atravessar o mar de rostos?
Em busca de mais e mais aplausos?
Devemos comprar uma nova guitarra?
Devemos dirigir um carro mais potente?
Devemos trabalhar a noite toda?
Devemos entrar em brigas?
Deixar as luzes acesas?
Jogar bombas?
Fazer viagens para o Oriente?
Contrair doenças?
Enterrar ossos?
Destruir lares?
Mandar flores por telefone?
Tomar um drinque?
Ir a psicólogos?
Deixar de comer carne?
Dormir pouco?
Tratar as pessoas como animais?
Treinar cães?
Fazer corrida de ratos?
Encher o sótão com dinheiro?
Enterrar tesouros?
Acumular tempo livre?
Mas nunca relaxar de forma alguma
Com nossas costas viradas pro muro
terça-feira, 1 de junho de 2010
Ponderando sobre maturidade...
Por ocasião do meu 24 aniversário, algumas das minhas pessoas preferidas no mundo acabaram desafiando o mito que é meu celular e ligaram para mim, por incrível que pareça, e quem costuma me ligar sabe que é incrível mesmo, eu atendi a maior parte das chamadas, não atendi todas pq preciso manter meu mito néh ?!?!?(na verdade não atendi pq não ouvir o celular tocando e pq no inicio do dia ele estava descarregado).
Pois é, até aqui, meu celular tem sido um mito. Existe, mas não funciona e segundo Suzana, se ele ao menos tocar quem ligou já pode ficar feliz, normalmente ele nem chega a tocar pq está perdido e descarregado e embora as pessoas gostem de me esculhambar, pense comigo "como eu vou achar um celular que está descarregado?". O geito é esperar que alguém ache em algum lugar, que pode variar desde a minha bolsa velha do primeiro evento de estudante que participei ao armário da cozinha passando pela sapateira do meu quarto, e assim é essa lenda das comunicações.
Ah, escrevo sobre meu celular e sua lenda pq vai que daqui a cinco anos eu me torne uma pessoa aficcionada por celular, que não pode viver sem ele?!?! Quero salvar a memória de que um dia fui uma pessoa suficientemente chata para ter um celular que não funciona e que tinha amigas e amigos suficientemente chatos e implicantes para continuar ligando para mim rsrsrs....
Mas, enfim, não é sobre o celular que eu quero falar... "foco mulher, não fique tagarelando sobre bobagens!"
A questão foi uma das ligações que recebi e atendi o que ela me fez pensar.... é que a maior parte das minhas amigas está noiva, casada ou para noivar e até com filhos ao colo, até minha irmã mais nova tem um namorado e no domingo uma das meninas me conduziu pelos seguintes caminhos do pensar:
"Pocha vida ainda ontem nós eramos tão adolescentes começando o Ensino Médio, terminando o ensino médio, lutando para entrar na facul, comendo o biscoito mais barato do mercado, pedindo R$1,00 a painho e hoje, sem ter nem pra que já chegamos a casa dos 20 nos 24, eu não me vejo como uma pessoa de mais de 20 anos, parece que foi ontem que eu pensava que minha mãe aos 32 anos era velha e uma pessoa de 24 anos era alguém extremamente adulta, pocha eu não sou tão adulta assim... Pocha, nós já estamos virando donas de casa, esposas, mães....
EPAAAAAAAAA PERA Ai.....
Nós não, que eu nem namorado tenho e filhos só se for o dos outros e quanto a ter uma vida adulta, bem, ainda preciso negociar muitas coisas com meu rabugento, truculento e chato pai, afinal moro na casa dele e devo "dois ou três favores" a ele, sem contar minha mãe que também não deixa a coisa correr tão solta... Enfim, ao concluir 24 anos ter uma vida adulta para mim não significa casar e ter filhos, não tenho na minha manga previsões nem para uma coisa e nem para outra.
Porém, o que mais surpreende em tudo isso é que a pessoa que me conduziu pelos caminhos da reflexão em vermelho era há quatro anos atrás uma das feministas mais truculentas que eu já conheci, briguenta, runhenta, pregando aos quatro vento que a mulher deveria se emancipar, buscar ter uma vida mais independente de pai, marido e filhos, que as nossas possibilidades iam além da maternidade e do matrimônio e que deveríamos romper fronteiras ideológicas em busca de um mundo diferente deste que nos é apresentado.... A pessoa que eu conheci tinha um projeto de vida tão diferente do habitual matrimônio/maternidade que me assustou.
Se sinônimo de maturidade e vida adulta for um casamento e um filho ou filha então eu descobrir pq painho da a peste e não me inclui entre as pessoas que ele considera adultas, esse projeto está atualmente tão distante de mim quanto o sol da lua. Hoje vida adulta para mim significa ter uma profissão, um emprego e independência financeira, não significa matrimônio e maternidade, para minha amiga também era assim, mas ela mudou e eu nem vi.
E agora, enquanto me ocupo noite adentro de minha carreira profissional aumentando consideravelmente minhas olheiras e meu cansaço eu me pergunto se no final das contas minha amiga em suas reflexões não esteja certa, se no frigir do ovos meu projeto de vida é que está meio trocado, que talvez eu devesse sair mais e ler menos, madrugar menos, cuidar dessas drogas dessas olheiras, fletar mais, levar a vida menos a sério, curtir, sei lá, me ligar emocionalmente a alguém do sexo oposto, planejar uma família, investir em casamente e filhos... o discurso de "ser uma mulher independente" é algo fácil se falar, mas eu sei que é difícil de se executar e que a solidão angustia muito...
Aiaiaiai.... Quantos ais na minha cabeça!!! Quantas dúvidas, mas quer saber, na dúvida eu vou seguindo com os meus projetos, vou aumentando minhas olheiras, vou lendo meus livros... vou vivendo minha vida adulta a meu modo, pouco a pouco (pouco mesmo) sinto que meu pai vai entendendo que marido e filhos é algo que ele não pode me acontecer ou não e vai aceitando (aos poucos e com muita briga) minha independencia e liberdade e eu tenho descoberto uma forma de "ser mulher" sem "ser mãe e esposa", isso me deixa feliz e triste também. Estranho néh...
Me pergunto como eu serei aos 34 anos... será que ainda serei uma mulher que vara a noite se dedicando a sua vida profissional ou vararei a noite trocando fraudas??? Será que esse blog ainda vai existir para que eu possa ler essa postagem e pensar na jovem mulher que eu fui??? Como serão as coisas???
Bem, não sei... ninguém sabe ao certo... mas vou vivendo o meu momento atual e vendo onde isso vai dar...
Porém, o que mais surpreende em tudo isso é que a pessoa que me conduziu pelos caminhos da reflexão em vermelho era há quatro anos atrás uma das feministas mais truculentas que eu já conheci, briguenta, runhenta, pregando aos quatro vento que a mulher deveria se emancipar, buscar ter uma vida mais independente de pai, marido e filhos, que as nossas possibilidades iam além da maternidade e do matrimônio e que deveríamos romper fronteiras ideológicas em busca de um mundo diferente deste que nos é apresentado.... A pessoa que eu conheci tinha um projeto de vida tão diferente do habitual matrimônio/maternidade que me assustou.
Se sinônimo de maturidade e vida adulta for um casamento e um filho ou filha então eu descobrir pq painho da a peste e não me inclui entre as pessoas que ele considera adultas, esse projeto está atualmente tão distante de mim quanto o sol da lua. Hoje vida adulta para mim significa ter uma profissão, um emprego e independência financeira, não significa matrimônio e maternidade, para minha amiga também era assim, mas ela mudou e eu nem vi.
E agora, enquanto me ocupo noite adentro de minha carreira profissional aumentando consideravelmente minhas olheiras e meu cansaço eu me pergunto se no final das contas minha amiga em suas reflexões não esteja certa, se no frigir do ovos meu projeto de vida é que está meio trocado, que talvez eu devesse sair mais e ler menos, madrugar menos, cuidar dessas drogas dessas olheiras, fletar mais, levar a vida menos a sério, curtir, sei lá, me ligar emocionalmente a alguém do sexo oposto, planejar uma família, investir em casamente e filhos... o discurso de "ser uma mulher independente" é algo fácil se falar, mas eu sei que é difícil de se executar e que a solidão angustia muito...
Aiaiaiai.... Quantos ais na minha cabeça!!! Quantas dúvidas, mas quer saber, na dúvida eu vou seguindo com os meus projetos, vou aumentando minhas olheiras, vou lendo meus livros... vou vivendo minha vida adulta a meu modo, pouco a pouco (pouco mesmo) sinto que meu pai vai entendendo que marido e filhos é algo que ele não pode me acontecer ou não e vai aceitando (aos poucos e com muita briga) minha independencia e liberdade e eu tenho descoberto uma forma de "ser mulher" sem "ser mãe e esposa", isso me deixa feliz e triste também. Estranho néh...
Me pergunto como eu serei aos 34 anos... será que ainda serei uma mulher que vara a noite se dedicando a sua vida profissional ou vararei a noite trocando fraudas??? Será que esse blog ainda vai existir para que eu possa ler essa postagem e pensar na jovem mulher que eu fui??? Como serão as coisas???
Bem, não sei... ninguém sabe ao certo... mas vou vivendo o meu momento atual e vendo onde isso vai dar...
Bem mais que as forças...
Bem mais que tudo
Poul Baloche/Lenny Blanc
Bem mais que as forças
Poder e reis
Que a natureza e tudo que se fez
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos
Deus tu és o início, meio e fim
Bem mais que os mares
Bem mais que o sol
E as maravilhas que o mundo conheceu
E as riquezas, tesouros desta Terra
Incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Bem mais que as forças
Poder e reis
Que a natureza e tudo que se fez
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos
Deus tu és o início, meio e fim
Bem mais que os mares
Bem mais que o sol
E as maravilhas que o mundo conheceu
E as riquezas, tesouros desta Terra
Incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou...
Poder e reis
Que a natureza e tudo que se fez
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos
Deus tu és o início, meio e fim
Bem mais que os mares
Bem mais que o sol
E as maravilhas que o mundo conheceu
E as riquezas, tesouros desta Terra
Incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Bem mais que as forças
Poder e reis
Que a natureza e tudo que se fez
Bem mais que tudo, criado por tuas mãos
Deus tu és o início, meio e fim
Bem mais que os mares
Bem mais que o sol
E as maravilhas que o mundo conheceu
E as riquezas, tesouros desta Terra
Incomparável és pra mim
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Por amor, sua vida entregou
Meu senhor, humilhado foi
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou
Como a flor machucada no jardim
Morreu por mim, pensou em mim
Me amou...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Presente de aniversário \o/
Festa \o/ Festa \o/ Alegria \o/ Alegria \o/
Confesso que não sou a pessoa mais animada para festas, sou super chata com essas coisas, tanto que na Igreja eu mexi todos os meus pauzinhos e meu aniversário passou devidamente em branco, e olha que esse ano caiu nesse domingo, um dia altamente perigoso uma vez que meus compromissos na Igreja são justamente no domingo.
Mas, dos meus amigos de longa data, das crianças que vivem aqui em casa, do povo do orkut e do povo do trabalho eu não escapei e sim, sei que esses são casos perdidos, vem ano vai ano e eles ficam apenas piores... Só fiquei um pouco triste pq as crianças esperavam bolo e não rolou, eu detesto bolo, mas frustração de criança é fogo e ano que vem, se Deus quiser, vou fazer um bolo de chocolate bem grande e vou colocar 25 velas nele, as crianças vão adorar \o/.
Minhas amigas de longa data já estão acostumadas, não morrem por causa de um bolo, Adriana não veio pq adoeceu, mas Aline veio e Cintia também com Ramom, meu sobrinho lindo, a gente festejou com pizza e file de frango a parmegiana com macarrão pedido de um restaurante que faz entrega e foi massa \o/! Melhor que isso só dois disso.
E hoje as meninas da creche completaram a festa com sorvete e chocolates foi tão boooooooommmm... Foi um dos melhores aniversários que eu já tive e ainda ganhei presente \o/...
Ai, uma das meninas me ofereceu um livro \o/, eu esperava o prometido ovo com farinha, mas ganhei um exemplar lindo de "Alice no país das maravilhas", lindo \o/. Adoro ganhar livros \o/ Esse vai para a galeria dos maiores e melhores presentes que já ganhei, sem explicação possível, sem palavras para descrever a emoção.
E, falando sério, esse ano, como todos os outros eu fiquei emocionada com minhas amigas, Deus sabe que eu sou chata, grossa e altamente lunga e ontem mesmo uma pessoa disse que eu era uma metralhadora sarcástica, mas ano após ano as meninas me convidam para celebrar meu aniversário, como se fosse um dia realmente importante, como se fosse algo a celebrar e isso me faz pensar que mesmo metralhadoras sarcásticas por piores que sejam possuem amigas e são por elas em algum grau amadas.
Amei a lembrança de minhas amigas, amei a presença das crianças, amei o livro, amei os recados do orkut, amei tudooooooooo e não posso deixar de gravar a memória de dessas celebrações.
__________________
Recife, 02 de Junho de 2011.
Promessa feita, promessa cumprida, comprei bolo, refrigerante, coloquei uma vela rosa onde os 25 anos apareciam e celebrei meu 25º aniversário com minha família e os pequenos...
Foi ótimo!!! Olha a foto do bolo para confirmar:
domingo, 30 de maio de 2010
Paisagens de Inverno, Camilo Pessanha.
Paisagens de Inverno
Camilo Pessanha
Ó meu coração, torna para trás.
Onde vais a correr, desatinado?
Meus olhos incendidos que o pecado
Queimou! o sol! Volvei, noites de paz.
Onde vais a correr, desatinado?
Meus olhos incendidos que o pecado
Queimou! o sol! Volvei, noites de paz.
Vergam da neve os olmos dos caminhos.
A cinza arrefeceu sobre o brasido.
Noites da serra, o casebre transido...
Ó meus olhos, cismai como os velhinhos.
Extintas primaveras evocai-as:
Já vai florir o pomar das maceiras.
Hemos de enfeitar os chapéus de maias.
Sossegai, esfriai, olhos febris.
E hemos de ir cantar nas derradeiras
Ladainhas...Doces vozes senis...
__________________
Recife, 21 de Junho de 2011.
Já faz mais de um ano que publiquei esse soneto de Camilo Pessanha, ironicamente publiquei no dia do meu aniversário de 24 anos... Pois é, sempre preciso pedir a meu coração que torne para trás, ele está sempre desatinado, sem contar que em plena primavera quase sempre sinto que algumas paisagens de minha vida são de um Inverno melancólico...
Odeio inverno, amo o Sol!
Odeio inverno, amo o Sol!
Espero ansiosamente que o inverno passe, que ele dê espaço a dias de luz, que o calor tome conta dos corpos e que quando tudo se tornar insuportável venha uma brisa marítima esvoaçar as saia e despentear os cabelos... Que a tristeza dê lugar as alegrias breves e longas dos que amam com a certeza de que são amados...
Amo essas postagens antigas que eu tenho a impressão que ninguém ler! Sempre que volto a elas tenho a impressão que estou me encontrando comigo mesmo.
O blog é uma falha no tempo, onde eu posso voltar e ver a mim mesma em um lapso do passado!
_______________________
Recife, 29 de Outubro de 2011.
Se passou mais de um ano desde que esse texto foi postado, notadamente ele é mais acessado durante o inverso e, segundo os mecanismos de rastreamento de acessos, os seus acessos costumam vim da Russia e de Portugal, são pessoas que não costumam comentar a postagem, não sei se pegam a imagem ou a poesia.
Para os que vem em busca da poesia deixo essa pérola que encontrei no site da Biblioteca Nacional de Portugal, que é a imagem do manuscrito dessa poesia escrito pelo autor:
Eu adoraria que cada pessoa que se detem no blog ao menos deixasse uma pequena nota na caixa de comentário aos menos para dizer que detestou o texto. Mas, como não posso impor o comentário como condição de acesso o que faço é me resignar.
Decidi hoje adicionar algum dado bibliografico em relação a Camilo Pessanha a essa postagem, tendo como fonte o Portal São Francisco, escolhido pela objetividade do texto, mas um espaço realmente bom para aprender sobre o autor é sua página no site da Biblioteca Nacional de Portugal.
Talvez no futuro eu venha a mecher um pouco mais nessa postagem e acrescente a ela palavras minhas, por hora deixo um texto sintetico sobre o autor.
Amo essas postagens antigas que eu tenho a impressão que ninguém ler! Sempre que volto a elas tenho a impressão que estou me encontrando comigo mesmo.
O blog é uma falha no tempo, onde eu posso voltar e ver a mim mesma em um lapso do passado!
_______________________
Recife, 29 de Outubro de 2011.
Se passou mais de um ano desde que esse texto foi postado, notadamente ele é mais acessado durante o inverso e, segundo os mecanismos de rastreamento de acessos, os seus acessos costumam vim da Russia e de Portugal, são pessoas que não costumam comentar a postagem, não sei se pegam a imagem ou a poesia.
Para os que vem em busca da poesia deixo essa pérola que encontrei no site da Biblioteca Nacional de Portugal, que é a imagem do manuscrito dessa poesia escrito pelo autor:
Eu adoraria que cada pessoa que se detem no blog ao menos deixasse uma pequena nota na caixa de comentário aos menos para dizer que detestou o texto. Mas, como não posso impor o comentário como condição de acesso o que faço é me resignar.
Decidi hoje adicionar algum dado bibliografico em relação a Camilo Pessanha a essa postagem, tendo como fonte o Portal São Francisco, escolhido pela objetividade do texto, mas um espaço realmente bom para aprender sobre o autor é sua página no site da Biblioteca Nacional de Portugal.
Talvez no futuro eu venha a mecher um pouco mais nessa postagem e acrescente a ela palavras minhas, por hora deixo um texto sintetico sobre o autor.
Camilo de Almeida Pessanha nasceu no dia 7 de setembro de 1867 na cidade de Coimbra em Portugal.
Após formar-se em Direito foi para Macau, na China, onde exerceu a função de Professor.
Acometido de Tuberculose e, segundo alguns estudiosos, viciado em ópio, o que contribuía para o agravamento da doença, retornou várias vezes para a Portugal para tratar da sua saúde.
Essas viagens de pouco valeram, uma vez que o poeta faleceu em 1º de março de 1926 em Macau.
Camilo Pesanha que é, sem sombra de dúvidas, o maior e mais autêntico poeta Simbolista português foi fortemente influenciado pela poesia de do poeta frances Verlaine.
Sua poesia, que influenciou vários poetas modernistas, como por exemplo Fernando Pessoa, mostra o mundo sob a ótica da ilusão, da dor e do pessimismo.
O exílio do mundo e a desilusão em relação à Pátria também estão presentes em sua obra e passam a impressão de desintegração do seu ser.
A sua obra mais famosa é " Clepsidra", relógio de água, que contém poemas com musicalidade marcante e temas até certo ponto dramáticos.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Vento, ventania me leve sem destino...
Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos... Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos... Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar...
Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar...
Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Ásia, europa, américa...
(...)
Hum! Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...
Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero mover
As pás dos moinhos
E abrandar o calor do sol
Quero emaranhar
O cabelo da menina
Mandar meus beijos pelo ar...
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...
Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero mover
As pás dos moinhos
E abrandar o calor do sol
Quero emaranhar
O cabelo da menina
Mandar meus beijos pelo ar...
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