"Põe-me como selo sobre o teu coração,
como selo sobre o teu braço,
porque o amor é forte como a morte,
e duro como a sepultura o ciúmes;
as suas brasas são brasas de fogo..."
sexta-feira, 12 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
Chico Science: Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu!!!
Ah, que para mim Chico Science é o cara... Achei essa desenho entre os arquivos da da TCPQZ (me pergunto até hoje que diabos significa TCPQZ, me parece um segredo que essas pestes vão levar para o túmulo)... ou seja, os arquivos dos meus irmãos, um consanguineo e um de coração, não sei ao certo qual deles desenhou, mas sei que ambos compartilham uma paixão latente pela música produzida por esse homem genial que foi o Chico.
Meus irmãos me ensinaram a amar a música do mangueboy, maloquero e intelectualmente inquieto que misturou sons, temas, formas e cores para cantar o mundo que o cercava, que nesse caso foi o Recife, nossa história, nossa geografia, nossos problemas sociais entre outros temas.
E já que ultimamente ando falando muito sobre os desenhos não tão famosos do Recife, nada mais adequado que uma das músicas que mais gosto de Nação Zumbi para fechar esse ciclo...
Ah, gosto dessa música especialmente por esses versos: "Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu/ Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu/ Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu" É bem esse o espírito de quem tenta navegar pelos mares da educação em qualquer lugar do mundo: fazer uma embolada que permita aos nossos educandos saírem da lama para enfrentarem os urubus, mostrando que não somos vitimas de uma carnificina, mas sim sobreviventes, não somos carne morta e sim espíritos vivos prontos para mais uma batalha e mais outra e quantas foram necessárias...
A Cidade
Nação Zumbi
Composição: Chico Science
O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas
Não importa se são ruins, nem importa se são boas
E a cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metros
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade se encontra prostituída
Por aqueles que a usaram em busca de saída
Ilusora de pessoas de outros lugares
A cidade e sua fama vai além dos mares
No meio da esperteza internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu
Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu
Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu
Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu
Num dia de sol Recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
Imagem disponível AQUI! .
sábado, 6 de março de 2010
Sobre a cidade que eu conheço...
Não sei se acontece em todas as cidade do Brasil o que acontece em Recife, mas aqui quem mora nos subúrbios quando pretende ir ao centro da cidade, que aqui é o lugar do comércio, sempre diz: "Vou na cidade".
É consenso entre as pessoas que a cidade é o centro e o centro é a cidade, assim quando eu digo vou a cidade, estou dizendo que vou ao centro comercial, que diga-se de passagem é um lugar agitado, quente como o purgatório, barulhento e onde geralmente as pessoas não vivem apenas trabalham... com raras exceções... De dia o centro é o lugar do comercio a noite é o lugar dos ladrões, dos boêmios, daqueles que vagam pela cidade deserta em busca das diversões que a noite oferece! Para a maior parte dos que trabalham durante o dia, a noite a "cidade" é um lugar ameaçador e estranho e eu desconfio que isso seja mais ou menos assim em todas as cidades.
Mas, a questão não é essa... a questão é que a cidade que eu conheço realmente não é essa para onde a gente geralmente vai diariamente quando trabalha no comercio e vez ou outra quando precisa comprar algo, a cidade do Recife que eu conheço é a que nasceu nos lugares elevados do Recife, terrenos de antigos engenhos que na década de 50 do século XX foram ocupados pela população mais carente que foi sistematicamente expulsa do "centro da cidade" por um processo modernizador e por retirantes vindo do interior de Pernambuco e de outros estados próximos, como a Paraíba, por exemplo.
A outra cidade, a das pontes, casarios antigos, casas comerciais, museus, igrejas antigas, praias lindas, arranha céus gigantes, praças e derivados, claro, isso é Recife, mas Recife não é apenas isso.
Recife também é feita de seus morros, suas escadarias, suas ruas tortuosas, que parecem os braços de um polvo ou um rio que passa entre as casas, e isso também tem sua beleza... pq pessoas sobrevivendo dentro do improvável sempre é algo belo.
Outro dia uma de minhas amigas, uma professora primária, resolveu fazer um trabalho com seus alunos sobre a cidade do Recife e suas paisagens, só que ela não queria as paisagens comuns de cartões postais, ela queria algo com o qual seus alunos pudessem se identificar. Na verdade ela queria que os alunos e alunas dela entendessem que a casa deles também fazia parte da cidade, que o bairro deles também era parte do Recife, que o seu bairro tinha história e merecia ser bem cuidado e derivados, com isso ela queria trabalhar várias questões além de história, ela queria levar as crianças se valorizarem enquanto sujeitos e valorizarem também seu bairro (Eu sei, minha amiga é d+++!!!)
Eu me apaixonei pela idéia dela, claro, e lá fomos nós em busca dessas imagens no Google, como nós fomos inocentes... é claro que o Google não tinha imagens dessa cidade do Recife... então nós resolvemos fotografar nós mesmas algumas paisagens, eu mesma fotografei a partir da varanda da minha casa, da escadaria onde moro e também do Alto Treze de Maio, uma experiência legal, decidi fazer essa postagem com algumas dessas imagens e ir nos próximos dias colocando algumas outras, porque estou com medo de perder esse documentos nas sucessivas formatações e reformatassões do meu pc, que diga-se de passagem deve está em seus últimos dias, pobre criança atormentada por três irmãos impacientes e altamente dependentes dele para suas obrigações escolares, o que aliás me faz pensar se não seria boa idéia colocar nele algumas outras coisas que não quero perder...
Meu Deus... desse geito o blog vai passar de diario virtual a arquivo virtual de minha bobagens e afins... mas, o que é um diario senão um arquivo de bobagens e afins??
Ah, é bom lembrar, ou relembrar, que eu não tenho nada de fotografa... sou altamente sem noção para essas coisas, mas esse exercício é bom, acho até que vou tirar novas fotos e ir colocando por aqui, gostei dessa idéia!!!
Foto 1:
Gostei dessa pq nela aparece bem o traçado das escadarias, suas curvas, cada escadaria se conecta em algum ponto com outra escadaria, todas sempre dão em um alto que tem outras tantas escadarias, tudo junto é um verdadeiro labirinto, quem nasceu e cresceu aqui entende facilmente esses labirintos, quem nunca chegou aqui quando se ver dentro desses becos se sente perdido.
Foto 2:
Diretamente do teto da casa do meu visinho... é engraçado como as casas cobrem o morro totalmente formando o que a gente chama de Burity, um morro que virou bairro e que tem nome de fruta...
Engraçado também que todas as fotos de diferentes morros parecem iguais, mas não são iguais e os alunos compreendem isso perfeitamente, até mesmo aqui em casa quando passo as fotos para o pc e meus visinhos pequenos ficam em torno, como eles reconhecem as casas de seus amigos, os pontos de referencia, lembram histórias que ocorreram em determinado local... realmente... eu gostei dessa idéia de utilizar fotos do bairro para trabalhar com história da cidade.
Foto 3:
Gosto dessa foto pq ela mostra a rua principal do meu bairro Nova Descoberta, eu sempre tenho a impressão que essa rua é como um grande rio caudaloso, as escadarias são pequenos riozinhos, as águas são as pessoas... para que mar essas pessoas vão a partir do rio é uma questão que eu já não sei dizer...
Foto 4:
O bairro de Casa Amarela, alguns de seus prédios mais recentes e tantos outros bairros cujo nome eu ignoro.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Fullmetal Alchemist
Nos último tempos eu não vinha assistindo nenhum anime, estava com vontade de ver Inuyasha Kanketsu-hen, já que amo esse fofo que é o Inuyasha e me identifico com o gênio terrivel da Kagome (só me falta o corpo em forma dela e um Inuyasha na minha vida rsrsrs)...
Mas, na contra-mão de meus desejos acabei começando a ver Fullmetal Alchemist, os irmãos Edward e Alphonse Elric até aqui estão se revelando um par muito fofo, kawaii...
E, um episódio por dia, vagarosamente, vou descobrindo o que mais essa história reserva para mim, algo melhor que a novela das oito certamente será, e diga-se de passagem, um episódio de anime é muito mais curto que um episódio de novela!!!
P.S: Assim que tiver mais tempo, e uma internet mais decente,verei Inuyasha Kanketsu-hen"
Mas, na contra-mão de meus desejos acabei começando a ver Fullmetal Alchemist, os irmãos Edward e Alphonse Elric até aqui estão se revelando um par muito fofo, kawaii...
E, um episódio por dia, vagarosamente, vou descobrindo o que mais essa história reserva para mim, algo melhor que a novela das oito certamente será, e diga-se de passagem, um episódio de anime é muito mais curto que um episódio de novela!!!
P.S: Assim que tiver mais tempo, e uma internet mais decente,verei Inuyasha Kanketsu-hen"
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Um trecho do livro "A Insustentável leveza do ser" de Milan Kundera
"... na verdade, será atroz o peso e bela a leveza?
O mais pesado fardo nos esmaga, nos faz dobrar sob ele, nos esmaga contra o chão. Na poesia amorosa de todos os séculos, porém, a mulher deseja receber o peso do corpo masculino. O fardo mais pesado é, portanto, ao mesmo tempo, a imagem da mais intensa realização vital. Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais ela é real e verdadeira.
Por outro lado, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, que ele voe, se distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto insignificantes.
Então, o que escolher? O peso ou a leveza?
... o que é positivo, o peso ou a leveza?
... Uma coisa é certa. A contradição pesado-leve é a mais misteriosa e a mais ambígua de todas as contradições."
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Fotos da minha cidade!!!
Uma coisa que aprendi sobre fotos, é que elas não revelam a verdade, revelam apenas o olhar de uma pessoa sobre uma "verdade". Toda foto é uma produção de quem tira em conjunto com sua máquina, nada mais que um olhar!
Ontem tirei várias fotos, aqui estão duas da que mais gostei e que decidi colocar aqui pq não gostaria que essas fotos se perdessem entre formatações e virus que vez ou outra assolam meu pc... são um recorte, não são a verdade sobre minha cidade, são apenas resultado de meu olhar sobre ela!!!
Fotografar não é bem uma paixão para mim... não é uma coisa que eu saiba fazer ou mesmo entenda, eu até já tentei aprender um ou dois truques para tirar umas fotos mais decentes, mas não deu, não houve lição oferecida pelo meu irmão, ou mesmo por uma professora "caçadora de imagens" que desse geito na minha falta de habilidade.
Mas, a parte isso, essa semana levei a câmera fotografica para meu trabalho, crianças crescem muito rapido e gosto de ter os rostinhos fofinhos delas guardados... esse é um tempo bom que sinto que não vai voltar.
Mas, para além das crianças que eu tanto amo e que nunca vão ser expostas nesse espaço, dessa vez eu senti vontade de fotografar a paisagem que está em torno de nós, os morros do Recife que não entram nos catálogos turisticos, mas que regulam a dinâmica da vida de grande parte da população dessa cidade barulhenta, turbulenta, luminosa que é geralmente associada a suas pontes, mas que também é marcada por seus morros, que nas palavras de uma amiga minha "não são tão charmosos quanto os do Rio de Janeiro, mas também tem sua beleza!".
Ah... outra visão que é eu gosto muito, e que fotografei, é a que se tem quando se chega ao topo do Alto Treze de Maio, que, entre nós, é alto mesmoooooooooo... para chegar ao meu trabalho diariamente subo e desço esse alto, geralmente quando chego ao topo dou uma parada e aprecio a paisagem e o vento enquanto coloco meus pensamentos no lugar.
"O alto" oferece aos que param para ver uma visão singular da cidade, uma visão ampla, fresca, silenciosa, a essa distancia o barulho do trânsito não existe e vc tem a impressão que também não existe as pessoas, a miseria, o calor e a agônia do transito terrivel que preenche as ruas do Recife no horario de pique entre as seis e as sete horas da noite.
Ontem tirei várias fotos, aqui estão duas da que mais gostei e que decidi colocar aqui pq não gostaria que essas fotos se perdessem entre formatações e virus que vez ou outra assolam meu pc... são um recorte, não são a verdade sobre minha cidade, são apenas resultado de meu olhar sobre ela!!!
Fotografar não é bem uma paixão para mim... não é uma coisa que eu saiba fazer ou mesmo entenda, eu até já tentei aprender um ou dois truques para tirar umas fotos mais decentes, mas não deu, não houve lição oferecida pelo meu irmão, ou mesmo por uma professora "caçadora de imagens" que desse geito na minha falta de habilidade.
Mas, a parte isso, essa semana levei a câmera fotografica para meu trabalho, crianças crescem muito rapido e gosto de ter os rostinhos fofinhos delas guardados... esse é um tempo bom que sinto que não vai voltar.
Mas, para além das crianças que eu tanto amo e que nunca vão ser expostas nesse espaço, dessa vez eu senti vontade de fotografar a paisagem que está em torno de nós, os morros do Recife que não entram nos catálogos turisticos, mas que regulam a dinâmica da vida de grande parte da população dessa cidade barulhenta, turbulenta, luminosa que é geralmente associada a suas pontes, mas que também é marcada por seus morros, que nas palavras de uma amiga minha "não são tão charmosos quanto os do Rio de Janeiro, mas também tem sua beleza!".
Ah... outra visão que é eu gosto muito, e que fotografei, é a que se tem quando se chega ao topo do Alto Treze de Maio, que, entre nós, é alto mesmoooooooooo... para chegar ao meu trabalho diariamente subo e desço esse alto, geralmente quando chego ao topo dou uma parada e aprecio a paisagem e o vento enquanto coloco meus pensamentos no lugar.
"O alto" oferece aos que param para ver uma visão singular da cidade, uma visão ampla, fresca, silenciosa, a essa distancia o barulho do trânsito não existe e vc tem a impressão que também não existe as pessoas, a miseria, o calor e a agônia do transito terrivel que preenche as ruas do Recife no horario de pique entre as seis e as sete horas da noite.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Não Vá Embora
Sábado eu estava escutando umas músicas e de repente eu acabei me encontrando com uma música de Marisa Monte, "Não vá embora", eu sou uma droga quando gosto de uma coisa, fico escutando, vendo, lendo e derivados até a exaustão e só tiro a coisa da cabeça quando faço algo com o objeto de minha fixação.
Deixo aqui a dita música:
Marisa Monte
Composição: Arnaldo Antunes / Marisa Monte
E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida
Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo
(Refrão):
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero
(Refrão):
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais (2x)
Composição: Arnaldo Antunes / Marisa Monte
E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida
Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo
(Refrão):
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero
(Refrão):
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais (2x)
Como mulher eu nunca fui, vai saber se no futuro eu serei, o tipo que faz de tudo para alguém ficar comigo, levando as coisas até as últimas consequências. Sempre deixei os rapazes que povoaram minha vida se irem na primeira tentativa que fizeram, não me senti tentada a prende-los a mim, talvez por medo de que ao prender alguém a mim eu estivesse me prendendo a alguém e estar presa sempre me assusta.
Como amiga a coisa já flui diferente, já fiz e faço muita coisa para não perder um amigo ou amiga, coisas quase impossíveis e muito desgastantes... E não, não me arrependi, pelo contrário, quando penso o quanto estive perto de desistir de uma pessoa em especial sinto uma certa angústia. Por muito, muito pouco, não desistir de uma amiga incrível, mas por uma sorte do destino na hora H dei um passo para trás. Que sorte!!!
Mas, não é essa a questão. A questão é que essa dita música me fez postar uma pergunta no Yahoo, várias respostas diferentes, uma impossibilidade de escolher a melhor resposta e quando eu já estava pronta para fechar a pergunta, que foi muito mais longe do que eu esperava, alguém me lembra a primeira pessoa que eu amei e que foi embora.
Mais difícil que deixar os meus amados irem-se ou de suportar coisas muito doloridas para não perder a convivência com uma pessoa querida foi ver a minha tia me explicando que estava namorando um carinha com cara de tartaruga... Que ódio... Ela foi embora...
Taí uma pessoas que eu não quis com todas as forças que não fosse embora... chorei, me escondi para não ouvir explicações, fiquei um tempo sem comer, fiz resumidamente tudo que alguém pode fazer em matéria de chantagem emocional. Na época me pareceu o maior roubo da história, a maior traição, aliás, uma traição ainda hoje não perdoada.
Não eu não estou exagerando... rsrsrsrs... que drama mexicano... sim, eu estou exagerando, eu perdoei minha tia, tá bom, na verdade não perdoei... aquela tartaruga velha não merecia os melhores anos da juventude dela, uma filha que não era dela também não merecia, mas foi a primeira vez que eu me sentir abandonada na vida e quis dizer: "Não vá embora".
Rememorar esse acontecimento já tão distante, uns dez anos já se passaram, foi super estranho, eu não fui realmente abandonada, minha mãe não era uma incompetente, depois disso ela se tornou minha melhor amiga e começou a prestar mais atenção em mim, isso foi muito bom. Minha tia afinal tinha direito a ter projetos próprios e eu tinha, como tenho, mãe e no final das contas foi bom para todo mundo.
Talvez realmente seja melhor mesmo deixar os que querem ir embora em paz para realizar sua partida e tratar de guardar na memória o tempo em que elas estiveram conosco. Ao menos eu, sempre lembro do tempo que minha tia trançava meu cabelo, me levava para a escola, dormia comigo e me dava doce de goiaba quando eu realizava a gloriosa façanha de comer todo o almoço sem reclamar muito rsrsrs!!!!
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Um poema lindooo!!!
As palavras quando saem da condição de dicionário, possuem o incomodo poder de tocar a alma... Eu não consigo ficar indiferente ao poder das palavras organizadas em versos e os versos em poesia...
A poesia toca minha alma e me faz sonhar com coisas que as vezes parecem idilicas demais para serem reais... enfim, nos descaminhos da net encontrei mais uma poesia que acho que vale a pena colar aqui!!!
Observo-te
Observo-te!... Teu campo, teu domínio
Tua grandeza, tua proporção
Causa em mim, um tal fascínio
Que me entrego à contemplação...
Um oceano negro, salpicado
Reluzindo um brilho desigual
Em cada ponto teu, que é prateado
Há uma incerteza natural
Envolve a Terra com simplicidade
Interfere no comando da razão
Negas ao mundo tua claridade
Pois teu segredo, habita a escuridão
Os astros, súditos de teu reinado
São carícias, em teu revolto manto
Inspiram mistérios velados
Que chagam a causar-me espanto...
Sugere sempre o desconhecido
Incita toda a sensibilidade
Dominas o rumo de quem foi vencido
Pela fraqueza da curiosidade...
Causa-me inquietação
Quase um medo de te conhecer
Receio tua força, tua solidão
Quando te afastas ao amanhecer...
Céu... Infinito... Paraíso!
Quem sabe o que és realmente
Permaneces num ato conciso
Acolhendo este planeta incoerente...
Meus olhos brilham ao observar-te
Porto de almas infantis!
Meu coração deseja revelar-te
O quanto na verdade, me fazes sonhar...
Renato Moura
A poesia toca minha alma e me faz sonhar com coisas que as vezes parecem idilicas demais para serem reais... enfim, nos descaminhos da net encontrei mais uma poesia que acho que vale a pena colar aqui!!!
Observo-te
Observo-te!... Teu campo, teu domínio
Tua grandeza, tua proporção
Causa em mim, um tal fascínio
Que me entrego à contemplação...
Um oceano negro, salpicado
Reluzindo um brilho desigual
Em cada ponto teu, que é prateado
Há uma incerteza natural
Envolve a Terra com simplicidade
Interfere no comando da razão
Negas ao mundo tua claridade
Pois teu segredo, habita a escuridão
Os astros, súditos de teu reinado
São carícias, em teu revolto manto
Inspiram mistérios velados
Que chagam a causar-me espanto...
Sugere sempre o desconhecido
Incita toda a sensibilidade
Dominas o rumo de quem foi vencido
Pela fraqueza da curiosidade...
Causa-me inquietação
Quase um medo de te conhecer
Receio tua força, tua solidão
Quando te afastas ao amanhecer...
Céu... Infinito... Paraíso!
Quem sabe o que és realmente
Permaneces num ato conciso
Acolhendo este planeta incoerente...
Meus olhos brilham ao observar-te
Porto de almas infantis!
Meu coração deseja revelar-te
O quanto na verdade, me fazes sonhar...
Renato Moura
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A beira do Rio...
Mergulhada no universo de lirico de várias pessoas diferentes de repente lembrei-me dessa poesia de Fernando Pessoa!!!
Vez ou outra encontro com uma "Lidia" em minha vida e tenho vontade de convidar esta pessoa a se juntar comigo a ver o rio da vida e enlaçar as nossas mãos enquanto apreciamos a visão, mas repentinamente me ocorre o mesmo que ocorreu ao poeta quando escreveu essa poesia... persebo que é melhor não enlaçar as mãos... afinal de toda forma o rio passa e mais vale saber passar socegadamente...
Mas, será mesmo que mais vale ver o rio passar sossegadamente??? Será que não vale a pena se deixar inflamar pelo fogo da paixão, por ódios, amores e sabe Deus o que??? Hummmmm... Vai Saber?!?!?!
A única coisa que tenho certeza é que a vida passa tal como o rio...
Deixo, a quem interessar possa, a dita poesia, do dito Fernando Pessoa:
VEM SENTAR-SE COMIGO LÍDIA, À BEIRA DO RIO
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
Fonte: www.instituto-camoes.pt
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
Fonte: www.instituto-camoes.pt
domingo, 7 de fevereiro de 2010
40 coisas que seu filho deve fazer antes dos 7 anos!
1. Brincar, brincar, brincar.
2. Acampar na sala com você.
3. Ter segredos gostosos com o pai e com a mãe, separadamente.
4. Tomar banho de esguicho.
5. Plantar uma árvore ou um pezinho de feijão no algodão, dá na mesma.
6. Fazer biscoito, bolo, comida, se sujando e sujando a cozinha toda. Depois, comer aquela gororoba e ter dor de barriga.
7. E ganhar colinho. Ganhar colinho sempre, mesmo quando o colo fica pequeno. Aliás, existe colo pequeno? Que conversa estranha… Colo é colo!
8. Ter uma festa de aniversário legal – isso não tem nada a ver com gastar dinheiro e, sim, com reunir a família, comemorar e estar feliz.
9. Esperar o coelho da Páscoa. E ver as pegadas dele no chão…
10. Viajar “sozinho” – com os amigos, a escola, o acampamento…
11. Esperar Papai Noel chegar. E entender que aquele presente escondido no armário dos pais é outra coisa, nada a ver com Papai Noel.
12. Fazer misturinha. Sabe o que é? É poder, quando ir ao restaurante, misturar no copo de água tudo que aparecer na mesa: a bebida dos outros, açúcar, sal, pimenta, azeite, farelo de pão…
13. Ir para a escola, ser alfabetizado.
14. Ficar deitado na grama vendo estrelas e o desenho das nuvens
15. Escrever na parede – e levar bronca. Faz parte, mas uma coisa não invalida a outra.
16. Aprender a amarrar o tênis. E se sentir importante por causa disso.
17. Sentir-se importante. Porque, de fato, é.
18. Inventar história. Em todos os sentidos. Inventar.
19. Aprender a comer o básico. Porque o básico é básico.
20. Dormir bem e na hora. Em silêncio, limpinho, na própria cama.
21. Ir dormir tarde de vez em quando, porque é uma delícia.
22. Dormir na cama da mãe e do pai e fazer farra ou esticar a preguiça.
23. Faltar na aula sem motivo, num dia de chuva, por exemplo, e ficar em casa de pijama, brincando.
24. Ir à escola e aprender. Aprender até que faltar na aula é um prejuízo danado…
25. Fazer uma viagem pra longe. Disney. Esquiar. Acampar. Pantanal. Mudar de ambiente. Sonhar, delirar.
26. Descobrir que voltar pra casa é muito bom. E que nossa casa é um mundo, o universo.
27. Aprender a nadar, andar de bicicleta, ficar em pé no balanço.
28. Ter tido, estar pensando em ter ou ter freqüentado uma casinha na árvore. Vale só desejar, também. Aliás, desejar é muito bom, sempre. Motiva.
29. Ter ido a um concerto ou a um balé clássico ou uma ópera. E a um show de rock e a muitas e muitas e muitas peças infantis.
30. Fazer um espetáculo. Aquele de balé, do final do ano. Aquele da escola. Um show com os amigos, improvisado. Valem todos.
31. Ter coleção. De revista, de figurinha, de meleca, de mosquito morto, de minhoca, de carrinho, o que for.
32. Fazer besteira e não contar pra ninguém.
33. Dormir na casa dos avós, curtir com os avós, aproveitar os avós.
34. Ter medo e correr pro colo do pai e da mãe. E descobrir que, assim, o medo passa.
35. Aprender a comer comida japonesa ou thai, ou qualquer uma, assim, “diferente”.
36. Cantar.
37.Ter um amigão ou amigona de verdade, não invisível.
38. Ter falado o que gosta, ouvido o que não gosta, respondido o que não devia e pedido desculpa.
39. Ter conversado muito, muito, com o anjo da guarda.
40. Ter sido criança. Todos os dias. Aproveitando isso. Sem ninguém atrapalhar.
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