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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quando você fala o que quer...

A continuação a essa premissa é "... ouve o que não quer." e sim, eu costumo ouvir o que não quero e considero esse um preço justo pelo habito triste de dizer o que penso e se essa fosse a única consequência de se dizer o que pensa as coisas seriam ótimas!!!

Ouvir o que não quer é totalmente aceitável, afinal é impossível que todos sempre concordem com você/comigo da mesma forma que é impossível a qualquer ser humano na face da terra estar sempre certo. Acho mesmo muito pouco saudável que todos concordem com todos e eu não tenho necessidade existencial que todos achem minhas opiniões mais corretas, nobres e justas, todos estão muito livres para discordarem de mim.

Mas, o que ocorre na verdade quando você diz o que pensa geralmente não é a simples, boa e velha discordância, o que ocorre é que as pessoas se incomodam com pessoas francas e tendem a contrair inimizades com tais seres com uma facilidade assustadora.

Quando você fala o que quer a tendencia é você colecionar inimigos!!!

Minha irmã, com a ajuda do face, me mandou o seguinte recado:


É uma ironia dela, uma brincadeira de irmã e também um aviso para que eu modere minha língua...


Tudo bem, Rafaela é muito mais ponderada quando a revelar suas opiniões a respeito do que quer que seja e eu preciso aprender essa arte também. Porém, não consigo deixar de questionar o absurdo de que haja quem se torne seu inimigo mortal apenas por você ter o hábito de dizer suas opiniões francamente.

Putz, se não concorda não seria mais fácil expor francamente suas opiniões e ponto?!?! Falar na cara, colocar os pingos nos iii?

A proposito, começar a semana assim não é um bom pressagio, mas levem por menos, segunda-feira me deixa rabugenta!!!



segunda-feira, 23 de abril de 2012

Reconheço que não gosto da realidade...


"Reconheço que não gosto da realidade, que jamais gostei. Acatei como pude quando já não havia mais jeito de esquivar-me de suas leis, mas o texto dessas leis - que além do mais, são tantos - não entra na minha cabeça. Mal o retenho com um alinhavo precário, e de uma hora para outra o esqueço. Vou de sobressalto, desfazendo os nós confusos que atrapalham a tarefa, e sempre fico em dúvida se os desfiz direito."
(Carmen Martin Gaite, Nebulosidade Variável, p. 105)

Quando eu era criança meu pai costumava me "atormentar" me chamando de "Mundo da Lua", afinal, eu era levemente desatentar, vivia voando, sonhando acordada, fora do tempo presente. Mesmo sendo uma criança comunicativa sempre fui capaz de grandes momentos de introspecção, tão longos e profundos que o mundo poderia desabar e eu não veria.

Atravessei a adolescência desejando vencer essa capacidade de introspecção, controla-la, torna-la mais conveniente a minha realidade e nesses poucos anos de vida adulta percebo que tive ou tenho tido muito pouco sucesso nisso.

Eu não suporto a realidade em tempo integral... Ela me foge enquanto eu tenho alinhava-la de forma precária e continuo sonhando acordada e experimentando a dureza do chão enquanto não descubro por qual caminho se consegue "cair para cima".

Como escreveu Fernando Pessoa:

"Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja —
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar."

Mas, voltando ao paragrafo que deu inicio ao post, ele saiu do livro "Nebulosidade Variável" cuja leitura  seguida de uma forte identificação com as protagonistas e a amiga que me emprestou tem "me lembrado de não esquecer" que sofrer de inadequação crônica a certas formas da realidade não é um privilégio meu...

Talvez sejamos muitos espalhados pela multidão prestes a nos encontrar nas curvas do tempo, em becos improváveis, restaurantes em Shangai e momentos da vida...


segunda-feira, 16 de abril de 2012

BookCrossing Blogueiro

Lady Garça você pode ver mais por aqui!

Hoje foi meu dia de Lady Garça, acordei, coloquei minha estante abaixo em busca de um livro. Eu sei que podemos comprar um livro, mas para mim só tem graça deixar um livro MEU, um pelo qual eu tenha algum apreço, que seja legal e tudo e tal, pois a proposta tem have com desapegar.

E lá fui eu, mexi, remexi, tirei, coloquei e acabei decidindo pela minha edição de Garfield em grande forma de Jim Davis.


O Tiago Ribeiro escreveu uma resenha sobre esse livro e destacou duas coisas que achei super legais sobre Garfield:

1º o fato de Jim Daves falar através de Garfield:

"...sobre o comodismo do cidadão capaz de viver sua vidinha apenas sobre prazeres que rejeitam qualquer tipo de prazer um pouco mais saudável. Alimentação regada à exageros, sonos tirados além do habitual e, ainda, a televisão como única companheira – dura realidade de pessoas que encontram apenas nas telas o seu único meio de interação, mesmo com uma família por perto – são coisinhas que fazem de Garfield um de nossos retratos."

2º a questão da:

"... inversão de papéis entre homem e animal. No caso de Garfield, a natureza toma o lugar do humano e passa-o a controlar, chegando a parecer o próprio humano através de ordens que submetem o personagem Jon a fazer tudo o que seu dono manda. Incrivelmente, seu dono é um gato."

Mas, não foi por esses dois pontos justos que escolhi pelo gato preguiçoso e folgado. Escolhi por ele pois trata-se de um livro engraçado, eu também odeio segunda-feira e achei que em plena segunda, em um ônibus habitualmente lotado, achar um livro cuja capa tem um singular "Odeio Segunda-feira!" seria uma experiencia marcante para qualquer pessoa, mesmo se não fosse uma leitora em potencial.

Ah, a menina que achou o livro, coincidentemente desceu na mesma parada que eu e tentou me devolver o livro, então eu expliquei a ela que o livro era dela e a proposta de liberar um livro. Ela me achou meio louca, mas como já tinha assistido os filmes do Garfield acabou gostando de ganhar ele de grátis.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sou Fã \o/


Eu não sou uma pessoa muito imparcial, eu sou um tipo que é meio fã de muitos escritores passados, inúmeros personagens, alguns cantores, pouquíssimos atores, da minha mãe e avós, de várias tantas pessoas com as quais convivo concreta e virtualmente e atualmente eu acho que sou fã do Kevin...

E sim, claro que eu vou explicar de qual Kevin estou falando, abri esse post justamente para falar sobre ele.

O Kevin é um personagem de uma história escrita pelo jovem autor Christian V Louis, a história chama-se "Ironia do Destino" e tem uma particularidade interessante, ela não foi contada em um livro convencional, ela está sendo contada através de um blog com o mesmo nome.


Eu conheci o Ironias, durante uns dias de tensão, as vésperas de concluir minha pesquisa documental minha câmera digital resolveu quebrar, minha qualificação as portas, um nervosismo alto, sem consegui estudar. Entra em blog, sai em blog, cai nessa experiência virtual do Christian, li o prologo, gostei de cara do texto, embarquei na aventura.

Acabei lendo a história até o 10º capítulo, em menos de uma semana alcançando os leitores que acompanham desde o principio.

Detonei na leitura toda a minha tensão e virei fã do Kevin, ele deve ser o gótico mais fofo que conheci, embora eu realmente não tenha conhecido muitos góticos, é meio nervosinho as vezes, mas isso não diminui sua fofura.

Sim, a parte minha tietagem descarada com a história, tenho que dizer que o texto do Christian é organizado de uma forma muito interessante, ele me lembra as romances do séculos XIX que eram publicados nos jornais, como os livros de José de Alencar e de Dumas.

Cada capitulo/post é composto de altos e baixos emocionais sendo concluído com uma situação que deixa um sabor de quero mais, um certo suspense no ar a ser dissolvido no capitulo seguinte.

Gosto de como cada situação é trabalhada, dos diálogos dos personagens, da forma como as situações acontecem e como conseguimos visualiza-las, elas são possíveis e os personagens vão se desenvolvendo na história quase que sem pressa, naturalmente.

Acompanhar um romance capitulo a capitulo através do blog e conversar com o autor sobre o texto tem sido uma aventura deliciosa, algo inédito na minha vida blogueira. O Christian é um rapaz extremamente educado e eu já sou suspeita para falar, pois ele tem uma das qualidades que mais aprecio em amigos: ele suporta muito bem meus momentos de, nas palavras da Ana Seerig, "ataques de fofura", aquelas horas constrangedoras nas quais declaro minha afeição por ele em publico, chamo o bichinho de "Menino Velho", fofo e derivativos, a Ana foge para as montanhas...

Ah, apenas para concluir esse registro, deixo aqui minha critica ao Christian, na minha imaginação o Kevin não tem muito haver com o rapaz da foto que ele escolheu para ilustrar o blog, para mim o Kevin é um gêmeo do Kamui de X-1999.


E sim, antes que eu me esqueça, o Christian escreve o blog Escritos Lisérgicos, também é autor de 11 noites insones .

domingo, 18 de março de 2012

O velho desejo de voar...

Fim de domingo e inicio de segunda-feira, como grande parte dos meus companheiros de virtualidade sabem, é um momento pra lá de tenso para mim... Não tem jeito, me da arrepios pensar que mais uma segunda tá chegando com a aurora...

Porém eu já percebi que reclamar não ajuda, apenas agrava, então, por hoje, decidi pensar e escrever sobre algo diferente, algo agradável.

Decidi pensar em coisas positivas, ter um momento Pollyana. Nesse esforço acabei recordando um desejo antiquíssimo, anterior até mesmo ao meu velho desejo de dormir uma noite de 100 anos: o velho e bom desejo de voar!!!


Quem nunca sonhou em ganhar os céus, mergulhar nas nuvens e descobrir surpreso e sem prantos que elas são feitas de algodão doce e que os livros de geografia estão errados, pois o azul do céu é infinito?!?! Eu tenho certeza que cair pra cima não deve doer nada e se voar for coisa restrita apenas ao sonho eu me apego as palavras de um dos meus poetas prediletos e grito ao mundo que não faz mal:


"Um pouco mais de sonho para aquecer a alma,
Para alegrar os abismos do espírito.
Para dar à meia-noite as cores de uma tarde quente,
Enquanto não cessa o cortante hálito gelado do inverno.
De todo modo, vou optar por cair pra cima..."

Sim, eu confesso sem culpa nenhuma que tenho inveja dos pássaros. Afinal, são capazes de romper os limites da gravidade, ganhar o infinito, ir além e depois voltar a terra para cantar suas canções.

Sempre que vejo um pássaro em uma gaiola tenho vontade de abrir tudo e deixa-los voar. Há algo de perverso em pássaros engaiolados. Eu nunca aprendi a voar e está presa no chão já me sufoca, imagina os pássaros que nasceram com o azul por destino?!?!?!


Pássaros só tem lirismo quando rompem os limites da terra e ganham o céu voando em revoada, e já disse Salgado Maranhão:



"Os pássaros quando voam
Não deixam sequer rastro ao vento
Porque não voam com as asas
Apenas com o sentimento...
Os pássaros em revoada
Não buscam tão simplesmente
O ninho de algum lugar
Porque já estão pousados
No próprio ninho do ar."

Bem, mas falando em pássaros eu começo a considerar que é certo, aos seres humanos foi negado as asas. Contudo, talvez não nos tenha a Providencia negado o direito a voar.

Quem sabe haja na arte a possibilidade de vencer os limites da gravidade? Quem nunca voou com um bom livro, canção ou apreciando um quadro de Van Gogh?



Não sei... sei apenas que nesse papo de pássaros, não posso deixas de citar um "pássaro gente coisa linda", ou seja, o César Passarinho, cantor gaúcho querido que a Seerig me apresentou, escuto sua voz agora, ele canta as coisas que quer pra si, e só para jogar o desanimo de segunda longe eu me junto a ele:

"Eu quero ser gente igual aos avós
Eu quero ser gente igual aos meus pais
Eu quero ser homem sem máguas no peito
Eu quero respeito e direitos iguais
Eu quero este pampa semeando bondade
Eu quero sonhar com homens irmãos
Eu quero meu filho sem ódio nem guerra
Eu quero esta terra ao alcance das mãos
Que sejam mais justos os homens de agora
Que cantem cantigas, antigas e puras
Relembrem figuras sem nada temer
Procurem um mundo de paz na planura
E encontrem na luta, na força e na raça
Um novo caminho no alvorecer"

E ponderando sobre o velho desejo de voar ouvindo, ouvindo  a voz do gaúcho soando baixinho pelo meu quarto, já um tanto quanto sonolenta, decido tatuar pássaros na alma enquanto começo a pensar no dia de amanhã com seu Sol, nuvens brancas e todo azul do céu...Vou dormir.

Quem sabe ao acordar eu não me descubra possuidora de asas?!?!

domingo, 4 de março de 2012

Para começar a semana: "Comédia Simples"

Comédia Simples


Por alguma razão, as pessoas evitam aquele banco. Preferem ficar de pé a sentar nele. Alguém pode dizer que dá enjôo, outro que é desconfortável; existem, afinal, mil razões pra não sentar naquele banco. Eu, de minha parte, até o acho bastante divertido. Acho uma graça sentar de costas pro motorista e ver os demais passageiros de frente, sem falar na diversão de ver tudo se afastar pela janela.

Naquele banco, tudo é visto ao contrário, já que a impressão é de que está se andando de marcha-ré. Muitas pessoas se incomodam com isso, creio, se incomodam em ver as coisas do avesso, ver de outro ponto de vista, sair do comum. Qualquer bobeirinha, como ver pela janela a pessoa que está na calçada se afastando e não se aproximando, é motivo para as pessoas se sentirem mal.

Eu me divirto bastante com isso, sem um pouco de controle, facilmente seria encontrada no banco que fica de costas pro motorista rindo como uma maluca. É tão engraçado olhar pro caminho que o ônibus deixa pra trás, quanto é engraçado lembrar das brincadeiras e tolices de infância. Comédia simples, risadas sinceras.

Mas as pessoas parecem se incomodar com as coisas deixadas pra trás. Não olham, não pensam e, alguns, preferem fingir que esqueceram e, a simples menção de algo passado, é razão de angústia. Besteira, na minha opinião. Rir de piadas e idiotices passadas é altamente divertido! Mas o maior desperdício mesmo, penso eu, é ignorar os erros e fracassos, tê-los como vergonha. Com um erro, aprende-se a ser um melhor profissional. Com um relacionamento ou uma amizade que falhou, aprende-se a conviver com as pessoas.

Sim, devo admitir que, em algum ponto, olhar pra trás nos deixa tontos. Mas isso é simples: somos feitos para olhar pra frente. O passado ensina e diverte, mas não podemos viver nele. Do mesmo modo, é bom não andar como um cavalo selado, que vê só o que está na frente. É bom e necessário saber de onde se veio e para onde se vai, mas quando se está sentado num banco qualquer, é tolice não olhar para os lados e descobrir a melhor maneira de aproveitar o momento.

Viver da melhor maneira é tirar o melhor proveito da vida; é olhar pra todos os lados; é passado, presente e futuro; é não se deixar parar por uma alegria, uma dor ou um amor, é buscar por mais. Viver é apenas isso: viver, e não se deixar parar por mais difícil que possa ser.

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
(Oscar Wilde)

__________

Esse texto, expressa muito da minha forma de ser e estar no mundo, o meu jeito historiadora de ser... Olhando para o passado, para os lados e para o futuro... Dei de cara com ele no blog da Alguma coisa a mais para ti ler da Ana Seerig... Espero que ela não se importe com o empréstimo, começo a semana com ele, para ter um pouco mais de coragem nessa sempre difícil e sufocante segunda-feira!!!


Link do texto aqui.

domingo, 28 de agosto de 2011

Filosofia para Segunda-feira...

Néh por nada não, mas todo vez que o domingo começa a virar uma segunda-feira eu tenho vontade de postar algo assim:


"Eu, eu odeio Segunda-feira" e adoro repetir isso!


Para esse dia a única boa Filosofia é a de Ascenso Ferreira:

"Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!

Hora de trabalhar?

— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!"


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Segunda-feira!!!



É, pois é, néh?!?!? Fim de férias... De volta a rotina de todo dia... Acordar cedo, dormir tarde... Ler o que eu não quero... Minha vida estava tão boa... Trabalho de meio expediente... o resto do dia livre... acorda a hora que quer...

É, mas o ano letivo começou e a primeira segunda-feira chegou com tudo... Eu gosto do meu trabalho, mas também estava gostando das minhas férias \o/


E sim, eu detesto Segunda-Feira! Pense em um dia que me da até uma angústia... 

Eu concordo com o Garfield, o ar da segunda da alergia, já acordo sufocada, angustiada, tudo de novo, as mesmas mães ignorantes, as mesmas mães que pensam que você é uma idiota, a mesma gestora insuportável, as mesmas dificuldades de estrutura, o mesmo salário triste...

Depois Rafa pergunta pq o despertador do meu celular é They Say. É tão óbvio, meu mal-humor matinal precisa desse tônico, depois eu vou no ônibus escutando Sérgio Lopes para ter paciência e Cazuza, pq... ah, pq eu gosto de escutar Cazuza.


E sim, é preciso ter muita paciência para aguentar o aperto, as cutuveladas na cara, a péssima qualidade do transporte urbano, o calor matinal, aquele congestionamento monstro de todo dia, alguém que sempre acerta o foco da dor do meu ombro...

Uma vez alguém me disse que eu devia ficar feliz, afinal "eu tenho ombro pra doer, tenho emprego, não sou apenas eu que sofro no transito, no ônibus...no aperto...".


Tudo verdade!!! Só que na segunda, jogo do contente não dá, não consigo da uma de Poliana no primeiro dia da semana... a partir da terça a coisa já melhora, mas na segunda... realmente não dá, não sou eu, é ela... Segunda não devia existir, mas já que existe devia ser feriado!


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Recife, 03 de Julho de 2011.

É impressionante como todo domingo e toda segunda esse post sempre é super consultado... Na verdade eu mesma morro de vontade de repostar ele toda segunda-feira....