sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Manter a cabeça erguida: da minha rotina e do que eu tento fazer...

Sexta-feira é um dia meio ressacado pra mim, sempre parece que eu bebi uma boa cachaça a semana inteira ou simplesmente passei a segunda e a terna enfurnada no arquivo e a quarta e a quinta enfurnada na universidade, então acordo meio dolorida... É meu dia oficial de descanso, de assistir anime, de dormir até tarde...

Os fins de semana eu guardo para colocar as leituras em dia, fichar meus textos, organizar a semana... Mas, não é apenas de minha rotina que eu gostaria de postar hoje, embora pense que valha a pena registrar esses dias em que estou aprendendo a ser historiadora.

Eu também gostaria de deixar por aqui, a poesia que remexeu meus pensamentos durante toda a semana com seu convite a manter a cabeça erguida e olhar adiante. Algo decididamente muito difícil de se fazer, uma vez que a coluna as vezes reclama e as pernas latejam, mas suponho que viver em pé é sempre melhor que rastejando e quem vive de cabeça erguida pode ver o mar, o sol e as possibilidades adiante!



"ERGUER A CABEÇA ACIMA DO REBANHO"

Erguer a cabeça acima do rebanho
é um risco
que alguns insolentes correm.

Mais fácil e costumeiro
seria olhar para as gramíneas
como a habitudinária manada.

Mas alguns erguem a cabeça
olham em torno
e percebem de onde vem o lobo.

O rebanho depende de um olhar.
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P.S.: Tita, obrigada por ter compartilhado a poesia comigo e me apresentado o autor!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Registro...

Então, esse blog é meu diário, todo mundo sabe, afinal eu anuncio isso aos quatros ventos e tomo o máximo de cuidado para que em alguma encruzilhada esse sentido não se perca. Logo,ada é mais natural que lembrando essa característica desse espaço, eu não poderia deixar de registrar o dia em que acordei e vi um texto meu publicado no blog da Elaine Gaspareto que completa três anos de blogosfera e me convidou para escrever um texto para seu blog Um pouco de mim.

Postagem de festa: Jacilene, ou Pandora

E sim, aproveitando o embalo, registro também o respeito que sempre sinto pela Elaine, responsável por eu ter conhecido tantas pessoas legais pelos mares da blogosfera... Pessoas com as quais compartilho a experiência de viver a virtualidade em sua forma abstracta e concreta.

É uma honra me juntar a festa da Elaine, comemorar os amigos, os encontros, o muito de nós que deixamos em nosso blog e o muito de nossos blogs que se mistura todo dia um pouco mais ao que somos.

De muitas formas nós somos a essência de nosso blog e nosso blog se mistura a essência do que somos!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Lua Adversa

Hoje é meu dia de escrever no Em Quantos... e eu planejei mil coisas para escrever, mas chegando em casa encontrei com Cecília Meireles e havemos de admitir, as vezes, uma poesia fala mais que mil postagens.

Postagem de hoje no Em quantos...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram" - Parte 2

Eu já devo ter falado sobre isso aqui, certamente já falei em blogs de amigos, com toda certeza quem me conhece já me ouviu falar isso tantas vezes que já enjoou... Mas é verdade, eu penso isso sobre sonhos eles são geralmente esquisito, idiotas e meio apavorantes... Há claro, os que dizem ser toda noite de sono uma noite de sonhos, simplesmente as vezes não lembramos do que sonhamos, eu não sei ao certo como isso funciona, qualquer dia desses tomo vergonha e começo a estudar um pouco sobre sonhos.


Enquanto o estudo não vem, considero certo o fato de que sonhos bons são ruins porque acabam e você volta a realidade muito frustada, os sonhos ruins, são péssimos porque te colocam lado a lado com o que te machuca e os incompreensíveis são pavorosos porque bem, são incompreensíveis.

E eu estou escrevendo esse post porque essa noite tive um sonho onde um dos meus colegas de virtualidade apareceu de uma forma curiosa e eu não estou afim de guardar o sonho para mim, não estou a fim de contar para meus amigos feitos de carne e sangue e nem estou afim de escrever e-mail para quem quer que seja hoje, então vou colocar aqui no blog mesmo que é meu território livre rsrs e sem mais delongas vou a descrição do sonho esquisito:

"Eu estava aqui na minha cama, no meu quarto, estudando, sentada entre meus actuais livros de estudo quando minha irmã chegou da federal (lugar onde ambas estudamos) me contando que encontrou com um amigo meu que perguntou por mim ao que eu respondi perguntando quem seria esse amigo e ela me respondeu. Só que no sonho eu simplesmente não conseguia lembrar de quem ela estava falando, associar o nome a pessoa, então simplesmente, disse:  "Oxe Rafa, não lembro dele, como ele é?". Só que em vez de responder minha pergunta minha irmã se transformou totalmente, ficou histérica (daquele jeito que faz até Painho fazer o que ela quer)e começou a me acusar:  "Como você pode esquecer dessa pessoa?"; "Você não poderia ter esquecido!" e blá... blá... blá... E eu fui ficando desesperada... desesperada e nada de lembrar... nada de lembrar... Até que acordei, assustada, suada (o ventilador estava desligado rsrsr) e sem lembrar da pessoa em questão... Demorei 15 segundos para associar o nome a pessoa e percebe que se tratava de uma pessoa da virtualidade."

Táh que o sonho é o terreno do barroco, onde vida e morte se encontram, onde sombras e luz se misturam, o sagrado e profano ficam lado a lado em duelos de forças ou posturas de equilibrio, onde os corpos adquirem contornos estranhos nos dialogos entre luz e sombra de maneira que é até natural sonhar que o ser humano com o qual convivo mais concretamente (minha irmã) se encontre com algum companheir@ de virtualidade, com o qual convivo de forma totalmente abstrata.


Também não é de se estranhar que em sonho não haja uma pessoa com quem associar o nome, afinal para muitos companheir@s de virtualidade o nome, o rosto, a vida que se constroe no mundo onde as pessoas são feitas de carne e sangue é um tabu, o que na minha opinião não é ruim, gosto dessa forma liquida de se relacionar, mas realmente não curto sonhos.

Enfim, gravo aqui o sonho porque ele veio da virtualidade e a ela volta para que se feche o circulo e experiência não se repita.

sábado, 22 de outubro de 2011

Sobre Esperança...


"Enganoso presente de Pandora, a esperança então neutraliza o objeto de interesse, tornando impossível refletir sobre ele. Em vez disso, leva as pessoas a agirem segundo considerações de outro tipo, tais como deuses, justiça ... todas elas... presumivelmente menos poderosa que a natureza humana, e em especial numa crise."
(SAHLINS, Marshall. História e Cultura: apologia a Tucídides. pg. 118)
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Se eu pensasse que a vida segue uma lógica racional, se eu acreditasse em uma Natureza Humana,  se eu não fosse uma romântica incorrigível... talvez eu concordasse com essa idéia.

Como não, faço como Sahlins e cito a idéia apenas para dizer que não gosto dela e continuo achando que a Esperança não é um presente enganoso é apenas aquilo que dia após dia nos faz levantar da cama e seguir vida a diante uma vez que seguramente não sabemos que surpresas nos trará o dia.

Como diria o lendário Rei Davi:

"Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite."
(Salmo: 19, 02)

Sonho Impossível - Maria Bethânia

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