quinta-feira, 15 de março de 2012

Todo menino é um Rei...


Outro dia em meio aos comerciais de televisão eu escutei a música cujo e a letra me fez pensar: "Todo Menino É Um Rei" na voz de Roberto Ribeiro, me peguei pensando dos meus pimpolhos da creche, do meus sobrinhos, de Vinícios, sobrinho de Aline.

Eu brinco que Vinícios é um amor conquistado, lembro que quando ele era menor ele fechava os olhinhos quando me via e se encolhia... Outro dia estive na casa da avó dele e ele olhou assim para mim, mediu a distancia e pulou certeiro em meu colo.

Coisa linda esse pequeno! É mesmo um Rei! Realmente olhando para as lembranças vivas de nosso  último encontro só posso confirmar a idéias: "Todo menino é um Rei!" e Vinícios tem uma corte grande viu, Aline só falta morrer; a Mãe dele então nem se fala, filho único; para completar tem a Avó e o Avô corujas \o/ e mais uma tia consanguínea e o esposo dela e claro por ultimo eu que adotei e fui adotada por ele,  nesse caso acho que a adoção foi mutua \o/


É claro que eu gosto das meninas, elas conversam com você, tão atentas a tudo o que se passa, inteligentes, fofas, lindas desde sempre... Mas confesso que meu fraco, e minha paixão são mesmo os meninos com sua energia sem fim, alegria, força, a forma como eles pulam em cima de você e ficam confortáveis no seu colo. Eles não deveriam crescer... Se eu pudesse mandaria a todos para a "Terra do Nunca..."!


Mas, lamentavelmente não há "Terra do Nunca", também desconfio que eles não querem isso, os meninos tem pressa em crescer, sempre desejam ser homens rápido, logo, correndo... Lembro de um pequeno de meus dias de creche que no auge dos seus três anos olhou seriamente para mim e disse: "Sou homem Tia!" eu lembro também que agarrei ele com meu jeito nem um pouco delicado, cheirei bastante, fiz cocegas, fiz ele ri, ri com ele... Mas nunca conseguir tirar da cabeça dele a ideia de que ele já era um HOMEM. Uma pena!

É certo que todos os meninos viram homens, da mesma forma que as meninas viram mulheres, é o destino deles, é o correto e para isso que lhes educamos, mas não precisava ser rápido néh?! Até porque uma vez homem sempre homem, não se dá para fazer o relógio girar ao contrário. Porém, de muitas formas, penso serem verdadeiras as palavras do Roberto Ribeiro:

"... menino sonha demais
Menino sonha com coisas
Que a gente cresce e não vê jamais.."

Espero que para os meus meninos não hajam muitos sonhos desfeitos, que eles cresçam e sejam felizes, espero e oro para que cresçam lindos e fortes, que se tornem Homens de direito e de fato.

Mas por favor tempo seja lento!!! Que eles cresçam bem devagarinhoooo, que eles pulem em cima de mim por muito tempo; que eu possa ir muitas vezes a praia com Aline e Vinícios, que Eick caiba nos meus braços, que Arthur continue gostando de braço e colo e Ramon se sinta a vontade para se jogar na minha cama... E mesmo quando eles crescerem, continuem gostando dos meus meus abraços e cheiros... Isso não é pedir demais, ou é?!?!

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P.S.: Eu escrevi esse post e deixei ele na gaveta, mas recentemente a Ana Seerig, essa menina velha querida, me enviou o link de uma coletânea de música do lindo Cesar Passarinho, entre as música estava a lindíssima "Não Há Pandorgas No Céu". Essa canção me fez ter vontade de tirar esse post da gaveta, gostaria de encontrar um vídeo, infelizmente não achei, mas deixo um dos versos que condizem com o que eu penso que ocorre quando meninos crescem fora de tempo:

"... Se quebra a vida em pedaços
As horas correm vazias
Sem travessuras e abraços"

segunda-feira, 12 de março de 2012

Blogagem Coletiva: O que você faz de bom?



Quando a Bia do Jubiart me convidou a participar dessa blogagem coletiva, eu, uma amante dessa prática bloguistica, comecei a pensar... E pense em uma proposta que me deu trabalho... Eu me vi pensando nisso no ônibus, no banho... Olhando o por do sol, em meio a leituras acadêmicas e diante dessa pagina em branco.

O que eu faço de bom?

Se a Bia me tivesse feito essa pergunta há um ano atrás eu seria capaz de responder na lata, eu diria algo como:


"Eu não sou uma educadora assim excepcional, fantástica, mas eu me esforço para ser uma boa educadora para as crianças e para as adolescentes e isso é o que faço de bom!"

Acontece que há mais de ano eu precisei dar um tempo na Escola Dominical e estou de licença na creche me dedicando ao mestrado.

Então graças a Bia e sua pergunta capciosa eu descobrir que sem meu trabalho prático eu fiquei sem ter como me afirmar como pessoa que faz algo de bom para o  mundo e acabei me perguntando até que ponto essa falta de certeza em torno do meu atual momento profissional tem me afetado no momento da escrita acadêmica tornando ela um tormento.

Graças a Bia eu me vi questionando meu atual estado de mestranda e o que estou fazendo agora. Me perguntei se tudo isso é só por vaidade profissional, para poder assinar mestre nos meus trabalhos acadêmicos, se é para ganhar alguns reais a mais ou para dar a honrada biblioteca do Departamento de Educação mais um calhamaço para se encher de poeira ao longo dos anos.

No final, cavei em minhas memórias e meditando a noite, junto a minha cama e Deus, lembrei que em relação ao mestrado, comecei esse curso por um pouco de vaidade profissional, sim, pensando que o salário poderia ser melhor, sim. Mas não foi isso primordialmente.

O primordial, o que me deu energia, foi pensar que, após ele, eu seria uma profissional melhor, mais qualificada. Foi a certeza de que uma professora de História tem que ter a experiência de ter realizado uma pesquisa e a convicção de que conhecer a História da Educação no Brasil faria toda a diferença na minha prática pedagógica o motor responsável por mim impulsionar adiante.

Logo, me preparar para exercer minha profissão bem é o que faço de bom hoje!

A partir desse pensamento eu consigo reencontrar o foco para seguir na pesquisa e na escrita da dissertação, acho que fiquei devendo uma a Bia!!!

Mas, agora, terminando esse texto e, mesmo que respirando um pouco mais aliviada por ter reencontrado meu objetivo primordial quase esquecido, começo a pensar que se afirmar apenas a partir da vida profissional pode não ser uma coisa muito boa.

As pessoas são mais que suas profissões... E parece que minha saga com a pergunta da Bia em vez de terminar com essa postagem está apenas começando, ainda vou remoer muito essa questão...

sábado, 10 de março de 2012

Da imagem que me espantou e pequenas notas...

Há algum tempo encontrei essa imagem a partir do meu falecido face, sim, eu achei que estava sozinha nessa terra inóspita povoada por mães que não param de reclamar..


Realmente minha mãe costuma dizer que meu quarto é o Lixão da Muribeca devido a mistura de livros, xerox e roupas que se espalham por toda parte, se bem que meus lençóis eu dobro quando acordo é ótimo ver que outras são como ela, sou apenas mais uma gota no oceano de filhas bagunceiras kkkkkkkk


Agora as notas:

1. Eu tenho que agradecer a vocês que comentaram o último poste, muitooo, muitooo, muitooo, obrigada pelo apoio de sempre, pelos alertas... Tenho a teoria de que quando temos um problema o melhor a fazer é contar a pelo menos 10 pessoas, quando você escuta a 10ª seu problema já parece menor e você deixa de se sentir a última criatura do mundo. A ultima postagem foi assim, eu me sentido mal, péssima, mas depois de ouvir vocês eu sempre me sinto melhor, percebendo que não estou sozinha ou recebendo palavras de apoio que me fazem parar de mimimi e ir a luta!!!




2. Ontem foi meu dia de postar no Em Quantos e lá, como trata-se de um blog com alta concentração de historiadores, somos 3 (Cacá, Aleska e euzinha), decidi sortear algumas de minhas revistas de história,  um livro e alguns marcadores, se alguém que por acaso passar por aqui se interessar pode clicar aqui, ir lá e participar!




3. Hoje também estou lá na Saleta de Leitura falando sobre "Quando o livro vira filme", para quem curte livros e cinema a postagem pode render um bom debate, então deixo o convite a quem gosta \o/


4. A Bia do Jubiart está propondo para o próximo dia 12 de Março uma Blogagem Coletiva, sim, eu já comecei a fazer meu texto, mas vou confessar algo a vocês, tá sendo tão difícil escrever esse texto, desde que peguei a licença da creche sinto dificuldade em me afirmar como pessoa que faz algo de útil por outras pessoas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Tá complicado...

Ultimamente todo dia é assim... 


Acordar tá difícil...

Outro dia conversando com Rafael Jr., meu nobre irmão, contei a ele que tava pal acordar, ai ele me relembrou um velho versiculo que tinha escrito em um quadro na casa de Voinha:

"Eu me deitei e dormi; acordei porque o Senhor me sustentou."
(Salmo, cap. 3, vers. 5)

Nunca precisei lembrar tanto desse Salmo!

domingo, 4 de março de 2012

Para começar a semana: "Comédia Simples"

Comédia Simples


Por alguma razão, as pessoas evitam aquele banco. Preferem ficar de pé a sentar nele. Alguém pode dizer que dá enjôo, outro que é desconfortável; existem, afinal, mil razões pra não sentar naquele banco. Eu, de minha parte, até o acho bastante divertido. Acho uma graça sentar de costas pro motorista e ver os demais passageiros de frente, sem falar na diversão de ver tudo se afastar pela janela.

Naquele banco, tudo é visto ao contrário, já que a impressão é de que está se andando de marcha-ré. Muitas pessoas se incomodam com isso, creio, se incomodam em ver as coisas do avesso, ver de outro ponto de vista, sair do comum. Qualquer bobeirinha, como ver pela janela a pessoa que está na calçada se afastando e não se aproximando, é motivo para as pessoas se sentirem mal.

Eu me divirto bastante com isso, sem um pouco de controle, facilmente seria encontrada no banco que fica de costas pro motorista rindo como uma maluca. É tão engraçado olhar pro caminho que o ônibus deixa pra trás, quanto é engraçado lembrar das brincadeiras e tolices de infância. Comédia simples, risadas sinceras.

Mas as pessoas parecem se incomodar com as coisas deixadas pra trás. Não olham, não pensam e, alguns, preferem fingir que esqueceram e, a simples menção de algo passado, é razão de angústia. Besteira, na minha opinião. Rir de piadas e idiotices passadas é altamente divertido! Mas o maior desperdício mesmo, penso eu, é ignorar os erros e fracassos, tê-los como vergonha. Com um erro, aprende-se a ser um melhor profissional. Com um relacionamento ou uma amizade que falhou, aprende-se a conviver com as pessoas.

Sim, devo admitir que, em algum ponto, olhar pra trás nos deixa tontos. Mas isso é simples: somos feitos para olhar pra frente. O passado ensina e diverte, mas não podemos viver nele. Do mesmo modo, é bom não andar como um cavalo selado, que vê só o que está na frente. É bom e necessário saber de onde se veio e para onde se vai, mas quando se está sentado num banco qualquer, é tolice não olhar para os lados e descobrir a melhor maneira de aproveitar o momento.

Viver da melhor maneira é tirar o melhor proveito da vida; é olhar pra todos os lados; é passado, presente e futuro; é não se deixar parar por uma alegria, uma dor ou um amor, é buscar por mais. Viver é apenas isso: viver, e não se deixar parar por mais difícil que possa ser.

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
(Oscar Wilde)

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Esse texto, expressa muito da minha forma de ser e estar no mundo, o meu jeito historiadora de ser... Olhando para o passado, para os lados e para o futuro... Dei de cara com ele no blog da Alguma coisa a mais para ti ler da Ana Seerig... Espero que ela não se importe com o empréstimo, começo a semana com ele, para ter um pouco mais de coragem nessa sempre difícil e sufocante segunda-feira!!!


Link do texto aqui.