terça-feira, 30 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 30 - Qual o livro que você leu esse ano que menos gostou?

Cinquenta tons de cinza não é que o livro seja péssimo, horrível ou o pior que li na vida. Confesso que se tivesse encontrado ele entre algum livro da Série Momentos Íntimos eu diria até que é um livro regular, por ser de fácil leitura.

Mas, no formato no qual foi lançado, com toda a pompa, glória e barulho, ele se torna um texto que promete muito e entrega pouco, é uma enganação.

Não sou contra livro do tipo "Momentos Íntimos" com cenas sensuais, textos simples, adoráveis pervertidos  irreais do cabelo a medula e heroínas inocentes, sortudas e improváveis, eu já li muitos dessa série. Mas sou rigorosamente contra anunciar um livro nesse formato como se fosse a última novidade do pacote das novidades literárias e ainda chamar de pornô para mamães, como se as mães fossem seres com desejos sexuais reprimidos e capacidade intelectual inferior para distingui um livro ruim de um bom e derivativos.

Eu penso que se as mamães quiserem ler pornografia ou tiverem o habito de fazer isso, elas facilmente encontrarão coisa muito melhor 50 tons, elas vão da lista da Série Momentos Íntimos para cima com muita facilidade. Mamães não são otárias em potencial sofrendo de falta de senso critico cronica, a maternidade não transforma ninguém em otária.

Por isso foi o pior livro do ano vai para ele, pela enganação, pela não-novidade vestida de novidade, um livro que só fez esse sucesso assustador porque uma cultura hegemônica sempre é uma cultura hegemônica  #OpiniãoPessoal


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva Lendas Urbanas: Cumade Fulozinha

Há quem diga que a lenda de Cumade Fulozinha, uma menina de longos cabelos negros, muito lisos que mora nas matas e é responsável por sua proteção é uma história totalmente rural, mas Nova Descoberta é um bairro que surgiu majoritariamente a partir da década de 1950 e as casas foram avançando através da mata que existia aqui então muitos dos moradores de meu bairro tem muita história para contar sobre esse personagem.

Minha mãe conta que meu bisavô Arthur, homem taciturno, caladão, cheio de manias, cujo passatempo maior era caçar, ao se preparar para se embrenhar nas matas jamais deixou de preparar um rolo de fumo para deixar a Cumade e nunca deixou de se portar com respeito em seu território, caçando apenas aquilo que seria consumido na refeição e em hipótese alguma proferindo palavras feias ou de baixo calão no terreno a ela pertencente.

Tudo isso era mata antes de 1950.
Mas, quem realmente afirma a realidade da existência desse personagem é o primo Bastião. O primo Bastião conta que quando jovem se embrenhou na mata para caçar com os outros primos, porém resolveu em um arroubo da juventude não deixar fumo para Cumade Fulozinha, ato que sozinho já foi suficiente para deixar todos os outros primos amedrontados e suspeitosos em relação a qualquer pé de vento ou barulhinho de bicho.

A atitude pretensiosa dele deixou todos amedrontados e irritados tanto que logo começaram a recrimina-lo por tamanha falta de prudencia. Homem nordestino, ignorante até o talo, e no calor da juventude, ele logo se irritou com todos eles e começou a falar palavrões e xingamentos baixos em plena mata. "Que Cumade Fulozinha que nada! Isso não existe!Vocês vão ver! Olha só o que digo para essa Cumade #%&*#$%&*".

Diante de tamanha falta de prudencia os outros primos se recusaram a continuar em companhia dele e voltaram para casa abandonando o primo Bastião sozinho na caçada.

Uma vez sozinho o primo Bastião conta que de repente ele se viu em uma clareira com mato baixo e um silêncio de morte se fez na mata, não se ouvia nem um pio de passarinho, nem um barulhinho de galho quebrando, nada de nada até que um vento frio soprou desafiando o calor do sol e de repente apareceu diante dele uma menina de mais ou menos um metro e meio de altura, cabelos negros chegando aos pés divididos em duas longas tranças que apenas questionou: "Então você não deixa meu fumo e ainda fala palavrão na minha mata! Vamos ver se eu não existo!".

Ao vê-la se aproximando o primo Bastião conta que se pôs a correr desesperadamente mata a fora com ela em seu encalço lhe chicoteando o corpo todo com as tranças do cabelo até deixa-lo meio morto e completamente chicoteado, cheio de vergões pelo corpo todo em um castigo exemplar para a sua má conduta.

Se é verdade ou mentira eu não sei, mas realmente ele chegou em casa meio morto depois dessa aventura, com o corpo todo coberto de vergões e até hoje jamais esquece de levar o fumo de rolo e não falar palavrões ou desafiar aquilo que ele não entende quando está dentro de uma mata.
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E essa foi a minha participação na Blogagem Coletiva: Lendas Urbanas, proposta pelo Christian V. Louis do Escritos Lisérgicos.

Tá, quem me contou essa história não foi o primo Bastião e sim, se a memória não me trai, minha tia-avó Edite (Didi), eu não vejo o primo há mais de duas décadas, mas conta-se que realmente ocorreu dele ir caçar com os outros primos, ser deixado sozinho na mata e voltar para casa todo lapiado culpando a Cumade Fulozinha pelo ocorrido.

No blog "O historiador e o tempo" é possível encontrar o texto "Comadre Fulozinha: a dona das matas" cujo conteúdo esclarece um pouco mais a cerca desse personagem característico da cultura nordestina.

Meme Literário de Um Mês: Dia 29 - Qual foi o último livro que você comprou?


O Um pouco de nós, pelo motivo mais obvio do mundo:
Eu faço parte da história desse livro!!!

sábado, 27 de outubro de 2012

Meme Literário de Um Mês 2012: Dia 27 – Cite um livro que você gostaria de ler mas que por algum motivo nunca leu.

Ganhando meu pão de Máximo Górki. Vi o Luciano falando sobre esse livro em seu blog o .Livro e achei que o livro tinha tudo haver comigo. Anteriormente já tinha ouvido/lido um amigo falar/escrever sobre Górki então penso que ele seja um autor que vale a pena ser lido.

No entanto, ainda não juntei coragem para encarar. Em breve farei isso.