sábado, 29 de setembro de 2012

Breve Canção de Sonho... Coisas de fim de novela...

Breve canção de sonho é o titulo de uma canção tema de um casal da novela das sete que chegou ao fim hoje, a Cheias de Charme.


Desde que meu pai se aposentou duas coisas passaram a fazer parte da rotina da casa: nossas brigas e as novelas...

E eu descobrir que realmente meu pai é enervante, eu tenho um folego enorme para discussões sem pé nem cabeça e novela pode ser legal.

Novelas são como aqueles romances da Nova Cultura, te fazem sonhar, desejar viver um grande amor e para completar ainda tem a trilha a sonora.

Eu não sou lá muito musical, mas não houve forma possível ou imaginaria de eu não me apaixonar perdidamente pela música "Breve Canção de Sonho". Que música linda!!! Não da para não amar!!!

Me tocou profundamente, me toca profundamente ouvir essa canção, mesmo eu que sempre digo "Sonhos são esquisitos, idiotas e me apavoram", vou sentir falta de ligar a televisão e vez ou outra ouvir as notas e os versos dessa canção.

Vou demorar a me habituar a não ver mais os personagens da trama, suas idas e vindas, amores e desamores, momentos difíceis e felizes, sorrisos e lágrimas...

Noveleiras, abram os braços e recebam mais uma nesse time enorme \o/

 

Breve Canção De Sonho
Zélia Duncan

Dormi sozinha e acordei
Cantando a nossa canção
Canção que só escutei
Num sonho que eu não lembrei
Mas juro havia paixão

Ainda vou me lembrar
De cada nota e refrão
Só sei que cê tava lá
E tudo o que aconteceu
Fugiu pra outro lugar

Não sei se posso falar assim do que vi
Você cantava pra mim
Suspiros, flores, perdão
Canção de amor é assim

Dormi sozinha e acordei
Cantando a nossa canção
Canção que só escutei
Num sonho que eu não lembrei
Mas juro havia paixão

Não sei se posso falar assim do que vi
Você cantava pra mim
Suspiros, flores, perdão
Canção de amor é assim

Não sei se posso falar assim do que vi sem saber
Você cantava pra mim
Se é ato falho, não sei
Canção de amor é assim

Você cantava pra mim
Se é ato falho, não sei
Canção de amor é assim

Você cantava pra mim
Suspiros, flores, perdão
Canção de amor é assim

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pequenos Registros...


Hoje fiquei com vontade de fazer pequenos registros do que se passou por esses dias... Coisas simples como o último livro que li no ônibus, chama-se "11 noites insones" escrito pelo Christian V. Louis. Foi interessante ler o livro enquanto eu viajava porque tive a impressão que os personagens do livro viveram algo semelhante a uma viagem de 11 dias. Pensando na história do livro lembrei das viagens que fiz durante minha graduação.

Quando eu viajava com um grupo de alunos do curso, cada dia costumava virar um ano. Muita coisa ocorria a cada hora, as relações se desenvolviam de forma potencializada, talvez pelo isolamento da família, por está em terreno desconhecido ou pela intensidade de todos os sentimentos na pós-adolescência.

É incrível com na manhã do segundo dia você já sente que conhece todo mundo, na do quarto já brigou com alguém, na do quinto já se entendeu, no do oitavo passou a amar alguém que você desconhecia totalmente até a manhã do sétimo dia e no décimo primeiro dia tudo acaba, você sente que algo ficou por fazer/dizer e tem a impressão de ter descoberto algo que pode mudar a sua vida.

Ah, em um momento da trama, o personagem principal é comparado a Samara, personagem de um dos poucos filmes de terror que assistir na vida: "O chamado". Eu descobrir lendo o "11 noites" que "O Chamado" é uma adaptação americana de um filme japonês é uma copia da Sadako. Navegando pela net acabei vendo coisas engraçadas produzidas a partir dessas histórias de terror, como essa imagem ai do lado que peguei aqui.

Sobre o destino da minha pequena viagem eu gostaria muito de contar como "Fui a Garanhuns, não fiz nada do que queria fazer, mas ganhei uma coca-cola grátis". Infelizmente minha amiga pediu para que essa história não fosse além dos limites da vida concreta. Eu posso até contar o "causo" para quem eu quiser, mas não posso escrever no blog! É, eu fui censurada shuashuas...

Posso, no entanto, dizer que, antes da viagem, eu comemorei junto com a Aleska e um monte de pessoas legais o terceiro aniversário do Diários de Bordo com uma mega-blogagem coletiva. A Aleska fez um post com os melhores momentos com a ajuda de alguns amigos e a parte o grande ciumes que sinto de ver ela sendo ajudada por tanta gente. Também me sinto feliz, gosto muito de ver a Aleska tornando as ideias dela possíveis, o mundo é um lugar melhor quando pessoas como ela conseguem agir.

Quando cheguei em casa na segunda-feira encontrei a vida meio fora do lugar. Voinho que já não estava bem, teve uma pequena piora... Meu pai viajou para São Paulo novamente, Rafaela está meio louca com a universidade, mas meu irmão mais novo disse que trouxe o filme "Adeus minha concubina" e não perguntou se eu queria assistir com ele, mas esperou um momento no qual estávamos eu e ele na sala para colocar no DVD e dar inicio a sessão de cinema.

Pensei em falar desse filme hoje, mas acho melhor registrar a curiosa constatação de que meu irmão poderia ter visto o filme sozinho e não o fez. Será que ele ficou esperando para ver comigo? Eu não sei... Pode ser que sim, pode ser que não...

Aos 26 anos, sinto que não demorará muito para que cada um de nós três tome um rumo diferente na vida e deixe de compartilhar o mesmo teto, então aproveito esses momentos de cumplicidade intelectual com meu irmão e gosto muito...

Me pergunto quantos filmes mais vamos ver assim, comentando cena a cena, falando da historiografia do tema, do momento histórico no qual o filme foi produzido, do impacto daquela produção em nossas vidas e até que ponto o filme conseguiu ser fiel ao que é consenso em relação a época que retrata ou na possibilidade de eu ler o livro, porque Júnior realmente não gosta muito de ler.

Ah, falando de irmãos, registro que dos prazeres que descobrir a partir do momento que comecei a ter contato com as pessoas através da virtualidade foi o de ter algo como um irmão mais velho e ser algo como uma irmã mais jovem de alguém... Todo mundo tem que ter um irmão ou irmã mais velh@ para chamar de seu.

E por fim... Estou tentando me organizar para dar um pulo na loja de eletrônico mais próxima, preciso de um fone de ouvido para usar em uma coisa chamada Skype e talvez concretizar um novo projeto virtual...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma página do meu diário...


Quando se reduz o universo das possibilidades a apenas uma unidade acho que pessoas com tendencia a duvidas e incertezas tendem a entrar em uma mini-crise existencial.

Eu sou uma dessas pessoas, então escolher qual das muitas páginas dos meus diários transcrever nesse post se tornou uma missão quase impossível.

Foram tantos momentos especiais... O primeiro amor, o primeiro beijo, a primeira frustração, as mudanças no corpo, as pavorosas experiencias da adolescência, as páginas coladas, algumas discussões homéricas com meu pai Hulk, a vida de pré-vestibulanda, a vida de graduanda, anotações sobre uma amizade querida construída a partir de e-mails que mais parecem cartas saídas do século XIX, Aline, como eu falo de Aline (amiga desde 1998). Intimidade, sonho, esperança, medos, metas de leitura... gritos dados no vazio.

Foi difícil escolher, mas pensando a escolha como algo necessário cheguei a um consenso comigo mesma quando me deparei com uma anotação com cara de poesia feita a quase 11 anos atrás.

Não me lembro do contexto no qual essa anotação foi feita. Só sei que na época eu tinha 15 anos, era uma adolescente meio viajada, perdida, ou encontrada, no mundo da Lua, cheia de dúvidas, como é natural da idade.

Segundo consta no cabeçalho do texto, era dia 07 de Dezembro de 2001, uma sexta-feira, eu tinha o habito de escrever no fim do dia, então é possível que eu estivesse meio grogue se sono quando escrevi isso, mas ainda assim, gravo aqui essa página de meu diário.

Agora...

Sinto meu corpo flutuando no ar e por um segundo sou o que não sou.
Há outro ser, mas leve e real que eu no meu ser.
E é ela que voa entre os pássaros e ama os homens.
Eu fico só, sem vê a ninguém ou enxergando alguma coisa além de mim.

"É só isso?"
É a pergunta mais constante em mim e em meu corpo.

Meu coração pula enquanto minhas mãos deslizam e meus olhos queimam como chamas ardentes.

Penso...
Sonho...
E só vejo que...
Deixa pra lá...
Continuo a sonhar!

Jacilene S. Clemente
_______________________

A medida que os links forem sendo divulgados eu vou adicionando aqui, a ordem é aleatória e eu aconselho a visita a cada um deles!!!



Palavras em Movimento

Abs: Abstrações

Palavras Vagabundas

Coisinhas da Chica

Luz de Luma, yes party!

Escritos Lisérgicos

Devaneios e Desvarios

Entre mãe e filha

O lado de fora do coração

Diários de Bordo

Simples e Clara

Publicar para Partilhar

Pensamentos de uma Rafaela

Seguindo a brisa

Fractais da Calu

Em nossas vidas

Malú, I am

Eternamente VV

Assim, assim

Das Coisas que eu gosto

Sonhos e melodias

Insanidade Temporária

A cor da letra

M@myrene

Loba

Em nossas vidas

Tenho alma vintage

Divagações de Cronópio

Uma e outras...

Notas de Rodapé

INCONSCIENTE FLUTUANTE

Saleta de Leitura

Palavresias

Spiderwebs

Cozinha de Mulher

Saibam que...

Tudo o que eu quiser postar

Se você participou da festa e seu link não está nessa lista, por favor, deixe seu link nos comentário do post para que eu posso acrescenta-lo a lista!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Assim também ofende néh!!!

Nos últimos tempos a leitura de textos voltados para a História e a escrita tem consumido grande parte de meus dias. De forma que tem sido muito mais frequente na rotina desse blog que eu fale de livros ou comece uma reflexão a partir de uma leitura de algum livro.

E bem, hoje isso vai se repetir um pouco... Perdão pela repetição!

Mas, como minha pesquisa de mestrado diz respeito as ultimas décadas do Império do Brasil fui obrigada a me deparar com o livro "O pântano e o riacho" de Raimundo Arrais. O livro é resultado da pesquisa de doutoramento dele feita na USP e tenta tratar das transformações pelas quais passou o espaço urbano do Recife ao longo do século XIX.

Para tanto, ele invoca textos clássicos sobre a cidade durante o século XIX. Ele analisa textos produzidos durante a primeira métade o século XX por Pereira da Costa, Mario Sette e Gilberto Freyre, entre outros. Aliás a melhor parte do livro  é quando ele fala sobre os autores e a forma como eles desenharam a cidade do Recife em seus discursos.

Enfim, no final do livro ele vai falando o que não deu certo para a cidade, o que foi sonhado e não concretizado e fala sobre os subúrbios da cidade. É certo que no inicio do século XIX há um certo romantismo na visão que os intelectuais tinham do subúrbio. Carlos Pena Filho, na primeira metade do século XX, falou assim dos subúrbios da cidade:

"Nos subúrbios coloridos
em que a cidade se estende,
em seus longos arredores,
onde, a cada instante nasce
uma rosa de papel,
caminham as tecelãs.
Restos de amor nos cabelos
que ocultam por ocultar,
levam a noite no ventre
e a madrugada no olhar..."

Quase cinquenta anos depois muitas águas rolaram debaixo das pontes da velha cidade do Recife, houve os milhares de retirantes vindos dos diversos estados do Nordeste para cá, houve a expulsão da população do centro para o subúrbio, pseudos-revoluções, ditadura, resseção, crise, caos... Enquanto as áreas que pertenciam a velhos engenhos foram sendo lentamente ocupadas e a cidade foi crescendo meio loucamente.

Se eu fosse descrever Recife eu roubaria as palavras de Terry Pratchett usadas para descrever Ankh-Morpork em "A Magia de Holy Wood":

"Os poetas a muito desistiram de tentar descrever a cidade. Os mais espertos disfarçam. Dizem que... bem... talvez ela seja malcheirosa, talvez ela seja superpovoada, talvez ela seja um pouco como o Inferno seria se controlassem o fogo que queima por lá e formassem um curral cheio de vacas com problemas intestinais durante um ano. Mas é preciso admitir que ela é cheia de vida pura, dinâmica e vibrante. E é verdade, apesar de serem os poetas quem dizem isso. E as pessoas que não são poetas dizem: e daí? Os colchões também tendem a ser cheios de vida, mais ninguém escreve odes a eles. Os cidadãos odeiam morar lá e, se são obrigados a mudar para outra cidade por causa do trabalho, por aventura ou, o que é mais comum, para esperar que algum astatuto de limitações expire, não vem a hora de voltar para que possam sentir um pouco mais do prazer de odiar viver lá. Eles colocam adesivos na parte de trás da carroça dizendo: "Ankh-Morpork - Odeia-a ou deixe-a"...
(...) Ela sobreviveu a enchentes, incêndios, multidões, revoluções e dragões."
(Terry Pratchett, A magia de Holy Wood, p. 12-13)

A cidade de Recife inteira é complicada, louca, maravilhosamente viva e cheia de problemas. Meu bairro é cheio de problemas, se eu os fosse listar eu precisaria de um novo blog só para isso. A parte isso, destaco uma parte do texto de "O pântano e o Riacho" no qual Raimundo Arrais fala das áreas elevadas do Recife:

"Ali, o que era o romantismo de subúrbio virou desumanidade e medo. Na visão noturna de quem entra no Recife, são aquelas luzes mínimas cintilando no fio frágil das formas subindo e descendo os morros descalvados da primitiva mata. Na visão diurna, impõe-se o anti-cartão postal dos panoramas da Grande Recife: a imagem da iminência das tragédias coletivas nos véus negros das lonas distribuídas pelo governo para cobrir os trechos das ribanceiras e impedir que, fustigados pela chuva, desçam rolando, no esbarrancamento desse aglomerado indistinto de paredes, alicerces, telhas e tralhas domésticas."
(ARRAIS, Raimundo, O pântano e o riacho: a formação do espaço publico no Recife do século XIX, pg. 516, 517)

Caraca meu irmão!!! Quantas expressões pejorativas em uma única descrição: desumanidade, medo, anti-cartão postal, tragédias coletivas... Ele chamou meus livros de tralha ou é impressão minha?!?!

Tá, eu não sou Gabriela, mas vou usar uma fala dela: "Gostei não!" e em minhas próprias palavras: "Assim ofende!".

Nós somos pessoas certo! Somos humanidade e não desumanidade. Todas as pessoas do mundo vivem a iminência da tragédia coletiva. Medo? Falta de segurança é um problema da cidade inteira e não apenas dos suburbios da cidade, todo mundo vive com medo nos dias de hoje. Sinceramente eu me sinto muito mais segura quando o ônibus dobra a Avenida Norte e eu me vejo no meu bairro, respiro, estou em casa. E definitivamente tralha é uma palavra ofensiva para designar os bens adquiridos através de uma vida de trabalho duro e constante.

Me deu tanta raiva ler essa passagem do livro que não pude evitar vim aqui e escrever! Não é que o suburbio seja o paraíso na terra, não é! Muita coisa precisa ser mudada por aqui, há o descaso do poder público, há esgotos a céu aberto, tem lugares nos quais chega a conta de água e não chega água, os problemas urbanidade são muitos mesmoooo com todos os "oos" do mundo.

Mas não consigo deixa de pensar que nessa passagem o Raimundo Arraes pareceu o Caco Antibes dando uma de poeta e não posso deixa de exclamar: "Qualé cara! Isso é bullying sábia?".


domingo, 9 de setembro de 2012

Blogagem Coletiva: posso te convidar?

Blogagem Coletiva é uma coisa que alguns gostam, outros não. Eu particularmente vez ou outra to participando.

Acho um exercício interessante me juntar a um grupo de pessoas e abordar um tema comum, a partir dessa brincadeira sempre conheço novas pessoas e novas opiniões, além claro de vez outra me divertir e sentir que também divirto outras pessoas com a leitura dos textos que saem dessa experiencia.


Geralmente quando eu convido para uma blogagem isso tem haver com a Aleska, que todo mundo aqui já deve conhecer porque vez ou outra, ou vez em sempre, eu falo dela. E dessa vez não é diferente. Ela mais uma vez propôs uma blogagem, e ideia tema dessa vez é: "Uma página do meu diário".

Eu tive diário durante muitos anos, mas depois inventei de ter blog, o blog acabou engolindo qualquer outro exercício de escrita envolvendo memórias, momentos de desamparo, bobagens que são sérias para mim (Leseiras), fotos, poemas, realizações profissionais, meus amigos (quem nunca falou de seus amigos no diário?) ou apontamentos sobre livros lidos.

A maioria dos temas que povoavam as páginas do meu diário povoam as páginas desse blog a única diferença é que o diário minha mãe lia escondido o blog Deus e o mundo podem ler livremente e comentar.


Emfim, a data da blogagem é 13 de setembro de 2012 (quinta-feita) e todos estão convidados a participar!

"Se você tiver um diário na realidade, pode escolher um dia que você tenha gostado muito, ou que te marcou pro resto da vida, ou até mesmo epifanias e poemas, receita de bolo da vovó que você guarda com amor em um caderno antigo, música que inspira, um conto guardado que quer sair da gaveta, um desabafo.
Se seu blog for seu diário e você quiser pode aproveitar algum post que foi especial repostá-lo.
Se quiser escrever algo diferente ou mesmo colocar uma foto tudo bem."

No dia 13, depois de fazer a postagem você passar aqui ou no Diário de Bordo da Aleska e deixar o link da sua postagem para a gente conferir seu texto e para você poder participar de um sorteio de um caderno customizado pela Ana Seerig com um tema surpresa.

Eu e a Aleska temos um desses cadernos e eu acho super show, como sou exibida mostro logo o meu:


E o da Aleska:


O tema do que será sorteado é surpresa!!!

Presente da Luma