quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Lembrando de um personagem e descansando em uma Igreja

Há alguns anos atrás, quando eu ainda era "uma rata de biblioteca", ou "a rata de biblioteca da escola"  conheci Millan Kundera e "Risíveis Amores", um livro composto por sete contos INCRÍVEIS;  bem,  continuo sendo um rata, mas hoje frequento outras tocas. Foi em meio as minhas novas tocas  lembrei de Eduardo, um personagem do sétimo conto de Risíveis Amores: "Eduardo e Deus".

(esse post contém spoiler sobre o conto)

Em "Eduardo e Deus", Milan conta a história de um cabra que para conquistar uma moça acaba aprendendo a frequentar igrejas e da uma de cristão, com o tempo já esqueci muita coisa sobre esse livro, mas jamais vou esquecer a cara pasma de Eduardo observando sua amante tão tímida e puritana desfilando nua pelo apartamento depois de ter conseguido o que queria... Acho que ele esperava que ela chorasse arrependida por ter traído um mandamento divino ou algo do gênero... Acredite, enquanto eu lia eu ria e não me pergunte o motivo pq eu até hoje não sei...

Como li em um blog, para conquistar a moça Eduardo se mete em "um jogo fascinante entre representar, ser, brincadeira, leveza, peso, gratuidade e irreversibilidade" e "se vê enredado em situações que o levam cada vez mais a ser aquilo que utilizava como representação". Se bem me lembro o conto termina com um Eduardo que já maduro frequenta a igreja e chega mesmo a crer, quem diria???

Ah tá... mas não é sobre Eduardo que eu queria falar.... mas sim o motivo da lembrança... lembrei de Eduardo em meio a um momento de angustia quando parei, pensei duas vezes e entrei na Igreja da Boa Vista, sentei, contemplei as paredes que me cercavam e respirei... não vou dizer que tive um estase religioso, um momento de revelação e decidir me tornar uma cristã católica... Não, não é isso, não é dessa vez que vou me tornar professora de catequese em vez de professora da escola dominical... Não é isso mesmo...

É que, de repente me lembrei que quando eu era criança, educada religiosamente por um avó e uma avô evangélicos consevadorissimos eu não conseguia nem mesmo entrar em uma igreja católica, me sentia mal... tinha medo... angústia... sei lá... hoje, depois de realizar alguns trabalhos dentro de igrejas católicas da minha cidade me aproximei demais desses espaços, me apropriei de sua geografia, me familiarizei com a estética e chego a me sentir confortável dentro desse espaço... pensando nisso me lembrei de Eduardo, não do homem boquiaberto que me fez ri, mas do homem que se percebe em estase religioso... e ri novamente, mas dessa vez ri de mim.

Ah, vou deixar aqui algumas imagens da Matriz da Boa Vista, que fica na Rua da Imperatriz, Boa Vista, em Recife-PE, uma igreja que demorou 105 anos para ser construída e é um dos mais belos templos de Recife, vou colocar fotos que tirei em dois momentos diferentes... nesse meu momento risível e  em uma missa  (embora eu goste mais da Igreja de Santo Antônio_depois faço um poste sobre a Igreja em si_).






sábado, 25 de setembro de 2010

Uma experiencia com o inglês, com uma música e idéias sobre família...

O início desse ano foi marcado por mim por uma determinação: APRENDER UM POUCO DE INGLÊS!!!

Então, para unir a determinação a alguma atitude eu entrei em um curso de inglês... e não, essa não é uma história de sucesso... não estou tendo muito sucesso nessa empreitada. Já mudei de professor três vezes, o próprio endereço do curso mudou, eu não tenho tempo de estudar em casa, como o endereço está mais longe sempre chego atrasada e resumindo tudo eu passei de uma pessoa que não sabia nada de inglês a uma aluna fraquissima de um curso relativamente caro... Ah, não sai do curso pq estou presa a ele por um contrato do qual se eu desistir pago uma multa exorbitante e se vc mora em Recife me pergunte o nome da empresa que eu digo sem pudor... só não coloco aqui pq bem... aff...

Mas, vamos ser francos, a parte todos os transtornos, a culpa do meu aprendizado porco é muito minha, pq uma coisa a famigerada empresa oferece de bom e isso é os professores... todos ótimos... o que faz o clima da sala ser sempre bom... é uma experiência ótima ser aluna do meu professor de inglês e a sala dele é uma ambiente alegre onde ocorrem mais sorrisos do que em qualquer outro espaço que eu frequente e ele mesmo diz que nós o fazemos ri... o olhe que a aula é a ultima de um sábado de um professor que trabalha a semana toda e pasmem, ele não tem pressa de ir embora e é claro que eu amo "my teacher"!!!

Mediada por "my teacher", a minha experiência com o inglês não tem sido menos traumática e eu venho descobrindo que posso aprender outra língua, mas que do jeito que está dificilmente vai ser dessa vez!!!!

Sobre música, a questão é que a linguagem que o professor elegeu para revisar alguns conteúdos trabalhados anteriormente foi uma música: Family Portrait da Pink... eu não conhecia nem a música nem a cantora e amei conhecer as duas...

A música é linda, e vou deixar o link, o youtube proibe incorporação desse vídeo, ele é um capitulo a parte... no meu mundo onde música em geral vem sendo incluída a pouco tempo, foi um choque conhecer o trabalho da Pink, falando sério gostei muito, embora não possa citar motivos pq desconheço a linguagem usada para se falar de música, mas sei que o coro no final da música foi o golpe de misericordia de emoção em uma música já bastante forte nesse sentido.

E o tema da música é família, só que quem fala de família é uma filha cuja família fica linda nas fotografias, mas que na verdade guarda uma mãe que chora tanto que ela não aguenta mais ouvir aquele choro, um pai que grita tanto que ela também não aguenta mais ouvir, o vidro que quebra depois que ela deita na cama, enfim um lar onde ocorre a Terceira Guerra Mundial. O lar da pirralha da música é uma bagunça, o pai diz que vai embora a mãe chora, eles não oferecem nada decente para a filha, mas no final das contas ela é que se sente culpada, ela é que pede ao pai que não saia, que promete que sua mãe vai ser mais legal... que não vai mais derrubar leite no jantar e vai ser uma irmã melhor para seus irmãos.

Convivo com crianças, os mais diversos tipos que passam pelas mais diversas situações, sei que não existe INFÂNCIA  e sim INFÂNCIAS, que cada realidade é uma realidade e o modelo de infância que a televisão, que a literatura infantil e derivativos mostram é uma ilusão de óptica que não resiste a realidade e sua analise, mas sempre choca ver um pequeno passando por tormentas. Não parece justo mesmo e na verdade não é!

Até aqui ainda não tinha escutado uma música tão perfeita na arte de descrever como funciona um lar onde a Terceira Guerra Mundial se reproduz... pq é assim mesmo que é... os pais se degladiam, falam de dinheiro, dos problemas do filho mais novo, da filha mais velha e tudo como se não existisse mais ninguém naquele microcosmo... as crianças observam e choram... não querem que seus pais se separem.

Me pergunto: "Os pais pensam que os filhos são acéfalos, cegos e surdos?"

Não obtenho respostas para esses casos, sei que pais e mães são apenas homens e mulheres e não existem cursos para ser pai e mãe, nem marido e mulher ,e que nada na vida é perfeito... mas esse tipo de situação se repete mais do que podemos contar e simplesmente não é justo para ninguém crescer no meio de uma guerra e ainda considerar o nível de culpa que vc tem disso tudo é uma crueldade e a Pink retratou isso com maestria e repito que o coro foi o requinte de crueldade,  ouso dizer que se essa música não fizer  alguém pensar e repensar certas coisas... bem deixe-mos os três pontos para não nos precipitar-mos, afinal não sou a pessoa mais bem entendida quando o assunto é música ou o que quer que seja!

Enfim, não conheço a discografia ou a história de Pink, não sei se ela canta a história dela, não me inclino a ter pena dela se essa for a história em questão, mas gostei da nega, do jeito como ela se expressa... quem sabe não nasce aqui uma fã... bem não sei, mas é algo a se pensar!!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mudanças no visual do blog, aniversários e promoções...

Pois é, eu inventei de brincar de testar mudanças e acabei mudando todo o blog, quase tive um troço quando percebi que não poderia retornar ao modelo antigo... Pensei em pular de um pé de coentro, pensei em me afogar em um copo d'água ou em me enforcar com uma linha de costura, porém, no entanto, todavia terminei ficando do jeito que estou  e o blog mudou de cara... Detesto mudanças bruscas de estetica... E tenho que comentar isso, pq tenho esperança de mudar quanto a essa aversão a mudanças... rsrsrsr... A frase ficou estranha, mas é por ai mesmo...

No mais, quero divulgar duas promoções por essas bandas e isso não é só pelo divino gosto de ter direito a mais um número no sorteio da Elaine ou para fazer uma coisa que a Di me sugeriu... mas sim pq vou aproveitar para falar desses dois espaços virtuais que são especiais para mim.

Primeiro a Elaine, o Casinha de Taipa está fazendo 1 aninho, huhu... e a Elaine fez promoção... e é super fácil de participar, para saber como Clique aqui e veja!!!

E já que estou falando da promoção vou aproveitar e vou falar da Elaine e do blog dela. A questão é que essa caixa é mais antiga que a caixa da Elaine, esse blog vai fazer dois anos, mas durante o primeiro ano do blog ele só teve uma postagem, é que eu escrevia e não publicava, ficava tudo na caixa como forma de rascunho... só comecei a publica realmente por aqui a partir do segundo ano do blog, mas só peguei impulso para levar a experiência de ser blogueira ao observar como a Elaine levava a experiência de ser blogueira a frente... a medida que eu via os caminhos do Casinha de Taipa fui aprendendo a dar caminho a minha Caixa, o que tem sido uma ótima experiência, narrar minhas histórias e registrar meus caminhos é algo que tem peso em minha vida... a festa da Elaine é minha festa!!!

Parabéns Elaine!!!!


Outro blog em festa é o blog da Di, o Mãe Bipolar e filha Jacaré, a Di eu conheço apenas virtualmente e a relativamente pouco tempo, mas acompanhar o blog dela tem sido uma experiência e tanto para mim, é que ela se conduz com a Rebeca de uma forma parecida com a que minha mãe se conduz comigo e com meus irmãos, então a medida que eu acompanho a experiência dela com a maternidade é como se eu encontrasse com minha própria mãe, mas nova e vivendo essas experiências... Muita e muitas vezes o que a Di vive com Rebeca eu já ouvir mainha dizendo que viveu comigo ou mesmo a vi vivendo com Rafael ou Rafaela, e acho que tenho dito a ela que reencontro minha mãe, suas neuras, presentimentos e derivativos nela.

É uma experiência viajada ler seu blog Di, acompanhar o passo-a-passo dos episódios que rondam a sua relação com sua filha é massa, as vezes digo que te vendo chego a conclusão de que mãe é tudo igual, na verdade não é... cada mãe é uma, mas todas as mães tem pontos em comum... muitos pontos que as vezes, aos olhos das filhas fazem com que elas pareçam iguais.

E se a Di teve que dribla mil dificuldades e medos para ser mãe não foi diferente com mainha, mas essa não é uma história que eu goste de contar... Para que a Di possa entender, basta dizer que eu sempre  questionei de mim para mim mesma até que ponto foi bom para mainha ter uma filha naquele momento especifico, o quanto eu roubei inúmeras possibilidade dela e se não seria melhor ela ter dado outro rumo a vida dela que não a maternidade, se ela não deveria ter sanado a tristeza dela por outros caminhos. Quando leio as palavras da Di entendo que talvez eu esteja pensando um monte enorme de besteiras.

Parabéns a você também Di!!!

Para saber como participar da promoção do Mãe Bipolar e Filha Jacaré basta clicar aqui!!!


Valeu meninas... Parabéns e que possamos continuar nos encontrando por esses caminhos e descaminhos...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Uma idéia sobre Liberdade...


"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem."

___

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. pg. 37.

domingo, 19 de setembro de 2010

Minha irmã e a Série Crepúsculo!!!!

É, eu confesso que sou fã da serie de Sthefany Meyer, não nego tal coisa, li os livros e assistir os três filmes que foram lançados até então, aliás, posso dizer que assistir até a exaustão, não a minha exaustão, mas a exaustão da minha irmã caçula... Ela estava chegando as raias da loucura comigo, tanto que emprestou o filme a um amigo meu... Afff....

Mas, espera ai, a série não é dedicada a adolescentes??? Então pq minha irmã adolescente detesta tanto??? Ah, pq minha irmã é uma chata!!! E como chata que é, ela me convidou a assistir um pequeno vídeo sobre a serie Crepúsculo, tá eu confesso, ri muito com esse vídeo, concordei com algumas coisas_ tá bom, como convivo com as fãs sei que grande parte é verdade, outras achei outras um excesso... mas não resisto e deixo aqui a memória desse momento de risos!!!

Realmente minha irmã foi a forra comigo... tudo bem, mas deixo claro que vai ter troco!!!! Ela também gosta de meia dúzia de coisas de origem duvidosa...




 ATENÇÃO: Esse vídeo tem muitos palavrões mesmoooo, então se vc não gosta de ouvir nem assista!!! E também é muito exagerado!

Ah, ela não é a única que implica com meu apurado gosto literário, outro dia uma amiga minha me deu de presente um livro sobre a série de Meyer, "A cruz e o Crepúsculo" 

 

Com essa pionhinha eu já fui a forra, arrastei ela para assistir comigo, no cinema, ao terceiro filme da série: Eclipse!!! E ainda tirei fotos que foram devidamente colocadas no orkut... É foi divertido... muito divertido aliás... Midiam é uma ótima amiga, as criticas que ela faz são pertinentes, assim como as criticas da minha irmã, mas ainda assim eu gosto da série e advinha quem vai ser a próxima pessoa a ir ao cinema comigo assistir a algum filme da série???