A Ana Seerig do
Alguma coisa a mais pra ti ler... no nosso mundo louco dominado por vampiros e derivativos
(táh eu sei que tb sou fã da serie Crepúsculo, mas ao menos não acho que ela seja a pérola mais rara do oceano ou o primeiro biscoito do pacote) é uma fã indiscutível de Alexandre Dumas.
Uma vez ela teve a temeridade de me confessar essa paixão avassaladora e eu, pobre menina, tive que admitir que nunca tinha lido tal autor e que adoraria ouvir ela falando e comecei a pedir a ela para fazer uma serie de postagens sobre o homem...
Ela fez, o blog da Ana, esse
mês é dedicado inteiramente a Dumas-Pai e confesso que como fui uma das pessoas que pediu isso a ela, considero esse esforço dela, "um baita" presente de Natal de maneira que pedi permição para pública aqui a postagem onde ela conta um pouco sobre quem foi Dumas, como viveu alguns anos de sua vida e até capítulos de como ele saiu da vida para entrar na história com muito mais gloria que Getúlio, devo dizer!
A proposito, quando eu descobri que Dumas também é afro-descendente, para não dizer negão, eu fiquei pensando, putz isso não deixa mais que obvio o motivo pelo qual eu prefiro os negros, dãh... eles são simplesmente os melhores... Machado de Assis, Solano Trindade, Stuart Hall, meu professor de História, o presidente dos EUA, Mandela... Dumas...
Enfim, sem mais devaneios tolos, um pouco da história de Dumas,
contada pela Ana Seerig:
Alexandre Dumas, pai...
Alexandre Dumas, pai, nasceu em Villers-Cotterêts, na região francesa de Aisne, em 24 de junho de 1802. A razão do mês temático não ter começado no dia primeiro é simples: Dumas faleceu em 05 de dezembro de 1870, ou seja, há 141 anos. Seu nome de batismo era Alexandre Davy de la Pailleterie Dumas e tinha como avós o Marquês Antonie-Alexandre Davy de la Pailleterie e uma escrava negra (não se sabe se liberta ou não) chamada Maria Césette Dumas. Sua descendência negra sempre o acompanhou, sendo vítima de preconceito por alguns.
Filho de um general napoleônico, Thomas Dumas, Alexandre ficou órfão de pai, o que fez com que passasse por dificuldades na juventude. Aos dezessete anos foi trabalhar em um cartório de um amigo da família, Mennesson, que reclamava que o jovem lia mais do que escrevia, destacando-se em suas leituras, entre outros, Voltaire.
Mudou-se para Paris em busca de uma vida melhor, onde começou a escrever peças de teatro que lhe trouxeram estabilidade financeira suficiente para viver como escritor. Seus primeiros sucessos no teatro foram Henrique III e sua corte (1829) e Christine (1830). Após o sucesso no teatro, Dumas montou um estúdio para produzir folhetins para jornais, sendo que tudo que era escrito por seus auxiliares era sempre avaliado por ele
Em 1840 lançou
Os três mosqueteiros, romance que lhe rendeu sucesso internacional e foi transformado em trilogia, sendo seguido dos livros
Vinte anos depois (1845) e
O visconde de Bragelonne (1848), do qual faz parte a conhecida história d'O homem da máscara de ferro. Também em 1940 foram lançados dois outros grandes sucessos:
O conde de Monte Cristo e
Os irmãos corsos. Com o grande sucesso de vendas, Dumas viveu tranquilamente viajando às vezes e escrevendo muito. (Lista de obras dele
aqui)
Mesmo após ter casado com a atriz Ida Ferrier, em 1940, Dumas manteve casos com outras mulheres, sendo pai de pelo menos três filhos fora do casamento, dentre os quais o autor de A dama das camélias, que recebeu seu nome, o que explica o uso das palavras "pai" e "filho" para distinguir os autores. Por questões políticas, Dumas morou também na Bélgica, na Rússia e na Itália (onde lutou pela unificação do país e, através de amigos comuns, conheceu Giuseppe Garibaldi, que lhe entregou seus manuscritos de batalhas - dentre as quais a Guerra dos Farrapos - e permitiu que elas fossem publicadas).
Alexandre Dumas, pai, faleceu em Puys, perto de Dieppe. Michel Lévy Frères publicou todas as obras de Dumas de 1860 a 1884 em 177 volumes, contendo as 91 peças escritas além dos romances. Até 30 de novembro de 2002 o corpo de Alexandre Dumas permaneceu no cemitério de Villers-Cotterêts, quando o presidente francês Jacques Chirac ordenou a exumação do corpo que, numa cerimônia transmitida pela televisão, foi levado para o Panteão de Paris, o grande mausoléu onde filósofos e escritores franceses estão sepultados.
Na cerimônia, o caixão foi carregado por quatro homens vestidos de mosqueteiros representando Athos, Porthos, Aramis e d'Artagnan. Chirac reconheceu que Dumas foi vítima de racismo e que enterrá-lo junto a Victor Hugo e Voltaire era uma forma de corrigir o erro. Em seu discurso, o presidente francês disse:
"Contigo, nós fomos d'Artagnan, Monte Cristo ou Balsamo, cavalgando pelas estradas da França, percorrendo campos de batalha, visitando palácios e castelos -- contigo, nós sonhamos."
(Jacques Chirac)
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Aliás, para quem gostar de Dumas, mas, como eu não tiver em sua biblioteca o seu clássico: "Os três mosqueteiros" eu aconselho dar uma olhada lá no
Alguma coisa a mais pra ti ler..., porque sim, ela vai sortear no dia 21 um exemplar dessa história deliciosa que vem marcando gerações há mais de século...