domingo, 7 de setembro de 2025

"O Fantasma de Canterville" de Oscar Wilde

Li o "O Fantasma de Canterville" do Oscar Wilde pela primeira vez na adolescência, mas não lembrava absolutamente NADA da trama. Essa desmemória me dava tanta aflição que quando a Antofágica lançou esta edição peguei na pré-venda e fui lá rever essa história como se fosse a primeira vez.

Encontrei um livro absolutamente divertido, cheio de humor e fácil de ler. Oscar Wilde conta em "O Fantasma de Canterville" a história de uma família americana riquíssima que compra uma mansão senhorial inglesa com tudo dentro: funcionários, mobiliário e até mesmo seu próprio fantasma ancestral. E daí nós vamos acompanhar o encontro das tradições inglesas com o ceticismo americano.

O fantasma ancestral da Mansão Canterville vai trabalhar para expulsar os novos proprietários dando o melhor de si em termos de assombração, mas vai receber toda sorte de maus tratos dos novos moradores. Os adultos o tratam com descrença, as crianças não só o maltratam como lhes pregam peças de astúcia. Eu, pobre leitora, entre uma risada e outra, me peguei cheia de pena, achando o fantasma um pobrezinho sofrido, estava praticamente empunhando uma placa de "CHEGA! TORTURA NÃO É ENTRETENIMENTO!" em defesa do Fantasma.

Todavia, essa história teve um final feliz, pois uma das filhas da moderna família americana sente empatia pelo fantasma, faz amizade com o "tadinho", desvenda seus mistérios e traz paz tanto para a alma atormentada quanto para a casa ancestral dos Cantervilles.

É uma história de encontros entre americanos e ingleses recheada de piadas, humor, uma dose de crítica a ambos os povos e um desfecho de concordata. Gosto muito da Literatura do Século XIX e é sempre um prazer me encontrar com a genialidade fenomenal do Oscar Wilde.

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